Mostrando postagens com marcador Mark Lanegan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mark Lanegan. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Melhores Álbuns de 2013 - Parte I



31. Seasick Steve - Hubcap Music


Através de vários estilos tradicionais da música norte-americana, sendo o Blues tomando o papel principal aqui, Hubcap Music é uma viagem pelo universo ruralista em detrimento da vida exageradamente moderna que vivemos. É quase como uma rotina diária de um trabalhador rural, tem um dos momentos de trabalho braçal, assim como pegar um violão e sentar-se na varanda da casa grande e tocar diante de uma imensidão silenciosa, atenta a seus acordes




32. Ben Harper & Charlie Musselwhite - Get Up!




Get Up! É o resultado da junção colaborativa entre dois grandes e veteranos compositores que compartilham de uma paixão em comum: o blues. E essa paixão é facilmente estendida aos ouvintes pela maestria e sinceridade em cada música do álbum.






Ao final, Push The Sky Away é inconfundivelmente um álbum que Nick Cave & The Bad Seeds faria. Sombrio, imprevisível e incrivelmente composto por mãos hábeis, que sabem o que fazem







Imitations é, por fim, um tributo que Lanegan faz às suas inspirações, uma viagem direto para suas raízes musicais, tal como Sir Paul McCartney fez no ano passado, com Kisses On The Bottom. Ao final de Imitations, portanto, o ouvinte termina por entender um pouco mais desse espírito aventureiro e do quebra-cabeça que já caracteriza Mark Lanegan e seus trabalhos.








Specter At The Feast é um álbum muito carregado emocionalmente, que reflete a exata imagem de um espectro em um banquete fúnebre. O fato é que existem formas e formas de se lidar com o luto. O que é certo é que a forma que Black Rebel Motorcycle Club escolheu para lidar com o dele, rendeu no melhor disco da carreira da banda até hoje.










Foxygen aparece mais uma vez com canções muito trabalhadas e ecléticas, que vão desde o psicodélico sessentista, passando pelo rock clássico até um soul moderno. O conjunto dessas canções vai gerar o álbum com o belo título We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic. é uma bela coleção de músicas onde se pode encontrar riqueza na junção de estilos diversos numa única e cativante obra.









Lysandre acaba por ser um registro interessante de Christopher Owens, eclético e cheio de músicas boas, mas com poucas ótimas, o que era sua especialidade. Podemos tirar pelo seu trabalho anterior com Girls que ele pode fazer muito mais, no entanto, ainda assim, é apenas a porta inicial para uma carreira solo de um grande compositor.






38. Placebo - Loud Like Love


Placebo retorna após quatro anos para apresentar um dos seus trabalhos mais interessantes dos últimos anos, como o prova a faixa título. Não se compara com os trabalhos do início da carreira, mas mostra que a banda ainda possui a competência de compor álbuns muito interessantes.





39. Yo La Tengo - Fade




Yo La Tengo dá continuidade à sua carreira de ícone do alternativo com Fade, um álbum digno do tamanho e qualidade da banda, como o prova algumas das faixas principais, como “Is That Enough” e “Ohm”









Comedown Machine, apesar dos altos e alguns baixos, pode ser sim denominado como um trabalho bem sucedido, afinal, atinge o objetivo da banda de renovar seu som e ela o faz de maneira equilibrada, sem comprometer a qualidade do resultado final, até porque mesmo nos momentos mais críticos, ainda restam momentos interessantes. The Strokes veio para mostrar se ainda eram relevantes. E a resposta é sim.






Melhores Álbuns de 2013 - Menções Honrosas

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Resenha de Mark Lanegan - Imitations


Não é raro ver por ai Mark Lanegan como um peregrino da música, afinal, a carreira dele é para poucos, tão espalhada e diversificada que chega a ser difícil defini-lo apenas por um estilo. Talvez por isso ele já tenha conquistado um lugar especial na cena alternativa. Em pouco mais de vinte anos, Lanegan já foi um ícone do rock alternativo do Screaming Trees para depois embarcar numa bem sucedida carreira solo, com alguns discos bem sólidos, como Whiskey for The Holy Ghost, de 1994, I’ll Take Care Of You, de 1999 e Bubblegum, de 2004. Entre esses, que podem ser considerados marcos de sua carreira solo, tem também parcerias muito interessantes com a cantora indie-folk Isobel Campbell, integrante da banda Belle & Sebastian, como Sunday at Devil Dirt, de 2008 e Hawk, de 2010. Também tem a emblemática colaboração que Lanegan deu para alguns álbuns do Queens Of The Stone Age, mais notadamente Songs for The Deaf, de 2002 e Lullabies to Paralyze de 2005. Essas são apenas algumas das facetas artísticas de Lanegan. 





