Justin Vernon pode muito bem já ter se cansado do extenso e intenso trabalho em cima da obra prima Bon Iver, melhor disco de 2011, mas a verdade é que não aparenta nada. Pouco após ter anunciado que a banda entraria em um hiato por tempo indeterminado, ele foi o convidado para o último episódio da série Austin City Limits e, agora, divulga um novo clipe, para a música “Beth/Rest”. O vídeo, dirigido pelo próprio Vernon juntamente com Dan Huiting é visualmente estranho e bonito. Em um tom espiritual, transcendental e angelical, um casal vestido com brilhantes roupas brancas viajam por algo como uma floresta mágica. Na entrevista de lançamento do vídeo, Vernon disse: “é tipo sobre duas pessoas que foram feitas para si próprias e o que acontece com suas essências. Como eles se conectam é outra coisa que nós não queremos falar. Confira abaixo o vídeo:
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Novo Clipe de Bon Iver, "Beth/Rest"
Justin Vernon pode muito bem já ter se cansado do extenso e intenso trabalho em cima da obra prima Bon Iver, melhor disco de 2011, mas a verdade é que não aparenta nada. Pouco após ter anunciado que a banda entraria em um hiato por tempo indeterminado, ele foi o convidado para o último episódio da série Austin City Limits e, agora, divulga um novo clipe, para a música “Beth/Rest”. O vídeo, dirigido pelo próprio Vernon juntamente com Dan Huiting é visualmente estranho e bonito. Em um tom espiritual, transcendental e angelical, um casal vestido com brilhantes roupas brancas viajam por algo como uma floresta mágica. Na entrevista de lançamento do vídeo, Vernon disse: “é tipo sobre duas pessoas que foram feitas para si próprias e o que acontece com suas essências. Como eles se conectam é outra coisa que nós não queremos falar. Confira abaixo o vídeo:
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Bon Iver entra em hiato
Notícias boas, ruins e desencontradas marcaram tenso dia para os fãs de Bon Iver. Tudo começou quando, ontem a noite, Justin Vernon, a mente e a pessoa por trás de Bon Iver, compareceu a estação pública de Rádio de Minnesota para uma entrevista na qual foi perguntado sobre “o que está fazendo por esses dias” e Vernon respondeu exatamente o que os fãs não queriam que ele respondesse. Eis a resposta: “Acalmando-se. Eu olho para isso como para uma torneira. Eu tenho que desligar ir me distanciar disso porque muito de como essa música se junta é subconsciente ou a descobrir. Há muita atenção sobre a banda, e isso pode distrair algumas vezes. Eu realmente sinto a necessidade de me distanciar enquanto eu ainda me importo com isso. E então se eu voltar – se algum dia eu voltar – eu irei me sentir melhor quanto a isso e estarei renovado para voltar a fazer”. Então, talvez para tentar minimizar o impacto das palavras de Justin Vernon, um representante da gravadora de Bon Iver, a Jagjaguwar, disse que “eles estão apenas saindo de um ciclo depois de dois anos muito ocupados com o disco (Bon Iver, melhor álbum do ano passado, altamente aclamado pela crítica em geral).
Bem, pelo menos sabemos que não precisamos esperar nada de novo dele por algum bom tempo, mas tomara que seja só isso mesmo. Depois que a banda Girls acabou, seria péssimo que outro grande destaque se perdesse assim. De qualquer forma, enquanto toda essa indefinição sobre o futuro de Bon Iver, a boa notícia é o show em alta definição, no dia 21 de setembro, no Radio City Music Hall, em Nova Iorque. Detalhe importante: O vídeo só estará disponível por dois dias, por isso sugiro a você que baixe o programa aTube Catcher ou qualquer outro que baixe vídeos do youtube, e garanta logo o seu download. Segue o setlist.
Perth / Minnesota, WI / Creature Fear / Hinnom, TX / Wash. / Brackett, WI / Holocene / Blood Bank / Woods / Towers / Michicant / Calgary / Beth/Rest // Encore: Skinny Love / The Wolves (Act I & II) / For Emma
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Um Giro pela TV: Willis Earl Beal, Girls e Bon Iver!

