A
morte de David Bowie no início do mês deu um tom apocalíptico ao ano de 2016.
Somando-se a esse clima, saiu a notícia hoje de que Iggy Pop esteve trabalhando
secretamente com Josh Homme, do QOTSA, em um álbum que será lançado no dia 18
de março e tem um título bem simbólico: Post Pop Depression. Ao contrário do
que muitos podiam prever, Iggy Pop, o loucaço do The Stooges, é o último que
restou da tríade do glam-rock e underground da década de 70 (que tinha, além de
Pop, Lou Reed e David Bowie). Segundo as declarações de ambos, Pop e Homme, o
projeto, bancado com dinheiro próprio, levou-os a novos limites, a lugares onde
nunca estiveram.
Segundo Iggy
Pop, o álbum também parece seguir um conceito, lidando com a problemática de
utilidade e legado quando a carreira de alguém está aproximando-se do fim: “Na
América, por ser tão competitiva, o que acontece quando você finalmente fica
inútil para todo mundo, exceto, com sorte, você mesmo? O que acontece então? E
você pode continuar a ser útil para você mesmo? Eu tinha um tipo de personagem
em mente. Era tipo uma mistura entre mim mesmo e um veterano militar”. Parece ser um pouco da visão insegura que Pop
tem de si mesmo e de seu lugar no mundo da música hoje. Mas Homme tratou de
reservar o lugar devido a Pop: “Ele é o último dos únicos. Esta é a volta
olímpica de um homem que não tem certeza que venceu. Mas ele venceu”, completa
Homme.
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