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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Melhores Álbuns de 2013 - Parte I



31. Seasick Steve - Hubcap Music


Através de vários estilos tradicionais da música norte-americana, sendo o Blues tomando o papel principal aqui, Hubcap Music é uma viagem pelo universo ruralista em detrimento da vida exageradamente moderna que vivemos. É quase como uma rotina diária de um trabalhador rural, tem um dos momentos de trabalho braçal, assim como pegar um violão e sentar-se na varanda da casa grande e tocar diante de uma imensidão silenciosa, atenta a seus acordes




32. Ben Harper & Charlie Musselwhite - Get Up!




Get Up! É o resultado da junção colaborativa entre dois grandes e veteranos compositores que compartilham de uma paixão em comum: o blues. E essa paixão é facilmente estendida aos ouvintes pela maestria e sinceridade em cada música do álbum.






Ao final, Push The Sky Away é inconfundivelmente um álbum que Nick Cave & The Bad Seeds faria. Sombrio, imprevisível e incrivelmente composto por mãos hábeis, que sabem o que fazem







Imitations é, por fim, um tributo que Lanegan faz às suas inspirações, uma viagem direto para suas raízes musicais, tal como Sir Paul McCartney fez no ano passado, com Kisses On The Bottom. Ao final de Imitations, portanto, o ouvinte termina por entender um pouco mais desse espírito aventureiro e do quebra-cabeça que já caracteriza Mark Lanegan e seus trabalhos.








Specter At The Feast é um álbum muito carregado emocionalmente, que reflete a exata imagem de um espectro em um banquete fúnebre. O fato é que existem formas e formas de se lidar com o luto. O que é certo é que a forma que Black Rebel Motorcycle Club escolheu para lidar com o dele, rendeu no melhor disco da carreira da banda até hoje.










Foxygen aparece mais uma vez com canções muito trabalhadas e ecléticas, que vão desde o psicodélico sessentista, passando pelo rock clássico até um soul moderno. O conjunto dessas canções vai gerar o álbum com o belo título We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic. é uma bela coleção de músicas onde se pode encontrar riqueza na junção de estilos diversos numa única e cativante obra.









Lysandre acaba por ser um registro interessante de Christopher Owens, eclético e cheio de músicas boas, mas com poucas ótimas, o que era sua especialidade. Podemos tirar pelo seu trabalho anterior com Girls que ele pode fazer muito mais, no entanto, ainda assim, é apenas a porta inicial para uma carreira solo de um grande compositor.






38. Placebo - Loud Like Love


Placebo retorna após quatro anos para apresentar um dos seus trabalhos mais interessantes dos últimos anos, como o prova a faixa título. Não se compara com os trabalhos do início da carreira, mas mostra que a banda ainda possui a competência de compor álbuns muito interessantes.





39. Yo La Tengo - Fade




Yo La Tengo dá continuidade à sua carreira de ícone do alternativo com Fade, um álbum digno do tamanho e qualidade da banda, como o prova algumas das faixas principais, como “Is That Enough” e “Ohm”









Comedown Machine, apesar dos altos e alguns baixos, pode ser sim denominado como um trabalho bem sucedido, afinal, atinge o objetivo da banda de renovar seu som e ela o faz de maneira equilibrada, sem comprometer a qualidade do resultado final, até porque mesmo nos momentos mais críticos, ainda restam momentos interessantes. The Strokes veio para mostrar se ainda eram relevantes. E a resposta é sim.






