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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Reveja os destaques da segunda semana do Rock In Rio


O segundo fim de semana começou com o tão esperado dia do metal, na quinta feira, com a promessa de mais um grande show do Metallica, headline da noite, que retornava a um evento gigantesco apenas dois anos da última visita, para o mesmo Rock In Rio. Além do Metallica, outros nomes de peso compuseram a programação, tais como Sepultura e Alice In Chains. Entre eles figurava um nome desconhecido e que dava todas as pintas que era apenas mais uma banda de metal, uma tal de Ghost (ou Ghost B.C – nome utilizado nos Estados Unidos, devido a direitos autorais). No entanto, assim como o dia do metal da edição de 2011 o destaque para mim foi a surpresa da banda Coheed and Cambria, misturando alternativo e rock pesado, o grande destaque da atual edição também ficou por conta de uma surpresa.




No dia do metal, quem tomou para si o papel de realizar o que é proposto pelo estilo foi uma banda que não é puramente de metal. Ghost B.C.. apesar de todas as controvérsias, foi de longe a mais interessante da noite, dando o efeito que é sempre natural ao metal. A partir do momento que a banda começa a tocar, apresenta um som cheio de riffs, com uma voz delicada e melódica. Diante de um mercado artístico onde muitas vezes a personalidade vale mais do que a música, nenhum integrante da banda divulga seu nome verdadeiro e apenas o vocalista se apresenta com o pseudônimo de Papa Emeritus II, com o visual de um Santo Padre demoníaco. A questão vai além do fato de ser satânico ou não, mas sim levar a polêmica, levantar a discussão, questionar valores dominantes religiosos, uma representação artística de uma “realidade” oposta. Além de ser esteticamente muito corajoso e interessante a configuração que a banda coloca no palco. Sendo também divertidíssimo, principalmente imaginando a cara dos crentes que colocarem os olhos neles. Por sinal, quem quiser rir um pouco, procurem nos sites religiosos comentários referentes a esse show. Impagável. Não é uma banda que, da minha parte, ficarei acompanhando de perto, mas é, sem dúvida, uma banda interessante.





Quanto aos outros shows da noite, farei comentários curtos, até por que ambas as atrações já tocaram no Brasil há relativamente pouco tempo, o que tira um pouco a surpresa e a empolgação da coisa. Inclusive, esse é um dos grandes pecados do Rock In Rio. Inúmeras atrações não acrescentaram particularmente nada de novo, de diferente. Alice In Chains fez seu show tranquilamente, no qual, claro, os destaques ficaram com os hits de quando a banda ainda tinha a alma de Layne Staley. Serei logo radical dizendo que Alice In Chains deveria ter morrido com Layne. Mas, enfim, ainda dá para experimentar alguns bons momentos, sobretudo com a sequência final “Down In A Hole”, “Would?” e “Rooster”. E, por fim, Metallica retornou ao Rock In Rio com praticamente o mesmo show de 2011. A diferença é que na primeira ocasião o show foi eletrizante e conseguiu dominar o público do início ao fim. Dessa vez, sobretudo no início do show, parecia estar faltando algo, não em relação às músicas escolhidas, contando com “Master of Puppets” como a segunda faixa, mas o fato é que não conseguiu levantar o público da mesma forma que dois anos atrás.




Na sexta havia apenas uma atração que me chamou atenção e, infelizmente, foi exatamente ela que eu não consegui assistir. Atração que fechou o Palco Sunset, Ben Harper e Charlie Musselwhite teria o papel de fazer o deles o melhor show da noite levando o blues de altíssima qualidade ao Rock in Rio. Dois fatos contribuíram para que eu não conseguisse assistir: uns pirralhas estavam jogando futebol na frente de casa e conseguiram dar uma bolada exatamente em cima da antena da TV por assinatura. Resultado: sem sinal nenhum e totalmente refém da programação global. Ninguém merece. Estava contando que alguém gravasse o show pela transmissão da Multishow e postasse depois no youtube, mas, como eles fecharam o Palco Sunset e, durante o show, estava começando o primeiro show do Palco Mundo – pasmem – Frejat, interromperam a transmissão para cobrir integralmente a apresentação dele. Enfim, pelo setlist o show parece ter sido ótimo, pegando as grandes canções do disco que lançaram juntos esse ano, Get Up. E algumas da carreira de Charlie.




