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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Melhores Álbuns de 2016: Parte IV






Let Me Get By consegue captar todo o potencial da grande banda Tedeschi Trucks Band, agora não somente grande apenas no número de integrantes, mas grande também pela música, recheada de maturidade, criatividade e profundidade. Um grande e grandioso álbum. Sem dúvida, “grande” é o adjetivo perfeito para Let Me Get By.






12. Dinosaur Jr. - Give a Glimpse At What Yer Not

É incrível uma banda como Dinosaur Jr. A maneira que eles conseguiram desenvolver sua fórmula e se manter nela num nível elevadíssimo de qualidade não é qualquer um que consegue. Give a Glimpse At What Yer Not é mais um belíssmo disco que faz com que Dinosaur Jr seja uma das poucas bandas que continuam lançando discos no nível equivalente aos seus discos clássicos de início de carreira.








13. Big Jon Atkinson & Bob Corritore - House Party At Big Jon's

Uma parceria incrível de dois caras que manjam muito de blues, o guitarrista Big Jon Atkinson e o gaitista Bob Corritore. Ainda tem a participação de Alabama Mike, que já apareceu por nossa lista, Dave Riley, Tomcat Courtney e Willie Buck. O selo Delta Groove apresentou alguns dos álbuns de blues mais tradicionais e puros que é possível fazer nos dias de hoje. House Party At Big Jon’s quase transporta você de volta para os anos 50, no auge do Chicago blues. Enfim, é um álbum maravilhoso para colocar pra ouvir e ficar curtindo um som com os amigos e tomando uma cerveja.










14. Lurrie Bell - Can't Shake This Feeling

Lurrie Bell, filho de grande gaitista Carey Bell,  é um dos maiores nomes do blues contemporâneo. Can’t Shake This Feeling é mais um sinal de que Bell vem construindo uma carreira significativa, digna de uma verdadeira lenda. Dentre covers e originais, todo o disco é uma celebração do blues de Chicago.








The Blues, The Whole Blues and Nothing But The Blues é exatamente o que o título sugere, mostrando ainda que, além do blues, todo o blues e nada mais que o blues, Bromberg  ainda consegue apresentar variações bem interessantes, deixando o álbum ainda mais rico.







16. Teenage Fanclub – Here

Os herois do alternativo da década de 90 estão de volta com um novo disco. O que impressiona é que eles ainda estejam tão bem! Here tem tudo o que os fãs do Teenage Fanclub podem esperar: belas melodias e ótimas texturas de guitarra.



Joe Bonamassa dispensa apresentações mais prolongadas. Como todos sabem, seria impensável Bonamassa passar um ano inativo ou sem lançar algo novo, seja um disco de estúdio ou um disco ao vivo (contando com Blues of Desperation, Bonamassa já lançou três discos só em 2016). Blues of Desperation confirma Bonamassa como o melhor do blues-rock à disposição no mercado.








Não é só porque o próprio Big Harp George visitou o blog e comentou na resenha do disco. É porque Big Harp faz um grande blues, com composições próprias e letras significativas que resgatam um pouco do lado positivo do blues, em músicas como “I Ain’t The Judge of You” e “Justice In My Time”. Em tempos turbulentos, em que as pessoas reclamam que a vida perde a graça com o politicamente correto, Big Harp George mostra que se pode se divertir respeitando os outros e buscando sermos melhores pessoas sempre. Por isso, uma grande relíquia para 2016.








O diferencial de um álbum novo de um artista já consagrado é que ele não compõe pressionado, não tem nada mais a provar a ninguém, o que torna o álbum despretensioso e, de certa forma, revelador de um lado mais pessoal e humano do artista. É algo que acontece com vários desses deuses do rock, como Paul McCartney e Bob Dylan mais recentemente. Não nos compete comparar com os clássicos feitos do passado, apenas desfrutar de mais alguns momentos musicais agradáveis com um gênio da música, algo quase em extinção. I Still Do é um álbum leve e que mostra que Clapton ainda tem o blues. Sugere-se que este pode ser o último disco de sua carreira, de acordo com uma nota que o próprio escreveu; nesse caso, seria uma delicada, singela e suave despedida.







