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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Win Butler se junta a Pearl Jam em "Rockin' In The Free World", na Austrália



Tanto Pearl Jam quanto Arcade Fire estão no momento em turnê pela Austrália pelo festival itinerante Big Day Out. A relação entre as bandas parece ter se estreitado. Recentemente, Win Butler se reuniu com Jeff Ament para uma partida de basquete. Como Pearl Jam adora levar ao palco artistas amigos para tocar alguma música juntos, não deu outra. Ontem, em Perth, na Austrália, Win Butler se juntou à banda para tocar a clássica cover do conterrâneo canadense Neil Young, “Rocking In The Free World”. Confira:


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Assista ao Especial de Pearl Jam sobre o novo álbum, Lightning Bolt




Semanas antes do lançamento de Lightning Bolt, Pearl Jam lançou, via youtube, um pequeno vídeo sobre o processo de gravação do álbum e composição, respondendo perguntas de fãs e de outros artistas. Agora, depois de lançado, a banda disponibilizou uma versão um pouco maior do especial, com vinte e dois minutos, com treze minutos a mais do que a primeira versão. No vídeo, a banda fala das inspirações que levaram a concepção de Lightning Bolt, junto com trechos do clipe de “Mind Your Manners”, “Sirens” e um pouco de "Lightning Bolt" e "Getaway". E termina com Eddie Vedder e o diretor, Danny Clinch, no carro botando o álbum para tocar. Confira: 



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Pearl Jam alcança topo da Billboard pela quinta vez



Há controvérsias para a afirmação de que Pearl Jam tornou-se uma banda anticomercial. Isso porque a banda acaba de alcançar, pela quinta vez, o primeiro lugar nas paradas americanas da Billboard com Lightning Bolt, seu décimo disco de estúdio, vendendo 166 mil cópias na semana de lançamento e deixando para trás ninguém menos que Paul McCartney (vale ressaltar que a Billboard é tão somente do mercado norte-americano). Pearl Jam atingiu o topo em outras quatro oportunidades, com Vs, de 1993, Vitalogy, de 1994, No Code, de 1996 e também com o até bem recentemente último trabalho da banda, Backspacer, de 2009, que vendeu na ocasião 189 mil unidades. O clássico Ten, de 1991, ficou com o segundo lugar, juntamente com Yield, de 1998, Binaural, de 2000 e Pearl Jam, de 2006. Apesar do primeiro lugar, Lightning Bolt é a menor quantia vendida na primeira semana da carreira de Pearl Jam, reflexo ainda da crise do mercado fonográfico. Ainda assim, é a maior desde novembro para um artista de rock, quando Phillip Phillip vendeu 169 mil cópias de The World From the Side of The Moon.

Esses recentes resultados refletem diretamente de uma mudança de postura da banda, que, sobretudo nos dois últimos trabalhos de estúdio, focaram mais abertamente em participar de programas, conceder entrevistas e, inclusive, lançar mais vídeo clipes. Sem dúvidas, a segurança, a naturalidade e a autoconfiança que a banda deixa transparecer em Lightning Bolt não se limitam a seu som. Pearl Jam, enquanto banda, encontra-se tão segura quanto jamais esteve.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resenha de Pearl Jam - Lightning Bolt



Para o bem ou para o mal, a verdade é que Pearl Jam persiste em atividade na cena musical como uma das bandas mais influentes dos últimos vinte anos. Mas não vou me alongar aqui naquela coisa de cena grunge e bla bla bla. Este post é para celebrar uma grande banda que se mantém atualizada e produtiva, chegando agora ao seu décimo disco, sempre fieis, acima de tudo, a si mesmos. Eu sei, todos já conhecem a tal de “Black”, todos já pularam ao som de “Even Flow” e, no mínimo, arrepiaram-se ao ouvir “Alive”. Mas, no decorrer dos anos, a carreira planejada de forma independente e espontânea, Pearl Jam tornou-se numa entidade atemporal no mundo musical. Apesar de ainda ser relacionada em um primeiro momento e aos mais desavisados a essa “cena grunge”, um olhar um tanto mais cirúrgico adentro da carreira dessa banda de Seattle perceberá que eles já se livraram há muitos anos desse termo e desse som, se é que algum dia existiu uma unidade nesse “som”. Mas, enfim, eu falei que não iria me alongar nesse assunto e não vou mesmo. Tratarei Pearl Jam como eles se mostram em Lightning Bolt, décimo registro de estúdio da banda, e nos demais álbuns, como uma banda de rock clássico.



O tempo entre Backspacer e Lightning Bolt é um dos mais longos na carreira de Pearl Jam, pouco mais de quatro anos. Esse período, no entanto, foi de grande atividade para cada um de seus integrantes, além da celebração coletiva de vinte anos da banda, que gerou um documentário oficial, o PJ20, que inclusive desencadeou uma turnê que passou pela América do Sul em 2011 – shows em São Paulo nos quais eu estava lá. Posteriormente, cada um tomou seu rumo e ocupou seu tempo criativamente em outros projetos. Eddie Vedder, por exemplo, embarcou na carreira solo com seu disco de estreia, Ukulele Songs, de 2011, enquanto Matt Cameron preferiu ressuscitar a outra banda dos seus camaradas, Soundgarden, com o lançamento de King Animal, em 2012. Já Stone Gossard trabalhou bastante, lançando novos trabalhos tanto com sua banda paralela, Brad, United We Stand, de 2012, como seu trabalho solo lançado este ano, Moonlander. Mike McCready decidiu reeditar o trabalho com Mad Season, além de participar de gravações em algumas outras bandas menores. Até mesmo o quieto Jeff Ament lançou mais um álbum solo nesse período, While My Heart Beats, de 2012. Diante de tantos trabalhos, dos mais diversificados, a impressão que dá é que os quatro anos sem se trancarem no estúdio durou bem mais. O resultado é que os quatro integrantes, acrescido de Boom Gasper, entraram no estúdio no momento ideal e se focaram em produzir o melhor disco, como o próprio Vedder afirmou em entrevista à Rolling Stone.




