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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cobertura Lollapalooza Brasil 2013 - Dia III



O último dia do Lollapalooza Brasil 2013 tinha tudo para ser ressacado. Após shows como os do sábado, ou se ficou muito bêbado assistindo em casa – como eu – ou amanheceram com o corpo todo quebrado – para quem estava lá. No entanto, ainda havia mais um dia e uma grande banda. O line-up do domingo foi, talvez ainda mais do que a sexta, o mais tímido. Mas tinha o grande e esperado show de Pearl Jam, fato que eu nunca poderia ignorar. Foi exatamente por isso que a grande decepção do Lollapalooza Brasil 2013, pelo menos para quem ficou em casa assistindo, foi a proibição de transmissão ao vivo da apresentação de Pearl Jam. Aproximadamente às seis horas da noite, a Multishow emitiu um comunicado informando que a banda não havia autorizado a transmissão do show do Pearl Jam ao vivo e, por esse motivo, iriam encerrar as atividades diretamente do festival mais cedo. Essa notícia, como grande fã de Pearl Jam, me pegou bastante desprevenido. Para quem conhece e é fã da banda e sabe de sua trajetória, com certeza teve a mesma reação. Essa atitude não condiz com tudo o que a banda fez nesses mais de vinte anos de estrada, sempre respeitando, fazendo e pensando o melhor para os seus fãs, inclusive comprando uma guerra “suicida” contra a gigante empresa de ingressos Tickermaster, em meados da década de 90. Pois, enfim, para mim essa foi a decepção do Lollapalooza Brasil 2013, vinda de uma de minhas bandas favoritas.



Dessa forma, perdi todo o interesse nos outros shows. Ou quase. Isso seria um erro que faria passar despercebida a grande apresentação da banda brasileira Planet Hemp e toda sua quota de energia, sarcasmo, críticas e fumaças. Com uma apresentação dividida em três atos, cada qual tendo seu grande hit para ajudar o público a empunhar seus cigarrinhos de maconha e endoidar de vez. No primeiro ato, chamado “O Usuário e a Luta pela Legalização da Maconha”, teve suas cinco músicas para todo mundo pular, como “Legalize Já!”, “Dig Dig Dig (hempa)”, e “Fazendo a Cabeça”. Já o segundo ato, “Os cães ladram mas a caravana não para”, contou com “Queimando Tudo”. Para o terceiro e último ato, “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça”, teve ainda uma bela e emocionada homenagem a Chorão, com a música de Chico Science, “Samba Makossa”. Para finalizar o show, o clássico máximo “Mantenha o Respeito”. Um ótimo show, principalmente quem pôde matar a saudade dessa banda no clima nostálgico do final dos anos 90. Muito bom.

Quanto ao show de Pearl Jam, diante de muita insistência e revolta dos fãs, a banda autorizou o Multishow a transmitir somente uma vez a apresentação no Lollapalooza no sábado, seis de abril, às 21h30. Para o padrão de setlist de Pearl Jam, o show foi bastante burocrático, bem típico de show planejado para público de festival, com muitos hits e poucas surpresas. Mas, afinal, é Pearl Jam. E, com certeza, irei conferir.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Cobertura Lollapalooza Brasil 2013 - Dia II



O segundo dia do Lolla começou com uma surpresa. Eu já estava um pouco decepcionado achando que iria perder dois shows que estava ansioso para ver. Mas, quando começou a transmissão, Gary Clark Jr estava começando a tocar no palco alternativo no canal Bis para meu alívio e felicidade. A surpresa só me deixou desfalcado de cerveja, que tinha programado para ir comprar só mais tarde, mas enfim. Gary Clark Jr já começou dando o seu melhor do blues, com sua melhor música, “When My Train Pulls in”, acompanhada pelos seus épicos solos de guitarra, empolgante do início ao fim. O público desde o início parecia absorvido pelo som. Sensacional. Até agora só com a primeira música, Gary Clark Jr já tinha dado a melhor apresentação do festival. O show seguiu animado e com bastante energia, principalmente pela magia com que Clark Jr toca sua guitarra, é um espetáculo à parte, habilidade técnica impressionante, emoção e performance. Tudo isso conquistou de cara o público. Não é à toa que às vezes ele é chamado de Jimi Hendrix contemporâneo. Depois de duas na porrada, Gary Clark Jr mostrou seu lado mais delicado, com uma balada simplesmente linda. Depois de mais uma rápida, ele paga magistralmente seu tributo a Jimi Hendrix, com “Third Stone From The Sun / You Love Like You Say”. A Jam que ele faz entre as música é ainda mais incrível do que a presente no álbum Black and Blu, Depois ele emenda com outra épica faixa do disco, “Numb”, para quem achava que era impossível viajar ainda mais na guitarra e no blues. Na sequência, mandou mais uma bem forte, “Ain’t Messin Around”, com uma tag de “Satisfation”, dos Stones. Então, ele resolve abaixar o ritmo e mandar outra balada irresistível a soul “Black and Blu”, misturando-a com “Bright Lights”.



O show de Gary Clark Jr. é exatamente o que se espera de um ótimo artista iniciante a fim de conquistar novos públicos. Quem já conhecia, certamente virou ainda mais fã. E quem não conhecia, com certeza ficou marcado pela apresentação e chegará em casa para pesquisar quem, afinal, é Gary Clark Jr. O segundo grande show da noite veio também do palco alternativo, com Alabama Shakes fazendo jus à posição de destaque que conquistaram com o disco de estreia, Boys & Girls. Brittany Howard veio vestida como que para uma premiação, com uma escova boa no cabelo e abrindo com o primeiro hit do grupo “Hold On”. A voz dela está em ótima forma, assim como sua presença de palco. O repertório, como não poderia ser o contrário, foi todo baseado no sucesso de Boys & Girls, tocando suas músicas de maiores sucessos, como “Rise to The Sun”, “Heartbreaker”, “Be Mine”, esta última com Brittany libertando-se da guitarra e se soltando mais no palco. Também teve, claro, a melhor música da banda, “You Ain’t Alone", com mais um show de Brittany. Fico aqui devendo os vídeos de ambos os shows, na esperança de que alguma alma boa tenha gravado a transmissão do Multishow e coloque disponível no youtube.


Como Alabama Shakes foi na mesma hora que Franz Ferdinand, só deu para conferir os minutos finais, com o empolgante clássico “This Fire”. Finalmente estava chegando os dois grandes shows do festival, começando por Queens Of The Stone Age. No palco, tudo o que faz dessa uma das maiores bandas da atualidade, com um setlist praticamente perfeito, com todos os clássicos que a gente pode querer, do início, com “The Lost Art of Keeping A Secret”, do clássico Rated R, passando por “No One Knows”, outro grande hit, dessa vez de Songs for The Deaf, álbum que teve a participação de Dave Ghrol, que também está presente no novo disco da banda. Falando no novo álbum, que sai no meio do ano, entre a contagiante empolgação do público com clássicos, teve tempo para a estreia de uma nova faixa “My God Is The Sun”. Em algumas músicas do Songs For The Deaf, a gente sente muita falta do grande vocal de Mark Lanegan, principalmente em “Hangin’ Tree”. A sequencia final matadora de “Do It Again”, “Go With The Flow” e “A Song for The Dead” cravaram o show como memorável. Contando com as três apresentações que QOTSA já fez no Brasil, no Rock In Rio 2001, com a banda aparecendo pela primeira vez e Nick peladão, no SWU de 2011, já consolidada e com moral no cenário musical e esse show no Lollapalooza, certamente este último foi a mais completa performance, em termos de música e banda.