20. Colin James - Blue Highways
O canadense Colin James lança mais um grande álbum de blues, cheio de versões de clássicos que ficam maravilhosos nessa nova releitura, com destaque para “Gypsy Woman” e “Hoodoo Man Blues”.



quinta-feira, 30 de junho de 2016

Playlist Filho do Blues-2016: os primeiros seis meses





Os seis primeiros meses de 2016 chegam ao fim no dia de hoje. Muita coisa boa já rolou até aqui e muito mais nos é prometido para os seis meses finais. Como uma retrospectiva parcial, o Filho do Blues criou uma playlist no Spotify para selecionar as melhores músicas que apareceram até agora. Foram escolhidas 53 faixas nos primeiros seis meses do ano. Nos meses restantes, nós continuaremos incluindo novas músicas à playlist, por isso, siga-nos e fique por dentro das novidades. 




Dessa primeira metade do ano, o maior destaque, positivo e negativo, não poderia ser outro senão David Bowie. O lançamento de Blackstar seguido por sua repentina e surpreendente morte certamente foi o evento que já nos primeiros dias de janeiro marcou todo o ano de 2016. Foram escolhidas quatro músicas de Blackstar, além da faixa título, também escolhemos para integrar a lista “’Tis a Pity She Was a Whore”, “Dollar Days” e, claro, “Lazarus”. O colaborador e amigo de longa data de Bowie, Iggy Pop, também deu as caras e lançou um grande álbum em colaboração com Josh Homme, do QOTSA, do qual “Gardenia” e “Break Into Your Heart”. PJ Harvey, em seu novo disco The Hope Six Demolition Project, nos surpreendeu com as faixas “The Wheel”, sobre a crise dos refugiados, e “The Ministry Of Social Affairs”. Outros álbuns do rock surgiram, como novos lançamentos de Weezer (White Album), Tindersticks (The Waiting Room) e Suede (Night Thoughts), dos quais escolhermos, respectivamente, “King of The World”, “Hey Lucinda” e “I Can’t Give Her What She Wants”. Confesso, no entanto, que na esfera de música nacional não chegamos a ouvir muita coisa nova e legal, restringindo ao novo álbum de Clarice Falcão, Problema Meu, do qual selecionamos duas faixas, “Marta” e “Banho de Piscina”
selecionamos
 

No campo do blues/jazz/gospel é que boa parte do ano foi reservada e os destaques são muitos, a começar pelo álbum My Road, de Bob Margolin, do qual tivemos muita dificuldade em selecionar apenas três, que foram “Bye Bye Baby”, “My Whole Life” e “Heaven Mississippi”. A mesma dificuldade foi sentida em outros discos, como Let Me Get By, de Tedeschi Trucks Band, tendo escolhido “Let Me Get By” e “Right On Time”, mas podendo ter escolhido do mesmo álbum várias outras. Mais um grande destaque foi o disco de John Long, Stand Your Ground, do qual não tivemos outra opção senão selecionarmos três faixas: “Climbing High Mountains (Trying to Get Home)”, “Red Hawk” e “No Flowers For Me”. O novo álbum de Eric Clapton, I Still Do, “Spiral”, “Somebody’s Knockin’” e “Alabama Woman Blues”. Também fui obrigado a escolher três faixas de All For Loving You, novo álbum da The Alexis P. Suter Band, “Can’t Find a Reason”, “Don’t Ya’ Tell Me” e a versão mais incrível de “Let It Be” que você pode ouvir (sem contar com a original). Tivemos também mais um grande lançamento de Mavis Staples, do qual selecionamos a incrível “History, Now” e “Action”. A velha guarda de Dion está representada pelas faixas “Ride With You” e "Can’t Go Back to Memphis”, do seu novo álbum New York Is My Home. Um dos maiores guitarrista do blues rock também está presente, claro, com Joe Bonamassa mandando “This Train” e “You Left Me Nothing But the Bills and The Blues”. O blues progressista do professor Big Harp George, em Wash My Horse In Champagne, está garantido com “My Bright Future” e “I Ain’t The Judge of You”. Lucky Peterson, devido a seu disco Long Nights, conseguiu seu lugar com “Earline” e
Waiting On You”, bem como a dupla poderosa composta por Big Jon Atkinson e Bob Corritore, com a clássica cover de Lightnin’ Hopkins, “Mojo Hand” e a incrível “Somebody Done Changed The Lock on My Door”, ambas do álbum House Party At Big Jon’s. O blues potente de Alabama Mike garantiu presença com Upset The Status Quo, faixa título de seu novo álbum, e “Fight for Your Love”. O blues-rock de Moreland & Arbuckle, com o álbum Promised Land or Bust, ficou com “Mean And Evil” e “Woman Down In Arkansas”. O sofisticado jazz de Gregory Porter teve lugar com “Take Me To The Alley” e “In Fashion”, ambas do seu novo e belo álbum Take Me To The Alley. A coletânea God Don't Never Change: The Songs of Blind Willie Johnson teve três representantes, "Mother's Children Have a Hard Time", executada por The Blind Boys of Alabama, "Trouble Will Soon Be Over", por Sinéad O'Connor, e "Jesus is Coming Soon", por Cowbow Junkies.