Diante de tudo isso, é natural indagar de onde surgiram as inspirações para tantas peregrinações nômades. Bem, Imitations, novo disco de Lanegan, pode ser considerada uma resposta a essas indagações. Com doze faixas, nas quais Lanegan reinterpreta diversas músicas tradicionais e que o marcaram tanto na infância quanto nos anos recentes, de artistas que ainda estão na atividade. As músicas estão apresentadas num formato leve, bem no estilo acústico já conhecido de Lanegan. Alguns dos destaques vão certamente para as belíssimas versões de “You Only Live Twice”, de Nancy Sinatra, e “Pretty Colors”, do outro Sinatra, o Frank. Ainda dentre os artistas antigos, outra que chama bastante atenção é “Mack The Knife”, com um formato muito interessante, apenas com Lanegan e seu violão, dando seu tom melancólico na outrora toda orquestrada e dançante. O cantor Andy Willams é, sem dúvida, o mais homenageado, com versões de três de suas canções, “Solitaire”, “Lonely Street” e “Autumn Leaves”, destaque para esta última, que também trata de fechar o álbum. 




Já no tocante às músicas mais recentes, também vemos números bem interessantes, destacando-se principalmente “I’m Not The Loving Kind”, originalmente de John Cale e primeiro single do trabalho, com um som mais orquestrado e tradicional. “Brompton Oratory”, de Nick Cave, faz justiça à versão original e não tem pretensão de acrescentar mais nada. Ainda dá tempo para Lanegan dar uma canja no francês, na belíssima “Elégie Funèbre”, de Manset.

Imitations é, por fim, um tributo que Lanegan faz às suas inspirações, uma viagem direto para suas raízes musicais, tal como Sir Paul McCartney fez no ano passado, com Kisses On The Bottom. Ao final de Imitations, portanto, o ouvinte termina por entender um pouco mais desse espírito aventureiro e do quebra-cabeça que já caracteriza Mark Lanegan e seus trabalhos.


sábado, 13 de julho de 2013

Guia de Lançamentos Futuros para o 2º Semestre - Parte I



Diante da avalanche de anúncios de novos lançamentos, o Filho do Blues resolveu facilitar sua vida e fazer uma lista dos mais aguardados, seguindo a ordem de lançamento. Lá vamos nós:

Buddy Guy – Rhythm & Blues – 30/07/2013



A lenda do blues, o guitarrista Buddy Guy, ainda está com fôlego para mais um trabalho. Segundo informações, Rhythm & Blues é um disco duplo e contém algumas colaborações bem interessantes, como o grande astro da nova geração do blues, Gary Clark Jr, e o trio do Aerosmith, Steven Tyler, Joe Perry e Brad Whitford. A guitarra vai soar alta mais uma vez.


Franz Ferdinand – Right Thoughts, Right Words, Right Actions – 26/08/2013




A banda escocesa Franz Ferdinand dá continuidade a sua carreira de estrelas do indie depois de quatro anos de Tonight, seu último trabalho. De Right Thoughts, Right Words, Right Actions já temos três faixas. Confira o clipe de “Right Action”.



Arctic Monkeys – AM – 09/09/2013

Uma das maiores bandas da atualidade, Arctic Monkeys quer dar continuidade à sua carreira em alto estilo, depois do bom Suck It And See It. Para isso, ele contará com a colaboração de Josh Homme, de outra das maiores bandas – se não a maior – Queens of The Stone Age. Já saíram duas amostras, “R U Mine?” e “Do I Wanna Know?”


Willis Earl Beal – Nobody knows. – 10/09/2013


A nova figura indie, Willis Earl Beal, depois da interessantíssima estréia com Acousmatic Sorcery, do ano passado, não quer perder tempo e tenta se firmar logo de vez no cenário alternativo. Nobody knows. contará com a contribuição em uma faixa da cantora e musa indie Cat Power. Confira a primeira amostra “Everything unwinds.”