Eu diria que pela história, Queens of The Stone Age mereceria fechar a noite de sábado do Lollapalooza. Mas a partir do momento que The Black Keys entra no palco, a reação do público mostra o porque da escolha deles como atração principal do dia. O sucesso de El Camino foi incrível e a plateia cantando todas as músicas até ficar sem fôlego completam a transição que a banda teve do garage dos primeiros anos para o mainstream. Performance de uma banda totalmente amadurecida e que sabe que tem o público na palma das mãos. Muitas das músicas fizeram todo mundo pular, mas os destaques vão especialmente para “Next Girl”, “Dead and Gone”, “Gold On The Ceiling” e, claro, a belíssima “Little Black Submarines” e o grande clássico “Lonely Boy”.

Se no primeiro dia a promessa ficou parcialmente cumprida, com o show estático de Flaming Lips, o segundo dia resumiu tudo o que um grande festival deve ter. Bandas revelações, nas presenças de Gary Clark Jr e Alabama Shakes, e shows empolgantes de bandas gigantes como Queens of The Stone Age e The Black Keys.

Terminei o dia completamente bêbado, mas feliz.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cobertura Lollapalooza Brasil 2013 - Dia I



O Lollapaloola Brasil 2013 começou, e logo do início eu percebi que iria perder shows muito interessantes, porque a transmissão da Multishow tanto pelo canal da tv quanto pela web só começou às três e quinze. Isso quer dizer que perdemos o show de Agridoce na sexta feita, mas também significa que perderemos os shows de Alabama Shakes e Gary Clark Jr, no sábado, ambos shows que muito eu ansiava. A transmissão começou com o show de Of Monsters and Men, que fez uma apresentação normal, sem grandes surpresas ou destaques, que é o que normalmente se espera de uma banda que toque numa situação dessas, para atrair novos públicos. The Temper Trap fez inclusive eu desistir por uns momentos e assistir o início do jogo do PSG contra o Montpellier pelo campeonato francês. Mas antes de começar a melhor atração do dia, que era sem dúvidas The Flaming Lips, Cake tratou de reanimar a galera, inclusive nós, que estávamos do outro lado da tv, com um show bem interessante, já começando com “Love You Madly” e a sequência “I Will Survive” e “Never There” e o final com o cover de Black Sabbath “War Pigs”.



Flaming Lips entrou logo no palco provando por que eles são a banda mais louca do mundo, com Wayne carregando uma dessas bonecas de braço e começa com o mais psicodélico possível. Dava para imagina com a tentativa de entrevista com Didi antes de entrar no palco. Didi tentou fazer uma pergunta, mas simplesmente Wayne não tinha o que responder e lançava ainda mais perguntas. Afinal, é disso que se trata de um show de Flaming Lips hoje em dia. O show foi todo baseado no novo disco e os efeitos visuais foram, de certa forma, impressionantes, com belos efeitos de luzes, dignos do filme Avatar, embora o show não tenha sido, para quem estava esperando grandes sucessos do grupo. O álbum The Terror não parece ser o ideal para se tocar em festival. E talvez por isso mesmo, é a escolha da banda tocá-lo na integra. Nada que seja convencional satisfaz Wayne e sua banda. Mas depois da segunda música eles tocaram “The W.A.N.D”, para animar mais um pouco, mas sempre com as loucuras teatrais de Wayne e seu bebê. A apresentação é normalmente difícil para o público, o que fica comprovado com as imagens de cima do público, com todas as cabeças paradas, simplesmente vendo o que pode ser feito no próximo segundo. Afinal de contas, é disso que se trata um show de Flaming Lips, o inusitado sendo multiplicado ao máximo.




O psicodelismo vai sendo levando ao extremo no decorrer das próximas músicas, como “Try To Explain”, do novo disco the Terror, com Wayne semnpre segurando seu bebê no colo. Mas ai emenda com “Silver Trembling Hands”, ainda pedindo uma ajuda no final com seus “ohhh”. “You Lust” é mais uma do novo disco. Depois, Wayne volta a pegar a bebezinha nos braços. Mas eles parecem que querem mesmo ser tão loucos quanto possível. Continuam mandando as novas músicas do novo disco, mesmo com a recepção fria do público em geral. A metade final do show foi sem dúvida alguma a melhor. Afinal, ele emendou pela primeira vez uma sequência de hits, como “Are You a Hypnotist?” “One More Robot”, “Yoshimi Battles the Pink Robots, Pt 1” e, finalmente, “Do You Realize”. Concluiu o show com a bela “All We Have Is Now”.





Mesmo com o esforço reconhecido na metade final do show, a primeira banda realmente aguardara acabou se tornando um pouco fraca, esperava mais do setlist, apesar de visualmente a apresentação ser sensacional, muito linda e hipnótica.

Apesar de ser fã de Flaming Lips, devo tirar o chapéu para o The Killers. Inicialmente, vendo o line-up, não conseguiria imaginar the Killers à frente de Flaming Lips. Mas, após o primeiro dia, posso ficar tranquilo quanto a isso. Não que eles tenham sido melhores, mas eles realmente levantaram muito mais o público do que Flaming Lips, “Somebody Told Me” é um dos bons exemplos disso. A sexta havia acabado. E que venha o sábado. Ele veio, com todas as suas promessas realizadas.

 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cobertura Filho do Blues: Lollapalooza Brasil 2013 - Programação


O Filho do Blues teve a honra de cobrir para seus leitores eventos marcantes nesses últimos anos, destaco principalmente a cobertura dos dois shows de Pearl Jam em São Paulo, em novembro de 2011 e o histórico show de Paul McCartney em Recife, em março de 2012, que foram feitos in loco. Mas como a paixão pela música não está limitada à presença nos respectivos eventos, o Filho do Blues também teve o prazer de cobrir e falar sobre os principais shows do Rock in Rio de 2011, da primeira edição brasileira do festival Lollapalooza, em 2012, do SWU e até mesmo do Global Citizen Festival. Sendo assim, o Filho do Blues não poderia ficar de fora da cobertura especial do segundo Lollapalooza no Brasil.

 A segunda edição brasileira do festival Lollapalooza acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de março, reunindo atrações de grande destaque na música alternativa dos últimos anos. A festa já começa na sexta mesmo, com uma das principais atrações da noite sendo a banda The Flaming Lips, com início programado para seis e meia e é uma das bandas que tem um álbum na gaveta, que sairá em Abril. A expectativa é se será um show de hits ou com várias músicas novas. The Killers fecha o primeiro dia de festival com a apresentação marcada para nove e meia. Um show nacional que também valerá a pena curtir é o projeto paralelo de Pitty, Agridoce, que começa a tocar de duas e quinze e mescla o som com o folk que resulta num trabalho muito interessante. Bom mesmo seria se ela transformasse esse em seu projeto principal. Mas, enfim, continuemos.



O melhor dia será com certeza o sábado, 30, com várias apresentações de bandas que conquistaram grande espaço nos últimos anos. Um das atrações principais da noite é Queens Of The Stone Age, que começa a tocar de seis e quarenta e cinco e volta ao Brasil após o show no SWU, de 2011, com um álbum na gaveta que será lançado em junho deste ano e com a promessa de soltar algumas faixas inéditas no show. A atração que fecha o dia na Cidade Jardim é The Black Keys, que traz para o Brasil o sucesso com o último disco El Camino. A Perfect Circle também toca entre as duas atrações, começando de oito horas. Alabama Shakes, começa de cinco e meia no palco alternativo que foi, de longe, a estreia mais empolgante de uma banda em 2012 com Boys & Girls e o blues de Gary Clark Jr, que toca às três e meia, também no palco alternativo.



Para finalizar o festival, no domingo, dia 31, Lirinha se junta a Eddie e fazem um show às duas e quinze na Cidade Jardim. The Hives toca de seis e quinze, enquanto Pearl Jam retorna ao Brasil após aquela turnê de 2011 com expectativa de soltar alguma música nova, já que eles estão preparando a sequência para Backspacer, com o show previsto para oito e quarenta e cinco da noite.