Mas a grande atração mesmo, não apenas do sábado, mas de toda a quinta edição do Rock In Rio era o norte-americano Bruce Springsteen, headline do sábado no Palco Mundo. Antes dele, John Mayer fez um show com domínio completo do público, na maioria feminino. De sua apresentação, sem dúvida um grande momento foi a faixa de encerramento, “Gravity”, com uma execução impecável e um solo incrível de guitarra. Mas, se a impressão é que esse foi um grande show, é porque o seguinte ainda não havia começado. E nem uma das melhores expectativas não seria o bastante para o que de fato foi o show, com quase três horas de duração, com Bruce parecendo um menino, correndo, gritando, pulando pra cima do público, chamando pessoas para o palco e botando uma criança para cantar. Incrível.



Foram vários momentos marcantes para apontar todos aqui, o ideal mesmo é ver e rever esse show que, sem dúvida, entrou no hall dos grandes shows do festival. Vou mais além e diria que foi o show mais marcante da história do Rock in Rio. A começar pela faixa de abertura, que já havia sido ensaiada no show em São Paulo três dias antes, com o cover do mito Raul Seixas, “Sociedade Alternativa”. A intensidade de Bruce era tamanha que na terceira música parecia que ele estava esgotado. Ledo engano. Em cada número aumentava em energia e intensidade. A banda E Street Band também é impecável, cada um dos seus integrantes, e é admirável como Bruce faz para que cada um tenha seu momento especial, colocando-se como apenas um integrante como todos os outros e não a estrela principal. Sem dúvida, a execução do clássico álbum Born In The USA, de 1984, foi uma surpresa muito agradável, principalmente porque as versões ao vivo são despidas de todos os vícios oitentistas na versão de estúdio. Depois de 25 músicas e terminando com a cover de Beatles “Twist And Shout”, para o delírio geral, e, tendo a Multishow dando como encerrada a transmissão de acordo com o setlist anunciado pela banda, Bruce volta sozinho para o palco e toca ainda “This Hard Land”. E termina de vez o show que, para mim, deu por encerrado o Rock In Rio. Abaixo segue o áudio do show, assim que estiver disponível o vídeo na íntegra eu colocarei aqui para vocês: (vídeo devidamente postado)


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Reveja os destaques da primeira semana do Rock in Rio 2013



Passado o primeiro fim de semana do maior e mais famoso festival de música brasileiro, o Rock In Rio, este ano na sua quinta edição, podemos começar a fazer o balanço do evento. Não irei aqui entrar no mérito qualitativo das atrações ou a identidade “rock”, que pressupõe o nome Rock In Rio, porque acho que essa discussão já se esgotou durante o fim de semana nas redes sociais. Não irei adotar uma postura nem de defensor, muito menos de inquisidor de um festival que, no decorrer dos anos, atingiu essa magnitude. No entanto, a minha opinião pessoal, com base nas minhas preferências musicais, é que o Lollapalooza, que entrou agora no mercado brasileiro e se os deuses da música assim quiserem, criará raízes por aqui, é um festival muito melhor e mais interessante do que o Rock In Rio. Mas enfim, indo além das Beyonce’s, Ivete’s Sangalo’s, Justin’s Timbarlakes’s, irei me deter aqui nos destaques do primeiro fim de semana do festival, que se resumem a algumas atrações do sábado.





A primeira delas, de certa forma, me pegou de surpresa, pois não esperava um show assim tão empolgante e marcante da banda The Offspring. Acho que como todo bom adolescente iniciando suas aventuras pelo rock no final dos anos 90 e início dos anos 2000, a fase Americana de Offspring marcou bastante, com hits gigantes, que fizeram com que fossemos buscar ainda mais atrás, nos álbuns Inaxy on The Hombre, de 1997 e Smash, de 1994, outras ótimas canções. Mas, depois da explosão, The Offspring ficou limitada a seu grupo de fãs e lançou ainda mais quatro discos. Por esse motivo, não estava esperando muita coisa do show e o assisti mais para matar a saudade desses anos em que ela era uma das maiores bandas punk em atividade. E, para minha surpresa, Dexter Holland e companhia fizeram um ótimo show, ao mesmo tempo nostálgico, tocando os grandes hits da época de ouro da banda, como “Staring At The Sun”, “Why Don’t You Get a Job?”, “Americana”, “Pretty Fly (For a White Guy)” e fechando com “Self Esteem”, e também algumas das mais recentes que soam também muito boas.





