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segunda-feira, 31 de março de 2014

Stream de Flaming Lips - Flaming Side of The Moon



Em 2009, The Flaming Lips lançou sua própria versão para o clássico The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd. Agora, em mais uma jogada surreal da banda, que desde então vem se distanciando cada vez mais do convencional – isso contando que eles eram convencionais, o que eles nunca foram – a banda resolve lançar um acompanhamento para o disco, chamado Flaming Side of The Moon, que está em stream. Ele foi projetado para ser ouvindo simultaneamente com o Dark Side original, do Floyd, e, de acordo com a nota oficial, ele foi cuidadosamente desenhado para sincronizar com o filme The Wizard of Oz, de 1939. Para quem tiver a coragem de embarcar nessa, segue o stream:




sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sean Lennon & Flaming Lips tocam "Lucy In The Sky With Diamons", no Letterman




O surrealismo natural de The Flaming Lips teve uma ajuda especial para levar ao palco de David Letterman a sua versão fantástica para “Lucy In The Sky With Diamons”,  em decorrência da "Beatles Week", em comemoração aos 50 anos da primeira aparição dos Beatles no Ed Sullivan. A ajuda veio de Sean Lennon, filho de John Lennon e Yoko Ono. Como era de se esperar vindo de Flaming Lips, uma apresentação cheia de luzes e efeitos especiais. Confira e viaje em mais um dos delírios de Wayne Coyne e companhia: 



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Melhores Álbuns de 2013 - Menções Honrosas

Franz Ferdinand - Right Thoughts, Right Word, Right Action



A banda escocesa Franz Ferdinand está de volta depois de quatro anos. Embora a expectativa fosse de um álbum ainda melhor, Right Thoughts, Right Word, Right Action ainda tem momentos que guardam o melhor da banda, outros nem tanto. Mas é um álbum que dá para colocar para tocar e se divertir bastante com ele.


 


Tedeschi Trucks Band - Made Up Mind




Um álbum bem consistente de blues rock. Talvez merecesse uma posição no top 40, mas não consegui encaixá-lo mais em cima. Errado seria deixar passar um lançamento desse tipo, que coloca Tedeschi Trucks Band como uma banda para se ficar atento nos próximos anos.



 


David Lynch - The Big Dream




David Lynch nos apresenta um som muito interessante, baseado num blues mecânico, eletrônico, quase robótico, que gera algumas músicas especiais, como “Cold Wind Blow”, e a cover de Bob Dylan “The Ballad of Hollis Brown”.




Stone Gossard – Moonlander


Um álbum que surpreendeu bastante. É o que se pode dizer de Moonlander, que gera um resultado inesperado no ouvinte, principalmente se este já acompanha a longa e bem sucedida carreira do guitarrista Stone Gossard. O resultado pode ser bem diferente, no entanto, para um leigo, que não sabe quem Stone Gossard é. Mas, sinceramente, desconfio que alguém percorra esse caminho sem conhecer a história de Stone, a qual, com certeza, ficou ainda mais interessante depois de Moonlander. Duas faixas aqui são maravilhosas e levam o disco para outro nível, “Both Live” e “Your Flames”.


 


Islands - Ski Mask





Ski Mask é uma junção de todas as facetas da banda Islands. Sendo a sequência do ótimo e direto A Sleep & A Forgeting, do ano passado, perde um pouco o brilho. Mas ainda assim, é um bom álbum, marcado por algumas músicas bem interessantes, como “Wave Forms”.





Jim James - Regions Of Light and Sound of God




Regions of Light and Sound of God é um álbum para se escutar descansando, de olhos fechados, quase em estado meditativo, relaxando e pensando na vida. Musicalmente, Jim James alcança novos horizontes que não seriam possível com o seu trabalho com My Morning Jacket.