Essa energia e vigor são transparente nas três primeiras faixas de Lightning Bolt, que começa a cem por hora. “Getaway” é uma das melhores músicas do álbum, contando ainda com uma letra muito interessante, que questiona a imposição das crenças aos outros, tema bastante atual. “it’s okay, sometimes you find yourself having to put all your Faith in no faith / mine is mine and yours won’t take its place”. É uma das que são pesadas e rápidas sem ser aquele punk já natural de Pearl Jam. Eddie Vedder coloca força e vigor no seu vocal como já há algum tempo não se via. A pancadaria continua com “Mind Your Manners”, primeiro single de Lightning Bolt, que mostra a veia punk da banda, que já é de regra ter umas nesse estilo nos álbuns. A diferença é que ela é mais bem construída do que as anteriores nesse mesmo estilo, como “Comatose”, do abacate, ou “Gonna See My Friend”, de Backspacer. O baixo de Jeff Ament se sobressai no início de “My Father’s Son”, enquanto Eddie vai cantando quase que falado. Do meio pro final, após uma suavizada, a fúria e a intensidade do vocal aumenta e essa variação é que exalta sua qualidade.

Depois de três intensas músicas, chega a hora de pisar no freio com a belíssima “Sirens”, segundo single do trabalho. Com a música de Mike e a letra de Eddie, “Sirens” é um poço de sensibilidade, transformada em belas variações melódicas bem interessantes em um formato mais comercial. Sem dúvida, um hit. O ritmo volta a acelerar com a faixa que dá título ao álbum, “Lightning Bolt”, mostrando uma banda afiada, como se fosse gravada ao vivo no estúdio, sem tratamento algum. Parece que cada um da banda tem seu momento de brilho aqui. Será ainda mais maravilhosa no show. “Infallible” relembra um pouco da era de Vitalogy, sobretudo o riff de “Tremor Christ”. Alguns arranjos interessantes a fazem não passar despercebida, mas não acompanha a mesma qualidade das demais.





Chegou o momento de a banda arriscar um pouco mais e explorar novos territórios, embora sempre com um pé em solo seguro. “Pendulum”, sombria, com o piano criando o ambiente. O ritmo, no entanto, lembra um pouco “Parting Ways”, de Binaural. Melodia muito bonita, com Vedder bem absorvida por ela com mais uma vez a voz impecável. Pearl Jam continua explorando e experimentando novos sons, para desespero dos grungeiros. Talvez ela combinava mais se tivesse ficado para fechar o álbum, como a sua prima de Binaural. Após a experimentação, Pearl Jam volta para a zona de conforto com a mediana e correta “Swallowed Whole”, bem a cara de composição de Eddie. Mas logo em seguida volta a ter ingredientes novos e inesperados, como em “Let The Records Play”, com uma pegada bem blues, coisa que Pearl Jam não havia experimentado ainda, talvez apenas no seu formato mais lento, como em “Come Back”. “Sleeping By Myself”, embora não seja totalmente inédita, já que figurou em Ukulele Songs, de Eddie Vedder, ganha aqui uma nova roupagem com a banda completa, inclusive, bem country. Ainda assim, no final Eddie ainda empunha seu ukulelezinho de sempre. O clima acústico guia as duas faixas finais, com “Yellow Moon”, misturando com um solo de guitarra bem intenso, embora curto, e “Future Days”, basicamente Eddie, seu violão, e um pouco de Boom Gasper, o que ainda não havia ocorrido em Lightning Bolt e a letra mais positiva do álbum. O único ponto fraco do disco é que em alguns momentos eles poderiam ter alongado mais a faixa, desenvolvido mais um solo ou algo assim.

Lightning Bolt é, por fim, mais um grande registro de uma ótima banda que já superou essa polêmica de tentar fazer um novo Ten ou Vs. É notório que eles estão preocupados apenas em se divertir uns com os outros e criar novos sons para comunicar sentimentos. E esse é o espírito da coisa. Ao não tentar mudar e abalar as estruturas do mundo mais uma vez, eles contentam-se em fazer parte dele. Uma parte importante, inclusive. 



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ouça "Sirens", música do novo single de Pearl Jam


Pearl Jam dá continuidade para o lançamento de seu novo disco, Lightning Bolt, que chegará às lojas em outubro, com o novo single, programado para quinta feira, "Sirens". Enquanto que a primeira amostra foi o punk vigoroso de "Mind Your Manners", "Sirens", por sua vez, mostra a faceta oposta da banda, através de uma belíssima balada de quase seis minutos de duração, com direito a piano e um solo incrível de Mike McCready e a voz de Eddie Vedder soando mais emotiva do que nunca. Confira nesse link. (a faixa ainda não está disponível no youtube, mas assim que estiver eu coloco aqui). 

UPDATE: Vídeo Clipe devidamente postado! Diferentemente de "Mind You Manners", o vídeo agora é basicamente a banda tocando ao vivo, dirigido por Danny Clinch, que já trabalhou com a banda dirigindo o DVD Immagine in Cornice. Interessante a troca de violão de Mike e Eddie. Mike fica com o violão de doze cordas até o momento do seu solo, depois Eddie pega o violão e vai até o final. 








sábado, 24 de agosto de 2013

Assista ao novo clipe de Pearl Jam, "Mind Your Manners"


Pearl Jam acaba de lançar o vídeo clipe para o primeiro single, “Mind Your Manners”, de seu novo álbum, Lightning Bolt, que será lançado em outubro próximo, no dia 15. Dirigido por Danny Clinch, o explosivo clipe faz menção ao título do disco literalmente, com a banda tocando diante uma tela que vai mostrando vários tipos de situações desastrosas, alternando imagens e animações, lembrando um pouco as de “Do The Evolution”, mas que dessa vez relembra eventos mais atuais, como o onze de setembro, aquecimento global e o furacão Sandy e guerras, por exemplo. Confira o intenso vídeo de “Mind Your Manners”:



domingo, 14 de julho de 2013

Guia de Lançamentos Futuros para o 2º semestre - Parte II




Kings of Leon – Mechanical Bull – 24/09/2013




Mais uma grande banda entrega um novo trabalho em setembro. Se tornando reconhecida como uma das bandas mais popular na hora de grandes shows em festivais, eles quiseram dar continuidade à diversão de tocar esses tipos de shows, segundo o baterista Nathan Followill. O primeiro single de Mechanical Bull irá sair em 17 de julho e se chama “Super-Soaker”, então fiquem atentos.