Melhores Álbuns de 2013 - Menções Honrosas

quarta-feira, 24 de abril de 2013

The Stokes - Comedown Machine


Admitindo ou não, The Strokes estava com o orgulho ferido. Tendo recebido aclamação mundial após a explosão do disco de estréia Is This It?, lá no já distante ano de 2001. Nos doze anos que transcorreram até o atual 2013, Strokes nunca conseguiu igualar a sua obra prima inicial, apesar de ter ainda lançado Room On Fire, de 2003, bastante interessante. Em 2006 veio First Impressions of Earth, execrado pela crítica, apesar de ainda ter seus momentos. Mas o aparente declínio da banda só começaria a se mostrar claro com o lançamento de Angles, de 2011, onde, aparentemente, The Strokes se afogou confusamente no seu mar de influências, sem ter um controle da dosagem do eletrônico ou new wave dos anos 80, além do som típico dos Strokes que conhecemos. A crítica em geral e os fãs receberam Angles com uma decepção visível. Além de demorar muito tempo entre os álbuns, o resultado entregue estava longe de ser satisfatório. Impossível dizer com certeza, mas é bem provável que eles sentiram as críticas. É a explicação mais razoável para que dois anos depois de um álbum fracassado, a banda anunciar o lançamento de Comedown Machine. Dava a impressão de que Strokes estava disposto a apostar tudo dessa vez, como um esforço mal humorado de alguém com orgulho ferido. Não seriam concedidas entrevistas, nem sairiam em turnê para divulgar o novo disco. A resposta viria no som, uma última cartada para ver se ainda eram relevantes ou não, se ainda atraíam atenção ou não.

Eu, particularmente, estava bem cético quanto a Comedown Machine e, confesso, que levou algum tempo até admitir que é um trabalho de qualidade. Depois de se acostumar com ele, podemos apreciar e respeitar o esforço dos Strokes de ampliar seu campo de trabalho e atuação. É difícil sair da zona de conforto. O som praticado no eterno Is This It? com certeza seria mais fácil e relaxado de se fazer, mas não apresentaria desafio algum, além de não acrescentar nada a uma banda com mais de dez anos de história. Caminhar fora da zona de conforto requer coragem. E isso os Strokes estão mostrando que tem nesses dois últimos discos. Angles foi um projeto totalmente fracassado, mas com um objetivo. Comedown Machine, por sua vez, finalmente atinge esse objetivo, apresentando uma banda nova, tocando de um jeito diferente, explorando novos caminhos, mas conseguindo, ainda assim, manter uma identidade, coisa que faltou em Angles.




Mas, a verdade seja dita, a primeira música de Comedown Machine, “Tap Out”, dá um susto danado! É quase um convite a você apertar o botão de parar. Faz você já concluir que eles querem repetir a fórmula de Angles ou, até mesmo, piorá-la. “Tap Out” parece trilha sonora de jogo de vídeo game, do Super Nitendo ou Mega Drive. Se você teve coragem de continuar e tendo conseguido controlar o susto e manter a consciência, vai achar o resto da viagem bem agradável. “All The Time”, primeira música de trabalho de “Comedown Machine” é empolgante e apresenta uma conexão com o passado de Strokes, fato comprovado pelo vídeo clipe cheio de imagens de bastidores e dos shows num clima bem nostálgico.

“One Way Trigger” já anuncia alguns elementos novos na equação da banda que estarão presentes em várias vezes, como sintetizadores e um vocal mais agudo de Julian Casablancas, que era conhecido por uma voz mais rouca e desalinhada. Pode parecer estranho no começo, mas isso mostra como Casablancas é capaz de mudar de um tom para o outro na mesma faixa, apresentando uma dinâmica antes não vista. “Welcome To Japan” tem um ritmo bem interessante e por vezes é um pouco infantil, mas é no refrão e principalmente na parte final que ela fica boa e melódica, chegando até a pregar na mente.




“50/50” é bem rápida, ótimas guitarras e ainda tem os flashes dos momentos mais pesados e animados dos Strokes, principalmente no refrão, onde Casablancas solta um pouco a voz, daquele jeito que conhecemos. Mas o grande poder de se reinventar fica evidenciado em “80’s Comedown Machine”, uma balada totalmente estranha ao mundo Strokiano, mas que apresente um charme irresistível, além de notáveis e inéditos arranjos. Ela é também a música mais longa da carreira da banda, beirando os cinco minutos, para uma banda acostumada a ter uma faixa com média de três ou três minutos e meio.