Essa semana tem sido bastante interessante nos programas de televisão. Começou com a participação estranha e inusitada de Willis Earl Beal no Later Show With Jools Holland, onde tocou a faixa “Swing On Low”, do álbum de estréia recém lançado, Acousmatic Sorcery. Como sempre, Beal fazendo as escolhas mais inesperadas, pois há várias outras músicas no álbum que cairiam muito bem num programa assim, mas parece que ele quer ser o contrário mesmo, apresentando o seu lado mais estranho. Dualidade que provavelmente fez o efeito que Beal queria, de acordo com comentários como: ” Am I missing something? Saw this last night and can not understand how someone who sings that out of tune can get on the UK's main music show. Sad, very sad” ou “Saw this last night and listening again it gives me the shivers...and shivers of the good kind. It's like dark operatic Soul with that Tom Waits touch. Will certainly be looking into this guy more :)”. Mesmo assim, "Swing on Low" fica muito melhor ao vivo, sem uns barulhos que chegavam a incomodar na versão do álbum.
A segunda atração de peso que pintou pela TV gringa foi a banda Girls, quê se apresentou no Conan, trazendo mais um número de seu grande álbum Father, Son, Holy Ghost, do ano passado. Dessa vez a faixa foi “Love is Like a River”. Christopher Owens e companhia inclusive é um dos destaques do segundo fim de semana do festival californiano Coachella. Tomara que eles transmitam ao vivo!
Outra atração de peso do Coachella, mas que já se apresentou nesse último fim de semana, dono do melhor álbum de 2011, Bon Iver continua espalhando sucesso por todo mundo, recebendo inclusive um Grammy. Bon Iver esteve no programa The Ellen DeGeneres Show, especialmente para a Internet e tocou a maravilhosa “Michicant”. Confira:
terça-feira, 20 de março de 2012
Detalhes sobre o projeto colaborativo de Flaming Lips

2011 foi um ano bem insano para a banda The Flaming Lips, lançando música de 24 horas de duração e uma caveira de goma de mascar dentre outras viagens de Wayne e seus companheiros. Uma das poucas notícias com noção foi o trabalho em um disco colaborativo com diversos artistas dos mais variados estilos. Pouco a pouco foi saindo nomes como Neon Indian, Nick Cave, Bon Iver, Yoko Ono, dentre outros, alguns parece até estranhos, como Ke$ha, mas é assim mesmo, nada é completamente normal quando se trata de Wayne.
Pois bem, hoje saiu mais detalhes sobre o projeto colaborativo, que se chamará The Flaming Lips and Heady Fwends. “Esta série de sessões únicas e experimentais”, como diz a matéria de lançamento, vai ser lançada em números limitados e em edição única. O disco terá quatro “lados”, aparentemente cada um prezando por um tipo diferente de experimentação, supondo de acordo com as participações em cada faixa. Segue abaixo o tracklist completo:
(Como um projeto com participações tão diversificadas assim, natural que não seja totalmente equilibrado, mas estou aguardando ansiosamente pelo resultado das participações de Bon Iver, Jim James, do My Morning Jacket, Nick Cave e Chris Martin, do Coldplay).
The Flaming Lips and Heady Fwends:
Side 1:
01 2012 (featuring Ke$ha and Biz Markie)
02 Ashes in the Air (featuring Bon Iver)
03 Helping the Retarded to Know God (featuring Edward Sharpe and the Magnetic Zeros)
Side 2:
04 Supermoon Made Me Want To Pee (featuring Prefuse 73)
05 Children of the Moon (featuring Tame Impala)
06 That Ain't My Trip (featuring Jim James of My Morning Jacket)
07 You, Man? Human? (featuring Nick Cave)
Side 3:
08 I'm Working at NASA On Acid (featuring Lightning Bolt)
09 Do It! (featuring Yoko Ono)
10 Is David Bowie Dying? (featuring Neon Indian)
Side 4:
11 The First Time Ever I Saw Your Face (featuring Erykah Badu)
12 Thunder Drops (featuring New Fumes)
13 I Don't Want You to Die (featuring Chris Martin of Coldplay)
O disco será lançado no Record Store Day (Dia das Lojas de Disco), em 21 de abril.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Destaques do Grammy 2012