The Flaming Lips - The Terror




The Terror é, por fim, sinistro. Tanto pelo seu conceito quanto pela sua execução. Numa análise musical, lendo a música como uma forma de entretenimento, é um álbum horrível. No entanto, num sentido mais nobre e amplo, elevando da música seu papel artístico, The Terror é uma obra prima. É a execução máxima de um projeto ambicioso, que chega a sacrificar a si mesmo em virtude da representação exata de um sentimento horrendo. E, diante do recentíssimo atentado terrorista na Maratona de Boston que aconteceu hoje, o desespero, o medo, enfim, o terror é o que está representado nessas faixas. Um álbum que somente The Flaming Lips seria capaz de fazer. 


quinta-feira, 16 de maio de 2013

The Flaming Lips @ Late Night With Jimmy Fallon



Que semana no programa Late Night With Jimmy Fallon! Depois de apresentar Vampire Weekend (ainda estou devendo este post) e Phoenix , ontem foi a vez de The Flaming Lips fazer mais uma medonha aparição na TV. Se você achou que a impressionante quando eles aterrorizaram no Letterman no início de Abril, tocando “Look... The Sun Is Rising” com o uma boneca bebê nos braços, você precisa assistir essa agora. É até difícil de descrever como se encontra o palco. Dessa vez a boneca se foi e Wayne se apresenta quase nu, com seus fios de tentáculos brilhantes por todo chão num mar de medusas e subindo até o teto. A faixa escolhida foi “Try To Explain”, também do novo álbum The Terror, juntamente com uma literalmente brilhante cover de “Heroes”, de David Bowie. Veja você mesmo:

"Try To Explain"



"Heroes"


segunda-feira, 15 de abril de 2013

The Flaming Lips - The Terror


A música é, acima de tudo, uma comunicação de sentimentos, de sensações. E nesse profundo mar de sentimentos que é a alma humana, existem as emoções que todos gostam de sentir. Quem não gosta de fechar os olhos e se imaginar nos braços da pessoa amada quando se escuta uma bela canção de amor? Ou então sentiu o coração sangrar quando se depara com as impressões de um fim de relacionamento? Ou as quatro paredes se fecharem sobre si numa melancólica canção solitária? Enfim, são infinitos os caminhos e as expressões que os seres humanos podem transmitir. Mas, assim como o citado oceano profundo, também há em nós aquelas profundezas escuras, as quais não ousamos nem ao menos encarar. É como aqueles peixes horrendos que vivem submersos e supostamente esquecidos nas águas escuras. Citando Shakespeare, “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”. Dito isso, e, admitindo que a música, bem como a arte em geral, tem o papel absoluto e primordial de ser um retrato de tudo o que há na vida. Existem artistas que são comprometidos em explorar, buscar e empregar em sua arte não apenas as coisas boas e gostosas, mas também esse lado sombrio e negligenciado. Artistas como os integrantes da banda The Flaming Lips, por exemplo. No decorrer de sua carreira de décadas, os Lips colecionam clássicos, bem como projetos altamente ambiciosos e desafiadores, difíceis de imaginar postos em prática. Zaireeka, um álbum quadruplo de 1997, idealizado para tocar todos ao mesmo tempo, uma música de 24 horas de duração são apenas alguns dos projetos insanos da banda, que acaba de ganhar mais um capítulo, com o lançamento do álbum The Terror.




Apesar do jeito brincalhão de drogado com cabeça nas nuvens, Wayne Coyne, líder da banda, é um exemplo claro de um artista que leva totalmente a sério a sua arte, sacrificando inclusive sua vida pessoal para se dedicar totalmente às suas criações e suas viagens artísticas. Em recente entrevista à Pitchfork, Wayne cede um dos raros momentos em que fala de sua vida pessoal, afirmando que The Flaming Lips é sua família e que não se imaginaria sendo pai, com todas as responsabilidades e grilhões que acompanha o nascimento de um herdeiro. Ainda assim, ele pouco fala da sua separação da companheira de vinte e cinco anos, Michelle. Apesar de não ser declarado, é difícil não imaginar que essa perda tenha influenciado o conceito e o som de The Terror.