 Outros álbuns também chamaram atenção, mas ficaram com apenas uma faixa representante. É o caso de RB Stone, com a ótima música “Some Call It Freedom”, do álbum Some Call It Freedom (Some Call It The Blues); Boo Boo Davis, “The Snake”, de seu disco One Chord Blues; Toronzo Canon, o guitarrista de blues de Chicago, com a faixa “Walk It Off”; e Kenny “Blues Boss” Wayne, com “Blackmail Blues”, do seu novo álbum Jumpin’ & Boppin’. A banda Dinosaur Jr só aparece com “Tiny” porque o restante do álbum ainda não foi lançado, chamado Give a Glimpse Of What Yer Not, que com certeza terá alguma outra faixa em breve. 
 

Acho que é isso, pessoal. Sintam-se convidados a seguir a playlist e ficar acompanhando as novidades. Sintam-se à vontade também em dar sugestões nos comentários. Muitos desses álbuns ainda não tiveram resenhas publicadas no site, alguns ainda terão, outros, infelizmente, não. Quisera eu ter tempo de escrever todas elas! 

E que venham os seis meses restantes de 2016!



terça-feira, 31 de maio de 2016

Resenha: Eric Clapton - I Still Do


                São poucos os que, mesmo dentre os mais notáveis, possui a história e a carreira como a de Eric Clapton. Ele podia ter entrado para a história apenas como um dos que levaram de volta o blues para o grande público branco e de classe média dos Estados Unidos, mas não; poderia ser reverenciado como um grande cantor de blues apenas pelos aficionados do gênero, mas também não; Clapton poderia ser apenas o “deus da guitarra” para os mais classicistas do rock, mas também não seria o bastante; por fim, ele poderia ser apenas um grande expoente da música pop, mais um que venderia milhões e milhões de discos e tocaria diariamente nas rádios, mas quantidade não corresponde à qualidade.  Se não bastaria ser apenas um desses, que tal ser tudo isso? Bem, eis Eric Clapton. Aí você pergunta, é o bastante? Seria para qualquer um, mas Clapton acha que não e seu novo disco, o seu vigésimo terceiro, I Still Do, é declaração de amor à música, à música que ele ama. No decorrer de 12 músicas, Clapton nos entrega duas faixas inéditas e o restante são regravações de músicas de artistas que ele admira, transitando um pouco por cada estilo que o consagrou, blues, rock e até mesmo um pouco de reagge. Para I Still Do, Clapton se reuniu novamente com o mesmo produtor do seu grande álbum Slowhand, Glyn Johns.





                I Still Do circula ao redor de três eixos gravitacionais, cada qual com seus destaques e representando algumas facetas importantes na carreira de Eric Clapton: o primeiro desses eixos centrais é, e não poderia deixar de ser, o blues.  Através de ótimas escolhas de covers, mais uma vez Clapton utiliza seu espaço e seu talento para mais uma declaração ao gênero musical que transformou sua vida. A faixa de abertura é a ótima “Alabama Woman Blues”, de Lorey Carr, com ótimos solos de guitarra e teclado. Com certeza Clapton não deixaria de fora um de seus grandes ídolos do blues; Robert Johnson está presente na faixa “Stones In My Passway”. A surpresa aqui fica com um artista pouco tocado por Eric Clapton, ou seja, Skip James. Clapton fez uma incrível versão da faixa “Cypress Grove”, dando um toque mais especial ao disco. O outro eixo central são as duas músicas inéditas, compostas pelo próprio guitarrista britânico. A primeira delas é a ótima “Spiral”, bastante nostálgica e na qual Clapton reafirma seu desejo de continuar tocando e criando música. “You don't know how much this means / To have this music in me / I just keep playing these blues / Hoping that I don't lose”. O trabalho de guitarra que Clapton desenvolve na faixa sem dúvida se sobressai diante de praticamente todo o álbum. A segunda é a romântica “Catch The Blues”, num ritmo quase samba, com solos de guitarra deslizando pela música.  




