domingo, 4 de setembro de 2011

PJ20 Destination Weekend I

Iniciou ontem o festival PJ20 Destinaiton Weeked, em comemoração aos 20 anos da banda Pearl Jam. As atrações do festival são incríveis. O show começou com a legendária banda Mudhoney, amigos de longa data de Eddie Vedder e companhia, participando inclusive da banda embrião de Pearl Jam e da própria Mudhoney, a Green River, que tinha Mark Arm, Steve Turner, do Mudhoney e Stone Gossard e Jeff Ament, do Pearl Jam. Além disso, Mudhoney fez várias turnês de suporte a Pearl Jam, inclusive quando eles vieram para o Brasil em 2005. Era uma presença obrigatória no festival. Depois subiram ao palco nada menos que Queens of The Stone Age e The Strokes. Mas o astro da noite mesmo era Pearl Jam. E confirmou quando subiram no palco.
Somente posso analisar o show através da setlist e das participações especiais, pois não estava lá, infelizmente. Mas como fã de longa data de Pearl Jam, que acompanha as turnês e tudo mais, posso dizer que foi um dos melhores shows. Se não o melhor, talvez o mais especial. E é nesse quesito que entra para mim o fator diferencial de Pearl Jam para qualquer outra banda em atividade no mundo atualmente.
Quando se pensa em um show comemorativo por 20 anos de uma banda, imagina-se logo o setlist repleto dos maiores hits e sucessos da história da banda. Qualquer uma faria isso, menos Pearl Jam. O público presente tem visto Pearl Jam através das duas décadas, de todas as turnês. Que recompensa, que diferencial fazer um show tocando sempre aquelas músicas que eles tocaram milhares de vezes? Além de um presente aos fãs, eles presenteiam-se a si mesmos. Eles, acima de tudo, querem se divertir. Juntar-se no palco com seus amigos, tocar músicas juntos, tocar músicas que poucas vezes tocaram, sentir o público vibrar com essas músicas que, mesmo tendo visto dezenas de shows de Pearl Jam, nunca ouviu aquela música.
E é disso que se trata de um de Pearl Jam. Diversão mútua. Começou quando Eddie Vedder se juntou aos Strokes para cantar junto com Casablancas “Juicebox”. A qualidade não está das melhores, mas ai está o vídeo:
Mas vamos continuar com o show de Pearl Jam. Abriu o show com “Release”, de Ten e passou para a cover “Arms Aloft”, que saiu no álbum ao vivo Live On Ten Legs. Foi tocada a que pra mim é a melhor música deles, “In My Tree” (eles tem que tocar essa em São Paulo) e depois de “Faithfull” começou as participações. “Who You Are” Liam Finn, John Doe e o baterista de Mudhoney, Dan Peters, se juntaram ao coro. Depois teve a raríssima “Push Me, Pull Me”, dou minha vida apostando que essa pegou todos os presentes surpresos. Teve ainda “Setting Forth”, música de Eddie Vedder que saiu na trilha sonora de Into The Wilde e depois, participação de Julian Casablancas em “Not For You”. Se não era o bastante, Eddie convocou ao palco Josh Homme, frontman do Queens Of The Stone Age, para tocar a inesperada “In The Moonlight”, B-Side que foi lançada em Lost Dogs, de 2003. Teve ainda a presença de “helphelp” de Riot Act (2002), tocadas poucas vezes ao vivo. Teve a volta ao grunge com “Breath” e “Deep” e mais uma surpresa com “Education”, com participação de Liam Finn. Depois outro returno ao início da década de 90 com “State of Love And Trust” com Dhani Harrison, e “Once”.



Então teve o primeiro Encore e após “Rearviewmirror” veio a verdadeira surpresa. Chris Cornell foi chamado ao palco e a partir daí todos sabiam que seria a reunião de Temple of The Dog, banda que foi formada em 1990, junção de Pearl Jam e Soundgarden, para homenagear Andrew Wood, vocalista da Mother Love Bone, banda anterior de Stone e Jeff. Foram três músicas do Temple of the Dog,“Say Hello 2 Heaven” “Reach Down”, e a clássica “Hunger Strike” e "Stardog Champion" do Mother Love Bone.
Depois veio a maravilhosa cover “Love, Reign O’er Me” do The Who e, para fechar, Mark Arm e Steve Turner do Mudhoney subiram ao palco para tocar a versão de “Kick Out The Jams”, do MC5.

Uma palavra para definir esse show: Histórico.




Um comentário:

  1. Caramba! Eddie e Cornell juntos novamente cantando Hunger Strike... Tem que sair em DVD mesmo!

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