Em relação ao conceito, nesta mesma entrevista, Coyne fala: “eu realmente acredito que quando você é jovem, você deve pensar que o mundo é seu e você pode fazer qualquer porra que quiser com ele, e as pessoas devem sair de seu caminho. Quando você vai envelhecendo, no entanto, você percebe – e esta é uma boa notícia, embora também devastadora – que há amor que irá morrer e amor que você não pode entender mais. Eu não acho que eu iria desaparecer ou me matar se esse amor desaparecesse – eu posso desejar que sim, mas a vida simplesmente continua. Esta é a frieza nesse álbum, e é a natureza da realidade. É bem filha da puta. Quanto mais felicidade nós sentimos, mais nós sabemos que há sofrimento e dor no mundo. Você não pode conhecer um sem ter a realização do outro”. Este é The Terror nas palavras de seu idealizador, Wayne Coyne.




Agora vamos a sua realização, de fato. Coyne levou sua arte ao extremo ao tentar retratar esse sentimento de desespero e terror. Ele não se importou que sua música ficasse quase inaudível, estranha, sombria, catastrófica. Dizer que The Terror é bom é complicado. Ele não deve ser julgado como os outros discos. Simplesmente não há nada como ele. Não dá para analisar as músicas isoladamente, mas sim como um todo, uma unidade totalmente inseparável. É um disco desafiador. Não se gosta dele assim de imediato. Não sei nem mesmo se chega-se a gostar dele! Eis o grande desastre e o grande trunfo de The Terror. Era exatamente essa a sensação que Wayne queria que sentíssemos ao nos apresentar este álbum. Assim fica explicado as apresentações ao vivo com as músicas de The Terror, com um maravilhoso efeito visual e a imagem medonha de Wayne todo iluminado segurando uma boneca bebê no braço, como no Lollapalooza Brasil e até mesmo no famoso programa de Tv David Letterman. É pavoroso. Algumas músicas podem até ser escutadas, como “Look... The Sun Is Rising”, ou “Try To Explain”. No entanto, outras são completamente inaudíveis e acabam se tornando experiências sofríveis, como “You Lust”.

The Terror é, por fim, sinistro. Tanto pelo seu conceito quanto pela sua execução. Numa análise musical, lendo a música como uma forma de entretenimento, é um álbum horrível. No entanto, num sentido mais nobre e amplo, elevando da música seu papel artístico, The Terror é uma obra prima. É a execução máxima de um projeto ambicioso, que chega a sacrificar a si mesmo em virtude da representação exata de um sentimento horrendo. E, diante do recentíssimo atentado terrorista na Maratona de Boston que aconteceu hoje, o desespero, o medo, enfim, o terror é o que está representado nessas faixas. Um álbum que somente The Flaming Lips seria capaz de fazer.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cobertura Lollapalooza Brasil 2013 - Dia I



O Lollapaloola Brasil 2013 começou, e logo do início eu percebi que iria perder shows muito interessantes, porque a transmissão da Multishow tanto pelo canal da tv quanto pela web só começou às três e quinze. Isso quer dizer que perdemos o show de Agridoce na sexta feita, mas também significa que perderemos os shows de Alabama Shakes e Gary Clark Jr, no sábado, ambos shows que muito eu ansiava. A transmissão começou com o show de Of Monsters and Men, que fez uma apresentação normal, sem grandes surpresas ou destaques, que é o que normalmente se espera de uma banda que toque numa situação dessas, para atrair novos públicos. The Temper Trap fez inclusive eu desistir por uns momentos e assistir o início do jogo do PSG contra o Montpellier pelo campeonato francês. Mas antes de começar a melhor atração do dia, que era sem dúvidas The Flaming Lips, Cake tratou de reanimar a galera, inclusive nós, que estávamos do outro lado da tv, com um show bem interessante, já começando com “Love You Madly” e a sequência “I Will Survive” e “Never There” e o final com o cover de Black Sabbath “War Pigs”.



