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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ouça o álbum surpresa de Willis Earl Beal, A Place That Doesn't Exist


Situações inusitadas e problemas surgem na carreira de um artista a todo momento e ele deve estar preparado para lidar com elas da forma mais rápida e sincera possível para os fãs. A mais recente turnê europeia de Willis Earl Beal foi cancelada por motivos desconhecidos, que Beal afirmou que a decisão não partiu dele. Bem, então, como forma de fazer as pazes com o público, Willis Earl Beal acaba de disponibilizar um álbum surpresa, chamado A Place That Doesn’t Exist e que está disponível grátis para stream no SoundCloud. Juntamente com as faixas, Beal publicou uma nota no qual explica a situação e fala do novo conjunto de músicas, afirmando que o nome é bem apropriado para ele, já que o atual lugar onde ele se encontra na cultura popular e na música não existe e ainda afirma que nós ainda não ouvimos o final ainda de Willis Earl Beal. Segue abaixo também a imagem da nota.






domingo, 29 de dezembro de 2013

Melhores Álbuns de 2013 - Parte IV



Começo a escrever esta postagem com uma solenidade quase religiosa. Desde que, por pura paixão, comecei com o Filho do Blues, havia uma satisfação imensurável a cada resenha que escrevia. Mas, da mesma forma, havia sempre tristeza proporcional. Toda vez que conseguia pescar uma preciosidade, ao mesmo tempo que eu comemorava, vibrava e me arrepiava, vinha uma consciência severa que lamentava profundamente: “mas você nunca escreverá uma resenha para um álbum inédito de David Bowie”. E assim eu seguia em frente. Desde que The Next Day foi anunciado, ele guarda a sua posição em primeiro lugar na lista e hoje é finalmente coroado com tal posto, fazendo de Bowie também a personalidade do ano, já que toda promoção do disco foi feita sem entrevista, sem show, sem aparição em programas de TV.




The Next Day tem recebido fantásticas resenhas, dizendo inclusive que era o melhor álbum de retorno da história do rock. Pessoalmente, mesmo com todo entusiasmo que eu estava por ouvir o álbum, eu não esperava que ele seria assim. Bowie escolheu se resumir artisticamente no decorrer de quatorze faixas – sem contar com as três músicas bônus que ainda não saíram – o que, naturalmente, produz um álbum cuja riqueza é sem igual. Ninguém mais, só David Bowie seria capaz de compor um trabalho dessa magnitude.








Reflektor é mais uma obra prima de Arcade Fire e os coloca de vez como a melhor banda da última década. Mesmo ganhando o prémio máximo da música no trabalho anterior, não hesitaram em dar uma mudança de direção forte, mas mesmo assim sem uma ruptura total, o que foi mais ou menos sugerido que seria com algumas entrevistas que a banda concedeu. Enfim, tudo em Reflektor é grandioso, bem pensado e articulado, mais vasto do que os demais, tanto na riqueza musical – que já era imensa – quanto na temática. É um álbum ambicioso e muito bem sucedido, confeccionado por uma banda excepcional. Um novo clássico.










É o melhor trabalho de Queens of The Stone Age? Não, mas também é muito difícil igualar o nível de álbuns como Songs for The Deaf e Rated R. No entanto, em Like Clockworks mostra exatamente o quão grande e competente a banda é, mesclando momentos de sucesso certo, para ampliar o status de banda de festival, e outros nos quais arrisca novos sons e estilos sem se sentir ameaçada.





4. Pearl Jam - Lightning Bolt





Lightning Bolt é, por fim, mais um grande registro de uma ótima banda que já superou essa polêmica de tentar fazer um novo Ten ou Vs. É notório que eles estão preocupados apenas em se divertir uns com os outros e criar novos sons para comunicar sentimentos. E esse é o espírito da coisa. Ao não tentar mudar e abalar as estruturas do mundo mais uma vez, eles contentam-se em fazer parte dele. Uma parte importante inclusive.








Modern Vampires of The City é praticamente perfeito. É um álbum irretocável, a começar pela capa, uma imagem aérea, tirada pelo fotógrafo do New York Times, Neal Boenzi, olhando para o sul do Empire State Building, em preto e branco de Nova Iorque quase pós-apocalíptica, poética e sombria. Inspiradora.  Modern Vampires of The City apresenta uma banda totalmente regulada em seu pico criativo, embora atuando em um espaço sonoro talvez mais limitado que os dois trabalhos anteriores, o que, de forma alguma, tira a genialidade, apenas modifica sua forma, produzindo músicas mais concisas.