Nem tudo é ruim no Grammy, a grande festa de música, que premia os melhores trabalhos do ano anterior, que aconteceu neste domingo (12) e teve dois grandes vencedores. Adele, que ganhou em todas as seis categorias que disputou (gravação do ano, álbum do ano, canção do ano, melhor perfomance pop solo, melhor álbum pop vocal e melhor vídeo curto) e Foo Fighters, que, por sua vez, faturou cinco (melhor performance rock, melhor performance hard rock/metal, melhor canção de rock, melhor álbum de rock e melhor vídeo longo). Outro destaque foi a premiação de Bon Iver, como melhor álbum alternativo, mesmo após as sucessivas críticas de Bon Iver ao Grammy.
As apresentações ao vivo interessantes ficaram por conta de Bruce Springsteen, que tocou “We Take Care Of Our Own” o primeiro single do que novo álbum que será lançado mês que vem, Wrecking Ball. Paul McCartney também subiu no palco para “My Valentine”, do álbum Kisses On The Bottom, além da clássica sequência dos Beatles “Golden Slumbers/Carry The Weight/The End” do Abbey Road, com ajuda de Dave Ghrol e Bruce Springsteen. Ainda teve espaço para uma agradável reunião com a formação clássica dos Beach Boys após vinte anos.
Para saber mais sobre os outros ganhadores do Grammy, veja aqui.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Melhores Álbuns de 2011 - Parte VIII
05. THE BLACK KEYS – EL CAMINO

A cada ano Black Keys vai se consolidando como uma das mais interessantes e produtivas da cena alternativa. Para quem começou sendo apontado como cópia do White Stripes, a cada novo lançamento Black Keys confirma sua liberdade e identidade.
04. YUCK - YUCK

Em meio à invasão de inúmeras bandas revisitando os anos 80, cheia de sintetizadores e teclados artificiais, Yuck é uma lavagem dos ouvidos para quem quer ouvir guitarras puras (ou impuras) e um som cru, forte e seco.
03. WILCO – THE WHOLE LOVE

No fim, The Whole Love é tudo o que poderia se esperar de um trabalho de Wilco. Ao mesmo tempo em que se mantém nas raízes, há algo de profundamente novo em cada uma das 12 faixas. E ainda por cima reafirma Wilco na posição de uma das bandas mais interessantes no cenário atual. Melhor álbum desde Yankee Hotel Foxtrot.
02. GIRLS – FATHER, SON, HOLY GHOST

Father, Son, Holy Ghost sem dúvida alguma está entre os grandes lançamentos do ano, se não estiver em primeiro. Tenho certeza que estará disputando segundo por segundo o título com Bon Iver, mas, não sei se pela euforia da descoberta, Father, Son, Holy Ghost entra na reta final do ano como o favorito. Amém.
01. BON IVER - BON IVER