Manic Street Preachers – Rewind The Film – 16/09/2013




O trio gaulês já tem dois discos prontos no forno, mas, por enquanto, apenas um irá ver a luz do dia. Rewind The Film é acústico e dá esperar por belas canções, a contar com a faixa título “Rewind The Film”, que tem um dueto com Richard Hawley e um belíssimo vídeo.




Mark Lanegan – Imitations – 17/09/2013




Mark Lanegan continua sua prolífica carreira com o álbum de covers, Imitations, onde ele peregrina por músicas que foram de extrema importância na formação de sua carreira de compositor. Imitations também conta com três músicas de autoria do Lanegan. A primeira amostra do disco é o cover de John Cale, “I’m Not the Loving Kind”.




Islands – Ski Mask – 17/09/2013



Com lançamento no mesmo dia de Imitations, de Lanegan, Ski Mask vem seguindo o bonito, calmo e bem sucedido A Sleep & a Forgeting, com a promessa de compilar todas as facetas – que são muitas – de Islands num mesmo disco. A primeira faixa que saiu é bem promissora, “Wave Forms”.




MGMT – MGMT – 17/09/2013

O dia 17 de setembro promete muitas atividades auditivas. MGMT, o álbum homônimo e o terceiro da banda, dá continuidade a uma carreira bastante interessante, focada no psicodelismo da década de sessenta, principalmente inspiradas no mestre loucão Syd Barret, dos primeiros anos de Pink Floyd. “Alien Days” é a primeira amostra do disco.




Placebo – Loud Like Love – 17/09/2013

Acredite, mais um álbum para o dia 17. Dessa vez a banda de glam rock retorna após quatro anos, quando lançou seu último trabalho de músicas inéditas, Battle For The Sun. Gravado em Londres, durante 2012 e o início de 2013, Loud Like Love foi produzido por Adam Noble e contém dez músicas inéditas da banda. 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mark Lanegan anuncia disco de covers, Imitations.


O aventuroso Mark Lanegan, além de um ícone indie, é conhecido também por ser bastante prolífico, sobretudo nesses últimos anos. O ex líder da banda grunge Screaming Trees quando não está trabalhando em colaboração com alguém, está fazendo algo por si só. Essa sempre foi a tônica da carreira de Lanegan, que já se enveredou por diversos caminhos e agora ele nos acaba de apresentar mais um. Ele irá lançar um álbum de covers com o título de Imitations, no qual fará versões de músicas de Frank e Nancy Sinatra, John Cale, Nick Cave, dentre outros. Em uma nota, Lanegan explicou o que o inspirou: “Quando eu era criança, lá final dos anos sessenta e início dos setenta, meus pais e seus amigos ouviam discos de Andy Willams, Dean Martin, Frank Sinatra e Perry Como, músicas com arranjos de cordas e homens cantando músicas que soavam tristes, fossem elas ou não. Em casa, o pessoal também estava ouvindo música country. Willie Nelson, Johnny Cash, George Jones e Vern Gosdin eram alguns dos nossos preferidos. Por muito tempo eu quis gravar um disco que desse a mesma sensação que esses velhos discos deram, usando algumas das mesmas músicas que eu amei quando era criança e outras que amei quando cresci. Este disco é isso. Imitações”.


Diante da explicação, Lanegan solta uma amostra do álbum, a cover de John Cale, “I’m Not The Loving Kind”, cheio de melancólicos arranjos de corda, inclusive com uma voz mais “limpa” do que nós estamos acostumados. Mas ficou bem bonita mesmo. Imitations será lançado no dia 17 de setembro e aí iremos ver na íntegra o que Lanegan aprontou dessa vez. Confira abaixo também a tracklist do disco, note que contém três músicas de autoria própria, que deve ser ao mesmo estilo do restante do álbum (“Deepest Shade”, “Solitaire” e “Autumn Leaves”):

Imitations Tracklist:
01. Flatlands (Chelsea Wolfe)
02. She’s Gone (Hall & Oates)
03. Deepest Shade
04. You Only Live Twice (Nancy Sinatra)
05. Pretty Colors (Frank Sinatra)
06. Brompton Oratory (Nick Cave)
07. Solitaire
08. Mack The Knife (Bobby Darin)
09. I’m Not The Loving Kind (John Cale)
10. Lonely Street (Patsy Cline)
11. Elégie Funèbre (Gérard Manset)
12. Autumn Leaves