Por falta de patrocínio, o Filho do Blues fará a cobertura toda de casa, assistindo todos os detalhes através do canal Multishow, entornando uma cerveja atrás da outra.




terça-feira, 19 de março de 2013

The Flaming Lips @ SXSW


O fim de semana foi de intensa atividade para a banda The Flaming Lips e seus fãs. Eles tocaram no festival SXSW dois shows que se pode dizer que foram, no mínimo, memoráveis. Um deles foi histórico e o outro teve o selo de ousadia que só a trupe de Wayne Coyne poderia ter. Pela primeira vez, The Flaming Lips tocou na íntegra um de seus álbuns mais aclamados, o eterno clássico de 2002, Yoshimi Battles The Pink Robots, em forma de musical. O disco, o qual contém inúmeros hits da carreira dos Lips, tais como “Do You Realize”, “First Test”, e “Yoshimi Battle The Pink Robots Pt 1”, para citar apenas alguns, foi tocado com um palco totalmente novo, feito especialmente para a ocasião. Também há rumores de que o projeto do musical de Yoshimi irá para a Broadway. Bem, se uma coisa no decorrer de todos esses anos nos mostrou, é não dá para duvidar de Wayne, em nada.

O outro show também foi memorável, marcado pela ousadia característica da banda. Eles tocaram, também na íntegra, o novo álbum, The Terror, pela primeira vez. Wayne o descreveu como sombrio, lento, com algumas músicas um pouco difícil de digerir ao vivo. Em entrevista para a Rolling Stone, Wayne falou que era um grande desafio para a banda, porque normalmente em shows, quando a banda toca umas três ou quatro músicas lentas seguidas, uma parte do público tende a perder o interesse. Mas era exatamente esse desafio que os movem, de fazer algo que não fizeram antes. Segundo o jornalista da Rolling Stone que acompanhou o show, disse que realmente a reação do público foi dividida. Enquanto alguns pareceram não curtir, outros estavam atentos ao que acontecia no palco. Para equilibrar mais a reação geral, no final a banda tocou alguns clássicos e todos saíram felizes.

O site de fãs do Flaming Lips, Slow Nerve Action, gravou o show do The Terror ao vivo e o disponibilizou no soundcloud, o som é meia boca, mas dá para ter uma idéia enquanto não sai de fato o disco. E para nossa sorte, o show de Yoshimi na íntegra foi gravado em vídeo e disponibilizado no youtube.

Não perca tempo e confira agora:



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Destaques do 12.12.12 - Todos por NY


A noite de ontem, no show 12.12.12 – Todos por NY, evento cujo objetivo era angariar recursos para as vítimas do Furacão Sandy, reservou grandes surpresas e ótimos momentos. Como era de se esperar, de acordo com o anúncio anterior de Roger Waters, “Comfortably Numb” com Eddie Vedder cantando a parte original cantada por David Gilmor ficou impecável. Também houve momentos totalmente inesperados, como a reunião dos integrantes vivos do Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, destaque especial para o visual de Novoselix, que, junto com Pat Smear e, ninguém menos que Sir Paul McCartney, tocaram a nova música resultada dessa união, bem pesada e, para variar, Dave detonando na bateria, “Cut Me Some Slack”.

O momento comédia ficou por conta do ator Adam Sandler, que fez uma paródia da obra-prima de Leonard Cohen “Hallelujah”, tornando-a um divertidíssimo tributo às cidades de Nova Iorque e Nova Jersey. A apresentação de Chris Martin, líder do Coldplay, R.E.M., teve o reforço de Michael Stipe, ex-R.E.M, que estava aposentado após o fim da sua legendária banda, para tocar sua obra-prima, a clássica “Losing My Religion”.

Como os highlights são muitos, colocarei abaixo para quem conseguiu ficar acordado até tarde ver novamente, e para quem sucumbiu ao sono ou não soube do show à tempo, possa ver: 






quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Transmissão ao vivo de "12.12.12 - Todos por NY", pela Multishow hoje!


A data bem especial, 12/12/12, merece uma boa comemoração, principalmente quando junta-se a isso uma boa causa. É exatamente o que vai rolar no “12.12.12. - Todos por NY”, que terá toda a renda revertida para as vítimas do Furacão Sandy, que devastou a costa leste dos Estados Unidos no mês passado. O show, inclusive, transmitido ao vivo pelo canal Multishow, que vem dando um banho de cobertura nesse tipo de evento.

Como é fácil deduzir, o show acontecerá em Nova Iorque e terá participação de peso, com nomes como Sir Paul McCartney, Eddie Vedder, Roger Waters, The Who, Dave Grohl, Bruce Springsteen, dentre outros. Para antecipar a noite, Roger Waters, em entrevista para um programa de TV dos EUA, afirmou que terá ajuda de Eddie Vedder em Comfortably Numb. Bem, essa não podemos perder.

A transmissão, diretamente do Madison Square Garden, pelo Multishow, começará às 22h30, horário de Brasília.

Enquanto isso, fiquem com o vídeo de "Long Road", tocado por Eddie Vedder, Neil Young e Mike McCready no show para as vítimas do atentado às torres gêmeas, em 2001.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Neil Young & Crazy Horse Live @ Global Citizen Festival


Se você perdeu por algum motivo a transmissão ao vivo do Global Festival, que foi ao ar no último sábado, dia 29/09/2012, e contou com shows de Band of Horses, Foo Fighters, The Black Keys e o gigante Neil Young, junto com Crazy Horse, fechando a noite, não há mais motivo para se preocupar. 

Abaixo segue o vídeo do melhor show da noite, Neil Young, como já era de se esperar. Claro, não é subestimando nenhuma das outras bandas, principalmente Foo Fighters e The Black Keys, que estão em momentos soberbos de suas respectivas carreiras, fazendo shows cada vez para um público maior e mais enérgico. Mas não se trata só disso. É só Neil Young entrar no palco que você já sente uma atmosfera diferente, algo que ultrapassa o sucesso, discos vendidos ou aprovação do público em geral. É a própria história que está em pé ali com uma guitarra pendurada no pescoço. É uma lenda viva. Do primeiro minuto ao último, Neil prova que ele não vive somente pela reputação, entregando um show empolgante, mesmo sem tantos clássicos quanto poderia ter. Isso porque o setlist com oito músicas, contém apenas duas músicas antes de 1979. 

O show começa com tudo, numa versão épica de quase quinze minutos de “Love and Only Love”, com Neil e Poncho claramente se divertindo bastante, tocando um olhando para o outro. Seguiu, para delírio geral, com a clássica “Powderfinger”. Antes de começar “Born In Ontario”, faixa que estará presente no próximo disco de Neil Young & Crazy Horse, Neil conta que ela é autobiográfica, e relembra a primeira vez que foi à Nova Iorque para uma audição. “É um ótimo lugar, muito embora eu não tenha sido aprovado”, concluiu ele. Logo depois a banda começa outra nova música, desta vez numa versão completíssima da faixa que tem tudo para ser o carro chefe de Psychedelic Pill, “Walk Like Giant”. Então começa a parte acústica do show, com a clássica “The Needle and The Damage Done” e a mais uma nova “Twisted Road”. 

Tem que ser um parágrafo à parte para o final, porque foi um show à parte, com “Fuckin’ Up” e uma versão de dez minutos da majestosa “Keep On Rockin’ In The Free World”, contando com a ajuda de membros de grande parte das bandas participantes do Global Festival, como Dave Grohl, do Foo Fighters e Dan Auerbach, do The Black Keys, entre muitos outros. Confira abaixo o show na íntegra:

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Atrações do Lollapalooza Brasil 2013 foram anunciadas e os preços também!