AM pode dividir opiniões entre aqueles que foi um fracasso e a morte de uma banda enérgica do rock’n roll, e outros irão celebrá-los como uma obra de uma banda que livrou-se de um rótulo para entrar no território indefinido, onde está com segurança e à vontade de arriscar o que for. Condição que poucos tem no mundo da música, que vive de rótulos. Eu estou com o segundo grupo.









O melhor álbum de blues do ano vai para Corey Harris. Fulton Blues é um maravilhoso álbum de um artista genioso e sincero para com as suas raízes, que usa uma trágica história como plano de fundo para dar margem à sua música se desenvolver. Corey Harris é, definitivamente, um dos nomes mais fortes na cena blues, tendo construído uma carreira sólida e versátil, a qual é enriquecida por mais este lançamento.





8. Mundo Livre & Nação Zumbi - Mundo Livre vs Nação Zumbi






O melhor álbum nacional do ano fica com os pernambucanos do Mundo Livre S.A e Nação Zumbi na concepção e realização dessa ideia genial. Esta série de “Embate do Século” ganha não somente mais um capítulo, mas também contribuiu para produzir um dos registros mais interessantes da música brasileira recente. Mesmo que sejam regravações de clássicas músicas, o nível de ineditismo aqui é de surpreender e de agradar. E muito.











Nobody Knows é, finalmente, um trunfo para Willis Earl Beal, que conseguiu perceber as fragilidades do seu som, intencionais ou não, e melhorá-lo para um formato mais acessível, porém, não menos interessante. Enquanto que Acosumatic Sorcery obteve resenhas misturadas, Nobody Knows a crítica está bem mais unânime quanto a sua genialidade. A cada novo passo, Willis Earl Beal se encaminha para ser – se ainda não for – um dos nomes mais originais da música.









Rhythm & Blues é um álbum de um grande artista, guitarrista e músico do blues. Acontece algo curioso; para Buddy Guy, um dos últimos sobreviventes da era de ouro do blues, que teve seus grandes momentos na década de 60 e 70 (Hoodoo Man Blues [1965], I Left My Blues in San Francisco [1967], A Man and The Blues [1968] e I Was Walking Through The Woods [1974] são ótimos exemplos dessa fase), quanto mais velho melhor. As últimas duas décadas de sua carreira contou com lançamentos incríveis, sobretudo a partir de Damn Right, I’ve Got The Blues, de 1991, passando por ótimos álbuns, como Sweet Tea, de 2001 e Living Proof, de 2010. Lista que recebe mais um título agora, Rhythm & Blues.





MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - PARTE III - DO 20 ATÉ O 11
MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - PARTE II - DO 30 ATÉ O 21
MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - PARTE I - DO 40 ATÉ O 31
MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - MENÇÕES HONROSAS.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Resenha e Stream de Willis Earl Beal - Nobody Knows


Oficialmente, Willis Earl Beal tem apenas um ano de carreira, mas tem tanta coisa para se falar dele que parece uma figura antiga do mundo da música. Nesses pouco mais de doze meses, Beal acabou de lançar seu segundo álbum, isso sem contar com um EP com regravações de algumas das músicas do disco de estreia, o intrigante e ótimo Acousmatic Sorcery, que apresentou ao mundo essa figura totalmente estranha do submundo das ruas de Chicago. Essa produção toda é o reflexo de quando era ainda um artista de rua anônimo tentando viver de empregos esporádicos e de sua própria arte, cantando nas esquinas das ruas e/ou fazendo desenho dos transeuntes. Nessa época, ele conta que escreveu mais de 130 canções, algumas das quais fizeram parte do disco de estreia e outras que fazem parte do seu mais recente trabalho, Nobody Knows. O trabalho de Willis Earl Beal vai além da música, é também estético e, algumas vezes, filosófico. É uma arte que confronta diretamente a solidão, os sentimentos e o desespero diante da tomada de consciência do isolamento do próprio ser, embora pertencente a uma multidão, também isolada e desesperada em si mesma. É assim que o indivíduo se torna um “ninguém”. O mundo inteiro é um conjunto de “ninguéns” que coexistem em um determinado ambiente e compartilham uma ilusão de ser “alguém”. E é exatamente essa ilusão, essa ânsia de querer ser algo, que se é nada. É disso que se trata a música de Willis Earl Beal e talvez por isso seu caráter estranho, ruidoso, destoante e solitário, que aqui habita concomitante com a beleza, a vida e o amor, mesmo que de uma forma pouco convencional.