O segundo destaque ficou por conta do belíssimo show de Florence And The Machine, que mesmo com uma curta carreira, já consegue dar uma baita de uma apresentação. Unindo o lúdico, o épico e o clássico na figura da vocalista Florence, a banda apresenta suas músicas, com destaques especiais para “Cosmic Love”, “Between Two Lungs”, “Shake It Out” e o ápice de “Dog Days Are Over”. É impossível não relacionar a apresentação de Florence And The Machine com a atuação da cantora Florence no palco, desde seu figurino, um belíssimo vestido que chega quase ao divino, ao entre uma fada e uma deusa grega, que quando corre pelo palco com seus pés descalços, parece estar flutuando. Uma apresentação de primeira.

Mas a cereja do bolo foi de fato a banda britânica Muse. Desde o anúncio dos headliners do festival, Muse era a banda que eu mais queria assistir, junto com Bruce Springsteen, tendo sido um fã da banda desde o lançamento de Absolution, em 2003, acompanhando o seu crescimento até o nível atingido hoje, como uma das maiores e melhores bandas ao vivo da atualidade, principalmente tocando em grandes festivais da Europa, ou até mesmo lotando estádios como apresentação única. Por isso, também estava interessado em ver a receptividade do público brasileiro em relação a Muse, pois tinha minhas dúvidas se eles já possuíam uma base de fãs para ser o cabeça de um dia do Rock In Rio. E como eu estava enganado. O público reagiu incrivelmente, pulando e cantando em praticamente todas as músicas, inclusive, nas péssimas músicas do último disco da banda, como “Panic Station” e “Madness”, o que é, de fato, muito ruim, já que pode encorajá-los a continuar nesse ritmo. Mas, mesmo com esses deslizes e com um setlist repleto de hits, Muse fez “O” show do primeiro fim de semana de festival, bem como eu esperava. Um show que tenha músicas como “Hysteria”, “Plug In Baby” e seu eletrizante solo, “Stockholm Syndrome” e seu riff de um milhão de toneladas, completando com “Time Is Running Out” e “Starlight”, contando ainda com um público empolgado e interessado, não pode de forma alguma ser ruim. Músicas ainda com o conteúdo contestador e revoltado, como “Uprising” e “Knights Of Cydonia”, encaixa-ram-se perfeitamente com o momento político e social que o país vive agora. “time has come to make things right, you and i must fight for our lives, you and i must fight to survive”. Perfeito.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Rio 2011 - 02/10/2011