Depois de muita espera e o dobro de rumores, foi anunciado as atrações edição brasileira do festival Lollapalooza, realizado pela segunda vez no Brasil. E deve ser dito que dessa vez eles capricharam, formando um line-up de impor respeito, com nomes que agradam o público maior, como Pearl Jam, que volta ao Brasil no menor espaço de tempo da carreira, já que fizeram uma turnê sul-americana em 2011, e Queens of The Stone Age, e várias bandas alternativas, desde a clássica Flaming Lips, passando pelo sucesso de The Black Keys e terminando com a novata Alabama Shakes, que, com certeza, o público alternativo está curiosíssimo para conferir ao vivo. O festival acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de março de 2013, no Jockey Club de São Paulo. A pré-venda começa para os já cadastrados no dia 02/10/2012 e para o público em geral no dia 16/10/2012. O preço é que está bem salgadinho, com o pacote de R$ 900,00 para os três dias de festival. Acho que as estatísticas dos novos-ricos que chegam para os produtores estão equivocadas, ou sou eu quem só conhece liso. Mas, enfim, quem não tiver a grana, sempre há a possibilidade de grudar na transmissão básica do Multishow, ou pela TV ou pela internet! Confira abaixo o vídeo promocional do evento:

 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Transmissão ao vivo do Global Festival, na Multishow


Procurando um bom programa na televisão para apimentar o sábado a noite? Bem, você encontrou. Isso porque o canal Multishow, da Globosat, irá transmitir ao vivo, tanto na TV quanto na web, o Global Festival, que acontece em Nova Iorque. O Global Festival acontece na mesma semana de um importante evento, a Assembléia Geral da ONU, que também ocorrerá em Nova Iorque. O festival é organizado pela ONG Global Poverty Project, que luta contra a desigualdade social e tem vários programas voltados para os jovens. Mas o melhor mesmo são as atrações, dentre as quais pequenos nomes como, Foo Fighters, Band of Horses, Black Keys e Neil Young & Crazy Horse.

Segue abaixo a programação para você já ir comprando a cerveja e reservar o lugar no sofá:

18h Abertura
18h03 K’Naan
18h25 Band of Horses
18h55 Black Keys
20h Foo Fighters
21h05 Neil Young & Crazy Horse
21h55 Encerramento

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Jack White Live @ American Express Unstaged


A apresentação de Jack White no New York’s Webster Hall, transmitida ao vivo na internet e dirigida por Gary Oldman, está disponível no youtube na integra. O filme começa com uma briga de apresentação entre Jack e Gary, a brincadeira que chega a tirar sangue dos lábios de Gary. Antes do show propriamente dito, Jack toca no estúdio com suas bandas “I Guess I Shoud Go To Sleep” e “Blunderbuss”, com sua banda de mulheres, chamada The Peacocks, que acompanha Jack na primeira parte do show. Este, inclusive, já começa com a clássica música de White Stripes “Dead Leaves and The Dirty Ground” e deixa claro que Jack White irá revisitar sua carreira das suas bandas anteriores. A versão atualizada deixou a música ainda melhor, com a banda completa e os backing vocals femininos, cantando a parte “i didnt feel so bad till the Sun went down...”, para seguir com um solo de guitarra clássico de Jack.

Depois de “Dead Leaves...”, vem uma sequência de músicas novas que soam ainda melhor ao vivo do que na versão de estúdio. “Missing Pieces” ganha muito mais energia, assim como “Freedom at 21”. Termina a sequência de Blunderbuss com “Love Interruption”. Começa a mais uma parte de revisitação de trabalhos antigos com mais um clássico dos Stripes, a ótima “Hotel Yorba”, deixando o público cantar uma parte. A faixa seguinte “Two Against One” é do projeto Rome, de Danger Mouse, Daniele Luppi e tem participação de Jack White nos vocais. “Top Yourself” é do The Raconteurs. O sucesso de White Stripes é algo muito maior do que qualquer outra banda que Jack participou e é o que prova a reação do público em “I’m Slowly Turning Into You” e em todas as outras. “Take Me With You When You Go” termina a primeira parte do show.


A banda de garotas fica no camarim e sobe ao palco Los Buzzardos, com todos os integrantes homens. Fica muito interessante essa troca de banda, ambas musicalmente são muito boas, dá pra sentir uma dinâmica forte entre Jack e cada uma delas. No intervalo, um pouco longo, enquanto estão ajeitando o palco, Gary Goldman fala diretamente da cabine de controle, de onde estão fazendo a transmissão e apresenta rapidamente sua equipe. Essa parada serve também para deixar claro que são duas bandas diferentes. Jack também volta com outra roupa, agora todo de preto. Na primeira parte do show ele estava num visual mais clássico e social. A segunda parte começa a todo vapor com “Sixteen Saltlines”, ainda mais empolgante ao vivo. Depois de mais uma do Dead Weather, “I Cut Like a Buffalo”, vem a sequência com as melhores faixas de Blunderbuss, “Weep Themselves to Sleep” e “Trash Tongue Talker”, esta com Jack no piano. Na sequência, no momento acústico do show, Jack paga tributo ao country de Hank Willams tocando “You Know That I Know”. Ficou linda também a versão de “We’re Going To Be Friends”, do White Stripes, que ao invés de apenas Jack e o violão, entrou toda a banda, ficou perfeita a nova versão. Confesso que nessa hora deu uma saudade de Meg, era tão lindo ela lá marcando o ritmo, toda tímida. “Hypocritical Kiss” encaminha o show para o final, que conta com uma do Raconteurs, “Carolina Drama” e duas clássicas dos Stripes “Hello Operator” e “Seven Nation Army”, numa versão remodelada e que fecha o show.

A compilação do antigo com o novo, a exploração do passado de sucesso junto com as ótimas músicas novas, e a já conhecida e atestada qualidade de Jack White, resultam em uma forte e poderosa combinação. Todos os ingredientes para um grande show.

 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Transmissão ao vivo de Jack White no American Express Unstaged


Jack White está utilizando todos os meios que a tecnologia permite para divulgar seu primeiro álbum solo Blunderbuss. Hoje será transmitido ao vivo via este canal do youtube o show direto do New York’s Webster Hall, para o American Express Unstaged. O canal já está no ar com alguns vídeos de teaser, além de um Inside Look, onde Jack se encontra com o diretor Gary Oldman e conversam sobre o show. Além da briga entre os dois no primeiro encontro que faz sangrar Oldman, Jack toca com sua banda de mulheres “I Guess I Should Go To Sleep”, muito interessante o som que fazem no piano, literalmente duas pessoas tocando o mesmo piano e a faixa título "Blunderbuss". Num papo informal dentro do carro, Jack conversa com Oldman sobre o show e a relação entre suas bandas de homens e mulheres. Jack diz que ele gosta de tocar uma mesma música com bandas diferentes, porque sempre consegue versões diferentes. O difícil é, no meio do calor do show, saber como é a versão que aquela banda específica toca. Bem, saberemos todas essas coisas logo mais.

Em tempo: não que isso importe muito, mas Jack White está prestes a chegar pela primeira vez no topo da Billboard com Blunderbuss. Parece que todo esse trabalho está dando certo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Paul McCartney - 21/04/2012 - Recife/PE


Um grande show, naturalmente, vem acompanhado por imensa expectativa. A própria cidade estava ansiosa por esse show, que com certeza acompanhou tudo com seus velhos olhos históricos e registrou cada momento muito melhor do que as milhares de câmeras fotográficas e similares presentes no público. Eu, como fã dos Beatles, estava consciente que já estava presenciando um momento inesquecível, não importava como Paul conduzisse o show. Ouvir aquelas músicas que marcaram gerações por um dos membros originais já era sonho o suficiente. Mas não, Paul e sua excelente banda, conquistaram todos os 50 mil espectadores, que saíram, com certeza, maravilhados, não importando se eram fãs de carteirinha, fãs casuais ou simplesmente quem queria ir para um programa que estava sendo tão falado nos meios sociais em um sábado a noite.