"O cara que gravou um álbum sozinho na floresta". É quase um segundo nome para Bon Iver, banda quase fictícia de Justin Vernon, a mente, olhos, boca, dedos, pés e os braços de praticamente tudo. Bon Iver, ou Vernon, como preferir, surgiu na cena indie no início de 2008 e surpreendeu com o álbum For Emma, Forever Ago. Relativamente similar aos primeiros trabalhos de Iron & Wine, o álbum tem uma história curiosa. Vernon se mudou para Wisconsin, sua cidade natal, e montou um acampamento numa remota floresta, longe de todo tipo de civilização, e compôs e gravou por três meses seguidos, completamente sozinho. Ele voltou ao mundo com For Emma, Forever Ago praticamente concluído, apenas acrescentou alguns arranjos e backing vocals depois. O álbum foi muito bem recebido pela crítica, com belas e mórbidas músicas, um homem solitário desabafando para si mesmo as angústias de uma alma atormentada. O álbum colocou Bon Iver na lista de lançamentos mais antecipados.
Até que enfim em 2011 ele voltou com tudo e muito mais com um álbum homônimo, Bon Iver. Ainda é cedo para afirmar, mas é difícil algum outro lançamento bater a grandiosidade desse álbum. Quem esperava outro confinamento de Vernon e mais um trabalho de uma pessoa só, enganou-se. "I don't find inspiration by just sitting down with a guitar anymore”, disse Vernon à recente entrevista dada ao site Pitchfork. Agradecemos a isso. Não que a antiga fórmula seja ruim, mas essa é mais refrescante. Bon Iver, mesmo sendo ainda movido mente de Vernon, nesse novo álbum soa como uma banda, de fato. Ele acrescentou novas texturas às canções, transformando simples baladas ao violão em composições grandiosas e complexas. Diferentes sons e instrumentos disputando cada segundo de música, com a voz de Vernon soando ainda mais atormentada. Fica claro que Vernon quis se desligar quase que totalmente do som que ficou no For Emma, Forever Ago. Fica claro com a faixa de abertura, “Perth”, apresentando, para a surpresa geral, uma banda completa, com um trabalho de bateria muito interessante, além da orquestra por cima de toda a música. É uma boa introdução para o que está por vir. Letras estranhas e melodias e variações inesperadas permeiam todo o álbum. Ao mesmo tempo em que isso causa certa estranheza na primeira audição, é a recompensa. Há tantas coisas ali escondida e para serem descobertas, que após ouvir repetidas vezes, ainda absorvemos sons novos e não revelados.
É difícil definir poucos pontos altos de Bon Iver. Mantém o alto nível. Certamente que tem aquelas impactantes logo de cara. Como Minnesota, WI, que consegue ser ao mesmo tempo leve e pesada, graças às loucas variações de Vernon. “Michicant” é outra obra de arte, “Hinnom, TX” fica duas vozes, uma grave e outra aguda, cantando versos diferentes, me lembrou um pouco da inigualável “Ladies and Gentlemen, We Are Floating in Space”, de Spiritualized. Até que nos aparece “Calgary” nos guiando em uma jornada musical, que simboliza mais ou menos o que é escutar esse álbum, que vai crescendo a cada faixa.
Podemos dizer que aconteceu com Bon Iver o mesmo que Iron & Wine, que melhorou ao incorporar novas formas ao seu som, sobretudo após Shepherd’s Dog, de 2007. Se não tivesse dado esse passo ousado, ficaríamos sem, por exemplo, “Rabbit Will Run”, de Iron & Wine e, paralelamente, “Calgary”, de Bon Iver. É o típico sim à mudança.
Parte I (40 a 36)
Parte II (35 a 31)
Parte III (30 a 26)
Parte IV (25 A 21)
Parte V (20 A 16)
Parte VI (15 A 11)
Parte VII (10 A 06)

A cada ano Black Keys vai se consolidando como uma das mais interessantes e produtivas da cena alternativa. Para quem começou sendo apontado como cópia do White Stripes, a cada novo lançamento Black Keys confirma sua liberdade e identidade.
04. YUCK - YUCK

Em meio à invasão de inúmeras bandas revisitando os anos 80, cheia de sintetizadores e teclados artificiais, Yuck é uma lavagem dos ouvidos para quem quer ouvir guitarras puras (ou impuras) e um som cru, forte e seco.
03. WILCO – THE WHOLE LOVE

No fim, The Whole Love é tudo o que poderia se esperar de um trabalho de Wilco. Ao mesmo tempo em que se mantém nas raízes, há algo de profundamente novo em cada uma das 12 faixas. E ainda por cima reafirma Wilco na posição de uma das bandas mais interessantes no cenário atual. Melhor álbum desde Yankee Hotel Foxtrot.
02. GIRLS – FATHER, SON, HOLY GHOST

Father, Son, Holy Ghost sem dúvida alguma está entre os grandes lançamentos do ano, se não estiver em primeiro. Tenho certeza que estará disputando segundo por segundo o título com Bon Iver, mas, não sei se pela euforia da descoberta, Father, Son, Holy Ghost entra na reta final do ano como o favorito. Amém.
01. BON IVER - BON IVER