Arnaldo Antunes – Disco – Outubro

Divulgando uma faixa de Disco desde junho, a cada primeira segunda feira do mês, o cantor, compositor e poeta Arnaldo Antunes dita a divulgação do seu novo disco. As duas amostras possuem tudo aquilo que um fã de Arnaldo Antunes espera: a voz tranquila e descontraída de Arnaldo, uma gigante abrangência lírica, com trocadilhos e metáforas sensacionais. Confira “Muito Muito Pouco”.




Of Montreal – lousy with sylvianbriar – 08/10/2013




Depois de fracassos por alguns anos seguidos, Of Montreal tenta dar mais uma cartada par aver se consegue alcançar mais uma vez a qualidade de trabalhos de alguns anos passados. Para isso, o líder e compositor da banda, Kevin Barnes se inspirou no processo criativo das bandas do final dos anos 60 e inícios dos 70, com uma produção muito veloz e espontânea. Talvez seja a última chance da banda se reerguer novamente. The Strokes aproveitou a chance, Of Montreal conseguirá? É o que veremos no dia 8 de outubro. A primeira amostra é promissora, “fugitive air”, bem estilo Rolling Stones.




Pearl Jam – Lightning Bolt – 15/10/2013




Pearl Jam anunciou o álbum seguinte a Backspacer, de 2009, para outubro e já soltou uma amostra bem interessante, “Mind Your Manners”, com a veia punk da banda. O disco foi produzido pelo antigo colaborador, Brendan O’ Brian.




Arcade Fire – Ainda Sem Título – 29/10/2013






Poucas informações chegaram até o momento, mas a principal a gente já tem. O sucessor de The Suburbs, de 2010, irá chegar às lojas no dia 29 de outubro, com a promessa do produtor James Murphy de ser mais um grande e ótimo álbum da banda. A conferir.




quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pearl Jam anuncia novo álbum, Lightning Bolt, e nova música, "Mind Your Manners"!



Finalmente! Depois de muita antecipação e espera, diante de uma contagem regressiva de três dias angustiante, Pearl Jam revelou o seu segredo. Essa semana tem sido bem movimentada para os fãs de Pearl Jam. No começo da semana, zerou a primeira contagem regressiva, que revelou uma nova turnê norte americana da banda e, automaticamente, iniciou uma nova contagem de três dias que acabou nesse instante. Muito havia sido especulado, desde a divulgação de um novo single, chamado “Mind Your Manners”, até a um provável lançamento de um novo álbum.




O fim da contagem regressiva veio para confirmar de uma vez as suposições: o disco sucessor de Backspacer, último trabalho inédito da banda, de setembro de 2009, será lançado no dia 15 de outubro de 2013 e se chama Lightning Bolt. Junto ao anúncio, a banda divulgou um vídeo-teaser de Lightning Bolt de aproximadamente quarenta segundos, com um trecho de uma das novas músicas e algumas imagens da banda no estúdio. Além desse teaser, onde há a confirmação de uma faixa “Mind Your Manners”, que levamos a inferir que seja dela o trecho tocado no vídeo, o canal oficial de Pearl Jam no youtube publicou a música completa! O estilo é daqueles punks vigorosos. Confira abaixo o teaser de Lightning Bolt e "Mind Your Manners" e acesse o site oficial da banda para acompanhar a derradeira contagem regressiva, nesse momento está em noventa e quatro dias, vinte horas, quarenta e sete minutos e cinquenta segundos.


 


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Atualização sobre o novo disco de Arcade Fire, por James Murphy


Arcade Fire está certamente no hall das maiores bandas de rock do século XXI, posição conquistada por uma carreira de dez anos e três álbuns clássicos impecáveis, além de uma vibrante, criativa e empolgante apresentação ao vivo. Se fosse possível apontar um ponto negativo na banda, egoisticamente, a primeira coisa que viria à mente facilmente seria a demora entre um novo trabalho e outro, até agora, sempre mantendo uma média de três anos de intervalo. Claro, talvez exatamente por isso os produtos finais sejam tão geniais, fruto de um longo processo criativo. Mas, como fã, é impossível não ficar ansioso e um pouco desapontado com a demora, que, inclusive, e graças aos Deuses do Rock, está próxima de acabar.

No final do ano passado, o empresário da banda anunciou que Arcade Fire estava de volta aos estúdios, dessa vez acompanhada por James Murphy, fundador do LCD Soundsystem. Nessa ocasião, Scott Rodger deu um insight do que estava rolando: “eles estão lá com James Murphy em três músicas aproximadamente, mais Markus Dravs, que é um colaborador de longa data. Eles escrevem muitas músicas, esse é um problema bom para se ter. Há mais ou menos trinta e cinco músicas com Arcade Fire, valem dois álbuns, com certeza”.


Nesse ínterim, nasceu o primeiro filho do casal Win Butler e Regine Chassagne, no dia 21 de abril, o que pode ter atrasado um pouco as gravações. O fato é que James Murphy veio a público, em entrevista para a NME, para dar uma atualização sobre o processo no estúdio, revelando ainda o seu papel nas sessões. Empolgado, Murphy afirma categoricamente que o álbum “será fantástico”. Em se tratando de Arcade Fire, dificilmente seria diferente. Ele ainda disse que está mais ou menos no meio do processo, para dizer exatamente como ele será. Apenas sabe que será fantástico. Sobre o seu papel, Murphy disse: “Eles são tão bons que poderiam produzirem a si mesmos, então meu papel na banda depende da música. Às vezes eu dou algumas sugestões e toco algum instrumento, outras vezes apenas ajudo nos arranjos. Nós nos sentimos parte de nossas próprias bandas, porque nós viajamos em turnê juntos ao longo dos anos”.