Mas vamos do início. Saímos de casa por volta das três e meia da tarde e chegamos às mediações do Arruda bem rápido, de onde já se dava para perceber o movimento crescente. Fomos diretamente para a fila, que a esta hora já estava com um tamanho considerável. Em torno de quatro e meia a fila começou a andar, o que causou uma esperança para que a abertura dos portões fosse antecipada. Mas foi só a esperança mesmo, pois, ao invés de abrir os portões de cinco e meia, como estava previsto, foram abertos somente um pouco antes das seis e meia. Único ponto negativo da produção, muita espera, muito incomodo, enfim.

Subimos rapidamente para nosso setor de arquibancada superior e pegamos um bom lugar na lateral direita do Estádio, com boa visão para o palco. Daí em diante, era só esperar três horas e ver lentamente e ininterruptamente o público tomando seus lugares no Arruda. Às nove horas o Estádio já estava completamente lotado. Muito bonito de se ver. Para esquentar o clima para o show, entrou um DJ que tocava versões de músicas dos Beatles. Em algumas, como “Come Together”, “Twist and Shout”, dava para sentir como o público já estava a fim, ensaiando uns coros, mas em outras essa junção de Beatles com eletrônico ficou bem ruim, mas que serviu bem o seu papel, uma distração para passar o tempo.

 

 Papel que Sir Paul começou a usar das nove horas até a hora do show, de nove e meia da noite. Começou a passar nos telões do palco uma série de imagens, que iam passando tipo filmes fotográficos, da história dos Beatles e de Paul. Algumas imagens interessantes levantavam o público, como uma que a foto do Sir Paul tomava o telão inteiro ou quando aparecia claramente os quatro Beatles reunidos. No exato momento quando tudo aquilo começava a cansar, o show finalmente começa, para delírio dos cinquenta mil presentes.

A primeira música é a simbologia que fica da impressão do que está por vir. “Magical Mystery Tour” fez transformar o sonho em matéria. De alguma forma, aquilo estava realmente acontecendo. Depois ainda veio um “boa noite, pernambucanos!” para acabar com qualquer dúvida. O show continuou com “Junior’s Farm”. Vale a pena registrar o imenso carisma de Paul McCartney. Com um imenso e invejável currículo, ele não precisa de mais nada para conquistar o público. Poderia simplesmente subir ao palco, tocar várias de suas incríveis músicas e ir embora sem falar uma palavra com o público. Mas esse não é o modo do bom moço e gentleman Macca. No decorrer do show inteiro, a cada intervalo de música, Paul se dirigia ao público sempre de maneira descontraída, quase como um menino de 15 anos, cheio de dancinhas engraçadas e irreverentes, “obrigado”, “thank you” “peeeernambuucooo”, perrncambucanos”, “recifianos” e “ohhh” “yeaaa” “yhhiiii”. A essa altura ele soltou um “povo arretado”, como se precisasse de algo mais para conquistar o já conquistado. O público, claro, foi ao delírio diante da fala inesperada. Após o clássico dos Beatles “All My Loving”, que fez o Estádio inteiro cantar, foi a vez do clássico dos Wings “Jet”, muito bom. “Got To Get You Into My Life”, do Revolver, um dos melhores álbuns dos Beatles também foi tocada, para delírio de muitos, inclusive meu. Após a dançante “Sing the Changes”, veio a primeira grande surpresa do show. Pensando que a setlist seria bem engessada, Sir Paul anuncia que a próxima música será a primeira vez que será executada no Brasil, e então começa “The Night Before”.

Conhecido muito por seu clássico baixo na época dos Beatles, Paul mostra também que empunha guitarra muito bem, no momento guitar-hero do show, com a sequência “Let Me Roll It” e um trecho de “Foxy Lady”, de Jimmy Hendrix, que segue com dois clássicos dos Beatles, “Paperback Writer” e a belíssima e inigualável “The Long and Winding Road”, incrivelmente bela ao vivo, uma das que eu mais estava esperando para ouvir. Depois de “1985”, chega um dos momentos mais emocionantes do show, aquele que faz os enamorados chorarem (né, amor?). Paul anuncia que a próxima foi feita especialmente para sua esposa, com um vídeo de participação de Natalie Portman e Johnny Depp. O vídeo, inclusive, passa no telão, enquanto rola “My Valentine”, muito bonito. Depois de um tributo para a atual esposa, é a vez de pagar o tributo para a falecida Linda, com “Maybe I’m Amazed”. Em “And I Love Her”, o momento de ficar abraçadinhos continua, que conta ainda com uma dancinha impagável de Paul. Antes de “Blackbird”, Macca diz que a música foi feita em um momento em que o mundo passava por uma situação delicada em relação aos direitos civis. Essa parte, com o público acompanhando com palmas, foi muito emocionante. “Here Today” Paul diz que escreveu para seu amigo e parceiro John.

 

“Dance Tonight”, além de muito divertida e animada, tem um show à parte do baterista Abe Laboriel Jr, que fica dançando na bateria enquanto fica só batendo no bumbo, marcando ritmo. Várias dancinhas fazem o público gargalhar, enquanto se diverte e dança com a música. Em “Eleanor Rigby”, uma das melhores músicas dos Beatles, seria interessante que Paul deixasse para o público cantar o refrão, certamente seria lindo. Mas nada tirou o brilho dessa canção maravilhosa. Em “Something”, Paul pegou o ukulele e disse que esse era um dos instrumentos favoritos de George Harrison e por isso iria fazer essa música assim em sua homenagem. De fato, prefiro a versão original, mas a nobre intenção vale o sacrifício, até por que na metade da música volta a banda toda e público faz um dos maiores coros da apresentação. Depois disso, acontece uma dos momentos em que mais vibrei, quando Paul disse que esta era para Ringo e fez uma curta versão inesperada de “Yellow Submarine”, sensacional.

 

 Depois disso começa uma das melhores seqüências de todo o show, “Band On The Run”, claro, magnífica ao vivo. Entre uma música e outra, mais gritinhos de ohhhh, uhhh, yea, ok, ok, de Paul para “Ob-La-di, Ob-La-Da”, que faz sorrir mesmo o mais carrancudo dos espectadores, com milhares de máscaras das diversas fases de Paul. “Back In The U.S.S.R” e “I’ve Got a Feeling”, em mais um momento guitar-hero, com uma Jam poderosa no final, mudando o ritmo e tudo. “A Day In A Life” é simplesmente um dos momentos mais surreais do show, como a própria música sugere, seguindo com a clássica “Give Peace A Chance” e o Estádio inteiro cantando. “Let It Be” cumpre a sua missão e faz todos gritarem o máximo que podem. Então começa “Live and Let Die”. Não é nem de perto a melhor música de Paul, mas no show é certamente uma das mais memoráveis. Todos já sabem dos fogos e tudo mais, mas quando se vê ao vivo é muito diferente. Todos ficam alucinados, quando começam os explosivos e tudo ao redor treme. Ninguém sabe se grita, canta, pula ou faz tudo ao mesmo tempo. Para fechar a primeira parte do show, uma versão épica de “Hey Jude”, com massiva participação do público, graças ao maestro Paul, que fez continuar o Na nana nanana por vários minutos, só homens cantando, só mulheres e o Estádio inteiro. O cântico continuou até mesmo quando a banda saiu do palco para um breve descanso.