"O cara que gravou um álbum sozinho na floresta". É quase um segundo nome para Bon Iver, banda quase fictícia de Justin Vernon, a mente, olhos, boca, dedos, pés e os braços de praticamente tudo. Bon Iver, ou Vernon, como preferir, surgiu na cena indie no início de 2008 e surpreendeu com o álbum For Emma, Forever Ago. Relativamente similar aos primeiros trabalhos de Iron & Wine, o álbum tem uma história curiosa. Vernon se mudou para Wisconsin, sua cidade natal, e montou um acampamento numa remota floresta, longe de todo tipo de civilização, e compôs e gravou por três meses seguidos, completamente sozinho. Ele voltou ao mundo com For Emma, Forever Ago praticamente concluído, apenas acrescentou alguns arranjos e backing vocals depois. O álbum foi muito bem recebido pela crítica, com belas e mórbidas músicas, um homem solitário desabafando para si mesmo as angústias de uma alma atormentada. O álbum colocou Bon Iver na lista de lançamentos mais antecipados.
Até que enfim em 2011 ele voltou com tudo e muito mais com um álbum homônimo, Bon Iver. Ainda é cedo para afirmar, mas é difícil algum outro lançamento bater a grandiosidade desse álbum. Quem esperava outro confinamento de Vernon e mais um trabalho de uma pessoa só, enganou-se. "I don't find inspiration by just sitting down with a guitar anymore”, disse Vernon à recente entrevista dada ao site Pitchfork. Agradecemos a isso. Não que a antiga fórmula seja ruim, mas essa é mais refrescante. Bon Iver, mesmo sendo ainda movido mente de Vernon, nesse novo álbum soa como uma banda, de fato. Ele acrescentou novas texturas às canções, transformando simples baladas ao violão em composições grandiosas e complexas. Diferentes sons e instrumentos disputando cada segundo de música, com a voz de Vernon soando ainda mais atormentada. Fica claro que Vernon quis se desligar quase que totalmente do som que ficou no For Emma, Forever Ago. Fica claro com a faixa de abertura, “Perth”, apresentando, para a surpresa geral, uma banda completa, com um trabalho de bateria muito interessante, além da orquestra por cima de toda a música. É uma boa introdução para o que está por vir. Letras estranhas e melodias e variações inesperadas permeiam todo o álbum. Ao mesmo tempo em que isso causa certa estranheza na primeira audição, é a recompensa. Há tantas coisas ali escondida e para serem descobertas, que após ouvir repetidas vezes, ainda absorvemos sons novos e não revelados.
É difícil definir poucos pontos altos de Bon Iver. Mantém o alto nível. Certamente que tem aquelas impactantes logo de cara. Como Minnesota, WI, que consegue ser ao mesmo tempo leve e pesada, graças às loucas variações de Vernon. “Michicant” é outra obra de arte, “Hinnom, TX” fica duas vozes, uma grave e outra aguda, cantando versos diferentes, me lembrou um pouco da inigualável “Ladies and Gentlemen, We Are Floating in Space”, de Spiritualized. Até que nos aparece “Calgary” nos guiando em uma jornada musical, que simboliza mais ou menos o que é escutar esse álbum, que vai crescendo a cada faixa.
Podemos dizer que aconteceu com Bon Iver o mesmo que Iron & Wine, que melhorou ao incorporar novas formas ao seu som, sobretudo após Shepherd’s Dog, de 2007. Se não tivesse dado esse passo ousado, ficaríamos sem, por exemplo, “Rabbit Will Run”, de Iron & Wine e, paralelamente, “Calgary”, de Bon Iver. É o típico sim à mudança.
Parte I (40 a 36)
Parte II (35 a 31)
Parte III (30 a 26)
Parte IV (25 A 21)
Parte V (20 A 16)
Parte VI (15 A 11)
Parte VII (10 A 06)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Bon Iver Deluxe Edition

Bon Iver foi um dos grandes nomes da música no ano de 2011, com o lançamento do seu segundo álbum, simplesmente chamado Bon Iver. Para completar, ele lançou a versão Deluxe, que vem com três faixas bônus. Ele também editou vídeos magníficos para cada música, o que tornou tudo ainda muito mais especial.
Belíssimas imagens, paisagens, acrescentadas a efeitos psicodélicos muito loucos, se encaixaram numa harmonia raramente vista no casamento imagem/música. Muitas dessas imagens nem sabemos do que se trata, mas ficam lindas. Permitam-me devanear um pouco, pois em vários momentos, inclusive, sentimos que os vídeos são tipo uma tradução de nossa própria alma, que somos por dentro, em momentos de paz e escuridão, intensificando as emoções das músicas isoladas. Perfeito. Destaques para “Minnesota, Wi”, “Perth”, “Towers”, Confira cada uma das músicas. Vale a pena ver uma por uma, no modo fullscreen, para viajar nessa mistura especial:
“Perth (Deluxe)”
“Minnesota, WI (Deluxe)”
“Holocene (Deluxe)”
“Towers (Deluxe)"
“Michicant (Deluxe)”
“Hinnom, TX (Deluxe)”
“Wash (Deluxe)”
“Calgary (Deluxe)"
“Lisbon, OH (Deluxe)”
“Beth/Rest (Deluxe)”
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Bon Iver Live Later... With Jools Holland
Uma das grandes sensações do ano, Bon Iver está na disputa pelo primeiro lugar como lançamento do ano com seu álbum homônimo, que já falamos dele aqui. O trabalho representa uma ruptura com o o estilo solitário que Bon Iver apresentou no seu disco de estréia For Emma, Forever Ago, de 2007. Com vários instrumentos dialogando entre si, o resultado ficou sensacional. Ontem, 18 de outubro, Bon Iver se apresentou no programa televisão Later... With Jools Holland e tocou "Towers", que, juntamente com a apresentação no The Colbert Report, onde tocou "Calgary", fica claro que tanto quanto no estúdio, a nova química de Bon Iver está melhor do que nunca.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Bon Iver