Normalmente um grande festival de música se despede com o melhor que dispõe para fazer com que as boas impressões permaneçam até a próxima edição. Aconteceu com o Rock in Rio 2011 exatamente o contrário. Sem contar com os dias sinistros, como o de Ivete Sangalo, Claudia Leite e etc, o domingo foi o pior dia do festival. Eu já estava olhando com muita desconfiança, pois a atração principal era Guns n’ Roses, sobrevivendo aos trancos e barrancos com os hits antigos e com a forma de Axel Rose altamente questionável. A expectativa era mais para saber como Axel Rose se encontrava após dez longos anos, quando ele se apresentou com a banda na última edição do Rock In Rio, antes do mal fadado Chinese Democracy ser lançado. O dia também teve Detonautas, Pitty, Evanescence e System of a Down, que particularmente não faz muito minha cabeça, mas mesmo assim teve algumas músicas que se sobressaíram, como “Chop Suey”, “Lonely Day” e “Toxicity”. Mas o show, com 28 músicas, foi muito grande, atrapalhando ainda mais o já problemático Axel Rose, que já tinha previsão de ter o início do seu show atrasado.
Mas antes de falar do Guns, uma ponte para falar sobre o melhor show do dia. Não, nada dessas atrações internacionais renomadas. Dois velhinhos roubaram a cena no modesto palco Sunset enquanto o sol ainda jogava fora seus últimos raios. Sérgio Dias, liderando o Mutantes e Tom Zé fizeram um show sensacional, cheio de clássicos, como “Balcão de Negócios”, “Minha Menina”, “Balada do Louco”, “Ando Meio Desligado”, que contou ainda com a participação do filho de Rita Lee, Beto Lee e, claro, “Panis et Circensis, dando um oásis de psicodelia ao festival. A primeira parte do show ficou por conta de Tom Zé, vestido como sempre de forma irreverente, com ternos e faixas com referências políticas e tocou “O Rock Bronca in Rio”, composto para o festival. Depois Mutantes tomou conta continuando um belo show. Para ver o clássico show de Tom Zé e Mutantes, segue o link abaixo:
Mas enfim, voltando ao Guns n’ Roses. Bem, houve três momentos bem distintos. Primeiro, enquanto Axel e companhia levavam uma hora e meia para subir ao palco, a raiva ia aumentando a cada segundo, quem estava vendo no Multishow, por ter que agüentar a dupla de apresentadoras falar uma besteira atrás da outra e quem estava in loco, por causa da chuva que começou a cair torrencialmente. O segundo momento veio quando a banda resolveu finalmente a entrar em cena, após ouvir o sinal das primeiras vaias pela demora. Nada melhor para retratar esse momento do que a própria sigla do Rock in Rio: R.I.R. Foi muito engraçado ver Axel entrar no palco parecido com Elton John alguns anos mais novo e tocar a bizarra “Chinese Democracy”. Sinistro. Depois o show deu uma melhorada e levantou o publico com a clássica “Welcome to the Jungle” e depois “It’s So Easy”, nesta ultima ficou claro que Axel não agüenta mais o ritmo das musicas como antigamente. Como em vários momentos do show, Axel ficava enrolando cantar, enquanto algum backing vocal fazia o trabalho mais duro. Algumas das musicas novas não são totalmente desprovidas de qualidade, “Sorry” e “This I Love” chegam a ser bem interessantes, mas mesmo assim muito pouco para conquistar o público. Teve também uns momentos bem chatos, como solos de guitarras e teclado, talvez para dar tempo a Axel recuperar o fôlego e trocar de figurino. Após um desses solos chatos, ele solta “Sweet Child O’ Mine” para delírio geral. Bom momento do show. A épica “Estranged” também ficou bem legal, dando um raro toque de especial ao show, pois fazia 18 anos que não tocava ao vivo. A terceira e ultima fase do show foi a desistência. Quatro horas da manhã e ele começa a tocar mais uma música do Chinese Democracy, “Better” que acaba por ser um convite para a retirada. Fui dormir. No dia seguinte vi que só perdi mesmo “November Rain” e “Patience” de interessante. Mas no geral, foi um show sofrível e deprimente, nem os clássicos conseguiram levantar de fato o público, cuja reação ficava entre excitação e surpresa, negativa.
Despedida que nos faz ficar muito preocupados quanto à próxima edição do festival em 2013. Para quem tiver estômago e quiser assistir ao show do Guns N’ Roses no Rock in Rio 2011, veja no link abaixo:

Rock in Rio 2011 - 01/10/2011


O segundo sábado do Rock in Rio pode não ter sido dos melhores, mas teve shows muito bons também. A noite dessa vez teve Coldplay como atração principal, mas o dia de festival começou a ficar interessante ainda no palco Sunset, com os shows de Zeca Baleiro, e Erasmo Carlos dividindo o palco com o gênio Arnaldo Antunes, que tocou músicas do Iê Iê Iê como a de mesmo nome, “Invejoso” e “A Casa é Sua” e clássicos como “Socorro” e “Essa Mulher”. A segunda parte do show ficou por conta de Erasmo Carlos, que soltou clássicos da jovem guarda como “É proibido fumar” e “Quero que Tudo Vá pro Inferno” e “Festa de Arromba”. Infelizmente, durante o show deles, as apresentações no Palco Mundo começaram com Frejat, mas ainda bem que temos internet hoje em dia e consegui terminar de ver o show. Um dos melhores shows do Palco Sunset do Rock in Rio.
No Palco Mundo, não cheguei a ver os shows de Frejat, Skank e Maná, mas eu li que foi muito elogiado e essas coisas, mas felizmente não fazem minha praia não. A outra grande atração da noite foi Maroon 5. Conseguiu levantar bem o público, e há um grande mérito nisso. Mas como era previsto, o show da noite mesmo ficou nas mãos de Coldplay, com Chris Martin muito carismático, desde os bastidores, sempre solícito às entrevistas no camarim, e às vezes falando em português com o público.
Abriram o show com a nova “Hurts Like Heaven’, do álbum que ainda será lançado neste mês de outubro. Pelo visto, Chris Martin e companhia não tem nada contra tocar músicas novas em festivais, mas tocar músicas que ainda nem foram lançadas ficou um pouquinho demais. Mas não chegou a ser um problema, eles souberam alternar entre grandes hits como “Yellow”, reservando uma queda hilária de Chris Martin e “In My Place”, ambas contendo talvez os maiores coros do público do festival inteiro. Mesmo sem a força dos últimos álbuns do Coldplay, algumas músicas mais recentes funcionaram muito bem, como “Lost” e “Viva la Vida”. “The Scientist” foi um dos belos momentos do show, novamente com o público cantando em uníssono, e Chris Martin deixando a festa ainda mais bonita incentivando-os a cantar alguns trechos sozinhos. Das músicas do álbum que ainda vai ser lançado, o Mylo Xyloto, uma das que mais me chamou atenção foi “Us Against the World”, pegando a veia mais melancólica de Coldplay, que é quando eles são melhores. Após o bis, a banda volta com o sucesso “Clocks” mais uma vez para delírio geral. Teve também uma pequena homenagem a Amy Whinehouse, falecida há poucos meses, com Chris Martin tocando um trecho de “Rehab” antes de “Fix You”. Por fim, fechou o show com “Every Teardrop is a waterfall”.
No geral, foi um ótimo show, mas poderia ser bem melhor. Nada contra promover o trabalho mais recente da banda em festival, até porque é bem normal e praticamente toda banda faz isso, porém Mylo Xyloto não está nem lançado ainda e achei meio exagerado tocarem tantas músicas assim dele. Mesmo assim, está entre um dos melhores do festival. Para ver o show do Coldplay no Rock in Rio 2011, o vídeo está abaixo:

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rock in Rio 2011 - 25/09/2011


Assim como música eletrônica e anos 80, o heavy metal será muito pouco encontrado pelas páginas deste blog. Não são exatamente estilos que eu goste, mas mesmo assim, eu decidi acompanhar atentamente ao Dia do Metal do Rock in Rio 4, confesso que mais por curiosidade do que por ser “metaleiro”, até porque a personalidade e a lenda de Lemmy Kilmister transcende qualquer estilo musical e ele seria uma das atrações, liderando o Motorhead. Algumas outras bandas desconhecidas como a brasileira Glória e uma com o nome estranho Coheed & Cambria. Mas mesmo com todo o mito na persona de Lemmy, se na noite anterior o papel principal ficou com Red Hot Chilli Peppers, no Dia do Metal ficou como ninguém menos que Metallica. O palco Sunset ficou mais marcado pelos problemas técnicos de som do que propriamente pelos shows. O que mais chamou atenção foi Sepultura, tocando com um grupo de percussão francês. Ficou interessante, mas ainda assim não me pegou. Levei minhas atenções ao Palco Mundo, exatamente quando aparecia um ser estranho, com cabelos que mais pareciam uma árvore, tocando guitarra e com o microfone enfiado no cabelo chegando a algum lugar que talvez fosse a boca, tornando possível ele cantar lá dentro. O nome dele é Claudio Sanchez e a banda Coheed & Cambria. Não conhecia nada da banda e como era banda de metal, o sentimento de indiferença imperava, porém este foi ficando para trás enquanto eles iam tocando, até chegar a empolgação. É verdade, estava empolgado com uma banda de metal. Coheed & Cambria é uma banda diferente, apresentando grandes variações nas músicas, flertando numa mesma faixa com o progressivo, hard rock, indie e metal, tudo com um bom vocal e uma banda que toca bem e forte. Muito bom. A surpresa do festival até agora para mim. Para ver o show completo do Coheed & Cambria no Rock in Rio, veja o video abaixo.



Após a surpresa veio o Mito. Lemmy subiu ao palco, com todos os seus 65 anos, e anunciou logo o que viria a ser a próxima hora: “We are the Motorhead and we play rock and roll” e abriu o show com “Iron Fist”. Nunca tinha visto um show de Motorhead, sempre gostei mais da banda paralela de Lemmy, The Head Cats, com profunda influência dos anos 50. Só conhecia mesmo alguns dos clássicos da banda, mas eles impressionam logo do início, principalmente do jeito de Lemmy tocar e cantar, batendo no baixo como se fosse uma guitarra e aquela voz rouca e incompreensível rasgando o ar. O som do baixo inclusive é mais alto do que o da própria guitarra. O som é intenso e pesado do início ao fim, em alguns momentos do show até me pareceu que era um rockabilly dos anos 50 tocado com o máximo de velocidade, distorção e volume que alguém pode chegar. O público reagiu com empolgação e respeito que a banda merece. E fechou com os dois grandes clássicos “Ace of Spades” e “Overkill”, com participação de Andreas Kisser, do Sepultura. Para ver o show completo do Motorhead no Rock in Rio, veja no vídeo abaixo.