 

Enquanto a banda volta para o palco, o tecladista igualzinho a Edgard Scandurra segurava a bandeira da Inglaterra, o guitarrista a do Brasil e Sir Paul, para delírio geral, empunhava a bandeira de Pernambuco. banda voltou para mais uma sequência de clássicos, com “Lady Madona”, “Day Tripper” e “Get Back”. Na volta para a parte final do show, Paul convidou algumas pessoas para o palco, gente de Manaus, Paraná, São Paulo e Recife. E por fim começou uma das partes mais aguardadas, a clássica “Yesterday”, o heavy de “Helter Skelter” e a sequência incrível de “Golden Slumbers/Carry The Weight/The End”. Depois de quase três horas de show, Paul, um “menino” de quase 70 anos, despediu-se com um “até a próxima”. Bem, se no início do show parecia que, com o calor nordestino, Recife mataria Paul, no final fica claro: é Paul, que esbanjando simpatia, energia e rock’n roll, matou o Recife. Show arretado!

 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Alice in Chains ao vivo no SWU 2011



Talvez a atração mais esperada do festival SWU foi Alice In Chains, uma das maiores bandas dos anos noventa, da fase grunge de Seattle. Muitas brigas e tensões decorrentes da dependência de drogas do vocalista Layne Staley, fizeram a banda chegar a um fim não anunciado no final dos anos noventa. A tragédia de fato aconteceu anos mais tarde, em 2002, com a morte por overdose de Layne. Jerry Cantrell se dedicou a carreira solo até que em 2004 começou rumores do retorno de Alice In Chains, o que de fato aconteceu, com William DuVall substituindo o insubstituível. Talvez seja por isso que é tão complicado falar de um show de Alice In Chains nos dias de hoje. Mesmo Cantrell sendo a mente da banda, como principal compositor, a química e o estilo do vocal de Layne é único. Era a alma do Alice In Chains. Substituiu por um bom vocalista, tecnicamente. Mas não tem a alma de Layne. Enfim, polêmicas a parte, vamos ao show. Setlist impecável.



Detonaram logo tudo com a seqüência inicial de “Them Bones” e “Dam That River”, “Rain When I Die” e “Again” com o público ensandecido pulando sem parar. DuVall pareceu ter alguns problemas de som com o microfone na primeira música, mas conseguiu tirar de letra. Em músicas assim mais características do vocal de Layne, vemos que DuVall é esforçado, é um bom e carismático vocalista. Mas, novamente, há algo faltando. Em alguns momentos parece que estamos ouvindo uma banda cover de Alice In Chains, que toca muito, muito bem. O legal é que ele tem personalidade, não se intimida por estar substituindo uma das lendas de uma geração, ele tem postura de palco, interage ele mesmo com o público, como no “estamos muito felices de estar aqui, finalmente,” bem encaixado e à vontade. Junto com os clássicos, eles misturaram muito também com músicas do Black Gives Way to Blue, de 2009, único lançado com a formação que tocou no show. Confesso que não havia escutado nenhuma deste trabalho e me surpreendeu a reação do público. Mesmo com as músicas mais desconhecidas, eles não deixaram o ritmo cair. Só “Your Decision” que achei um pouco chatinha. Mas o principal é que isso também mostra personalidade, coragem e vontade artística de fugir da zona de conforto, criar algo novo e não apenas ficar sobrevivendo de glórias passadas.

Mas não importa, o que a galera de festival quer mesmo são os clássicos e eles colocaram as novas no meio das antigas. Após a sequência arrasadora de “Got Me Wrong” e “We Die Young”, tocaram a recente “Last of My Kind”, que depois soltaram “Down in a Hole” e "Nutshell”, esta dedicada especialmente a Layne Staley e Mike Starr. “Nutshell” e “Rooster” são os momentos que a gente mais sente falta da voz de Layne. O solo de Cantrell no final ficou incrível. Desse jeito o ritmo não cai em momento nenhum.

E de fato não caiu. Mais: a parte final do show foi irretocável. Se eu que vi pela TV achei isso, imagina quem de fato estava lá no meio do público. Inesquecível. A seqüência final fala por si só, começando com “Man In The Box”, para delírio geral, seguiu simplesmente com “Rooster” e “No Excuses”, para terminar com o clássico máximo de “Would?”.

Show memorável de uma banda de coragem que tenta sobreviver à perda de um integrante essencial para o seu DNA. Em alguns momentos parece conseguir, em outros não. Mas no geral pode-se dizer com certeza que ainda vale a pena ver Alice in Chains ao vivo.


Black Rebel Motorcycle Club ao vivo no SWU 2011



Mais um show bastante interessante no SWU deste ano foi a banda americana Black Rebel Motorcycle Club, ou, se preferir, BRMC, tocando pela primeira vez no Brasil, apesar de anos de carreira e cinco álbuns de estúdio lançados. O show começou ainda na tarde do último dia de festival, sendo talvez uma das menos conhecidas do dia que ainda teria clássicos como Sonic Youth, Alice In Chains e Faith No More. Mas não fizeram feio em momento nenhum. O público, enfrentando muito frio e chuva, ainda estava chegando quando o trio pintou no palco no seu estilo bem sombrio. A setlist foi democrática de acordo com a carreira da banda, exceto que pareceram negligenciar o melhor álbum, Howl, e só tocaram uma música dele, enquanto dos outros foram três.



O show começou com uma seqüência do álbum Baby 81, de 2007, com “666 Conducer” e “Berlin”. Depois saiu com a ótima “Beat the Devil’s Tattoo”, do último álbum com mesmo nome, muita guitarra e harmonia. Bom demais. Certamente um dos pontos altos do show. Outros momentos igualmente empolgantes foram a bela “Bad Blood”, a estrofe com a voz sombria de Robert e o refrão sensacional cantado por Peter, que depois pegou o violão e a gaita e soltou “Ain’t No Easy Way”. Logo após “Love Burns” rasga tudo o que ainda não tinha sido rasgado. Um pouco de fogo em meio à chuva. A destruição continua com “Conscience Killer”, com a pegada mais punk. Essa segunda parte do show é mais porrada, com “Six Barrel Shotgun” e terminando o show com “Whatever Happened to My Rock’n’ Roll”.

Um bom show do BRMC, só com duas reclamações, uma bem pessoal, que gostaria de ter visto mais músicas do álbum Howl na setlist, e a outra pelo espetáculo, pelo show ter sido visto por pouca gente.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonic Youth ao vivo no SWU



O festival de música e sustentabilidade SWU (sigla para "Starts with you"), pode ter sido palco do último show da carreira do Sonic Youth. Ainda não é oficial, mas os rumores correm sem parar, motivados principalmente pela notícia de separação de Thurston Moore e Kim Gordon, casados desde 1984. Thurston Moore anunciou também uma turnê solo para promover o seu álbum solo, Demolished Thoughts, que vai de novembro até fevereiro. Até lá, o futuro de Sonic Youth é incerto.



Sobre o show, Sonic Youth já veio várias vezes ao Brasil e certamente fez shows mais antológicos do que este. Infelizmente, por ser um show de festival, o setlist foi curto, com apenas doze músicas, muito pouco para uma banda com uma carreira como a do Sonic Youth. Aproveitando o curto espaço de tempo, eles também poderiam ter focado mais nos clássicos, mas ainda assim, o show teve grandes momentos, como a incrível "Mote", "Cross the Breeze", "Suger Kane" e, claro, "Teenage Riot".



O show teve várias músicas com Kim Gordon nos vocais, destaque para "Sacred Trickster". O final de "Mote" é impagável, definição pura do que é Noise no rock. Emendando com "Cross The Breeze", certamente a melhor com Kim Gordon cantando. Ficou realmente perfeito. E o final com a sequência de "Sugar Kane" e "Teenage Riot" também foi o momento máximo do show. Caso os rumores se confirmem, foi uma despedida tímida para o porte dessa banda. Então vamos torcer que eles se ajeitem e consigam manter-se juntos e fazer muita música boa ainda. No final Thurston Moore dá uma esperança: "can't wait to see you again".