“Slow Animals” apesar de tentar com um refrão alá “Changes”, de Bowie, fica com “Tap Out” entre as piores de Comedown Machine. “Chances”, por sua vez, volta àquela ótima variação vocal de Casablancas, entre o agudo e normal, casando muito bem entre as estrofes e o refrão, com mais uma bela melodia. A coisa volta a ficar agitada com “Partners In Crime”, com as guitarras, ao invés de teclados e sintetizadores, ditando o ritmo. O mérito de Comedown Machine é fazer essa transição de forma eficaz. Os anos 80 dominam novamente, para nossa tristeza, em “Happy Ending”. “Call It Fate, Call It Karma” mostra exatamente até onde esse “novo” Strokes pode chegar. Uma música totalmente estranha, mas, exatamente por sua quota de surpresa e novidade, fica muito interessante, tocada no violão e com um vocal bem abafado, quase inaudível, soprando uma bela melodia no novo timbre agudo de Casablancas.

Enfim, Comedown Machine, apesar dos altos e alguns baixos, pode ser sim denominado como um trabalho bem sucedido, afinal, atinge o objetivo da banda de renovar seu som e ela o faz de maneira equilibrada, sem comprometer a qualidade do resultado final, até porque mesmo nos momentos mais críticos, ainda restam momentos interessantes. The Strokes veio para mostrar se ainda eram relevantes. E a resposta é sim.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Stream de Comedown Machine, novo álbum do The Strokes


Já havíamos conhecido o novo single de The Strokes, “All The Time”, e agora é a vez de conhecer por completo o álbum Comedown Machine, que está em Stream na íntegra pelo site Pitchfork Advance. A data de lançamento está para a semana que vem, mas o site da Pitchfork conseguiu antecipá-la pela internet. Confira o stream nesse link. 

 Enquanto isso, fiquem com o vídeo de “All The Time”.


sexta-feira, 15 de março de 2013

Novo clipe de "All The Time", nova música de The Strokes


The Strokes é uma banda que ainda desperta muita atenção do público em geral, sobretudo por causa da grande explosão no início da década com o disco de estréia, Is This It, de 2001, que se tornou um dos álbuns mais marcantes da década passada. No entanto, o sucesso, combinado com os anos e a idade, fizeram a banda amadurecer para o lado errado, fato comprovado com o controverso Angles, último trabalho da banda, lançado em 2011. Distanciamento entre os integrantes e alteração da dinâmica no processo de gravação, onde, segundo depoimentos, o vocalista Julian Casablancas gravava as suas partes das canções sozinho e enviava para o restante do grupo por email, acabaram por refletir no som confuso de uma banda sem identidade que saiu em Angles. 

Essa insatisfação geral, apontada inclusive por alguns dos integrantes da banda, talvez seja a real motivação por trás do anúncio de lançamento do novo álbum, chamado Comedown Machine, para ser lançado no final do mês. No primeiro single, “All The Time”, a banda apresenta um som mais jovial, mais a cara dos Strokes. Essa sensação de reencontro é, de certa forma, reafirmada com o vídeo clipe, onde mostra os grandes momentos da carreira da banda, mostrando gravações de bastidores, os grandes shows em festivais, filmagens no início da carreira, filmagens caseiras, sempre de momentos muito felizes. 

Apesar do clima descontraído e alegre do clipe, a banda em geral permanece envolta em mistério, num silêncio sombrio e estranho. Segundo informações, eles não darão entrevistas, não tirarão novas fotos, muito menos farão turnê em suporte a Comedown Machine. 