Flaming Lips entrou logo no palco provando por que eles são a banda mais louca do mundo, com Wayne carregando uma dessas bonecas de braço e começa com o mais psicodélico possível. Dava para imagina com a tentativa de entrevista com Didi antes de entrar no palco. Didi tentou fazer uma pergunta, mas simplesmente Wayne não tinha o que responder e lançava ainda mais perguntas. Afinal, é disso que se trata de um show de Flaming Lips hoje em dia. O show foi todo baseado no novo disco e os efeitos visuais foram, de certa forma, impressionantes, com belos efeitos de luzes, dignos do filme Avatar, embora o show não tenha sido, para quem estava esperando grandes sucessos do grupo. O álbum The Terror não parece ser o ideal para se tocar em festival. E talvez por isso mesmo, é a escolha da banda tocá-lo na integra. Nada que seja convencional satisfaz Wayne e sua banda. Mas depois da segunda música eles tocaram “The W.A.N.D”, para animar mais um pouco, mas sempre com as loucuras teatrais de Wayne e seu bebê. A apresentação é normalmente difícil para o público, o que fica comprovado com as imagens de cima do público, com todas as cabeças paradas, simplesmente vendo o que pode ser feito no próximo segundo. Afinal de contas, é disso que se trata um show de Flaming Lips, o inusitado sendo multiplicado ao máximo.




O psicodelismo vai sendo levando ao extremo no decorrer das próximas músicas, como “Try To Explain”, do novo disco the Terror, com Wayne semnpre segurando seu bebê no colo. Mas ai emenda com “Silver Trembling Hands”, ainda pedindo uma ajuda no final com seus “ohhh”. “You Lust” é mais uma do novo disco. Depois, Wayne volta a pegar a bebezinha nos braços. Mas eles parecem que querem mesmo ser tão loucos quanto possível. Continuam mandando as novas músicas do novo disco, mesmo com a recepção fria do público em geral. A metade final do show foi sem dúvida alguma a melhor. Afinal, ele emendou pela primeira vez uma sequência de hits, como “Are You a Hypnotist?” “One More Robot”, “Yoshimi Battles the Pink Robots, Pt 1” e, finalmente, “Do You Realize”. Concluiu o show com a bela “All We Have Is Now”.





Mesmo com o esforço reconhecido na metade final do show, a primeira banda realmente aguardara acabou se tornando um pouco fraca, esperava mais do setlist, apesar de visualmente a apresentação ser sensacional, muito linda e hipnótica.

Apesar de ser fã de Flaming Lips, devo tirar o chapéu para o The Killers. Inicialmente, vendo o line-up, não conseguiria imaginar the Killers à frente de Flaming Lips. Mas, após o primeiro dia, posso ficar tranquilo quanto a isso. Não que eles tenham sido melhores, mas eles realmente levantaram muito mais o público do que Flaming Lips, “Somebody Told Me” é um dos bons exemplos disso. A sexta havia acabado. E que venha o sábado. Ele veio, com todas as suas promessas realizadas.

 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cobertura Filho do Blues: Lollapalooza Brasil 2013 - Programação


O Filho do Blues teve a honra de cobrir para seus leitores eventos marcantes nesses últimos anos, destaco principalmente a cobertura dos dois shows de Pearl Jam em São Paulo, em novembro de 2011 e o histórico show de Paul McCartney em Recife, em março de 2012, que foram feitos in loco. Mas como a paixão pela música não está limitada à presença nos respectivos eventos, o Filho do Blues também teve o prazer de cobrir e falar sobre os principais shows do Rock in Rio de 2011, da primeira edição brasileira do festival Lollapalooza, em 2012, do SWU e até mesmo do Global Citizen Festival. Sendo assim, o Filho do Blues não poderia ficar de fora da cobertura especial do segundo Lollapalooza no Brasil.

 A segunda edição brasileira do festival Lollapalooza acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de março, reunindo atrações de grande destaque na música alternativa dos últimos anos. A festa já começa na sexta mesmo, com uma das principais atrações da noite sendo a banda The Flaming Lips, com início programado para seis e meia e é uma das bandas que tem um álbum na gaveta, que sairá em Abril. A expectativa é se será um show de hits ou com várias músicas novas. The Killers fecha o primeiro dia de festival com a apresentação marcada para nove e meia. Um show nacional que também valerá a pena curtir é o projeto paralelo de Pitty, Agridoce, que começa a tocar de duas e quinze e mescla o som com o folk que resulta num trabalho muito interessante. Bom mesmo seria se ela transformasse esse em seu projeto principal. Mas, enfim, continuemos.