Falado da parte filosófica, no que se refere ao estilo musical, serve como complemento a este campo de fundo. Por isso não seria de todo errado considerar a obra de Willis Earl Beal, até o momento, como conceitual, sobretudo este segundo álbum, Nobody Knows. Mesmo assim, aqui Beal apresenta uma separação e mudança em relação a seu trabalho anterior. Em Acousmatic Sorcery, ao mesmo tempo que apresentava um trabalho super original e de qualidade, apontava também para uma precariedade intencional de recursos e produção. Foi uma escolha estética, mas que poderia ter dado ainda mais qualidade sonora ao trabalho, o que Beal conseguiu um pouco mais com o EP Principles of a Protagonist. Em Nobody Knows, Beal compreendeu que sua música poderia ser mais polida, sem perder sua qualidade única e original. E é isso que faz Nobody Knows um passo adiante do que o disco de estreia.


Tirando já pela faixa de abertura, “Wavering Lines”, você pode entender isso. Confesso que havia ficado preocupado quando vi na tracklist essa música, pois há no youtube uma belíssima versão, que conta com Beal, sem instrumento algum, apenas cantando-a com uma voz incrível e marcando o ritmo batendo palmas. Já a versão ao vivo na turnê de Acousmatic Sorcery, perdeu toda sua beleza, na minha opinião, com a máquina rodando uma batida e Beal cantando a letra em outra melodia, que antes era intocável. Mas, a partir do momento que apertei no play, ela é a realização de tudo o que eu pensava dela, ainda melhor. Na primeira parte, foram-se embora as palmas e é apenas a voz de Beal ainda mais limpa e bela que antes. Depois, ao invés de uma máquina rodando repetitivamente um som, aparece um órgão, que vai acompanhando a belíssima melodia da música. Não podia começar de forma melhor. Mas, calma. Ainda melhora, com o ponto máximo de Nobody Knows: “Coming Through”, que conta com a participação da musa Cat Power fazendo os backing vocals. Surpreendentemente, Beal surge com uma banda propriamente dita, fazendo um soul de arrepiar, conclamando e verdade e questionando os valores da sociedade pós-moderna. “and the truth will soon be coming through”. É o ponto máximo do lirismo poético de Beal, unindo-se com sua proposta filosófica por meio de versos fortes e inquietantes, tais como “Morality & virtue could easily hurt you” ou “Identify yourselves by stating your name, Validate your independence by being pawns in the game”.





O clima agora fica depressivo e contemplativo com a já conhecida “Everything Unwinds”. É daquelas que é para se ouvir de olhos fechados. Por isso o clipe é bem explícito: uma tela preta com os escritos: “Nothing occurred. Please Try. Learn more”. Em “Burning Bridges”, com pianos e uma bateria marcial, Beal canta com sua voz potente o isolamento ao “queimar as pontes para que nenhum homem vá para além do mar”. “Desintegrating” é como um oásis no deserto da tristeza. Embora ainda soando um pouco isolada e solitária, Beal aqui finalmente – e do seu próprio jeito - celebra a vida: “you are alive, alive, the greatest treasure on fire”. A estrutura da música também chama atenção, com partes cantadas fragmentadas por vozes, ritmos e estilos diferentes. Em “Too Dry To Cry” finalmente o blues sujo de Willis Earl Beal dá suas caras e, devo dizer, ainda melhor que “Take Me Away”, de Acousmatic Sorcery. Mais um momento sensacional.




A segunda parte do disco é onde Beal escolheu para soltar seus demônios mais à vontade, a começar com “What’s The Deal?”, inconstante e etérea, onde ele começa a gritar toda sua frustração, raiva e desesperança. Toda essa tensão é acompanhada por um órgão tipo de Igreja, dando uma atmosfera ainda mais nervosa. Ele também não tem mínima cerimônia em atestar: “open your eyes / you wear a disguise a disguise, / a disguise, a disguise a disguise / just drink your scotch / take you dumb ass to bed / pull your pearl neck / while listening to the clock tick / you don't know shit / and you never will”. Esse é Beal em toda sua perspicácia e crítica contra a sociedade pós-moderna.

“Ain’t Got No Love” volta a aparecer o blues, dessa vez furioso e descontrolado. A risada gutural e insana de “Angel Chorus” está de volta aqui. A voz de Beal vai crescendo em intensidade até explodir em gritos descontrolados e risadas histéricas. É a insanidade total. “White Noise”, é uma das 130 músicas que Beal tinha composto antes de lançar seus trabalhos e aqui ele está acompanhado somente por um violão. “Hole in The Roof” é mais uma ótima música, num blues mais rápido que os outros, acompanhado por uma banda completa, com um baixo vigoroso.