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Resenha Queens of The Stone Age - ...Like Clockwork


A média de vazamento de um álbum é em torno de uma semana antes do lançamento e eles já estão na rede mundial de computadores. A ansiedade em relação ao retorno de Queens of The Stone Age, depois de seis anos, foi tão grande que essa semana, três semanas antes da devida data de lançamento, que é 4 de junho, o álbum ...Like Clockwork finalmente está disponível. O último trabalho de QOTSA havia sido Era Vulgaris, de 2007, que, apesar de ter algumas canções muito boas, é certamente o álbum mais fraco da ótima carreira da banda, que praticamente criou e definiu um novo estilo, o vigoroso stoner rock, com seu som intenso, cheio de riffs de heavy metal inspirados em Black Sabbath unidos em uma construção mais melódica do alternativo dos anos 90. Apesar do longo período sem material novo sugerir inicialmente uma inatividade criativa, esses seis anos foram bem intensos para Josh Homme e, inclusive, importantes, para consolidar a moral do seu grupo, além de sua qualidade como parceiro e compositor. Nesse período, são vários os trabalhos que Homme esteve envolvido com seu toque de Midas e que, consequentemente, influenciaram ao resultado sonoro final que vemos em Like Clockwork, pois, de certa forma, tudo está interligado. Nesse período, Josh Homme deu o pontapé inicial no projeto do bem sucedido super grupo Them Crooked Vultures, em 2009, ano em que participou como produtor do álbum de Arctic Monkeys, Humbug, além de ser uma participação especial no disco Blues Funeral, de 2012, do colaborador de longa data Mark Lanegan, além de alguns outros projetos menores.



Então, esse intensivo de projetos paralelos de Josh Homme acaba por definir Like Clockwork bem antes de sua concepção, afinal, em trabalhos assim, acaba-se sempre cedendo algo, bem como absorvendo novos componentes e estilos, além de ampliar sua rede social de conexão e influência, o que foi de fundamental importância para Homme fechar a equipe principal desse novo trabalho. A lista de convidados especiais é extensa, alguns já cartas marcadas, como Mark Lanegan, outros que já trabalharam com ele antes, mas que causa euforia pelo seu retorno, como é o caso de Nick Olivieri, o baixista louco que ficou peladão no Rock In Rio de 2001 e foi expulso da banda depois de ser processado por agressão domiciliar em 2003, e Dave Ghrol, baterista daquele que é o álbum máximo da carreira de Queens Of The Stone Age. Também tem aqueles que nunca trabalharam, mas que é totalmente natural que apareçam, como Alex Turner, do Artic Monkeys, aqueles que causam surpresa, como Trent Reznor, ex-Nine Inch Nails e aquele que com certeza absoluta você nunca imaginaria que estaria tocando junto com uma banda como QOTSA. Elton John e seu piano aparecem em Like Clockwork. Isso mesmo, a rainha que faltava na idade da pedra.





Não é qualquer um que consegue construir uma equipe dessas. O resultado é um dos álbuns mais ecléticos e diferenciados da carreira de Queens of The Stone Age. São dez músicas que viajam de forma grandiosa por lugares muito bem conhecidos pelos fãs da banda, bem como por paradas inesperadas e cantos inexplorados, o que nem sempre gera boas reações, sobretudo a esquisita “Smooth Sailing”, que completamente destoa do restante do álbum, quase como um Dance que Muse resolveu aderir no último disco, mas que com guitarras bem mais pesadas. De resto, Like Clockwork é somente pontos altos. Vamos explorá-los.

A faixa de abertura “Keep Your Eyes Peeled” já nos (rea)presenta os riff marcados que havíamos sentido tanta falta. A produção de todas as faixas são incríveis, com o som da guitarra estourando e a bateria forte e marcante. A faixa seguinte “I Sat By The Ocean” é, desde a primeira audição, uma das melhores, com tudo o que gostamos do Queens Of The Stone Age clássico, com um riff segurando a música e uns solos de guitarra e um refrão cativante. Lembra sem esforço os melhores momentos de Rated R. 