Enquanto isso, Win Butler subiu no palco do show dos Rolling Stones e tocou a música “The Last Time”. Já que segundo Murphy, eles se encontram na metade da gravação, provavelmente será quebrada a tradição de um álbum a cada três anos. Mas uma coisa é certa: em breve teremos mais um grande álbum de Arcade Fire. E é o suficiente.

Fiquem com o vídeo da faixa título do último álbum da banda, “The Suburbs”, de 2010:


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mike McCready conta detalhes sobre o novo álbum de Pearl Jam



Olhando o cenário atual dos integrantes de Pearl Jam, é difícil supor que venha algum álbum novo ainda por um bom tempo. Matt Cameron está curtindo o retorno tão esperado de Soundgarden, com o disco King Animal, do ano passado, assim como Stone Gossard, com o lançamento do novo de Brad. Eddie e Mike McCready também andam fazendo um projeto aqui, outro ali e com isso não se imagina tempo para conseguir ainda gravar o álbum sucessor a Backspacer, de 2009.

Mas algumas vezes as aparências enganam e quem o diz é o próprio Mike McCready a uma entrevista para a Rolling Stone. Enquanto se prepara para correr na meia maratona Rock’n Roll de New Orleans, Mike conversou um pouco com a revista sobre o novo álbum de Pearl Jam, ao que Mike respondeu que “sairá este ano, com certeza”. Ele explicou e deu mais algumas informações sobre o processo de gravação, afirmando que os integrantes da banda estão trabalhando agora mesmo em algumas demos e que estarão gravando em breve. 

Sobre em que etapa do processo de gravação eles se encontram, Mike respondeu: “O que todos dizem é que está a meio caminho andado, eu acho que é verdade. Nós tempos sete músicas que estão relativamente completas. Mas então nós ainda temos um adicional de quinze prontas para irem pra qualquer lado que Eddie queira levá-las, então nós também iremos trabalhar em cima delas”. 

Mike não se sente ainda muito seguro sobre o que esperar do álbum quando estiver pronto, ou como irá soar, “porque o que eu posso dizer não irá fazer sentido até você ouvi-lo”. Mesmo assim, ele contou alguns detalhes gerais sobre o trabalho: “Eu diria e soaria como uma resposta clichê de que ele é uma extensão lógica de Backspacer. Mas eu acho que há um pouco mais de material experimental nele. Há um clima de Pink Floyd em alguma coisa nele, e há também um pouco de punk rock em outras." O novo disco será também a quinta vez que Pearl Jam irá se juntar com o produtor Brendan O’Brien. E Mike falou também um pouco sobre isso: “Nós estamos empolgados para concluirmos isso, porque nós estamos esperando por dois anos para fazermos isso”.

Enquanto ele ainda não chega, vamos relembrar um pouco de Backspacer, último disco de Pearl Jam, lançado em 2009:


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Download Pearl Jam South America Tour 2011



Apesar de usar bastante, não sou muito de postar links para downloads aqui no blog, mas esses aqui merecem. Irei colocar links para baixar a turnê Sul Americana e da América Central de Pearl Jam de 2011. Ainda não tem todos disponíveis, mas de acordo com que for saindo irei colocando os links aqui.

11/03/11: Morumbi Stadium, São Paulo, Brazil
11/04/11: Morumbi Stadium, São Paulo, Brazil (Parte I & Parte II)
11/06/11: Apoteose, Rio De Janeiro, Brazil (Parte I & Parte II)
11/09/11: Estadio Parana do Clube, Curitiba, Brazil (Parte I & Parte II)
11/11/11: Zequinha, Porto Alegre, Brazil
11/13/11: Estadio Unico La Plata, Buenos Aires, Argentina (Parte I & Parte II)
11/16/11: Estadio Monumental, Santiago, Chile (Parte I & Parte II)
11/18/11: Estadio San Marcos, Lima, Peru
11/20/11: Estadio Nacional, San Jose, Costa Rica
11/24/11: Foro Sol, Mexico City, Mexico

Agora é só esperar pela próxima turnê!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mitos: Pearl Jam & Neil Young - Rockin' In The Free World



Quando voltei dos shows de Pearl Jam fiquei com vontade de fazer uma compilação com os melhores vídeos do youtube e fazer meu próprio DVD. Claro, esbarrei nas minhas limitações tecnológicas e preguiçosas, mas sempre imaginei que iria ficar perfeito. Até que um cara com iniciativa pegou nada menos que “Rockin’ In The Free World” e fez uma compilação das melhores partes dos vídeos da música. Não foi do show de São Paulo, melhor ainda, foi de Toronto, na turnê canadense do PJ20, onde Neil Young se juntou a Pearl Jam e tocaram simplesmente a melhor versão de “Rockin’ In The Free World” de todos os tempos.



Primeiro pela qualidade do vídeo. Com certeza foi um trabalhão para editar tudo sincronizado com o áudio do bootleg oficial, mas ficou tudo certinho. E depois é a a exibição em si, de tirar o fôlego de qualquer um, menos dos quarentões do Pearl Jam e do “Uncle” Neil, que tocaram por doze minutos com uma intensidade impressionante, isso porque era a última música do show. Começa como uma performance normal da música relativamente comum em shows de Pearl Jam, até que Neil Young entra no palco e o público vai ao delírio. A edição pegou bem esse momento. Eles ficam tocando por lá, Mike fica por uns momentos sem guitarra, perambulando pelo palco, até darem outra pra ele. A partir daí é histórico. A jam no final da música se estende cada vez mais e com o pai de direito da música, Neil Young, o resultado não poderia ser diferente. Mas não adianta falar. Aperta play ai embaixo e veja você mesmo.