A agitação diminui com “Blue Escape”, uma bela balada ao piano. Essas faixas que já eram conhecidas antes, em uma demo que Beal gravou em 2011, como “Blue Escape”, “White Noise” e a própria “Wavering Lines”, mostra a grande capacidade que ele tem em recriar suas próprias músicas, fato evidente nas suas apresentações ao vivo, embora essas nem tanto para o lado positivo. “Nobody Knows” também é bem interessante, com os órgãos característicos e o estalo de dedos e uma bela melodia. E para terminar em grande estilo, “The Flow”, realmente com um fluxo bem natural e interessante. No final, a mensagem, por incrível que pareça, é otimista como ainda não havia aparecido até o momento: “just go with the flow”.

Nobody Knows é, finalmente, um trunfo para Willis Earl Beal, que conseguiu perceber as fragilidades do seu som, intencionais ou não, e melhorá-lo para um formato mais acessível, porém, não menos interessante. Enquanto que Acosumatic Sorcery obteve resenhas misturadas, Nobody Knows a crítica está bem mais unânime quanto a sua genialidade. A cada novo passo, Willis Earl Beal se encaminha para ser – se ainda não for – um dos nomes mais originais da música.



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ouça a parceria de Willis Earl Beal e Cat Power, "Coming Through"




No proximo dia dez de setembro, Willis Earl Beal irá dar continuidade à sua promissora carreira, que iniciou no ano passado, com o lançamento do intrigante Acousmatic Sourcery, lançando o seu segundo trabalho, Nobody knows. Aos poucos Beal vem liberando algumas faixas do trabalho e, sinceramente, pelas amostras, vem coisa ainda melhor do que o disco de estreia. Nota-se pela vaixa "Coming Through", que conta com a participação da elegante e belíssima Chan Marshall, conhecida como Cat Power.



Para quem achava que ela iria dominar a faixa, muito pelo contrário, o que não deixa de ser uma pena. Mas a surpresa boa fica pela qualidade excelente da música, Beal se aventurando dessa vez pela soul music, com uma banda de verdade o acompanhando, talvez pela primeira vez, o que nos dá evidências do quão bom ele pode ser num formato mais acessível. É exatamente esse tipo de surpresa que se espera de um artista como Willis Earl Beal. Ele indica que fará tudo de um jeito, mas faz de outro. E ainda melhor.




sábado, 13 de julho de 2013

Guia de Lançamentos Futuros para o 2º Semestre - Parte I



Diante da avalanche de anúncios de novos lançamentos, o Filho do Blues resolveu facilitar sua vida e fazer uma lista dos mais aguardados, seguindo a ordem de lançamento. Lá vamos nós:

Buddy Guy – Rhythm & Blues – 30/07/2013



A lenda do blues, o guitarrista Buddy Guy, ainda está com fôlego para mais um trabalho. Segundo informações, Rhythm & Blues é um disco duplo e contém algumas colaborações bem interessantes, como o grande astro da nova geração do blues, Gary Clark Jr, e o trio do Aerosmith, Steven Tyler, Joe Perry e Brad Whitford. A guitarra vai soar alta mais uma vez.


Franz Ferdinand – Right Thoughts, Right Words, Right Actions – 26/08/2013




A banda escocesa Franz Ferdinand dá continuidade a sua carreira de estrelas do indie depois de quatro anos de Tonight, seu último trabalho. De Right Thoughts, Right Words, Right Actions já temos três faixas. Confira o clipe de “Right Action”.



Arctic Monkeys – AM – 09/09/2013

Uma das maiores bandas da atualidade, Arctic Monkeys quer dar continuidade à sua carreira em alto estilo, depois do bom Suck It And See It. Para isso, ele contará com a colaboração de Josh Homme, de outra das maiores bandas – se não a maior – Queens of The Stone Age. Já saíram duas amostras, “R U Mine?” e “Do I Wanna Know?”


Willis Earl Beal – Nobody knows. – 10/09/2013


A nova figura indie, Willis Earl Beal, depois da interessantíssima estréia com Acousmatic Sorcery, do ano passado, não quer perder tempo e tenta se firmar logo de vez no cenário alternativo. Nobody knows. contará com a contribuição em uma faixa da cantora e musa indie Cat Power. Confira a primeira amostra “Everything unwinds.”