"O cara que gravou um álbum sozinho na floresta". É quase um segundo nome para Bon Iver, banda quase fictícia de Justin Vernon, a mente, olhos, boca, dedos, pés e os braços de praticamente tudo. Bon Iver, ou Vernon, como preferir, surgiu na cena indie no início de 2008 e surpreendeu com o álbum For Emma, Forever Ago. Relativamente similar aos primeiros trabalhos de Iron & Wine, o álbum tem uma história curiosa. Vernon se mudou para Wisconsin, sua cidade natal, e montou um acampamento numa remota floresta, longe de todo tipo de civilização, e compôs e gravou por três meses seguidos, completamente sozinho. Ele voltou ao mundo com For Emma, Forever Ago praticamente concluído, apenas acrescentou alguns arranjos e backing vocals depois. O álbum foi muito bem recebido pela crítica, com belas e mórbidas músicas, um homem solitário desabafando para si mesmo as angústias de uma alma atormentada. O álbum colocou Bon Iver na lista de lançamentos mais antecipados.

Até que enfim em 2011 ele voltou com tudo e muito mais com um álbum homônimo, Bon Iver. Ainda é cedo para afirmar, mas é difícil algum outro lançamento bater a grandiosidade desse álbum. Quem esperava outro confinamento de Vernon e mais um trabalho de uma pessoa só, enganou-se. "I don't find inspiration by just sitting down with a guitar anymore”, disse Vernon à recente entrevista dada ao site Pitchfork. Agradecemos a isso. Não que a antiga fórmula seja ruim, mas essa é mais refrescante. Bon Iver, mesmo sendo ainda movido mente de Vernon, nesse novo álbum soa como uma banda, de fato. Ele acrescentou novas texturas às canções, transformando simples baladas ao violão em composições grandiosas e complexas. Diferentes sons e instrumentos disputando cada segundo de música, com a voz de Vernon soando ainda mais atormentada. Fica claro que Vernon quis se desligar quase que totalmente do som que ficou no For Emma, Forever Ago. Fica claro com a faixa de abertura, “Perth”, apresentando, para a surpresa geral, uma banda completa, com um trabalho de bateria muito interessante, além da orquestra por cima de toda a música. É uma boa introdução para o que está por vir. Letras estranhas e melodias e variações inesperadas permeiam todo o álbum. Ao mesmo tempo em que isso causa certa estranheza na primeira audição, é a recompensa. Há tantas coisas ali escondida e para serem descobertas, que após ouvir repetidas vezes, ainda absorvemos sons novos e não revelados.
É difícil definir poucos pontos altos de Bon Iver. Mantém o alto nível. Certamente que tem aquelas impactantes logo de cara. Como Minnesota, WI, que consegue ser ao mesmo tempo leve e pesada, graças às loucas variações de Vernon. “Michicant” é outra obra de arte, “Hinnom, TX” fica duas vozes, uma grave e outra aguda, cantando versos diferentes, me lembrou um pouco da inigualável “Ladies and Gentlemen, We Are Floating in Space”, de Spiritualized. Até que nos aparece “Calgary” nos guiando em uma jornada musical, que simboliza mais ou menos o que é escutar esse álbum, que vai crescendo a cada faixa.
Podemos dizer que aconteceu com Bon Iver o mesmo que Iron & Wine, que melhorou ao incorporar novas formas ao seu som, sobretudo após Shepherd’s Dog, de 2007. Se não tivesse dado esse passo ousado, ficaríamos sem, por exemplo, “Rabbit Will Run”, de Iron & Wine e, paralelamente, “Calgary”, de Bon Iver. É o típico sim à mudança.
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