Enquanto "I Sat By The Ocean" é uma típica música de QOTSA, a próxima, “The Vampyre of Time and Memory”, é totalmente uma nova faceta da banda. Impossível não inferir que não teve a influencia de Elton John nessa tocante balada ao piano. A letra é também uma das mais sensíveis e pessoais de toda a carreira, falando “i want to God to come and take me home, cause i’m all alone in this crowd...”. A música é linda, uma balada tranquila no piano e entrecortada por belos e rápidos solos de guitarra.





A sexy e luxuriosa “If I Had A Tail”, com todos os conselhos sexuais diabólicos e participação de Alex Turner, bem como o antigo baixista Nick Olivieri, tem a levada de uma música de Rolling Stones, bem diferente daquelas perfeitas e insanas gritarias dos primeiros álbuns. A intensa “My God Is The Sun”, primeiro single do álbum e tocada pela primeira vez no Lollapalooza Brasil 2013, é outra segura e confiável música de Queens Of The Stone Age, um hit seguro que tem o melhor da banda. “Kalopsia”, palavra que indica uma condição onde as coisas parecem ser mais bonitas do que elas são, é mais uma que dá para notar um comércio de influências, principalmente nas estrofes, que poderia ser uma música do álbum Blues Funeral, de Mark Lanegan, com uma leve marcação de sample, que é dominada totalmente pela guitarra no refrão.

Enquanto a influência de Lanegan é sentida em “Kalopsia”, é na faixa seguinte, a ótima “Fairweather Friends”, que sua presença é sentida, embora sua voz poderia ter ficado mais alta, bem como a de Trent Reznor e Elton John e seu piano.





O álbum caminha para o final com mais duas ótimas canções, “I Appear Missing”, a mais longa e imediatamente uma das melhores composições do álbum, com um clima bem sombrio, quase suicida, combinando perfeitamente com a animação. Esses vídeos de animação foram todos feitos pelo artista Boneface, que também desenhou a capa do disco. A faixa que dá título ao disco finaliza-o com mais uma balada no piano, com uma letra quase filosófica, sombria e bela.

É o melhor trabalho de Queens of The Stone Age? Não, mas também é muito difícil igualar o nível de álbuns como Songs for The Deaf e Rated R. No entanto, em Like Clockworks mostra exatamente o quão grande e competente a banda é, mesclando momentos de sucesso certo, para ampliar o status de banda de festival, e outros nos quais arrisca novos sons e estilos sem se sentir ameaçada.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Melhores álbuns de 2012 - Parte V

15. The Shins - Port of Morrow


Port of Morrow é por fim um álbum digno de The Shins. James Mercer está focado e se divertindo como nunca. Só dá um pouco de raiva dele por ele ter demorado cinco anos para nos entregar essas músicas.




14. Mark Lanegan - Blues Funeral


Depois de tantos anos sem o álbum solo e tendo participado de vários projetos paralelos, Blues Funeral acaba por ser uma ótima compilação de todas as faces de Lanegan. E afinal é a isso que se resume Blues Funeral.




13. Bob Dylan – Tempest


Tempest é a prova que Bob Dylan ainda tem muito material original e interessante para queimar, pois ele continua compondo como sempre e cantando pior do que nunca. Como isso nunca importou muito na música de Dylan, estamos no lucro.




12. Lee Ranaldo - Between The Times and Tides


Depois de tudo, há a sensação de prazer em cada uma das músicas. Aos 56 anos, Lee Ranaldo não precisa fazer mais trabalhos de vanguarda. Seu papel na revolução já foi feito com Sonic Youth. Between The Times and The Tides é um grande álbum para os apreciadores do gênero.





11. Leonard Cohen - Old Songs


É muito raro um artista e compositor manter um nível de qualidade por tantos anos, normalmente vai perdendo aos poucos o vigor, mas aqui Leonard Cohen parece mais renovado do que nunca, um ótimo álbum de um precioso gênio é o que sempre devemos esperar dele.




sábado, 14 de abril de 2012

Mark Lanegan Live @ Canal Plus



Em homenagem ao show de Mark Lanegan em São Paulo, hoje, para o qual, infelizmente eu não irei. Para tentar controlar a minha vontade, vou ficar assistindo o show dele no Canal Plus, na televisão francesa, da turnê do Blues Funeral, lançado neste ano, a mesma que chega hoje a São Paulo. Conseqüentemente, das sete músicas, muitas novas, com destaque, claro, para “The Gravediggers Song”, “Riot In My House”, e, para minha surpresa, uma de Screaming Trees, “Crawlspace”, do derradeiro álbum deles, que foi lançado no ano passado, The Words The Final Recordings.


