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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Confira Guy Davis & Fabrizio Poggi em ação Live Out Of The Woods


Guy Davis e Fabrizio Poggi lançaram um dos álbuns mais intensos do ano, o histórico Sonny & Brownie's Last Train, no qual se dedicam a homenagear dois grandes gênios do blues, Sonny Terry e Brownie McGhee. Confira agora dois vídeos em que os dois aparecem em ação tocando faixas do disco, "Louise, Louise" e "Walk On"





quinta-feira, 13 de abril de 2017

Resenha Guy Davis & Fabrizio Poggi - Sonny & Brownie's Last Train




                Guy Davis está entre os mais renomados cantores do blues da nova geração que surgiu para dar um novo fôlego ao gênero a partir da década de 90. Cantor versátil e bastante produtivo, Guy Davis conta com um respeitável catálogo, que abrange desde clássicos recentes, como You Don’t Know My Mind, de 1998, e Butt Naked Free, de 2000, até álbuns puramente conceituais, como o interessante The Adventures of Fishy Waters, de 2012. Para o seu novo projeto, Davis se juntou com o gaitista italiano Fabrizio Poggi, que tem também uma carreira tão longa quando a de Davis, no entanto não dispõe de tanta inserção no cenário mundial. Nesse projeto colaborativo, a dupla decide homenagear aqueles que provavelmente são a dupla mais lendária de toda a história do blues: Sonny Terry (1911-1986) e Brownie McGhee (1915-1996). Os dois se completavam de tal modo, Sonny na gaita e com seus “woooh” inconfundíveis, e Brownie com sua voz profunda e inabalável e a seu dedilhado no violão.  Essa dupla fez um dos sons mais incríveis do século XX, levando o blues rural e inclusive as técnicas do blues a novos patamares. Pois bem, é para homenagear esses dois grandes cantores da história do blues que juntou Guy Davis e Fabrizio Poggi no projeto intitulado Sonny & Brownie’s Last Train: A Look Back At Brownie McGhee and Sonny Terry, lançado esse no final de março. Ambos foram profundamente influenciados pelo estilo de gaita chamado Piedmont, do qual Sonny e Brownie foram precursores.
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                Qualquer álbum que tem como intuito ser um tributo tem de enfrentar necessariamente dois dilemas: o primeiro se trata da escolha das faixas. O segundo dilema é como essas músicas vão ser executadas; se respeitando as versões originais ou reinventando-as e dando novas roupagens. Não existe uma fórmula pronta para álbuns assim, uns funcionam utilizando a primeira forma e outros funcionam melhor com a segunda abordagem. 

No primeiro quesito, Sonny & Brownie’s Last Train é impecável. Sem dúvida, alcança as músicas mais famosas tocadas por Sonny e Brownie. É impossível ouvir em qualquer lugar faixas como “Louise, Louise”, “Hooray, These Women is Killing Me”, “Walk On”, por exemplo, e não lembrar deles. Todas estão lá, tocadas de forma emocionante. A gaita de Fabrizio dá acompanhamento incessante a todas as músicas, com texturas e técnicas sensacionais. Sonny ficaria orgulhoso. Junto com as clássicas da dupla, estão lá também versões de tradicionais do blues, que Sonny e Brownie também tocaram, como o hino “Take This Hammer”, e a icônica “Midnight Special”, ambas de uma das suas maiores inspirações, Ledbelly, e “Goin’ Down Slow” e “Baby, Please Don’t Go to New Orleans”, que qualquer bluesman que se preze em algum momento de sua carreira vai tocar essas músicas. Ainda sobre espaço para um música original de Guy Davis. A faixa que dá abertura ao disco é a original e Guy, “Sonny & Brownie’s Last Train”, que dá uma narração quase mítica à história de Sonny e Brownie, inclusive cheia dos whoops característicos de suas músicas. No final dessa faixa, uma mensagem de Guy e Fabrizio para a dupla: “Goodbye Sonny, Goodbye Brownie. See you on the other side”.

Bem, no caso de Sonny & Brownie’s Last Train, ouso dizer que só dá tão certo porque Guy Davis e Fabrizio Poggi gravam essas músicas de forma primitiva, crua, e, portanto, poderosa, da mesma forma que Sonny e Brownie fizeram no seu tempo. Até porque, segundo o próprio Guy, Brownie e Terry foram dois músicos cujo trabalho nunca será superado, muito menos melhorado”. Guy  encarna o papel de Brownie, enquanto Fabrizio se encarrega de representar a gaita de Sonny, o que não é uma tarefa nada fácil. O resultado do trabalho de Fabrizio sem dúvida é um dos pontos mais fortes do disco.