Épico.

sábado, 12 de novembro de 2011

Transmissão Pearl Jam ao vivo na Argentina




A turnê do PJ20 chega a Argentina amanhã, 13/11. A turnê que começou nos dois shows de São Paulo, dia 03 (destaques: "Down", "Come Back", "Whipping" "Release" e "Save You") e 04 ("Inside Job", "Amongst the Waves", "Wishlist", "Hail Hail", "State Of Love And Truste" e "Baba O' Riley") depois passou pelo Rio de Janeiro dia 06("Last Exit", Faithful", "Habit", "Mother" e "Indifference"), Curitiba dia 09 ("Dissident", "In Hiding", "Red Mosquito", "Breath" e "Footsteps") e terminou a passagem pelo solo brasileiro ontem, dia 11/11/11, em Porto Alegre ("Low Light", "Present Tense", "Light Years, "Crazy Mary" e "Oceans").

Os shows na Argentina, devido a empolgação do público, normalmente é recheado de hits, como os de São Paulo. Mas o destaque em shows assim é sempre a reação do público, como o prova o bootleg oficial de 2005 da Argentina. Por isso, vamos esperar quais serão as novidades da setlists desse show.

Melhor ainda, uma rádio irá transmití-lo ao vivo pela internet através deste link.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pearl Jam 04/11/2011 - Morumbi, São Paulo - Night II


O show do dia 04 de novembro foi uma jornada épica desde cedo. Como pegamos um lugar não muito bom no primeiro show, queríamos ficar bem na frente dessa vez. Para isso, fomos ao Morumbi de uma da tarde e já tinha uma fila imensa aguardando a abertura dos portões. O frio de antes foi substituído por um sol que, se não muito forte, pelo menos insistente e chato. Os portões abriram perto de quatro horas e quando entramos, já tinha um monte de gente que praticamente montou acampamento na frente do palco. A cada minuto que passava o espaço diminuía e ficava difícil se movimentar. Já nessa hora deu uma impressão de que conseguir água naquele lugar seria complicado. Conseguimos ainda assim três águas, duas nós tomamos na hora e a outra guardamos para depois do show de X. Achávamos que era o bastante.
Mas enfim, após horas em pé olhando para o palco vazio, sem movimentação alguma e com as pernas doloridas, o show de X foi um bálsamo. Pelo menos o tempo corria mais rápido ao som de guitarras e podíamos balançar um pouco a cabeça. Também as pessoas sem noção que fizeram o piso do Morumbi de cama foram obrigadas a se levantarem. De todo o set do X a única que realmente me agrada foi “The Hungry Wolf”, muito boa. Mas o principalmente mesmo estava ainda para começar. Enquanto Pearl Jam não subia ao palco, um roadie idêntico a Eddie Vedder desfilava pelo palco, ajeitando um instrumento aqui, outro ali, levando curiosidade e distração ao público. Enquanto tudo isso, o Morumbi ia enchendo cada vez mais, até quando olhei pra trás e vi os anéis do Estádio totalmente tomados pelo público, bem diferente da noite anterior, pelo menos nas arquibancadas. Foi mais ou menos na hora em que com um leve atraso Pearl Jam pintou no palco.

E foi direto ao assunto. “Go” fez o estádio inteiro pular, quer você queira ou não. Quando olhei pro lado já estava sozinho de novo. Bem difícil assistir show de Pearl Jam em grupo. Como se não bastasse, “Do The Evolution” apareceu bem cedo no set, para sugar ainda mais a energia do público que cantava cada verso. “Severed Hand” foi uma ótima surpresa e então “Hail Hail”,finalmente. Estava louco para ouvi-la. A intensidade desse começo de show foi absurda, ainda mais quando ele completou com “Got Some”. Só então a banda deu uns segundos para o público respirar um pouco. Num momento bem engraçado, Eddie Vedder pediu para aumentarem as luzes para olhar para o público e faz uma expressão do tipo “ahh, olha vocês ai”, direcionada para a arquibancada. “Small Town” é tocada novamente, mas nunca cansa cantar junto essa daí. Depois veio outra sensacional, “Given To Fly”, estava ansioso também por ouvi-la e é incrível ao vivo. O público também a cantou do início ao fim. Antes desse show eu não dava muito valor a participação do público num show, parecia ser bem mais sobre a música que a banda está tocando e tudo mais. Mas depois desse show meu conceito foi por água abaixo. Quando o público e a banda estão em sintonia, é um espetáculo. As músicas com essa característica de cantar junto simplesmente arrasou as versões da noite anterior, um exemplo é em “Even Flow”, que num dado momento Eddie Vedder para de cantar e somente o público carrega o refrão. Estou ansioso para ouvir essa hora no Boot oficial do show. “Wishlist” também foi uma surpresa muito agradável, mesmo com Eddie errando um pouco a letra, pra variar. “Amongst the Waves”, que para mim juntamente com “Unthought Known”, que também foi tocada, formam os novos clássicos de Pearl Jam. Perfeita essa música e é maravilhoso ver elas sendo cantada com a mesma emoção dos clássicos dos anos 90. Eddie Vedder anuncia que vão tocar agora uma do Into the Wilde e segue com “Setting Forth”. “Not For You” tenho para mim que foi a melhor versão que já ouvi, com Stone dando uma esticada nos solos e Eddie Vedder cantando Modern Girl, do Sleater Kinney, como tag. “Once” começou sem Mike, que sumiu do palco, só com a guitarra de Stone. Após alguns instantes Mike volta com a sua guitarra e completa a música. E para fechar o primeiro set, uma versão antológica de “Black”, talvez a melhor de todas.

Momento super engraçado na volta do primeiro encore. Eddie tenta falar em português, mas acaba desistindo, pedindo desculpas por fim pelo “português de mierda”. Depois, em inglês, ele agradece pela recepção do público à banda de abertura X e conta uma história de quando era menor de idade e conseguia carteira de identidade falsa para poder entrar em bares. Num desses bares, a banda X estava tocando e Exene, a vocalista, direcionou uma cerveja para ele segurar enquanto cantava. Ele jurou que não tomou a cerveja, e o público jurou que acreditou. Depois da história eles tocam “Just Breathe” e então para talvez um dos pontos mais altos desses dois shows. Eu vi que esse momento estava chegando quando Mike entrou no palco com a guitarra de dois braços. Imediatamente eu gritei “Inside Job”. Perfeita. Uma das melhores músicas de Pearl Jam. Antes de tocá-la, Eddie diz que a música é composição de Mike e que a primeira vez que tocou para ele foi em 2005, num quarto de hotel em São Paulo. Substituiu a ausência de “In My Tree”. Logo em seguida teve “State of Love And Trust” para delírio geral. Depois de “Olé” e“Why Go”, remanescentes da noite anterior, a banda solta “Jeremy” e o estádio vai a loucura.