"Ode To Sad Disco"


"Sleep With Me"


"Riot In My House"


"Phantasmagoria Blues"


"Crawlspace"


"Harboview Hospital"


"The Gravedigger's Song"

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mark Lanegan - KCRW Session



Mark Lanegan acabou de lançar o ótimo Blues Funeral e já está na estrada para promovê-lo. Além da turnê que passa pelos Estados Unidos, vários países da Europa e América do Sul (só em São Paulo, damn it!), Lanegan também participou do programa de rádio KCRW, que vez ou outra vem convidando artistas muito interessantes. Na apresentação, como era de se esperar, somente músicas do Blues Funeral.

O primeiro set começou logo com “The Gravedigger's Song”, seguida por “Bleeding Muddy Water”, “Phantasmagoria Blues”. Ai começa uma pequena entrevista com Mark Lanegan, este com uma empolgação cômica. Mas tem sim algumas perguntas legais, como em que ajudou as várias colaborações dos últimos anos na composição de Blues Funeral, e ele diz, apesar de não poder dar exemplos específicos, com certeza tudo o que ele fez acabou contribuindo para chegar onde está agora, vai pegando uma coisa daqui, outra dali, e vai em direção da próxima. O entrevistador aproveita para perguntar se Lanegan tem preferência de trabalhar no modo colaborativo ou sozinho, ele responde que é mais desafiador trabalhar colaborativamente, por ter que tentar ver a coisa pela perspectiva de outra pessoa. Lanegan ainda falou que Blues Funeral levou uns 4 meses para ser feito, mas não trabalhando tanto assim, só algumas horas por dia. Outra pergunta é o quanto o termo Blues faz parte no trabalho de Lanegan. Ele disse que não escuta tanto o Blues como estilo musical, apesar de ter tido uma época em que ouvia bastante, e para ele o Blues é mais como um estado de espírito, e exemplifica dizendo que pra ele Joy Division é o próprio Blues.

No segundo set, ele tocou “St Louis Elegy” e mais as duas músicas “disco”, que ficaram ainda melhores e talvez menos estranhas ao vivo, sem os efeitos tanto como no estúdio, “Ode To Sad Disco” e “Harborview Hospital”. Ai depois tem mais algumas perguntas, se ainda deve rolar alguma participação com Isobel Campbell ou Queens Of The Stone Age, que ele diz que nesse ano todos provavelmente irão estar muito ocupados, mas em algum ponto no futuro, pode ser. Ai depois tem mais uma, talvez a melhor de Blues Funeral, “Quiver Syndrome”.

Senti falta de “Riot In My House” e “Gray Goes Black”, mas enfim, ótima apresentação de Mark Lanegan, confira abaixo:

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mark Lanegan - Blues Funeral



Álbum surpreendente de Mark Lanegan, Blues Funeral. Ao mesmo tempo, é um avanço natural do seu último disco, Bubblegum, de 2004. Mas, apesar do longo espaço de tempo entre os lançamentos, uma coisa que Mark Lanegan não fez foi ficar inativo. Nesse ínterim ele participou colaborativamente de álbuns com Queens Of The Stone Age, The Twilight Singers, The Gutter Twins e Isobel Campbell. E essa característica de amizade e colaboração mútua, transparece em Blues Funeral, que tem a participação de Jack Irons (ex-Pearl Jam), Greg Dulli (Gutter Twins) e Josh Homme (QOTSA), além de ter sido gravado pelo multi instrumentista Alain Johannes. Todo esse conjunto com certeza contribuiu muito para a variedade de sons e estilos presentes no álbum, além, claro, da característica imprevisível de Lanegan. Mas não importa a forma, o conteúdo é sempre sombrio, que carregada com a voz sinistra de Lanegan, faz parecer que você está ouvindo a própria Morte cantando.



