sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
The Strange Boys - Live Music
Apesar do que o nome sugere, Live Music, da banda texana The Strange Boys, não é um álbum ao vivo. Muito pelo contrário, trata-se de um ótimo e muito bem feito registro dessa banda que estreou há apenas três anos e já tem três álbuns na bagagem, And Girls Club e Be Brave, de 2009 e 2010 respectivamente. Mas Live Music é de longe o melhor trabalho de The Strange Boys. Enquanto nos primeiros álbuns, eles realmente soaram um pouco “estranhos”, meio que com um som indefinido e uma produção um tanto que precária, Live Music eles decidem tomar proporções maiores e criar um som muito bem definido sem se descuidar das raízes e do “garage”.
E o álbum começa com a divertida “Me And You”, que dá uma amostra bem interessante do que se seguirá pelos próximos quarenta e seis minutos. A voz rasgada e quase embriagada do vocalista Ryan Sambol é marcante em praticamente todas as faixas. Muita influência dos anos sessenta , principalmente The Kinks e Rolling Stones. “Walking Two By Two” tem a cara rural do Texas, com gaitas bem interessantes e uma pegada meio country. Em “Doueh” a voz de Ryan está tão estranha quanto sensacional, que inclusive são os melhores momentos. O álbum mantém um nível equilibrado entre as faixas, sobretudo nessa primeira metade. São músicas boas, divertidas, todas num nível bem próximo umas das outras, como “Punk Pajamas”, “You And Me”.
“Mama Shelter” é bem enraizada nos Kinks o refrão inclusive lembrando “Some Mother’s Son”, dos Kinks. “Saddest” é uma bela balada guiada pelo piano, com umas viagens no meio da música, uns efeitos estranhos, que atestam o nome da banda, Strange Boys, e depois a música volta no melhor estilo, num refrão vigoroso. Essa parte final do álbum é quase inebriante. “Over the River and Through the Woulds” é certamente uma das melhores do album, com a letra quase filosófica, a voz de Ryan soa quase como um murmúrio para si mesmo. “Right Before” tem um refrão que nem eu bebo canto tão loucamente ou melhor quanto Ryan. “Hidden Meanings”, faixa mais longa do álbum, com ritmo bem agradável. Por fim, eles se despedem com “You Take Everything for Granite When You're Stone “. O que o nome tem de estranho, ela tem de boa e “Opus” é apenas uma instrumental como que desligando os instrumentos.
Live Music é um álbum de uma banda em pleno crescimento, abrindo novas portas para novas audiências. Se eles deixaram um pouco de serem estranhos, tornaram-se melhores ainda.
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