Manic Street Preachers – Rewind The Film – 16/09/2013




O trio gaulês já tem dois discos prontos no forno, mas, por enquanto, apenas um irá ver a luz do dia. Rewind The Film é acústico e dá esperar por belas canções, a contar com a faixa título “Rewind The Film”, que tem um dueto com Richard Hawley e um belíssimo vídeo.




Mark Lanegan – Imitations – 17/09/2013




Mark Lanegan continua sua prolífica carreira com o álbum de covers, Imitations, onde ele peregrina por músicas que foram de extrema importância na formação de sua carreira de compositor. Imitations também conta com três músicas de autoria do Lanegan. A primeira amostra do disco é o cover de John Cale, “I’m Not the Loving Kind”.




Islands – Ski Mask – 17/09/2013



Com lançamento no mesmo dia de Imitations, de Lanegan, Ski Mask vem seguindo o bonito, calmo e bem sucedido A Sleep & a Forgeting, com a promessa de compilar todas as facetas – que são muitas – de Islands num mesmo disco. A primeira faixa que saiu é bem promissora, “Wave Forms”.




MGMT – MGMT – 17/09/2013

O dia 17 de setembro promete muitas atividades auditivas. MGMT, o álbum homônimo e o terceiro da banda, dá continuidade a uma carreira bastante interessante, focada no psicodelismo da década de sessenta, principalmente inspiradas no mestre loucão Syd Barret, dos primeiros anos de Pink Floyd. “Alien Days” é a primeira amostra do disco.




Placebo – Loud Like Love – 17/09/2013

Acredite, mais um álbum para o dia 17. Dessa vez a banda de glam rock retorna após quatro anos, quando lançou seu último trabalho de músicas inéditas, Battle For The Sun. Gravado em Londres, durante 2012 e o início de 2013, Loud Like Love foi produzido por Adam Noble e contém dez músicas inéditas da banda. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Willis Earl Beal anuncia novo álbum Everybody Knows.


Willis Earl Beal foi uma figura excêntrica no mundo da música em 2012. Artista de rua, Beal mostrou-se para o grande público com o lançamento de seu álbum de estréia, Acousmatic Sorcery, que apresentou uma amálgama raramente vista, resultante de sua experiência de artista errante. Mas quem achou que iria dar um tempo antes de aparecer com algo novo, após uma longa e bem sucedida turnê, Beal anunciou hoje que já tem um novo disco preparado e deu detalhes sobre ele, inclusive sobre capa, título, tracklist e data de lançamento.

O novo trabalho será chamado de Nobody Knows.. e teve a data de lançamento fixada para o dia 10 de setembro. Mas as notícias excitantes não param por ai. Segundo uma nota para a imprensa, Beal disse que Nobody Knows. é uma tentativa de capturar o seu som ao vivo, “enraizado em tudo, do blues orquestra até R&B ambiente e gentis canções de ninar de pura cacofonia”.

O próprio Willis Earl Beal produziu o disco sob o nome de “Nobody”, conceito que influencia, segundo o próprio Beal, o clima do álbum. O conceito central é exatamente esse: “eu sou nada”. Na nota de imprensa, ele atesta: “eu quero ser uma sombra, não o homem a projetando. Esse é quem ‘Nobody’ é”.

Enquanto que Acousmatic Sorcery era Beal sozinho gravando-se, dessa vez ele é acompanhado pela banda que viajou com ele na turnê europeia. E outra: a tracklist aponta para uma colaboração bastante interessante. A segunda faixa, “Coming Through” conta com a participação de Chan Marshall, mais conhecida como a belíssima Cat Power.

Algumas músicas do disco já são conhecidas, embora, com certeza, aparecerão aqui com uma nova roupagem, tais como "Wavering Lines", "White Noise", e "Blue Escape" Segue abaixo a tracklist completa, junto com a primeira amostra de Nobody Knows., a bela “Everything Unwinds.”:

Nobody knows.:

01 Wavering Lines
02 Coming Through [ft. Chan Marshall]
03 Everything unwinds.
04 Burning Bridges
05 Disintegrating
06 Too Dry Too Cry
07 What's the deal?
08 Ain't Got No Love
09 White Noise
10 Hole in the Roof
11 Blue Escape
12 Nobody knows.
13 The Flow


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Melhores álbuns de 2012 - Parte VI

10. Fiona Apple - The Idler Wheel Is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do


Lançado após sete anos de Extraordinary Machine, não tem apenas o nome grande, pois é também um ótimo álbum, talvez mesmo o melhor da carreira pequena, mas bem sucedida de Apple. O disco é todo construído em cima de sua voz, acompanhada por piano e o percusionista Charley Drayton, algumas dão maior ênfase ao piano, outras à percussão, diferente dos seus trabalhos anteriores, que tinha uma estrutura mais formal e acessível.