Segue abaixo o setlist completo e o vídeo do show completo:

Setlist: Sao Paulo, Brasil, Festival SWU, 11/14/11:

01 Brave Men Run
02 Death Valley '69
03 Sacred Trickster
04 Calming the Snake
05 Mote
06 Cross the Breeze
07 Schizophrenia
08 Drunken Butterfly
09 Starfield Rd.
10 Flower
11 Sugar Kane
12 Teen Age Riot

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pearl Jam 04/11/2011 - Morumbi, São Paulo - Night II


O show do dia 04 de novembro foi uma jornada épica desde cedo. Como pegamos um lugar não muito bom no primeiro show, queríamos ficar bem na frente dessa vez. Para isso, fomos ao Morumbi de uma da tarde e já tinha uma fila imensa aguardando a abertura dos portões. O frio de antes foi substituído por um sol que, se não muito forte, pelo menos insistente e chato. Os portões abriram perto de quatro horas e quando entramos, já tinha um monte de gente que praticamente montou acampamento na frente do palco. A cada minuto que passava o espaço diminuía e ficava difícil se movimentar. Já nessa hora deu uma impressão de que conseguir água naquele lugar seria complicado. Conseguimos ainda assim três águas, duas nós tomamos na hora e a outra guardamos para depois do show de X. Achávamos que era o bastante.
Mas enfim, após horas em pé olhando para o palco vazio, sem movimentação alguma e com as pernas doloridas, o show de X foi um bálsamo. Pelo menos o tempo corria mais rápido ao som de guitarras e podíamos balançar um pouco a cabeça. Também as pessoas sem noção que fizeram o piso do Morumbi de cama foram obrigadas a se levantarem. De todo o set do X a única que realmente me agrada foi “The Hungry Wolf”, muito boa. Mas o principalmente mesmo estava ainda para começar. Enquanto Pearl Jam não subia ao palco, um roadie idêntico a Eddie Vedder desfilava pelo palco, ajeitando um instrumento aqui, outro ali, levando curiosidade e distração ao público. Enquanto tudo isso, o Morumbi ia enchendo cada vez mais, até quando olhei pra trás e vi os anéis do Estádio totalmente tomados pelo público, bem diferente da noite anterior, pelo menos nas arquibancadas. Foi mais ou menos na hora em que com um leve atraso Pearl Jam pintou no palco.

E foi direto ao assunto. “Go” fez o estádio inteiro pular, quer você queira ou não. Quando olhei pro lado já estava sozinho de novo. Bem difícil assistir show de Pearl Jam em grupo. Como se não bastasse, “Do The Evolution” apareceu bem cedo no set, para sugar ainda mais a energia do público que cantava cada verso. “Severed Hand” foi uma ótima surpresa e então “Hail Hail”,finalmente. Estava louco para ouvi-la. A intensidade desse começo de show foi absurda, ainda mais quando ele completou com “Got Some”. Só então a banda deu uns segundos para o público respirar um pouco. Num momento bem engraçado, Eddie Vedder pediu para aumentarem as luzes para olhar para o público e faz uma expressão do tipo “ahh, olha vocês ai”, direcionada para a arquibancada. “Small Town” é tocada novamente, mas nunca cansa cantar junto essa daí. Depois veio outra sensacional, “Given To Fly”, estava ansioso também por ouvi-la e é incrível ao vivo. O público também a cantou do início ao fim. Antes desse show eu não dava muito valor a participação do público num show, parecia ser bem mais sobre a música que a banda está tocando e tudo mais. Mas depois desse show meu conceito foi por água abaixo. Quando o público e a banda estão em sintonia, é um espetáculo. As músicas com essa característica de cantar junto simplesmente arrasou as versões da noite anterior, um exemplo é em “Even Flow”, que num dado momento Eddie Vedder para de cantar e somente o público carrega o refrão. Estou ansioso para ouvir essa hora no Boot oficial do show. “Wishlist” também foi uma surpresa muito agradável, mesmo com Eddie errando um pouco a letra, pra variar. “Amongst the Waves”, que para mim juntamente com “Unthought Known”, que também foi tocada, formam os novos clássicos de Pearl Jam. Perfeita essa música e é maravilhoso ver elas sendo cantada com a mesma emoção dos clássicos dos anos 90. Eddie Vedder anuncia que vão tocar agora uma do Into the Wilde e segue com “Setting Forth”. “Not For You” tenho para mim que foi a melhor versão que já ouvi, com Stone dando uma esticada nos solos e Eddie Vedder cantando Modern Girl, do Sleater Kinney, como tag. “Once” começou sem Mike, que sumiu do palco, só com a guitarra de Stone. Após alguns instantes Mike volta com a sua guitarra e completa a música. E para fechar o primeiro set, uma versão antológica de “Black”, talvez a melhor de todas.

Momento super engraçado na volta do primeiro encore. Eddie tenta falar em português, mas acaba desistindo, pedindo desculpas por fim pelo “português de mierda”. Depois, em inglês, ele agradece pela recepção do público à banda de abertura X e conta uma história de quando era menor de idade e conseguia carteira de identidade falsa para poder entrar em bares. Num desses bares, a banda X estava tocando e Exene, a vocalista, direcionou uma cerveja para ele segurar enquanto cantava. Ele jurou que não tomou a cerveja, e o público jurou que acreditou. Depois da história eles tocam “Just Breathe” e então para talvez um dos pontos mais altos desses dois shows. Eu vi que esse momento estava chegando quando Mike entrou no palco com a guitarra de dois braços. Imediatamente eu gritei “Inside Job”. Perfeita. Uma das melhores músicas de Pearl Jam. Antes de tocá-la, Eddie diz que a música é composição de Mike e que a primeira vez que tocou para ele foi em 2005, num quarto de hotel em São Paulo. Substituiu a ausência de “In My Tree”. Logo em seguida teve “State of Love And Trust” para delírio geral. Depois de “Olé” e“Why Go”, remanescentes da noite anterior, a banda solta “Jeremy” e o estádio vai a loucura.

A volta do segundo encore também ficou bem legal. Enquanto a banda estava ausente, o público ficou repetindo o canto do final de “Jeremy”, e uma troca de “olé olé Brazil” com “ole olé Pearl Jam”. Depois teve “Last Kiss”, talvez desnecessária ali junto daquelas músicas incríveis, mas o fato da banda ter errado a música e quase parado de tocá-la (o público continuou cantando e a banda seguiu) fez com que ficasse engraçado. Seguindo o momento romântico do show foi“Betterman”, numa versão sensacional, principalmente no final com a tag de “Save it For Later”.Mas então eles voltaram com tudo com “Spin The Black Circle”, com Mike correndo ensandecido pelo palco inteiro. Depois de mais uma ótima versão de “Alive”, que serviu mais para eu conseguir comprar duas águas para não desmaiar de desidratação, duas mataram tudo no final. Uma que eu estava torcendo desesperadamente para ouvir, a melhor cover de Pearl Jam, “Baba O’Riley”, do The Who. Perfeito, incrível. O público arrasou também cantado. E o momento triste do adeus de “Yellow Ledbetter”, com todas as luzes acesas e uma visão panorâmica de todo o estádio lotado. Belíssimo.
E por fim três dias após o show ainda estou aqui impressionado, querendo ir para todos os shows seguintes da turnê, acompanhando as setlists e pensando a cada música que eles não tocaram em São Paulo: eu deveria estar lá também.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pearl Jam 03/11/2011 - Morumbi, São Paulo - Night I