De Slipknot, eu vou parafrasear Lemmy: “eu venho do rock and roll, essas pessoas com macacões e máscaras vem do circo”. Bem, não precisa falar mais nada. Depois deles, com um atraso básico, subiu ao palco Metallica, para delírio geral e soltou logo os clássicos “Creeping Death” e a ótima “For Whom The Bell Tolls”, a galera fazendo um coro. James Hetfield e companhia estão na melhor forma possível, ótima presença de palco, não deixando o clima abaixar em nenhum momento, nem mesmo quando cantava as mais recentes. Foram vários pontos altos do show e fiquei impressionado com o fôlego do público, que se manteve pulando e gritando até depois que o show já tinha acabado. “One” teve efeitos pirotécnicos e depois veio a incrível “Master of Puppets”. Depois de “Enter Sadman” veio o sensacional Bis com James brincando sobre a hora, de que deviam estar dormindo e essas coisas. Seqüência arrasadora do Bis, com “Am I Evil”, “Whiplash” e “Seek And Destroy” com participação massiva do público depois de 12 horas de heavy metal. Não é preciso ser fã ou metaleiro para reconhecer um grande e histórico show. Exatamente o que foi esse show do Metallica, que ainda atingiu o que Red Hot Chilli Peppers falhara no dia anterior, dominou o público, esteve com ele em suas mãos, da primeira nota à última. Para ver o show completo do Metallica no Rock in Rio, veja o vídeo abaixo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Rock in Rio de Neil Young



O ano era o agora longínquo 2001 e o país estava em polvorosa pela volta do maior festival de música do Brasil, o Rock in Rio, na sua terceira edição. As outras duas históricas edições aconteceram em 1985 e 1991. Na primeira, atrações internacionais como Queen, Iron Maiden, AC/DC, Ozzy Osbourne e nacionais como Ney Matogrosso, Paralamas do Sucesso no auge do sucesso e o pernambucano Alceu Valença. Já em 1991, o festival também foi um sucesso de público, com Guns N’ Roses, Faith No More, Sepultura, Megadeth e outros. E então, mesmo com o bom retorno comercial, o festival ficou apenas nas lembranças dos mais velhos.

Após muitos anos de hiato, foi anunciado que em 2001 o festival retornaria e a ansiedade era imensa. Com a tecnologia dando seu boom no início do novo milênio, o festival seria transmitido na íntegra pelo canal Multishow. Como não poderia ir ao festival, fiquei radiante. As atrações eram Sting, R.E.M, Foo Fighters, Guns n’ Roses, com Axel forçando um retorno, Iron Maiden, novamente, Red Hot Chili Peppers, Silverchair e ele, NEIL YOUNG, o dinossauro do rock tímido ali entre tantas estrelas e bandas de imenso sucesso comercial e seus mega shows.

Os dias foram passando com bons shows de R.E.M e Foo Fighters, o fiasco de Guns n Roses, o malfadado dia das boybands, (‘N Sync, Britney Spears , Five) todas no auge, e o dia do Metal, que teve show histórico de Queens of The Stone Age no início de carreira, com Nick Oliveri nuzão tocando seu baixo loucamente e Iron Maiden pra delírio dos seus hardcore fãs.

Até que chegou o dia provavelmente menos esperado do festival, porém, pra mim, o mais marcante. Após shows de Dave Mattheus Band e Sheryl Crow, ele entrou no palco para delírio do curiosamente menor público do festival, 125 mil pessoas.

O show de Neil Young foi incrível. O velhinho só soltou os clássicos, com seu show simples e sem frescuras, com a guitarras distorcidas ecoando pela tal Cidade do Rock. O setlist foi pequeno, 11 músicas no total, mas impecável. Impossível tocar todos os clássicos de sua carreira, mas a seleção que Neil Young fez certamente foi para deixar o público arrepiado. Hey, Hey, My, My, Cortez The Killer, Like a Hurricane, Rockin’ in The Free World, Powderfinger e Down by the River (fuck yea!) foram umas delas.

Após o show os anos foram se passando e eu sempre ficava procurando e vasculhando as profundezas da internet atrás do vídeo desse show na íntegra, sem nunca consegui-lo. Até que um dia quis somente matar a saudade no youtube, assistindo qualquer uma dessas e ai que teve a surpresa. O show estava inteirinho no youtube, dividido em cinco partes! Holy Shit! Finalmente assisti ele todinho, relembrando e vibrando novamente, como há dez anos, no melhor show do Rock in Rio.

Aí vai os vídeos:

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

Parte V