9. Willis Earl Beal - Acousmatic Sorcery


Ao final do disco, ainda ficamos uns segundos parados tentando assimilar novamente toda a jornada, até que apertamos o play novamente. Caso não aperte ou não consiga nem chegar ao final, tudo bem, mas uma coisa é certa, não há ninguém por ai como esse negro de Chicago chamado Willies Earl Beal, que finalmente saiu do anonimato, por merecimento. Mas provavelmente nunca deixará de ser um “outsider”. Muito menos deseja sê-lo.




8. Alabama Shakes - Boys & Girls


Alabama Shakes é uma estréia – a melhor do ano, por sinal – empolgante de uma banda que ainda tem tudo para crescer e explodir, combinação perfeita do passado e do futuro, blues e rock. Vamos torcer para que sigam no caminho certo.




7. Gary Clark Jr. - Black and Blu


Gary Clark Jr estréia para o grande público com um ótimo disco, cheio de grandes músicas, tornando-se numa das grandes revelações do ano, com certeza. Enquanto existir artistas que ainda acreditam na sua essência o blues permanecerá ecoando por tempo indeterminado.




6. Grizzly Bear – Shields


Com Shields, Grizzly Bear realmente atingem o máximo da potencialidade criativa, expondo belíssimas construções sonoras, impecavelmente arranjadas e com diversas texturas. Cada faixa dá uma impressão de imensa profundidade, sempre deixando algo ainda por explorar. Mas vou deixar de tentar teorizar de forma totalmente incompetente, e vamos falar das músicas em si.




[15-11] [20-16] [25-21] [30-26] [35-31]

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Willis Earl Beal - Principless of Protagonist EP


Uma das novidades mais interessantes que tivemos nesse ano chama-se Willis Earl Beal, que, depois de muito falatório no underground sobre esse negro que atendia ligações para quem quisesse o ouvir cantar e fazia caricaturas, lançou o seu disco de estréia Acousmatic Sorcery, uma estranha e instigante compilação de músicas que, embora com canções muito boas, pecava um pouco pela falta de unidade, já que diferia muito entre uma faixa e outra. Acousmatic Sorcery deixa claro desde a primeira audição, que é um trabalho de amador, de quem não conhece as técnicas de estúdio, muito menos musicais. Foi basicamente as músicas que Beal compôs no seu quarto e gravou num cassete e lançou anos depois, sem um tratamento diferenciado. 

Dessa forma, tendo alcançado certa notoriedade e espaço no meio musical, excursionando pelo pais na turnê de Acousmatic Sorcery, ele teve a chance de testar pela primeira vez aquelas músicas num ambiente ao vivo, cheio de interações, mudanças e surpresas. Isso resultou que ele acabou alterando a maioria das estruturas das canções presentes no álbum. Apesar de serem as mesmas, ele cantava diferente, num ritmo inesperado e desconhecido. Essa imprevisibilidade da apresentação de Willis Earl Beal provavelmente é a maior inspiração para o EP Principless of a Protagonist, que este acabou de lançar via BitTorrent. O EP conta com cinco faixas de Acousmatic Sorcery que foram totalmente regravadas baseadas nessas experiências ao vivo que Beal teve no decorrer da sua turnê. E ele foi muito feliz na escolha nas faixas que foram regravadas aqui, sendo todas elas especialmente os pontos fortes do Acousmatic Sorcery. Dessa forma, o EP todo é muito bom e trouxe uma beleza maior e mais delicada a cada uma das músicas, em especial para “Evening’s Kiss”, que se já era bela no disco original, Beal conseguiu reformulá-la e transformá-la em uma música que carrega uma carga emocional explosiva a ponto de estourar.

“Swing On Low” finalmente teve o tratamento que realmente merece e se aproxima à versão que Beal apresentou no Later Show With Jools Holland, sem aqueles barulhos agoniados presentes em Acousmatic Sorcery. E, por fim, uma versão maravilhosa e fantasmagórica da melhor música de Beal, “Cosmic Queries”, com uma atmosfera de arrepiar.


Principless of a Protagonist, na verdade, também é o nome de um filme em animação que Willis Earl Beal irá lançar em breve no seu website, juntamente com uma compilação de gravações ao vivo. Ele foi criado inicialmente como uma novela em formato de desenho, que Beal vendeu em Chicago por cinco dólares. O cartaz tem as inscrições: "A short filme actually about something". Clique aqui se quiser baixar o EP Principless of a Protagonist, via torrent. Segue abaixo o trailer do filme, destaque para a fala final: "the darkness is always waiting".