Na carreira de 20 anos de Pearl Jam, tive a felicidade de acompanhá-la nos detalhes os últimos 11, 12 anos. E desde então sempre se encontrava entre os meus sonhos puder assistir a um show da banda ao vivo. Como todos já sabem, eles vieram para o Brasil em outra ocasião, em 2005, mas não consegui ir. Mas de lá pra cá muita coisa mudou, acrescentando dois grandes álbuns ao seu catálogo, Pearl Jam (o abacate), de 2006 e Backspacer, de 2009, melhores álbuns dos últimos dez anos de carreira. Diante de tudo isso e da comemoração dos vinte anos da banda, eles resolveram visitar o Brasil mais uma vez e dessa vez eu não poderia perder. E não perdi. Desde que foram anunciados os shows, eu me decidi a ir no mínimo a dois, pra minimizar a perda em 2005. Comprei na pré-venda o ingresso do dia 04 de novembro, em São Paulo, e o do dia 09 de novembro, em Curitiba. Como os ingressos do show na capital paulista se esgotaram rapidamente, acrescentaram mais um show, no dia 03, então acabei vendendo o de Curitiba para ir para os dois de São Paulo. Com tudo pronto e depois de muita espera, chegou a hora.
Temos que falar de algumas polêmicas do show de quinta, mas antes de tudo, devemos considerá-lo como um show extra, então já esperava que não seria um show lotado, até porque colocar 140 mil pessoas em dois dias de semana é algo assustador mesmo para as maiores bandas. Tomara que isso sirva de lição para os empresários de shows, para fazê-los olhar às outras regiões. Certamente, ao invés de um segundo show em São Paulo, se eles tivessem marcado uma data em algum estado do Nordeste seria tão lotado quanto o show único de São Paulo. Foi um erro estratégico que, apesar de ter sido incrível, tirou um pouco o brilho do show ao olhar as arquibancadas com pouca gente. A produção anunciou que teve um público de 50 mil pessoas nesse primeiro show, acho que tinha menos. A pista estava quase cheia, só as arquibancadas superiores que tinha pouca gente. Estimo que deve ter sido um público de 35-40 mil pessoas.

Nesse primeiro dia cheguei um pouco tarde ao Estádio e não consegui pegar um lugar tão bom, apesar de ter ficado ainda mais pra frente do que atrás. Após um show fraco da banda de punk de Los Angeles, X, e para o delírio geral, a banda entra no palco e abre com “Release”, música linda e emocionante, um momento mágico. O público delirava. Mal acabou e Eddie Vedder e Cia começaram uma sequência arrasadora. Começou “Corduroy” e o público inteiro começou a pular e se esgoelar, inclusive eu, claro. Depois seguiu matador com “Why Go” e “Animal”. É incrível a força que “Even Flow” tem no público. A banda também está passando uma energia incrível e para quem diz que Eddie Vedder perdeu força na voz tem que ouvir um show desses. “Unthought Know” é uma das que estava ansioso por ouvir e mostra porque esta é uma das melhores fases da carreira de Pearl Jam. É muito bonito ouvir o público cantando essas músicas novas com o mesmo fôlego de clássicos da era grunge.
“Whipping” foi outro momento arrasador. “Daughter” teve mais um coro potente e a tag foi WMA. Gostei muito também da nova música ao vivo, “Olé”, muita energia, muita força na pegada. Ole inclusive foi o cântico oficial do público para a banda, com o grito “olê, olê, pearl Jam, pearl Jam”. A banda fez até uma brincadeira com o cântico, tocando junto. Mais uma surpresa da noite, com “Down”, do Lost Dogs, é de arrepiar ouvir ela ao vivo. Perfeito. “Save You” também acabou com tudo, queria muito ouvir ela ao vivo e parece que eles ouviram meus pedidos, pelo menos alguns deles (“In My Tree” esteve fora dos dois shows). “Do The Evolution” e “Porch” fecharam o primeiro set de forma incrível.



Voltaram para começar o segundo set com “Small Town”, uma das músicas com maior coro do público, é lindo. “Just Breathe” é o momento romântico do show, momento para pegar o telefone e ligar para a noiva, que infelizmente não estava ali presente. E foi o que eu fiz. Depois foi mais um momento especial. Começou com Eddie falando da primeira vez que veio ao Brasil, com os Ramones, e dedica a canção seguinte a ele. Quando meus ouvidos já pareciam escutar o riff inicial de “I Believe in Miracles”, eles soltam “Come Back”, perfeito, um dos momentos mais incríveis de ambos os shows. Depois eles realmente tocaram “I Believe In Miracles”, ótima, e fecharam o segundo set com “Alive” para delírio geral.
A terceira parte começou arrasadora, com “Comatose”, Eddie Vedder ainda com a voz intacta. “Black” e “Betterman” foram lindas, mas ambas nem se comparam com a versão que elas ainda teriam no dia seguinte. Depois tocaram “Rearviewmirror” que estava louco para ouvir e fecharam o show com “Rockin’ In The Free World”, do Neil Young. Confesso que esperava ainda mais uma ou duas músicas, mas reclamar de que? Foi tudo perfeito! Meu primeiro show de Pearl Jam e saí do Morumbi praticamente em Nirvana, achando que não podia ser melhor, mas eu tinha apenas a impressão de que o show mesmo ainda estava por vir. E no dia seguinte ele veio novamente.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pearl Jam, 3 e 4 de Novembro, aqui vou eu!!


O Filho do Blues irá viajar a trabalho por alguns dias a fim de cobrir tudo sobre os dois primeiros shows da banda Pearl Jam em São Paulo, dias 3 e 4 de novembro, seis anos após a primeira vez que pisaram em solo brasileiro, em 2005. Segunda feira estarei de volta trazendo todos os detalhes desses dois primeiros shows. Enquanto isso, fiquem com alguns vídeos de Pearl Jam:





terça-feira, 25 de outubro de 2011

Beck Live Bridge School Benefic Concert 2011


Além da participação no set de Eddie Vedder, cantando “Sleepless Nights”, quem também tocou no Bridge School Benefit Concert 2011 na noite, na verdade tarde, de sábado foi Beck, que fez sua terceira aparição no festival. E o melhor de tudo: sua apresentação foi totalmente baseada no seu melhor álbum da carreira, a obra prima do folk melancólico Sea Change, cuja beleza chega a doer. Aproveitando a ocasião de o show ser acústico, assim como o álbum, Beck aproveitou para tocá-lo mais confortavelmente. Era ainda claro quando Beck começou a tocar bela “The Golden Age”. É uma pena não ver os assentos totalmente tomados pelo público, ainda chegando timidamente no Shoreline Amphitheatre, em Montain View, California, onde todos os anos acontece o Bridge School. Como grande parte dos shows estão interligados a Neil Young, após “Dead Melodies”, Beck começa a tocar “Pocahontas”, do Neil. Enquanto estava no solo, Neil Young simplesmente entra no palco e começa a cantar a segunda parte com Beck, não segurando a expressão de surpresa e prazer “what a nice surprise”, ele diz ao final. Engraçado ver os filhos de Beck no palco, sorrindo e acenando, enquanto Beck começa a melancólica “Guess I’m Doing Fine”, antes de começar numa sequência irretocável com “Already Dead” e “Lost Cause”, ele explica que estão tocando muitas músicas de Sea Change, lançado há quase dez anos e que foi gravado com a banda que ele está tocando e que é um momento especial, tocar estas canções que há quase dez anos não eram tocadas. Depois de “Jack Ass” Beck finaliza a apresentação com “Sunday Sun”. Das oito músicas do setlist, cinco foram de Sea Change e uma de Neil Young, já é o bastante para ser um belo show.