O melhor dia será com certeza o sábado, 30, com várias apresentações de bandas que conquistaram grande espaço nos últimos anos. Um das atrações principais da noite é Queens Of The Stone Age, que começa a tocar de seis e quarenta e cinco e volta ao Brasil após o show no SWU, de 2011, com um álbum na gaveta que será lançado em junho deste ano e com a promessa de soltar algumas faixas inéditas no show. A atração que fecha o dia na Cidade Jardim é The Black Keys, que traz para o Brasil o sucesso com o último disco El Camino. A Perfect Circle também toca entre as duas atrações, começando de oito horas. Alabama Shakes, começa de cinco e meia no palco alternativo que foi, de longe, a estreia mais empolgante de uma banda em 2012 com Boys & Girls e o blues de Gary Clark Jr, que toca às três e meia, também no palco alternativo.



Para finalizar o festival, no domingo, dia 31, Lirinha se junta a Eddie e fazem um show às duas e quinze na Cidade Jardim. The Hives toca de seis e quinze, enquanto Pearl Jam retorna ao Brasil após aquela turnê de 2011 com expectativa de soltar alguma música nova, já que eles estão preparando a sequência para Backspacer, com o show previsto para oito e quarenta e cinco da noite.

Por falta de patrocínio, o Filho do Blues fará a cobertura toda de casa, assistindo todos os detalhes através do canal Multishow, entornando uma cerveja atrás da outra.




terça-feira, 19 de março de 2013

The Flaming Lips @ SXSW


O fim de semana foi de intensa atividade para a banda The Flaming Lips e seus fãs. Eles tocaram no festival SXSW dois shows que se pode dizer que foram, no mínimo, memoráveis. Um deles foi histórico e o outro teve o selo de ousadia que só a trupe de Wayne Coyne poderia ter. Pela primeira vez, The Flaming Lips tocou na íntegra um de seus álbuns mais aclamados, o eterno clássico de 2002, Yoshimi Battles The Pink Robots, em forma de musical. O disco, o qual contém inúmeros hits da carreira dos Lips, tais como “Do You Realize”, “First Test”, e “Yoshimi Battle The Pink Robots Pt 1”, para citar apenas alguns, foi tocado com um palco totalmente novo, feito especialmente para a ocasião. Também há rumores de que o projeto do musical de Yoshimi irá para a Broadway. Bem, se uma coisa no decorrer de todos esses anos nos mostrou, é não dá para duvidar de Wayne, em nada.

O outro show também foi memorável, marcado pela ousadia característica da banda. Eles tocaram, também na íntegra, o novo álbum, The Terror, pela primeira vez. Wayne o descreveu como sombrio, lento, com algumas músicas um pouco difícil de digerir ao vivo. Em entrevista para a Rolling Stone, Wayne falou que era um grande desafio para a banda, porque normalmente em shows, quando a banda toca umas três ou quatro músicas lentas seguidas, uma parte do público tende a perder o interesse. Mas era exatamente esse desafio que os movem, de fazer algo que não fizeram antes. Segundo o jornalista da Rolling Stone que acompanhou o show, disse que realmente a reação do público foi dividida. Enquanto alguns pareceram não curtir, outros estavam atentos ao que acontecia no palco. Para equilibrar mais a reação geral, no final a banda tocou alguns clássicos e todos saíram felizes.

O site de fãs do Flaming Lips, Slow Nerve Action, gravou o show do The Terror ao vivo e o disponibilizou no soundcloud, o som é meia boca, mas dá para ter uma idéia enquanto não sai de fato o disco. E para nossa sorte, o show de Yoshimi na íntegra foi gravado em vídeo e disponibilizado no youtube.