Pois bem, estamos em 2017. Nada mais vai alcançar a genialidade das gravações de Sonny Terry e Brownie McGhee do que esse projeto de Guy Davis e Fabrizio Poggi. O fato de ser um tributo sincero faz com que o álbum atinja todos os seus objetivos. É um álbum honesto, empolgante, histórico e apaixonante. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

African-American Appreciation Music Month: American Folk Blues Festival (Volume 2)


Hoje é sexta feira! Dando continuidade às homenagens ao African-American Appreciation Music Month e pensando na diversão do fim de semana, o Filho do Blues posta o segundo volume do American Folk Blues Festival, do ano de 1965. O Volume 2 é classificado por muitos como o episódio mais forte e consistente da série, a partir da seleção de faixas e artistas participantes. O time é composto só de feras do quilate de Sonny Boy Williamson, Sunnyland Slim, Willie Dixon, Howlin’ Wolf, Memphis Slim, T-Bone Walker e vários outros. Confira a tracklist abaixo:

Songs: 

Bye Bye Bird, My Younger Days (Sonny Boy Williamson), Come On Home Baby (Sunnyland Slim), Nervous (Willie Dixon), Mojo Hand (Lightnin' Hopkins), Black Snake Blues (Victoria Spivey), Everyday I Have the Blues (Memphis Slim), Don't Throw Your Love on Me so Strong (T-Bone Walker), Tall Heavy Mama (Roosevelt Sykes), Sittin' and Cryin' the Blues (Willie Dixon), Murphy's Boogie (Matt "Guitar" Murphy), Stranger Blues (Sonny Terry & Brownie McGhee), Shake for Me, I'll Be Back Someday, Love Me Darlin (Howlin' Wolf), Down Home Shakedown (Big Mama Thornton)



sábado, 4 de junho de 2016

African-American Appreciation Music Month: American Folk Blues Festival (Volume 1)



                Entre os anos de 1962 e 1966, o American Folk Blues Festival viajou pela Europa levando ao público europeu – onde eles eram tratados com mais respeito e admiração do que no próprio Estados Unidos – grandes nomes do blues, como Muddy Waters, Howlin’ Wolf, John Lee Hooker, Sonny Boy Williamson II e muitos outros. O programa de TV, que foi lançado depois que foi descoberto, 40 anos das apresentações, além de levar alguns desses artistas a se apresentarem fora dos Estados Unidos, pela primeira vez, também foi de extrema importância especialmente para o público do Reino Unido, servindo de influência para os jovens que já estavam realizando aquela troca cultural com o blues e o jazz. Combinações interessantes, diálogos, os artistas apresentando uns aos outros para o público, além da própria lista de performances, tornam esse vídeo, bem como os outros três volumes, um dos melhores registros áudios-visuais do blues. Nesse mês de junho de 2016, em homenagem ao African-American Appreciation Music Month Filho do Blues estará postando o vídeo de cada um dos 4 volumes do American Folk Blues Festival.

1. T-Bone Walker - Call Me When You Need Me (1962) [0:00]
2. Sonny Terry & Brownie McGhee - Hootin' Blues (1962) [4:09]
3. Memphis Slim - The Blues Is Everywhere (1962) [7:40]
4. Otis Rush - I Can't Quit You Baby (1966) [10:12]
5. Lonnie Johnson - Another Night to Cry (1963) [15:38]
6. Sippie Wallace - Women Be Wise (1966) [20:36]
7. John Lee Hooker - Hobo Blues (1965) [25:02]
8. Eddie Boyd - Five Long Years (1965) [27:46]
9. Walter "Shakey" Horton - Shakey's Blues (1965) [30:43]
10. Junior Wells - Hoodoo Man Blues (1966) [34:09]
11. Big Joe Williams - Mean Stepfather (1963) [37:38]
12. Mississippi Fred McDowell - Going Down to the River (1965) [40:38]
13. Willie Dixon - Weak Brain and Narrow Mind (1964) [43:38]
14. Sonny Boy Williamson - Nine Below Zero (1963) [48:12]
15. Otis Spann - Spann's Blues (1963) [54:43]
16. Muddy Waters - Got My Mojo Working (1963) [58:56]
17. Finale - Bye Bye Blues (1963) [62:44]