segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cobertura Lollapalooza Brasil 2013 - Dia I



O Lollapaloola Brasil 2013 começou, e logo do início eu percebi que iria perder shows muito interessantes, porque a transmissão da Multishow tanto pelo canal da tv quanto pela web só começou às três e quinze. Isso quer dizer que perdemos o show de Agridoce na sexta feita, mas também significa que perderemos os shows de Alabama Shakes e Gary Clark Jr, no sábado, ambos shows que muito eu ansiava. A transmissão começou com o show de Of Monsters and Men, que fez uma apresentação normal, sem grandes surpresas ou destaques, que é o que normalmente se espera de uma banda que toque numa situação dessas, para atrair novos públicos. The Temper Trap fez inclusive eu desistir por uns momentos e assistir o início do jogo do PSG contra o Montpellier pelo campeonato francês. Mas antes de começar a melhor atração do dia, que era sem dúvidas The Flaming Lips, Cake tratou de reanimar a galera, inclusive nós, que estávamos do outro lado da tv, com um show bem interessante, já começando com “Love You Madly” e a sequência “I Will Survive” e “Never There” e o final com o cover de Black Sabbath “War Pigs”.



Flaming Lips entrou logo no palco provando por que eles são a banda mais louca do mundo, com Wayne carregando uma dessas bonecas de braço e começa com o mais psicodélico possível. Dava para imagina com a tentativa de entrevista com Didi antes de entrar no palco. Didi tentou fazer uma pergunta, mas simplesmente Wayne não tinha o que responder e lançava ainda mais perguntas. Afinal, é disso que se trata de um show de Flaming Lips hoje em dia. O show foi todo baseado no novo disco e os efeitos visuais foram, de certa forma, impressionantes, com belos efeitos de luzes, dignos do filme Avatar, embora o show não tenha sido, para quem estava esperando grandes sucessos do grupo. O álbum The Terror não parece ser o ideal para se tocar em festival. E talvez por isso mesmo, é a escolha da banda tocá-lo na integra. Nada que seja convencional satisfaz Wayne e sua banda. Mas depois da segunda música eles tocaram “The W.A.N.D”, para animar mais um pouco, mas sempre com as loucuras teatrais de Wayne e seu bebê. A apresentação é normalmente difícil para o público, o que fica comprovado com as imagens de cima do público, com todas as cabeças paradas, simplesmente vendo o que pode ser feito no próximo segundo. Afinal de contas, é disso que se trata um show de Flaming Lips, o inusitado sendo multiplicado ao máximo.




O psicodelismo vai sendo levando ao extremo no decorrer das próximas músicas, como “Try To Explain”, do novo disco the Terror, com Wayne semnpre segurando seu bebê no colo. Mas ai emenda com “Silver Trembling Hands”, ainda pedindo uma ajuda no final com seus “ohhh”. “You Lust” é mais uma do novo disco. Depois, Wayne volta a pegar a bebezinha nos braços. Mas eles parecem que querem mesmo ser tão loucos quanto possível. Continuam mandando as novas músicas do novo disco, mesmo com a recepção fria do público em geral. A metade final do show foi sem dúvida alguma a melhor. Afinal, ele emendou pela primeira vez uma sequência de hits, como “Are You a Hypnotist?” “One More Robot”, “Yoshimi Battles the Pink Robots, Pt 1” e, finalmente, “Do You Realize”. Concluiu o show com a bela “All We Have Is Now”.





Mesmo com o esforço reconhecido na metade final do show, a primeira banda realmente aguardara acabou se tornando um pouco fraca, esperava mais do setlist, apesar de visualmente a apresentação ser sensacional, muito linda e hipnótica.

Apesar de ser fã de Flaming Lips, devo tirar o chapéu para o The Killers. Inicialmente, vendo o line-up, não conseguiria imaginar the Killers à frente de Flaming Lips. Mas, após o primeiro dia, posso ficar tranquilo quanto a isso. Não que eles tenham sido melhores, mas eles realmente levantaram muito mais o público do que Flaming Lips, “Somebody Told Me” é um dos bons exemplos disso. A sexta havia acabado. E que venha o sábado. Ele veio, com todas as suas promessas realizadas.

 

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