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um Giro pela TV: Willis Earl Beal, Girls e Bon Iver!



Essa semana tem sido bastante interessante nos programas de televisão. Começou com a participação estranha e inusitada de Willis Earl Beal no Later Show With Jools Holland, onde tocou a faixa “Swing On Low”, do álbum de estréia recém lançado, Acousmatic Sorcery. Como sempre, Beal fazendo as escolhas mais inesperadas, pois há várias outras músicas no álbum que cairiam muito bem num programa assim, mas parece que ele quer ser o contrário mesmo, apresentando o seu lado mais estranho. Dualidade que provavelmente fez o efeito que Beal queria, de acordo com comentários como: ” Am I missing something? Saw this last night and can not understand how someone who sings that out of tune can get on the UK's main music show. Sad, very sad” ou “Saw this last night and listening again it gives me the shivers...and shivers of the good kind. It's like dark operatic Soul with that Tom Waits touch. Will certainly be looking into this guy more :)”. Mesmo assim, "Swing on Low" fica muito melhor ao vivo, sem uns barulhos que chegavam a incomodar na versão do álbum.



A segunda atração de peso que pintou pela TV gringa foi a banda Girls, quê se apresentou no Conan, trazendo mais um número de seu grande álbum Father, Son, Holy Ghost, do ano passado. Dessa vez a faixa foi “Love is Like a River”. Christopher Owens e companhia inclusive é um dos destaques do segundo fim de semana do festival californiano Coachella. Tomara que eles transmitam ao vivo!



Outra atração de peso do Coachella, mas que já se apresentou nesse último fim de semana, dono do melhor álbum de 2011, Bon Iver continua espalhando sucesso por todo mundo, recebendo inclusive um Grammy. Bon Iver esteve no programa The Ellen DeGeneres Show, especialmente para a Internet e tocou a maravilhosa “Michicant”. Confira:

sábado, 31 de março de 2012

Willis Earl Beal - Acousmatic Sorcery



Willis Earl Beal a cada dia vem ganhando uma notoriedade na cena alternativa americana ainda maior. De cantor de rua, ele passou a ser uma das atrações mais esperadas do ano. Tudo isso por que mesmo tendo ouvido poucas músicas, já se percebe que ele tem uma personalidade muito interessante. Beal é artista em várias áreas, além da música, ele desenha e escreve poesia e ficção. E sempre desesperado por mostrar sua arte. Dispõe seu endereço “write to me and i will make you a drawning” e número de telefone no seu site oficial, que diz “call me and i will sing you a song”, onde as pessoas podem se conectar pelo skype ou até mesmo fazer uma ligação. Várias pessoas dizem ter falado com o próprio, pedido para cantar uma música e ele de fato cantou. Mas enfim, um artista novo que consegue causar tanta curiosidade em torno de si, já é um mérito considerável. Apesar de nunca ter oficialmente lançado nenhuma música, foi aparecendo na rede algumas B-sides de suas músicas em alguns blogs, mostrando um estilo eclético e excêntrico, num estilo que a crítica está chamando de antifolk. Assim ele foi ficando conhecido, até que assinou um contrato para o lançamento de seu primeiro álbum, Acousmatic Sorcery, que é o ponto onde nos encontramos agora, e é onde finalmente podemos conhecê-lo por completo, ou pelo menos o início de um “todo” ainda desconhecido de Willis Earls Beal.



Beal começa a pôr em choque paradigmas como achar que um álbum gravado por apenas uma pessoa seria chato e repetitivo. Acousmatic Sorcery pode ser tudo, menos isso. Você pode odiá-lo, nunca mais querer ouvi-lo, mas cada música é uma descoberta diferente, como andar por território desconhecido. Afinal, é um álbum quase inacessível. Há muito não se tem algo assim na música, muitas vezes demasiado previsível. E muito disso tem haver com a idolatria que Beal nutre por uma personalidade da música: Tom Waits. Waits, durante sua carreira inteira, cantou e conviveu com o grotesco e o belo lado a lado. “eu gosto de uma música bonita que lhe conta coisas terríveis. Todos nós gostamos de notícias ruins vindas de belas bocas”, disse Waits em uma ocasião. Às vezes também pode funcionar o contrário.



