quinta-feira, 30 de junho de 2016

Playlist Filho do Blues-2016: os primeiros seis meses





Os seis primeiros meses de 2016 chegam ao fim no dia de hoje. Muita coisa boa já rolou até aqui e muito mais nos é prometido para os seis meses finais. Como uma retrospectiva parcial, o Filho do Blues criou uma playlist no Spotify para selecionar as melhores músicas que apareceram até agora. Foram escolhidas 53 faixas nos primeiros seis meses do ano. Nos meses restantes, nós continuaremos incluindo novas músicas à playlist, por isso, siga-nos e fique por dentro das novidades. 




Dessa primeira metade do ano, o maior destaque, positivo e negativo, não poderia ser outro senão David Bowie. O lançamento de Blackstar seguido por sua repentina e surpreendente morte certamente foi o evento que já nos primeiros dias de janeiro marcou todo o ano de 2016. Foram escolhidas quatro músicas de Blackstar, além da faixa título, também escolhemos para integrar a lista “’Tis a Pity She Was a Whore”, “Dollar Days” e, claro, “Lazarus”. O colaborador e amigo de longa data de Bowie, Iggy Pop, também deu as caras e lançou um grande álbum em colaboração com Josh Homme, do QOTSA, do qual “Gardenia” e “Break Into Your Heart”. PJ Harvey, em seu novo disco The Hope Six Demolition Project, nos surpreendeu com as faixas “The Wheel”, sobre a crise dos refugiados, e “The Ministry Of Social Affairs”. Outros álbuns do rock surgiram, como novos lançamentos de Weezer (White Album), Tindersticks (The Waiting Room) e Suede (Night Thoughts), dos quais escolhermos, respectivamente, “King of The World”, “Hey Lucinda” e “I Can’t Give Her What She Wants”. Confesso, no entanto, que na esfera de música nacional não chegamos a ouvir muita coisa nova e legal, restringindo ao novo álbum de Clarice Falcão, Problema Meu, do qual selecionamos duas faixas, “Marta” e “Banho de Piscina”
selecionamos
 

No campo do blues/jazz/gospel é que boa parte do ano foi reservada e os destaques são muitos, a começar pelo álbum My Road, de Bob Margolin, do qual tivemos muita dificuldade em selecionar apenas três, que foram “Bye Bye Baby”, “My Whole Life” e “Heaven Mississippi”. A mesma dificuldade foi sentida em outros discos, como Let Me Get By, de Tedeschi Trucks Band, tendo escolhido “Let Me Get By” e “Right On Time”, mas podendo ter escolhido do mesmo álbum várias outras. Mais um grande destaque foi o disco de John Long, Stand Your Ground, do qual não tivemos outra opção senão selecionarmos três faixas: “Climbing High Mountains (Trying to Get Home)”, “Red Hawk” e “No Flowers For Me”. O novo álbum de Eric Clapton, I Still Do, “Spiral”, “Somebody’s Knockin’” e “Alabama Woman Blues”. Também fui obrigado a escolher três faixas de All For Loving You, novo álbum da The Alexis P. Suter Band, “Can’t Find a Reason”, “Don’t Ya’ Tell Me” e a versão mais incrível de “Let It Be” que você pode ouvir (sem contar com a original). Tivemos também mais um grande lançamento de Mavis Staples, do qual selecionamos a incrível “History, Now” e “Action”. A velha guarda de Dion está representada pelas faixas “Ride With You” e "Can’t Go Back to Memphis”, do seu novo álbum New York Is My Home. Um dos maiores guitarrista do blues rock também está presente, claro, com Joe Bonamassa mandando “This Train” e “You Left Me Nothing But the Bills and The Blues”. O blues progressista do professor Big Harp George, em Wash My Horse In Champagne, está garantido com “My Bright Future” e “I Ain’t The Judge of You”. Lucky Peterson, devido a seu disco Long Nights, conseguiu seu lugar com “Earline” e
Waiting On You”, bem como a dupla poderosa composta por Big Jon Atkinson e Bob Corritore, com a clássica cover de Lightnin’ Hopkins, “Mojo Hand” e a incrível “Somebody Done Changed The Lock on My Door”, ambas do álbum House Party At Big Jon’s. O blues potente de Alabama Mike garantiu presença com Upset The Status Quo, faixa título de seu novo álbum, e “Fight for Your Love”. O blues-rock de Moreland & Arbuckle, com o álbum Promised Land or Bust, ficou com “Mean And Evil” e “Woman Down In Arkansas”. O sofisticado jazz de Gregory Porter teve lugar com “Take Me To The Alley” e “In Fashion”, ambas do seu novo e belo álbum Take Me To The Alley. A coletânea God Don't Never Change: The Songs of Blind Willie Johnson teve três representantes, "Mother's Children Have a Hard Time", executada por The Blind Boys of Alabama, "Trouble Will Soon Be Over", por Sinéad O'Connor, e "Jesus is Coming Soon", por Cowbow Junkies.


 Outros álbuns também chamaram atenção, mas ficaram com apenas uma faixa representante. É o caso de RB Stone, com a ótima música “Some Call It Freedom”, do álbum Some Call It Freedom (Some Call It The Blues); Boo Boo Davis, “The Snake”, de seu disco One Chord Blues; Toronzo Canon, o guitarrista de blues de Chicago, com a faixa “Walk It Off”; e Kenny “Blues Boss” Wayne, com “Blackmail Blues”, do seu novo álbum Jumpin’ & Boppin’. A banda Dinosaur Jr só aparece com “Tiny” porque o restante do álbum ainda não foi lançado, chamado Give a Glimpse Of What Yer Not, que com certeza terá alguma outra faixa em breve. 
 

Acho que é isso, pessoal. Sintam-se convidados a seguir a playlist e ficar acompanhando as novidades. Sintam-se à vontade também em dar sugestões nos comentários. Muitos desses álbuns ainda não tiveram resenhas publicadas no site, alguns ainda terão, outros, infelizmente, não. Quisera eu ter tempo de escrever todas elas! 

E que venham os seis meses restantes de 2016!



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