Não perca tempo e confira agora:



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Confira a nova música de Flaming Lips, "Sun Blows Up Today"


O post anterior dizia que no dia 29 de janeiro Flaming Lips iria lançar a faixa “Sun Blows Up Today”, que será incluída como bônus track para as pré-vendas do novo álbum, The Terror. Além disso ainda fará parte de um comercial de carro. Isso mesmo, “Sun Blows Up Today” aparecerá no comercial do Sante Fe SUV, da Hyundai, durante o grande Super Bowl. O comercial será de sessenta segundos. Wayne sempre aparecendo com coisas surreais. Para se ter uma idéia da dimensão da coisa, segundo a Billboard, os anunciantes estão pagando mais de 3,7 milhões de dólares para um lugarzinho durante o grande jogo. Steve Shannon, do marketing da Hyundai, tentou explicar a escolha de Flaming Lips para o comercial, que veio de uma pequena lista de possíveis bandas. O nome de Flaming Lips, que já estava nessa lista, cresceu no momento que a banda disse que estavam organizando o lançamento de um novo disco. “Os Flaming Lips são bem parecidos com a Hyundai, eles são um pouco fora do tempo. Eles estão na ativa por muito tempo e continuam se reinventando”, disse Shannon. Bem, isso é verdade.

Enfim, mesmo programada para o dia 29, a banda lançou pelo seu canal do youtube um vídeo com a letra de “Sun Blows Up Today”. A música é bem agitada e inconstante e dá para imaginar que é o primeiro minuto que será utilizado para o comercial, a tirar pela letra. O vídeo é bem psicodelicamente colorido, como era de se esperar. De acordo com as palavras de Wayne, as músicas de The Terror devem ser com um clima bem diferente. Confira abaixo o vídeo de “Sun Blows Up Today”.

À título de curiosidade, Flaming Lips já fez um comercial para carros antes, em 2004, quando usaram “Do You Realize?” para a campanha comercial da Mitsubishi.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

The Flaming Lips anuncia novo álbum!


Apesar de Flaming Lips se manterem muito ativos durante os últimos anos, já que Wayne & Cia gostam de fazer todas as maluquices que pintam na cabeça, a banda não lança de fato um álbum no sentido tradicional da palavra desde 2009, com Embryonic. Mas a espera por um material inédito vai acabar em 1º de Abril, se isso não for mais uma das pegadinhas de Wayne. Segundo anuncio feito hoje, The Flaming Lips irá lançar em abril o álbum The Terror. O disco terá nove músicas e foi descrito por Wayne Coyne como “um registro sombrio e preocupante”. Wayne continuou dizendo: “Porque iríamos fazer música como em The Terror, este álbum sombrio e preocupante?” “Eu realmente não quero saber a resposta que eu acho que está vindo: que nós estamos sem esperança, que nós estamos perturbados e, eu acho, aceitando que algumas coisas são sem esperança, ou deixando a esperança em uma área morrer então a esperança poderia começar a viver em outro lugar? Talvez esta seja a o começo de uma resposta.” 

Que resposta, hein? E não foi só isso. Wayne filosofou ainda mais: “nós queremos, ou quisemos, acreditar que sem amor nós iríamos desaparecer, que o amor, de alguma forma, nos salvaria, sim, se nós temos amor, darmos amor e conhecermos o amor, nós estamos verdadeiramente vivos e se não há amor, não haveria vida. O Terror é, nós sabemos agora, que mesmo sem amor, a vida continua, nós apenas continuamos...” Bem, após uma explicação sombria, preocupante e pessimista, sabemos o porque do The Terror. Pelo visto vem algo bem contemplativo e introspectivo por ai. 

Que venha O Terror! No sentido musical da palavra. 

Segue abaixo a capa de The Terror, juntamente com a tracklist. No final de janeiro, dia 29, será lançada a faixa “Sun Blows Up Today”, que não aparecerá no álbum, pela pré-venda de The Terror. 

Deixamos vocês com “Evil”, do último álbum do Flaming Lips, que se encaixa nesse clima sombrio e pessimista do mundo.