A volta do segundo encore também ficou bem legal. Enquanto a banda estava ausente, o público ficou repetindo o canto do final de “Jeremy”, e uma troca de “olé olé Brazil” com “ole olé Pearl Jam”. Depois teve “Last Kiss”, talvez desnecessária ali junto daquelas músicas incríveis, mas o fato da banda ter errado a música e quase parado de tocá-la (o público continuou cantando e a banda seguiu) fez com que ficasse engraçado. Seguindo o momento romântico do show foi“Betterman”, numa versão sensacional, principalmente no final com a tag de “Save it For Later”.Mas então eles voltaram com tudo com “Spin The Black Circle”, com Mike correndo ensandecido pelo palco inteiro. Depois de mais uma ótima versão de “Alive”, que serviu mais para eu conseguir comprar duas águas para não desmaiar de desidratação, duas mataram tudo no final. Uma que eu estava torcendo desesperadamente para ouvir, a melhor cover de Pearl Jam, “Baba O’Riley”, do The Who. Perfeito, incrível. O público arrasou também cantado. E o momento triste do adeus de “Yellow Ledbetter”, com todas as luzes acesas e uma visão panorâmica de todo o estádio lotado. Belíssimo.
E por fim três dias após o show ainda estou aqui impressionado, querendo ir para todos os shows seguintes da turnê, acompanhando as setlists e pensando a cada música que eles não tocaram em São Paulo: eu deveria estar lá também.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pearl Jam 03/11/2011 - Morumbi, São Paulo - Night I


Na carreira de 20 anos de Pearl Jam, tive a felicidade de acompanhá-la nos detalhes os últimos 11, 12 anos. E desde então sempre se encontrava entre os meus sonhos puder assistir a um show da banda ao vivo. Como todos já sabem, eles vieram para o Brasil em outra ocasião, em 2005, mas não consegui ir. Mas de lá pra cá muita coisa mudou, acrescentando dois grandes álbuns ao seu catálogo, Pearl Jam (o abacate), de 2006 e Backspacer, de 2009, melhores álbuns dos últimos dez anos de carreira. Diante de tudo isso e da comemoração dos vinte anos da banda, eles resolveram visitar o Brasil mais uma vez e dessa vez eu não poderia perder. E não perdi. Desde que foram anunciados os shows, eu me decidi a ir no mínimo a dois, pra minimizar a perda em 2005. Comprei na pré-venda o ingresso do dia 04 de novembro, em São Paulo, e o do dia 09 de novembro, em Curitiba. Como os ingressos do show na capital paulista se esgotaram rapidamente, acrescentaram mais um show, no dia 03, então acabei vendendo o de Curitiba para ir para os dois de São Paulo. Com tudo pronto e depois de muita espera, chegou a hora.
Temos que falar de algumas polêmicas do show de quinta, mas antes de tudo, devemos considerá-lo como um show extra, então já esperava que não seria um show lotado, até porque colocar 140 mil pessoas em dois dias de semana é algo assustador mesmo para as maiores bandas. Tomara que isso sirva de lição para os empresários de shows, para fazê-los olhar às outras regiões. Certamente, ao invés de um segundo show em São Paulo, se eles tivessem marcado uma data em algum estado do Nordeste seria tão lotado quanto o show único de São Paulo. Foi um erro estratégico que, apesar de ter sido incrível, tirou um pouco o brilho do show ao olhar as arquibancadas com pouca gente. A produção anunciou que teve um público de 50 mil pessoas nesse primeiro show, acho que tinha menos. A pista estava quase cheia, só as arquibancadas superiores que tinha pouca gente. Estimo que deve ter sido um público de 35-40 mil pessoas.

Nesse primeiro dia cheguei um pouco tarde ao Estádio e não consegui pegar um lugar tão bom, apesar de ter ficado ainda mais pra frente do que atrás. Após um show fraco da banda de punk de Los Angeles, X, e para o delírio geral, a banda entra no palco e abre com “Release”, música linda e emocionante, um momento mágico. O público delirava. Mal acabou e Eddie Vedder e Cia começaram uma sequência arrasadora. Começou “Corduroy” e o público inteiro começou a pular e se esgoelar, inclusive eu, claro. Depois seguiu matador com “Why Go” e “Animal”. É incrível a força que “Even Flow” tem no público. A banda também está passando uma energia incrível e para quem diz que Eddie Vedder perdeu força na voz tem que ouvir um show desses. “Unthought Know” é uma das que estava ansioso por ouvir e mostra porque esta é uma das melhores fases da carreira de Pearl Jam. É muito bonito ouvir o público cantando essas músicas novas com o mesmo fôlego de clássicos da era grunge.
“Whipping” foi outro momento arrasador. “Daughter” teve mais um coro potente e a tag foi WMA. Gostei muito também da nova música ao vivo, “Olé”, muita energia, muita força na pegada. Ole inclusive foi o cântico oficial do público para a banda, com o grito “olê, olê, pearl Jam, pearl Jam”. A banda fez até uma brincadeira com o cântico, tocando junto. Mais uma surpresa da noite, com “Down”, do Lost Dogs, é de arrepiar ouvir ela ao vivo. Perfeito. “Save You” também acabou com tudo, queria muito ouvir ela ao vivo e parece que eles ouviram meus pedidos, pelo menos alguns deles (“In My Tree” esteve fora dos dois shows). “Do The Evolution” e “Porch” fecharam o primeiro set de forma incrível.