Seja como for, em “All The Time” o certo é que eles estão soando como eles novamente. Assim dá até para voltar as atenções para The Strokes mais uma vez. Confira:


domingo, 4 de setembro de 2011

PJ20 Destination Weekend I

Iniciou ontem o festival PJ20 Destinaiton Weeked, em comemoração aos 20 anos da banda Pearl Jam. As atrações do festival são incríveis. O show começou com a legendária banda Mudhoney, amigos de longa data de Eddie Vedder e companhia, participando inclusive da banda embrião de Pearl Jam e da própria Mudhoney, a Green River, que tinha Mark Arm, Steve Turner, do Mudhoney e Stone Gossard e Jeff Ament, do Pearl Jam. Além disso, Mudhoney fez várias turnês de suporte a Pearl Jam, inclusive quando eles vieram para o Brasil em 2005. Era uma presença obrigatória no festival. Depois subiram ao palco nada menos que Queens of The Stone Age e The Strokes. Mas o astro da noite mesmo era Pearl Jam. E confirmou quando subiram no palco.
Somente posso analisar o show através da setlist e das participações especiais, pois não estava lá, infelizmente. Mas como fã de longa data de Pearl Jam, que acompanha as turnês e tudo mais, posso dizer que foi um dos melhores shows. Se não o melhor, talvez o mais especial. E é nesse quesito que entra para mim o fator diferencial de Pearl Jam para qualquer outra banda em atividade no mundo atualmente.
Quando se pensa em um show comemorativo por 20 anos de uma banda, imagina-se logo o setlist repleto dos maiores hits e sucessos da história da banda. Qualquer uma faria isso, menos Pearl Jam. O público presente tem visto Pearl Jam através das duas décadas, de todas as turnês. Que recompensa, que diferencial fazer um show tocando sempre aquelas músicas que eles tocaram milhares de vezes? Além de um presente aos fãs, eles presenteiam-se a si mesmos. Eles, acima de tudo, querem se divertir. Juntar-se no palco com seus amigos, tocar músicas juntos, tocar músicas que poucas vezes tocaram, sentir o público vibrar com essas músicas que, mesmo tendo visto dezenas de shows de Pearl Jam, nunca ouviu aquela música.
E é disso que se trata de um de Pearl Jam. Diversão mútua. Começou quando Eddie Vedder se juntou aos Strokes para cantar junto com Casablancas “Juicebox”. A qualidade não está das melhores, mas ai está o vídeo:
Mas vamos continuar com o show de Pearl Jam. Abriu o show com “Release”, de Ten e passou para a cover “Arms Aloft”, que saiu no álbum ao vivo Live On Ten Legs. Foi tocada a que pra mim é a melhor música deles, “In My Tree” (eles tem que tocar essa em São Paulo) e depois de “Faithfull” começou as participações. “Who You Are” Liam Finn, John Doe e o baterista de Mudhoney, Dan Peters, se juntaram ao coro. Depois teve a raríssima “Push Me, Pull Me”, dou minha vida apostando que essa pegou todos os presentes surpresos. Teve ainda “Setting Forth”, música de Eddie Vedder que saiu na trilha sonora de Into The Wilde e depois, participação de Julian Casablancas em “Not For You”. Se não era o bastante, Eddie convocou ao palco Josh Homme, frontman do Queens Of The Stone Age, para tocar a inesperada “In The Moonlight”, B-Side que foi lançada em Lost Dogs, de 2003. Teve ainda a presença de “helphelp” de Riot Act (2002), tocadas poucas vezes ao vivo. Teve a volta ao grunge com “Breath” e “Deep” e mais uma surpresa com “Education”, com participação de Liam Finn. Depois outro returno ao início da década de 90 com “State of Love And Trust” com Dhani Harrison, e “Once”.



Então teve o primeiro Encore e após “Rearviewmirror” veio a verdadeira surpresa. Chris Cornell foi chamado ao palco e a partir daí todos sabiam que seria a reunião de Temple of The Dog, banda que foi formada em 1990, junção de Pearl Jam e Soundgarden, para homenagear Andrew Wood, vocalista da Mother Love Bone, banda anterior de Stone e Jeff. Foram três músicas do Temple of the Dog,“Say Hello 2 Heaven” “Reach Down”, e a clássica “Hunger Strike” e "Stardog Champion" do Mother Love Bone.
Depois veio a maravilhosa cover “Love, Reign O’er Me” do The Who e, para fechar, Mark Arm e Steve Turner do Mudhoney subiram ao palco para tocar a versão de “Kick Out The Jams”, do MC5.

Uma palavra para definir esse show: Histórico.