The Terror: 

01 Look...The Sun Is Rising 
02 Be Free, A Way 
03 Try To Explain 
04 You Lust 
05 The Terror 
06 You Are Alone 
07 Butterfly, How Long It Takes To Die
08 Turning Violent 
09 Always There...In Our Hearts


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Atrações do Lollapalooza Brasil 2013 foram anunciadas e os preços também!


Depois de muita espera e o dobro de rumores, foi anunciado as atrações edição brasileira do festival Lollapalooza, realizado pela segunda vez no Brasil. E deve ser dito que dessa vez eles capricharam, formando um line-up de impor respeito, com nomes que agradam o público maior, como Pearl Jam, que volta ao Brasil no menor espaço de tempo da carreira, já que fizeram uma turnê sul-americana em 2011, e Queens of The Stone Age, e várias bandas alternativas, desde a clássica Flaming Lips, passando pelo sucesso de The Black Keys e terminando com a novata Alabama Shakes, que, com certeza, o público alternativo está curiosíssimo para conferir ao vivo. O festival acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de março de 2013, no Jockey Club de São Paulo. A pré-venda começa para os já cadastrados no dia 02/10/2012 e para o público em geral no dia 16/10/2012. O preço é que está bem salgadinho, com o pacote de R$ 900,00 para os três dias de festival. Acho que as estatísticas dos novos-ricos que chegam para os produtores estão equivocadas, ou sou eu quem só conhece liso. Mas, enfim, quem não tiver a grana, sempre há a possibilidade de grudar na transmissão básica do Multishow, ou pela TV ou pela internet! Confira abaixo o vídeo promocional do evento:

 

terça-feira, 20 de março de 2012

Detalhes sobre o projeto colaborativo de Flaming Lips



2011 foi um ano bem insano para a banda The Flaming Lips, lançando música de 24 horas de duração e uma caveira de goma de mascar dentre outras viagens de Wayne e seus companheiros. Uma das poucas notícias com noção foi o trabalho em um disco colaborativo com diversos artistas dos mais variados estilos. Pouco a pouco foi saindo nomes como Neon Indian, Nick Cave, Bon Iver, Yoko Ono, dentre outros, alguns parece até estranhos, como Ke$ha, mas é assim mesmo, nada é completamente normal quando se trata de Wayne.

Pois bem, hoje saiu mais detalhes sobre o projeto colaborativo, que se chamará The Flaming Lips and Heady Fwends. “Esta série de sessões únicas e experimentais”, como diz a matéria de lançamento, vai ser lançada em números limitados e em edição única. O disco terá quatro “lados”, aparentemente cada um prezando por um tipo diferente de experimentação, supondo de acordo com as participações em cada faixa. Segue abaixo o tracklist completo:

(Como um projeto com participações tão diversificadas assim, natural que não seja totalmente equilibrado, mas estou aguardando ansiosamente pelo resultado das participações de Bon Iver, Jim James, do My Morning Jacket, Nick Cave e Chris Martin, do Coldplay).

The Flaming Lips and Heady Fwends:

Side 1:
01 2012 (featuring Ke$ha and Biz Markie)
02 Ashes in the Air (featuring Bon Iver)
03 Helping the Retarded to Know God (featuring Edward Sharpe and the Magnetic Zeros)

Side 2:
04 Supermoon Made Me Want To Pee (featuring Prefuse 73)
05 Children of the Moon (featuring Tame Impala)
06 That Ain't My Trip (featuring Jim James of My Morning Jacket)
07 You, Man? Human? (featuring Nick Cave)

Side 3:
08 I'm Working at NASA On Acid (featuring Lightning Bolt)
09 Do It! (featuring Yoko Ono)
10 Is David Bowie Dying? (featuring Neon Indian)

Side 4:
11 The First Time Ever I Saw Your Face (featuring Erykah Badu)
12 Thunder Drops (featuring New Fumes)
13 I Don't Want You to Die (featuring Chris Martin of Coldplay)

O disco será lançado no Record Store Day (Dia das Lojas de Disco), em 21 de abril.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mitos: The Flaming Lips - I Am The Warlus



Alguns dos novos artistas sempre pagam tributo às suas inspirações. Várias grandes músicas já foram tocadas e retocadas dessa forma. Alguns preferem o mais seguro e apenas refaz a música igual à original. Outros vão além. Pegam a original e jogam novas idéias inspiradas pelos próprios criadores, um upgrade da música.