Blues Funeral tem de tudo, desde de Stone rock do Queens Of The Stone Age à faixas totalmente década de oitenta, com seus sintetizadores e bateria típica. É, de certa forma, um álbum que desafia o ouvinte diante da pluralidade do artista. E muitos poucos artistas hoje em dia pode tomar várias formas como Lanegan tomou em Blues Funeral. “The Gravedigger's Song”, com a voz de Lanegan quase gutural e com uma guitarra bem pesada e “Bleeding Muddy Water” já são um tratado de boas vindas à sombra. Ao mesmo tempo que canta músicas assim, ele vem com “Deep Black Vanishing Train”, delicadíssima balada, penúltima faixa do disco e “Phantasmagoria Blues”, bem melancólica. E a épica “Tiny Grain Of Truth”, com ótimos arranjos variados nos seus mais de sete minutos.



Tem também aquelas que Josh Homme ajuda a empunhar uma guitarra e detona tudo em principalmente “Riot In My House” e “Quiver Syndrome”, esta última bem que poderia se encaixar perfeitamente no Songs For The Deaf, do Queens Of The Stone Age, álbum que Lanegan participou efetivamente. Mesmo com as diversas facetas que Mark Lanegan usou durante sua carreira, passando por grunge, folk, gospel, indie, blues, é impossível segurar a surpresa de ver uma faixa como “Ode to Sad Disco”, como diz o título, uma ode a um Disco triste, que apesar de ter uma melodia e refrão muito bons, o som oitentista e cheio de sintetizadores assusta um pouco, assim como “Harborview Hospital”. Ambas, depois do susto passado, são boas, mostrando que poucos são capazes de fazer uma mudança assim e continuar bom.

E afinal é a isso que se resume Blues Funeral, depois de tantos anos sem o álbum solo e tendo participado de vários projetos paralelos, Blues Funeral acaba por ser uma ótima compilação de todas as faces de Lanegan.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Previsões 2012.1



2011 acabou e se foi com a certeza de dever cumprido, deixando um legado musical bem interessante nesses doze meses que se passaram. Agora 2012 se inicia e já ficamos atentos para o que há de acontecer, inclusive já podemos antecipar com ansiedade alguns dos lançamentos previstos para os próximos meses. Fora as novidades, que chegam para nós completamente inesperadas, fiz uma pequena lista de álbuns que já tem data para sair. Este site tem uma extensa lista, que daí eu retirei alguns nomes mais interessantes, são eles:

Nada Surf – The Stars Are Indifferent to Astronomy (24 de janeiro)

Of Montreal – Paraytic Stalks (7 de fevereiro)

Boa banda cujo potencial está sendo desperdiçado com umas viagens eletrônicas dos últimos trabalhos. Mas de qualquer forma, vamos esperar para ver o que eles irão aprontar dessa vez.



MARK LANEGAN – BLUES FUNERAL (7 de fevereiro)

Já estava na hora de Mark Lanegan dar um tempo nos projetos paralelos e voltar as atenções para a carreira solo. Blues Funeral será o sucessor do ótimo Bubblegum.



SPIRITUALIZED – SWEET HEART SWEET LIGHT (19 de março)

Um dos lançamentos mais aguardados por mim, fã dessa incrível banda, cujos trabalhos já vem com o carimbo de qualidade atestada. Sweet Hear Sweet Light será a sequência de Songs In A&E, de 2008. Que também o seja na qualidade e beleza!



Lee Ranaldo – Between The Times & The Tides (20 de março)

Em meio aos rumores do fim do Sonic Youth, Lee Ranaldo segue o exemplo do (ex)companheiro de banda, Thurston Moore, e irá lançar mais um álbum solo. Ficaremos de olho.

Estes são os que já estão com datas de lançamento marcadas, mas há também os que ainda falta ser anunciado ou que é apenas rumores, dentre esses os mais esperados são:

Franz Ferdinand – (título ainda a ser anunciado)

Muse – (provavelmente outono de 2012)

Uma das bandas mais interessante da década passada, Muse se prepara para lançar seu sexto disco de estúdio, sucessor de The Resistence, de 2009. Vamos torcer para que mantenha o nível de qualidade dos trabalhos passados.



Cat Power – (título ainda a ser anunciado)

A grande musa do rock alternativo, Cat Power marca o retorno para aproximadamente a metade do ano. Enquanto ainda não há maiores informações sobre o novo álbum, sem título e ainda sem data de lançamento, Cat Power regravou King Rides By, música já presente num de seus álbuns anteriores. A nova versão ficou bem interessante, mas ainda não se sabe se estará no álbum ou não.



Veremos no fim de 2012 se todos cumpriram suas promessas!