No
imaginário de David Bowie uma coisa é certa: aventurar-se pela sonoridade
eletrônica está vinculado a uma escolha estética bastante sombria e lúdica. Foi
assim nos discos Outside, de 1995 e Earthling, de 1997, onde Bowie viajou
bastante pelo rock industrial
eletrônico. Para o novo disco, programado para janeiro, chamado
Blackstar, David Bowie já avisou que ele é construído inspirado na eletrônica
do final dos anos 70. Hoje, com o lançamento da épica faixa título “Blackstar” ★,
com dez minutos de duração, Bowie realizou mais uma transformação completa:
dessa vez ele faz o papel de um profeta cego e amaldiçoado. Uma letra apocalíptica
e profética completam o tom sombrio."On the day of execution, on the day of execution, lonely women kneel and smile". Uau. Medo. Caveiras, astronautas mortos em planetas
distantes, mulheres com rabos e rapazes frenéticos dançando e rituais junto com um Bowie
vendado com apenas dois pontos negros nos olhos, fecham a cena. Musicalmente,
as batidas eletrônicas viajam juntos com sintetizadores e saxofones em uma
viagem interplanetária jazzística. No meio da música, há uma ponte
completamente diferente, só no piano, que recomeça com outro ritmo,
completamente diferente, com vozes em tonalidades diferentes. Algo que só Bowie
poderia construir, imaginar e, sem dúvida, realizar. Após quatro álbuns sem
arriscar muito, em Blackstar parece que Bowie dá mais um grande salto em sua
carreira e completa mais uma transformação. Clique em play no vídeo abaixo e prepare-se para o êxtase.
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