                O terceiro centro gravitacional é tributo a artistas que Clapton admira bastante e de músicas tradicionais do mundo pop que de alguma forma o marcaram. Dentre eles estão J.J. Cale (para o qual Eric Clapton já dedicou um disco inteiro, em 2014), com “Can’t Let You Do It” e a maravilhosa “Somebody’s Knockin’”, que abre o show comemorativo Slowhand At 70 – Live At The Royal Albert Hall, gravado em 2015, e Bob Dylan, com a versão de “I Dreamed I Saw St. Augustine”. O disco ainda guarda alguns belos atos, como o momento reagge, que fica a cargo do misterioso dueto “I Will Be There” (ninguém sabe quem canta na faixa, junto com Clapton). As teorias da conspiração já começaram, e conjecturaram que poderia ser ou uma gravação perdida dos arquivos de George Harrison ou até mesmo o filho de Harrison, já que o vocal está creditado para Angelo Mysterioso, parecido com o nome que Harrison assinava colaborações escondidas com outros artistas (L’Angelo Mysterioso). “Little Man, You’ve Had a Busy Day”, uma desolada balada no violão para se ouvir de olhos fechados depois de um dia bastante difícil. “Come along there soldier, and put away your gun / The war is over for tonight”. Também tem lugar para um gospel tradicional em “I’ll Be Alright”. Por fim, Clapton finaliza com “I’ll Be Seeing You”, que foi popularizada por Billie Holiday.

                O diferencial de um álbum novo de um artista já consagrado é que ele não compõe pressionado, não tem nada mais a provar a ninguém, o que torna o álbum despretensioso e, de certa forma, revelador de um lado mais pessoal e humano do artista. É algo que acontece com vários desses deuses do rock, como Paul McCartney e Bob Dylan mais recentemente. Não nos compete comparar com os clássicos feitos do passado, apenas desfrutar de mais alguns momentos musicais agradáveis com um gênio da música, algo quase em extinção. I Still Do é um álbum leve e que mostra que Clapton ainda tem o blues. Sugere-se que este pode ser o último disco de sua carreira, de acordo com uma nota que o próprio escreveu; nesse caso, seria uma delicada, singela e suave despedida. 



terça-feira, 17 de maio de 2016

Confira o novo clipe de Eric Clapton, "Spiral"




Como retratar em retrospectiva décadas de carreira com uma boa trilha sonora? Eric Clapton faz isso muito bem no clipe da música “Spiral”, que está presente no novo álbum do guitarrista britânico, a ser lançado no próximo dia 20, chamado I Still Do. Com um clima nostálgico e uma estética psicodélica, o clipe guia uma viagem ao tempo; a tela inicial vai se fechando num quadro de Clapton na parede, até perder-se no relógio e iniciar de fato a viagem ao passado, alternando desenhos de diferentes fases da carreira de Clapton, com traços psicodélicos, até os primórdios. Confira o clipe abaixo:




sábado, 15 de março de 2014

Johnny Winter anuncia sequência de Roots, com participações especiais de peso



O bluesman Johnny Winter lançou em 2011 um álbum muito bom de covers de blues clássicos chamado Roots, que era acompanhado por vários convidados especiais. Pelo visto, Winter planeja dar sequência a série e lançar uma segunda edição ainda neste ano com a participação de nomes importantes como Eric Clapton, Ben Harper, Joe Perry, Mark Knopfler, dentre outros. O disco, assim como o primeiro, conterá canções tradicionais do blues que fizeram parte desde cedo da formação de Johnny Winter, como Robert Johnson, Muddy Waters, Elmore James, a maioria dos anos 50.


Sua motivação: "It's just to bring it to the people of today who haven't listened to the old music. It's better than anything they hear today.”