Mas, enfim, vamos ao prato principal. “Nepeneoyka” é mais uma brincadeira, somente para criar um clima de espera e, estranheza, presente praticamente por todo o disco. “Take Me Away” é onde começa de verdade, com um blues forte, rasgado, lembrando na voz de bluesman uma fúria sinistra. Pense numa voz! Bem percussiva, é uma das que lembra muito bem Tom Waits. De tão seca, a batida parece ser em algum plástico ou algo assim. Em “Cosmic Queries”, nos seus mais de cinco minutos, nós vamos caminhando cuidadosamente pelos caminhos que Beal nos conduz, tentando entender suas variações, sua melodia. Em menos da metade, já estamos hipnotizados por ela e, por incrível que pareça, sem desvendar absolutamente nada. A voz dele, mesmo em seus momentos mais suaves, é forte e cativante. No final tem a parte profética recitada, que chega a arrepiar.

“Evening’s Kiss”, já conhecida, é aquela balada tocante de chorar, somente no violão. Solidão total. Nela, Beal mostra o quanto pode ser irresistível, se for essa sua intenção. É a música mais pop do álbum, não surpreende ser o single, não imaginaria outra que poderia ser lançada em seu lugar como faixa de divulgação. Mas Beal não quer ser convencional. Quanto mais underground para ele, melhor, que quer ser um tipo ícone do underground. “Sambo Joe From The Rainbow” é sombria, melódica e bela. Beal mostra que mesmo sozinho ainda consegue desenhar simples e significantes arranjos. Estranhas e sinistras faixas seguem agora, com “Ghost Robot” na qual Beal já muda totalmente o estilo, vai novamente bater numa lata e cantando em um ritmo quase de um heavy rap. “Swing On Low” parece que ele está com várias facas tocando em garrafas de coca cola, continuando o ritmo mais acelerado de hip hop. No final da música, meu irmão chegou aqui no quarto e exclamou “que porra é essa?”. Eu ri. Ia responder: “é Willis Earl Beal”, mas preferir somente rir.



“Monotony” é outra de fazer chorar. Difícil imaginar uma simples canção tocada assim no violão pudesse dar vazão à várias melodias e tons que Beal cria nessa faixa. “Bright Copper Noon” começa com algo como vários sinos e é somente o que tem de “instrumento” na música. O resto é a grande voz de Beal, como que isento de todo o noise provado pelos sinos. “Away My Silent Lover” Beal volta a empunhar o violão e soltar belas melodias.

Mas a cereja do bolo realmente é a faixa de encerramento, a incrível “Angel Chorus” e seus oito minutos de duração. Começa só com sons estranhos, mas que não são de fato parte da música. Quando a música marca dois minutos a música começa de fato, sendo recitada à lá Tom Waits com acompanhamento de batidas de violão e assovios. A intensidade vai aumentando mais e mais, até quando tudo parece insano, a voz, o barulho, os assovios. Por fim, uma risada gutural anuncia que a experiência quase surreal de Acousmatic Sorcery chegou ao fim.



Então ainda ficamos uns segundos parados tentando assimilar novamente toda a jornada, até que apertamos o play novamente. Caso não aperte ou não consiga nem chegar ao final, tudo bem, mas uma coisa é certa, não há ninguém por ai como esse negro de Chicago chamado Willies Earl Beal, que finalmente saiu do anonimato, por merecimento. Mas provavelmente nunca deixará de ser um “outsider”. Muito menos deseja sê-lo.

Pois é, agora estou rindo igual ao final de “Angel Chorus”.

A piada mesmo é Acousmatic Sorcery ser lançada pela mesma gravadora de, digamos, Adele.

De qualquer forma, o telefone dele está ai:

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Clipe Willis Earl Beal "Evening's Kiss"

Uma das novidades que mais estou esperando chama-se Willis Earl Beal, um cantor e compositor de Chicago, que irá lançar seu primeiro álbum, Acousmatic Sorcery, em 3 de Abril. O interesse começou quando li uma matéria/entrevista com o cantor na Pitchfork, que conta sua história, que já cantou na rua por troca de moedas e é conhecido por atender a quem quiser ouvi-lo cantar pelo telefone.



Foram antecipadas duas faixas do álbum Acousmatic Sorcery, o que potencializou a expectativa. A primeira, uma triste balada no violão tipo trovador, “Evening’s Kiss”, cujo vídeo, todo desenhado, bem como a capa do álbum, apresenta Willies Earl perambulando sozinho pela cidade, e “Take Me Away”, um noise blues que remete a Tom Waits, influência escancarada na entrevista com a Pitchfork, onde Willis alega ter tudo o que Waits lançou como artista. Muito bom.

“Take Me Away”


“Evening’s Kiss”