Voltaram para começar o segundo set com “Small Town”, uma das músicas com maior coro do público, é lindo. “Just Breathe” é o momento romântico do show, momento para pegar o telefone e ligar para a noiva, que infelizmente não estava ali presente. E foi o que eu fiz. Depois foi mais um momento especial. Começou com Eddie falando da primeira vez que veio ao Brasil, com os Ramones, e dedica a canção seguinte a ele. Quando meus ouvidos já pareciam escutar o riff inicial de “I Believe in Miracles”, eles soltam “Come Back”, perfeito, um dos momentos mais incríveis de ambos os shows. Depois eles realmente tocaram “I Believe In Miracles”, ótima, e fecharam o segundo set com “Alive” para delírio geral.
A terceira parte começou arrasadora, com “Comatose”, Eddie Vedder ainda com a voz intacta. “Black” e “Betterman” foram lindas, mas ambas nem se comparam com a versão que elas ainda teriam no dia seguinte. Depois tocaram “Rearviewmirror” que estava louco para ouvir e fecharam o show com “Rockin’ In The Free World”, do Neil Young. Confesso que esperava ainda mais uma ou duas músicas, mas reclamar de que? Foi tudo perfeito! Meu primeiro show de Pearl Jam e saí do Morumbi praticamente em Nirvana, achando que não podia ser melhor, mas eu tinha apenas a impressão de que o show mesmo ainda estava por vir. E no dia seguinte ele veio novamente.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pearl Jam, 3 e 4 de Novembro, aqui vou eu!!


O Filho do Blues irá viajar a trabalho por alguns dias a fim de cobrir tudo sobre os dois primeiros shows da banda Pearl Jam em São Paulo, dias 3 e 4 de novembro, seis anos após a primeira vez que pisaram em solo brasileiro, em 2005. Segunda feira estarei de volta trazendo todos os detalhes desses dois primeiros shows. Enquanto isso, fiquem com alguns vídeos de Pearl Jam:





quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tom Waits - Bad As Me


Tom Waits retorna após sete anos com o lançamento de Bad as Me. O último material de músicas inéditas lançado pelo cantor foi Real Gone, de 2004. Waits lançou uma compilação em três discos em 2006, Orphans (Brawlers, Bawlers & Bastards), baseada em sobras de estúdio no decorrer de sua carreira. Começando com forte influência dos poetas beats e do velho safado Charles Bukowski, a música de Tom Waits sempre flertou com a poesia beat, que juntamente o som fincado nas raízes do Jazz e do Blues, e com as uma voz única no mundo da música, grossa e cortante, formou uma unidade atmosférica que transcende e nos transporta para algum bar perdido norte americano com um cara com sua banda tocando, enquanto assistimos, através do ar coberto por fumaças de cirgarro, tomando uísque numa mesa nos fundos. Na década de 80, Tom Waits começou a dar mais espaço a experimentações percussivas muito loucas que fechou ainda mais as portas do que já não era tão acessível, apesar de combinar com a voz uivante de Tom Waits, lembrando em alguns momentos Howlin’ Wolf. Mesmo com esse som estranho, Waits conquistou grande clamor da crítica com clássicos como Swordfishtrombones, de 1983 e Rain Dogs, de 1985.
Desde então ele tem mesclado esses sons em seus álbuns e Bad as Me não é exceção. A diferença aqui é que foi encontrado o equilíbrio perfeito entre os dois estilos, a começar pelo tamanho do álbum. E nisso a esposa e colaboradora Kathleen Brennan teve grande mérito. Fã de álbuns geralmente com muitas faixas, Kathleen sugeriu dessa vez para fazer um álbum de doze faixas de três minutos, “Get in, get out. no fucking around”, Tom Waits falou numa entrevista para a Pitchfork. Tudo bem, o resultado final acabou sendo treze faixas, algumas ultrapassando a casa dos quatro minutos, mas esse detalhe fez com que fosse um álbum conciso, com uma unidade bem definida. Outro ponto que merece destaque são as participações no álbum, tais como Keith Richards e Flea.

A primeira parte do álbum é a melhor. Começa com “Chicago”, uma louca faixa que mistura tudo, os saxes, gaita, guitarra e tudo mais para chegarmos ao que parecer ser um R&B com toque insano do universo de Tom Waits. O final da faixa me fez lembrar de Muddy Waters, quando Waits grita “All Aboard!”, que é como Muddy Waters inicia o álbum Fathers and Sons. É um sinal do retorno ao blues, jazz e r&b que acontece em vários momentos de Bad As Me, como prova a música seguinte, a ótima “Raised Right Men”, um blues sensacional, cheio de acordes puxados no órgão, mostrando a voz de Tom Waits em grnade forma. “Talking at the Same Time” mostra uma mudança no tom de voz de Waits, delicada. “Get Lost” é uma súplica desesperada por liberdade e sumir de tudo e de todos, porém, ao mesmo tempo, com uma dependência completa ao amor da parceira “don’t bring nothing baby, you’re better then all the rest”. “Face to The Highway” tem aquela sensação das músicas reflexivas feitas no carro à noite, rodando sem destino, bem típico de Waits, que já alegou ser uma das suas formas preferidas de compor. A letra também é ótima. “Back In The Crowd” é um dos pontos altos do álbum, balada sobre perda amorosa, triste, belíssima e com uma letra e melodia sensacionais. A seguinte é um contraste total, com toda a fúria da voz de Waits decretando “you’re the same kind of bad as me”. A segunda parte perde um pouco a força com a razoável “Kiss Me” e a insanidade de “Satisfied” e “Hell Broke Luce”. E entre os dois momentos tem a ótima “Last Leaf”, dueto histórico com Keith Richards. Mas Tom Waits se despede da melhor forma. Talvez a melhor do álbum, “New Year’s Eve” é perfeita chegando a lembrar em alguns momentos “Tom Traubert's Blues”. A voz ressacada e grotesca de Tom Waits num daqueles contos pós farra.
É muito raro hoje em dia um artista com quase 40 anos de estrada lançar um álbum forte como Bad as Me, fazendo-se sentir tão novo e tão antigo ao mesmo tempo. Bad as Me reúne as melhores facetas de Tom Waits. É muito bom vê-lo ainda com tanto fôlego criativo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PJ20

Simplesmente o melhor documentário sobre uma banda que já vi. Talvez influencie o fato de eu ser fã, mas sinceramente, eu acho que não. Isso se deve a um fato ao mesmo tempo simples e raríssimo. Talvez mais do que à própria banda, afinal, a história já estava aí e os registros já feitos, o sucesso do documentário deve ser creditado ao diretor Cameron Crowe, que já dirigiu filmes como Quase Famosos e Vida de Solteiro, que fala da cena grunge que acontecia no início da década de 90 em Seattle. Cameron Crowe conseguiu contar a história de Pearl Jam através de registros raros e inéditos em perfeita ordem cronológica, sem deixar de tocar em assuntos polêmicos da banda para proteger um ou outro. Poderiam ter contratado o melhor diretor, com o mais vasto e bem sucedido currículo, que não conseguiria o resultado final que Crowe conseguiu. Isso só foi possível por Cameron Crowe ser amigo de longa data da banda e ter visto tudo isso acontecer de dentro, acompanhando cada fase das duas décadas de carreira de Pearl Jam.

E não poderia ser diferente de começar contando a história do seu começo, através de depoimentos e registros emocionantes sobre Mother Love Bone, Andy Wood e sua morte. Os depoimentos de Jeff e Chris Cornell sobre o estado de Wood após a overdose que o matou são tocantes como também o é a história da composição de “Release”. O filme mostra como foi a troca de fitas das gravações demos na procura de um vocalista e passa um trecho de “Footsteps” gravada por Eddie Vedder e enviada de volta a Jeff e Stone, que imediatamente acharam incrível. Outra cena curiosa é a do segundo show de Pearl Jam, onde aparece a banda tocando com Eddie Vedder bem tímido cantando, como se ainda procurando se encaixar naquele grupo de pessoas que acabou de conhecer e na cidade desconhecida.


As cenas de shows em clubes pequenos dão lugar a grandes festivais como Pinkpop e Lollapalooza após o lançamento de Ten e, de acordo com as entrevistas, fica claro o desconforto da banda pelo assédio da mídia e da fama em si. Há também uma cena sensacional, quando a banda está tocando “Breath” e Eddie vê um segurança praticamente agredir uma pessoa na multidão e fica irritado, cantando com a raiva saindo pelos olhos e voz. Além de uma seleção angustiante de escaladas de Eddie Vedder, em que a banda fica olhando pra cima, só esperando ele cair.

O documentário tem várias passagens de humor, mas duas delas são totalmente hilárias. A primeira é na festa de lançamento do filme Singles (Vida de Solteiro) dirigido por Cameron Crowe, em que a banda toda está totalmente bêbada, Eddie caindo pelo palco e gritando impropérios como “Foda-se a MTV”, dentre outros. O outro momento é quando Stone está mostrando alguns itens de sua casa e quando vão para o porão, é onde ele guarda o Grammy, dizendo que é onde merece estar.

Momentos delicados de Pearl Jam também foram retratados, como o período de tensão e turbulência de Vitalogy e No Code, com a banda tentando se recolocar no seu espaço e brigas por poder da banda, entre Stone e Eddie e a troca de bateristas. A parte da morte de Kurt Cobain e o reflexo da super exposição para a mídia também foram muito bem tratadas, além de um capítulo para a guerra travada contra a rede de ingressos Tickermaster e a sua turnê de boicote. Nesse momento aparece a figura do Tio Neil (Neil Young), que, com toda sua experiência, teve seu papel fundamental de aconselhamentos que ajudaram a banda a superar as dificuldades.

Como não poderia faltar, há menções dos engajamentos políticos da banda, como “Bushleaguer” e o West Memphis Three e, claro, o episódio de Roskilde, onde, durante um show da banda, nove fãs morreram esmagados. É de emocionar.

São tantas partes dignas de nota que eu passaria aqui falando de cada minuto das duas horas de documentário. No final, mostra como a banda monta os seus setlists e porque eles são tão variados entre uma noite e outra. Vários depoimentos de fãs da banda, dizendo como é especial acompanhar a carreira de Pearl Jam.

PJ20 valeu a pena a expectativa em torno de si. Valeu cada minuto, agora é só esperar o dia 03 e novembro para finalmente vê-los em altíssimo e bom som.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

É Hoje!





Arcade Fire - The Suburbs Deluxe Edition

A excelente banda canadense Arcade Fire lançou seu terceiro álbum, The Suburbs, em 2010, pondo de volta em evidência a vida do subúrbio norte americano de classe média, tema explorado de forma impecável no seu perfeito álbum de estréia, Funeral, de 2004, melhor lançamento da primeira década deste século. Grandes canções como a própria “The Suburbs”, “Ready To Start”, “City With No Children”, dentre outras, mostram que mais uma vez Arcade Fire conseguiu chegar lá. Menos de um ano depois, eles o relançaram numa edição Deluxe, com duas faixas inéditas e uma com nova versão. As inéditas “Culture War” e “Speaking in Tongues” e uma versão estendida da já ótima “Wasted Hour”.

Uma edição Deluxe tão em cima do lançamento do original nos faz perguntar o motivo pelo qual decidiram lançá-lo agora. Ao ouvir as inéditas essa pergunta fica praticamente respondida. Talvez eles tenham se arrependido de não tê-las lançado no trabalho original, pois, além de manterem o tema principal do álbum, certamente elas teriam lugar de destaque entre o tracklist de The Suburbs, substituindo talvez as versões duplas de “Half Light” ou “Sprawl”, que nunca me desceram muito bem. Até mesmo a versão estendida de “Wasted Hour” fica melhor do que a já ótima original, numa versão mais tranqüila e sem pressa.

Enfim, ainda bem que decidiram fazê-lo, pois agora temos mais duas composições de primeiríssima qualidade, dignas dos melhores momentos de Arcade Fire.