É, por exemplo, o que The Flaming Lips fizeram com “I Am The Warlus”, dos Beatles. Eles pegaram as idéias dos próprios Beatles e a atualizaram e praticamente refizeram a música. O cuidado com os detalhes fica claro em cada momento. Ficou incrível. Wayne e suas loucuras. Genial. Confira abaixo:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Wayne Coyne e as barreiras da Insanidade

Existem vários loucos no mundo na música, mas nenhum como Wayne Coyne, do Flaming Lips, disso eu tenho certeza. Esse cara levou o conceito de insanidade musical a níveis nunca vistos. Para se ter uma idéia do que Coyne e sua banda fizeram nos últimos meses aqui vai algumas: Primeiro lançaram uma faixa de seis horas de duração chamada “I Found a Star on the Ground”, acharam pouco e irão lançar neste Halloween uma música de 24 horas de duração (?) chamada “7 Skies H3” (?!). Para piorar, a música de um dia de duração estará disponível num HD dentro de uma caveira humana, custando somente $5,000. Numa entrevista muito bem humorada à Pitchfork, Wayne explica um pouco toda essa insanidade e o que ele espera de tudo isso, além de projetos de colaboração com outros artistas, como Nick Cave, Death Cab for Cutie, Deerhoolf, dentre outros. Wayne, por sinal, leva muito a sério o Halloween e irá fazer no dia um show especial. Ele disse que uma garota escreveu para eles no twitter: “vocês deveriam passar aqui em casa e tocar”, e Wayne respondeu: “Ok, nós iremos tentar”. E vão mesmo. Ele disse que irão tocar “Halloween” do Dream Syndicate e uma ou duas músicas do Flaming Lips, antes da polícia chegar e desligar tudo. A garota da casa irá decidir quem pode ir, porque ele não quer que todo idiota na cidade apareça bêbado na casa dela.

Depois ele falou sobre as colaborações e anuncia que irá sair em dezembro um EP com o Deerhoolf, com quatro músicas. Melhor ainda, disse que fizeram alguma coisa com Nick Cave, mas como ele está em turnê agora só irão trabalhar mais no projeto depois de Novembro. E revela como vem à tona essas colaborações: tudo por email, ele manda e recebe as coisas, ele e muitos artistas preferem não sentar frente a frente para criar música, “é muito mais fácil e menos estressante”, Wayne diz.

Sobre as insanidades recentes, ele explica o que espera ao lançar uma música de seis horas e de vinte e quatro horas e como imagina as pessoas ouvindo isso. Sobre a de seis horas, ele disse que é feita para ouvir enquanto se faz outras coisas, que é como as pessoas escutam música de qualquer forma. Quanto à de um dia de duração, Wayne diz que tem que haver mais comprometimento e sugere que não escutem ela de uma só vez, mas provavelmente alguns irão. Ele até imagina um grupo de pessoas pegando uns cogumelos, indo para um quarto de hotel e dizendo “isso nos mudou”. Quando a Pitchfork pergunta se ele pensou em fazer uma música de uma semana de duração à essa altura ele responde que eles estavam pensando em fazer uma de um mês (!), mas ai chegaram nas limitações tecnológicas (quem diria!).

E no final a melhor revelação. Ao ser perguntado se fazendo todas essas loucuras, ele não se sente impelido a fazer um álbum mais tradicional, ele diz que sim, no momento em que eles imergem nessas coisas insanas, eles querem voltar a fazer algo normal, música, notas e expressão. E exemplifica de forma que deixou todo fã ansioso: “quando nós estávamos fazendo Zaireeka em 1997 (insanidade completa), fomos submersos por essas coisas que bombardearam-nos dos quatro lados e então nós fomos fazer as coisas que futuramente viria a ser The Soft Bulletin”, “uma experiência faz você desejar outra”, Wayne finaliza.

Fiquem com um pedaço de Soft Bulletin: