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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Melhores Álbuns de 2017 - Parte III



21. The Blind Boys of Alabama - Almost Home




O que falar de mais um grande disco da maior referência do gospel de todos os tempos? The Blind Boys of Alabama estão por aí por sete décadas. Foram testemunhas de grandes acontecimentos, passaram por grandes perdas, vivenciaram grandes transformações, tais como, por exemplo, A Grande Guerra Mundial, movimento pelos direitos civis, movimento hippie, Vietnã, a Queda do Muro de Berlin, a internet, dentre outros. Eles saíram do Instituto para os Negros Cegos, onde se conheceram ainda crianças, para tocar na Casa Branca. Agora eles sabem que estão quase em casa. É um disco de uma beleza indizível, desde as canções mais pessoais, que reconta momentos da trajetória de integrantes da banda, quanto nas mais gospeis mesmo. É a voz da sabedoria, da experiência, da fé. Enfim, um álbum impecável. 








22. John Mayall - Talk About That





O Godfather of the Blues não precisa fazer mais nada para ter seu nome cravado na história do rock e do blues. Mas não importa, continua lançando novos discos. Com Talk About That o britânico dá continuidade a sua sólida carreira.







23. David Bowie - No Plan






Navegando um pouco pelo blog não fica difícil notar que somos fãs desesperados de David Bowie. Bem, em questão de justiça para com os demais, não colocamos David Bowie em primeiro lugar, como ele devidamente mereceria. No Plan, na verdade, é um EP, com as sobras de estúdio do último disco da maior lenda da música, Blackstar. 





24. Little Willie Farmer - I'm coming back home




A capa já anuncia: I'm coming back home é um álbum puramente de country blues. E depois de ouvi-lo, podemos dizer que Little Willie Farmer, nascido em 1956, no Mississippi, sabe do que está fazendo e dizendo. Imperdível.






25.  Patrick Recob - Perpetual Luau



Patrick Recob é um baixista, mas isso não impede nada que ele entregue aqui, junto com a banda do gaitista James Harman, uma ótima seleção de blues da velha guarda, baladas, clásico Chicago Blues e muito mais. .








26. Peter Ward - Blues on My Shoulders




Ótima seleção de blues, que perpassa por vários estilos, Shuffle, Chicago Blues, Boogie, Slow Blues. Enfim, tem aqui blues para os vários gostos.



27. Brooks Williams - Brook's Blues




Brooks Williams tem uma grande carreira focada na música americana. Brook's Blues, como o nome já sugere, foca numa seleção de blues acústicos clássicos de primeira qualidade.






28. Billy Flynn - Lonesome Highway



O guitarrista de blues Billy Flyinn grava em Lonesome Highway um disco com 16 faixas que integram a essência do Chicago Blues. 




29. Elvin Bishop - Big Fun Trio



Elvin Bishop, com a ajuda da banda Big Fun Trio nos entrega uma bela lista de blues, contando com sete originais da banda, além de covers Lightnin' Hopkins, Fats Domino, Sunnyland Slim, dentre outros. Conta ainda com a participação do mestre da gaita, Charlie Musselwhite. 



30. Andy T Band - Double Strike



Mais um representante do Chicago Blues na lista. É a mistura da banda de Andy T com Mike Alabama e Nick Nixon nos vocais, cada qual cantando em seis faixas. Álbum bem dinâmico. Vale conferir. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Os indicados para o 37th Blues Music Awards


            
O Blues Music Awards é a maior premiação para o gênero do blues. A 37ª edição do prêmio será realizada no dia 5 de maio de 2016, em Memphis, Tenneesee. Preparando o terreno para o evento, The Blues Foundation, organização internacional que se encarrega do Blues Music Awards, divulgou no último dia 15 os indicados para a premiação anual. Na lista figuram vários artistas e bandas que já entraram na lista de melhores de 2015 e outros que ainda irei reservar um tempo para conferir.

Os destaques do 37º Blues Music Awards são Buddy Guy, claro, com o lançamento de Born To Play Guitar, que concorre pelo melhor álbum do ano e melhor álbum de blues contemporâneo, junto com Outskirts of Love, de Shemekia Copeland. O Brasil está presente no Blues Music Awards com o disco Way Down South, de Igor Prado Band, na categoria de álbum revelação. Concorrendo com ele estão Mr. Sipp, Eddie Cotton e outros. A categoria de melhor álbum de rock blues está bastante disputada, com Joe Bonamassa, Joe Louis Walker, Tinsey Ellis e Walter Trout disputando o prêmio. No Soul Blues, o destaque vai para Jackie Payne, com seu ótimo álbum I Saw The Blues. A escolha do Filho do Blues para cada categoria está em itálico. 

Segue a lista completa dos indicados para o 37º Blues Music Awards:

37th Blues Music Award Nominees

Acoustic Album
Doug MacLeod – Exactly Like This
Duke Robillard – The Acoustic Blues & Roots of Duke Robillard
Eric Bibb – Blues People
Guy Davis – Kokomo Kidd
The Ragpicker String Band – The Ragpicker String Band

Acoustic Artist
Doug MacLeod
Eric Bibb
Gaye Adegbalola
Guy Davis
Ian Siegal

Album
Anthony Geraci & the Boston Blues All-Stars – Fifty Shades of Blue
Buddy Guy – Born to Play Guitar
James Harman – Bonetime
The Cash Box Kings – Holding Court                 
Wee Willie Walker – If Nothing Ever Changes

Band
Andy T – Nick Nixon Band
Rick Estrin & the Nightcats
Sugar Ray & the Bluetones
The Cash Box Kings
Victor Wainwright & the Wild Roots

B.B. King Entertainer
John Németh
Rick Estrin
Shemekia Copeland
Sugaray Rayford
Victor Wainwright

Best New Artist Album
Eddie Cotton – One at a Time
Igor Prado Band – Way Down South
Mighty Mike Schermer – Blues in Good Hands
Mr. Sipp – The Mississippi Blues Child
Slam Allen – Feel These Blues

Contemporary Blues Album
Buddy Guy – Born to Play Guitar
Eugene Hideaway Bridges – Hold on a Little Bit Longer
Shemekia Copeland – Outskirts of Love
Sonny Landreth – Bound by the Blues
Sugaray Rayford – Southside

Contemporary Blues Female Artist
Beth Hart
Karen Lovely
Nikki Hill
Samantha Fish
Shemekia Copeland

Contemporary Blues Male Artist
Brandon Santini
Eugene Hideaway Bridges
Jarekus Singleton
Joe Louis Walker
Sugaray Rayford

Historical Album 
The Henry Gray/Bob Corritore Sessions, Vol. 1, Blues Won’t Let Me Take My Rest on Delta Groove Records
Hawk Squat by J. B. Hutto & His Hawks on Delmark Records
Southside Blues Jam by Junior Wells on Delmark Records
Buzzin’ the Blues by Slim Harpo on Bear Family Records
Dynamite! The Unsung King of the Blues by Tampa Red on Ace Records

Instrumentalist-Bass
Charlie Wooton
Lisa Mann
Michael “Mudcat” Ward
Patrick Rynn
Willie J. Campbell

Instrumentalist-Drums
Cedric Burnside
Jimi Bott
June Core
Tom Hambridge
Tony Braunagel

Instrumentalist-Guitar
Anson Funderburgh
Kid Andersen
Monster Mike Welch
Ronnie Earl
Sonny Landreth

Instrumentalist-Harmonica
Billy Branch
Brandon Santini
James Harman
Jason Ricci
Kim Wilson

Instrumentalist-Horn
Al Basile
Doug James
Kaz Kazanoff
Sax Gordon
Terry Hanck

Koko Taylor Award (Traditional Blues Female)
Diunna Greenleaf
Fiona Boyes
Ruthie Foster
Trudy Lynn
Zora Young

Pinetop Perkins Piano Player
Allen Toussaint
Anthony Geraci
Barrelhouse Chuck
John Ginty
Victor Wainwright

Rock Blues Album of the Year
Joe Bonamassa – Muddy Wolf at Red Rocks
Joe Louis Walker – Everybody Wants a Piece
Royal Southern Brotherhood – Don’t Look Back
Tinsley Ellis – Tough Love
Walter Trout – Battle Scars

Song
“Bad Feet/Bad Hair” written and performed by James Harman
“Fifty Shades of Blue” written by Anthony Geraci and performed by Anthony Geraci & the Boston Blues All-Stars
“Gonna Live Again” written and performed by Walter Trout
“Southside of Town” written by Sugaray Rayford and & Ralph Carter and performed by Sugaray Rayford
“You Got It Good (and That Ain’t Bad)” written and performed by Doug MacLeod

Soul Blues Album
Bey Paule Band – Not Goin’ Away
Billy Price & Otis Clay – This Time for Real
Jackie Payne – I Saw the Blues
Tad Robinson – Day into Night
Wee Willie Walker – If Nothing Ever Changes

Soul Blues Female Artist
Bettye LaVette
Dorothy Moore
Missy Anderson
Toni Lynn Washington
Vaneese Thomas

Soul Blues Male Artist
Frank Bey
Jackie Payne
Johnny Rawls
Otis Clay
Wee Willie Walker

Traditional Blues Album
Andy T – Nick Nixon Band – Numbers Man
Anthony Geraci & the Boston Blues All-Stars – Fifty Shades of Blue
Cedric Burnside Project – Descendants of Hill Country
James Harman – Bonetime
The Cash Box Kings – Holding Court

Traditional Blues Male Artist
Cedric Burnside
Dave Alvin & Phil Alvin
James Harman
Jimmy Burns
John Primer



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Melhores Álbuns de 2015 - Parte III





20. Built To Spill - Unetethered Moon



Uma das melhores bandas alternativas dos anos 2000 e 90, Built To Spill, estava fora do circuito já há vários anos (o último disco da banda havia sido There Is No Enemy, de 2009). Para o retorno, em Unetethered Moon, Doug Martsch mostra toda a energia e a habilidade com a guitarra que fez falta durante esse tempo. Embora deslocado no tempo, já que a relevância do estilo alternativo não é mais o mesmo que era na década de noventa, Built To Spill prova que não se deve importar para isso.  








Tocando blues há 70 anos – e profissionalmente há 50 -, John Mayall, o “Godfather of The British Blues”, –, apenas um ano após o último álbum, A Special Life, mostra que, aos 82 anos, ainda permanece com um fôlego interminável e lança seu mais novo disco, chamado Find a Way To Care.  Tal qual Leo “Bud” Welch, dois álbuns em dois anos para um músico com mais de 80 anos é algo extraordinário. No caso de John Mayall é ainda mais surpreendente pelo fato do músico já estar há mais de 50 anos no ramo profissionalmente. Não é um álbum que se equipare aos clássicos da década de 60 e 70, tanto pela sua importância musical e histórica, mas para quem acompanha e é fã da extensa carreira de John Mayall é com certeza uma ótima pedida.







Diferentemente do novo filme de Star Wars, com anos de antecipação, o Star Wars, novo álbum do Wilco, foi lançado literalmente do dia para a noite. Star Wars é recebido com aquele ar atordoado, confuso, mas ao mesmo tempo extasiado, desvendando os mistérios pouco a pouco de um artefato recém-descoberto. Diferente dos trabalhos anteriores do Wilco, sempre meticulosamente planejado e executado, Star Wars é um tanto desleixado e improvisado, com canções curtas e diretas. A única que foge à regra é “Your Satellite”, que também é a melhor canção do disco.





23. Christopher Owens - Chrissybaby Forever




Christopher Owens está trilhando sozinho o seu caminho na música com o seu terceiro disco solo em três ano, Chrissybaby Forever. Se ele ainda não conseguiu alcançar o mesmo patamar de quando participava da banda Girls, que acabou no auge, logo depois do lançamento do perfeito Father, Son, Holy Ghost, este novo álbum indica que, ao menos, Owens está se aproximando desse nível, com um álbum mais maduro, conciso, o que é um ótimo sinal. Aguardemos ansiosamente então os próximos passos desse irrequieto e jovem compositor.





24. Charlie Musselwhite - I Ain't Lying




O gaitista Charlie Musselwhite é um dos poucos que ainda fazem a conexão do presente com o auge do blues na década de sessenta e que continua dando passos firmes na carreira. I Ain’t Lying, apesar de ter várias músicas já gravadas pelo próprio Musselwhite no decorrer de sua carreira, é uma seleção incrível de blues, tocada por uma banda enxuta e impecável, formada pelo mais básico que tem, guitarra, bateria, baixo e gaita, o que torna possível esticar as músicas para que cada um brilhe à sua maneira.  





25. Father John Misty - I Love You Honeybear



Depois do lançamento de I Love You Honeybear, Father John Misty, ou Joshua Tillman, está sendo um dos herois da cena indie do ano, aclamado praticamente por todas as revistas especializadas. A explicação talvez resida na sua contradição. As músicas, a maioria de uma beleza incrível, são acompanhadas por letras misteriosas, beirando o nonsense, ou até mesmo doses elevadas de ironia e crítica sobre o modo de vida americano. Ou talvez seja só a sinceridade em nível máximo. O certo é que nunca temos certeza e é isso que intriga e chama a atenção em Father John Misty.






26. Guy Davis - Kokomo Kidd



Guy Davis faz parte da última grande geração de novos bluesmen que surgiu na década de 90, junto com Correy Harris e Eric Bibb. Além de tocar blues acústico e de raiz como poucos, e ser dono de uma voz que está ali entre Tom Waits e Howlin’ Wolf, Davis é também um grande contador de estórias, o que favorece a adoção de outros estilos, principalmente o folk, tendo em vista a inspiração, já declarada, que sente por Bob Dylan, mas tem também espaço para um reggae, por exemplo. Entre originais e regravações (inclusive uma cover de “Lay Lady Lay”, de Dylan, e clássicas do blues como “Little Red Rooster” e “Cool Drink Of Water”), Guy Davis nos dá mais uma vez acesso ao seu rico universo musical.  








Mack Orr chega aos setenta com uma voz expressiva, acompanhando a energia nostálgica que flui de sua banda. Antigo coletor de algodão, que passou a trabalhar como mecânico de carro, Mack Orr possui aquela experiência de vida no duro e cruel Sul rural, o Deep South.  A autenticidade é tudo na tradição do blues. Quando encontramos um álbum como A Bluesman Looks At Seventy, vemos que o blues está forte e seguro, tal qual Daddy Mack Orr com seus setenta anos – e contando.





28. Blur - The Magic Whip



Blur foi uma das bandas mais influentes da década de 90, um dos maiores representantes do do chamado britpop. Em The Magic Whip, além de ser o primeiro álbum da banda depois de 12 anos, o líder Damon Albarn tenta condensar toda sua (variada) experiência musical durante esse tempo com o som já tradicional e moderno de Blur. O resultado é um álbum eclético e repleto de músicas interessantes e referências orientais, da capa ao título de canções como “My Terracotta Heart”, “Ong Ong” e “Pyongyang” (o álbum foi gravado em um estúdio em Hong Kong entre datas de shows no Sul da China e Indonésia). Décadas após o auge, Blur retorna para afirmar que ainda é relevante. Talvez, na longa duração, eles tenham se saído melhor do que seus rivais do Oasis nessa.





29. Andy T Nick Nixon Band - Numbers Man




A parceria entre Andy T e Nick Nixon está chegando ao terceiro disco por uma grande gravadora e à cada novo lançamento eles vão um pouco além. O vocal de Nick, um músico de Memphis e a guitarra de Andy T estão ainda mais entrosados. O gaitista Kim Wilson também faz uma participação no álbum, junto com alguns outros convidados. Numbers Man é um álbum gostoso de ouvir do início ao fim.




Parte I 50 a 40
Parte II 39 a 30