terça-feira, 30 de agosto de 2011

Rock in Rio de Neil Young



O ano era o agora longínquo 2001 e o país estava em polvorosa pela volta do maior festival de música do Brasil, o Rock in Rio, na sua terceira edição. As outras duas históricas edições aconteceram em 1985 e 1991. Na primeira, atrações internacionais como Queen, Iron Maiden, AC/DC, Ozzy Osbourne e nacionais como Ney Matogrosso, Paralamas do Sucesso no auge do sucesso e o pernambucano Alceu Valença. Já em 1991, o festival também foi um sucesso de público, com Guns N’ Roses, Faith No More, Sepultura, Megadeth e outros. E então, mesmo com o bom retorno comercial, o festival ficou apenas nas lembranças dos mais velhos.

Após muitos anos de hiato, foi anunciado que em 2001 o festival retornaria e a ansiedade era imensa. Com a tecnologia dando seu boom no início do novo milênio, o festival seria transmitido na íntegra pelo canal Multishow. Como não poderia ir ao festival, fiquei radiante. As atrações eram Sting, R.E.M, Foo Fighters, Guns n’ Roses, com Axel forçando um retorno, Iron Maiden, novamente, Red Hot Chili Peppers, Silverchair e ele, NEIL YOUNG, o dinossauro do rock tímido ali entre tantas estrelas e bandas de imenso sucesso comercial e seus mega shows.

Os dias foram passando com bons shows de R.E.M e Foo Fighters, o fiasco de Guns n Roses, o malfadado dia das boybands, (‘N Sync, Britney Spears , Five) todas no auge, e o dia do Metal, que teve show histórico de Queens of The Stone Age no início de carreira, com Nick Oliveri nuzão tocando seu baixo loucamente e Iron Maiden pra delírio dos seus hardcore fãs.

Até que chegou o dia provavelmente menos esperado do festival, porém, pra mim, o mais marcante. Após shows de Dave Mattheus Band e Sheryl Crow, ele entrou no palco para delírio do curiosamente menor público do festival, 125 mil pessoas.

O show de Neil Young foi incrível. O velhinho só soltou os clássicos, com seu show simples e sem frescuras, com a guitarras distorcidas ecoando pela tal Cidade do Rock. O setlist foi pequeno, 11 músicas no total, mas impecável. Impossível tocar todos os clássicos de sua carreira, mas a seleção que Neil Young fez certamente foi para deixar o público arrepiado. Hey, Hey, My, My, Cortez The Killer, Like a Hurricane, Rockin’ in The Free World, Powderfinger e Down by the River (fuck yea!) foram umas delas.

Após o show os anos foram se passando e eu sempre ficava procurando e vasculhando as profundezas da internet atrás do vídeo desse show na íntegra, sem nunca consegui-lo. Até que um dia quis somente matar a saudade no youtube, assistindo qualquer uma dessas e ai que teve a surpresa. O show estava inteirinho no youtube, dividido em cinco partes! Holy Shit! Finalmente assisti ele todinho, relembrando e vibrando novamente, como há dez anos, no melhor show do Rock in Rio.

Aí vai os vídeos:

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

Parte V

Um comentário:

  1. Eu estava la, do lado do palco, as costas doiam depois de 3 dias inteiros de festival (chegava la bem cedo e ficava ate o final), e estava no dilema: pedia para o cara acabar o show pela dor que eu sentia ou aproveitava porque sabe-se la quando eu veria de novo.

    Cada solo dele e parecia que a dor ficava mais insuportavel, mais aguentei firme ate o fim.

    Valeu a pena. Nao foi o show mais animado (teve diversos outros que eu cantei e pulei muito mais), ou o que a plateia mais adorou, mas foi o melhor show do festival mesmo.

    Obrigado por encontrar o show, agora vou poder rever em casa, sem precisar gemer por 1h40.

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