Mostrando postagens com marcador Tom Zé. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tom Zé. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Melhores Álbuns de 2014



Esse ano de 2014 foi bastante corrido para o Filho do Blues, o que acabou fazendo com que tivesse menos tempo disponível para me dedicar ao blog, com atualizações, notícias, vídeos e resenhas. No entanto, isso não quer dizer que eu parei de acompanhar as novidades do mundo da música. Muito pelo contrário: ainda que sem tempo, consegui manter o top 40 do ano e consegui expandir meus horizontes musicais e mergulhei ainda mais, sobretudo, no blues. Fato que é traduzido pela maior ocorrência de álbuns do gênero em relação ao ano passado. Em 2013, tivemos 8 destaques do blues nos melhores álbuns do ano (o maior deles, Corey Harris, com Fulton Blues). Já em 2014, esse número subiu para 12, com o destaque para Sugar Ray & The Bluetones, pelo álbum  Living Tear to Tear, que alcançou a segunda colocação no ranking. O top 10 conta com 4 ábuns de blues, o que é um feito significativo. (Além de Sugar Ray & The Bluetones, Billy Boy Arnold, ainda teve Johnny Winter, que faleceu ainda neste ano, antes do álbum ser lançado, e Joe Bonamassa).

Também chamo atenção para alguns lançamentos nacionais bastante interessantes em 2014, como o retorno da Nação Zumbi (5º), o gênio Tom Zé (7º), a parceria de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães na Banda do Mar (13º), Erasmo Carlos (23º) e China (27º).

Em primeiro lugar ficou Jack White, com seu segundo disco solo, Lazaretto. No topo a disputa ficou menos acirrada do que em relação a 2013, que teve ao menos 4 grandiosos álbuns (Arcade Fire, David Bowie, QOTSA e Vampire Weekend). Mesmo assim, ainda podemos falar dos não menos notáveis novos lançamentos de Beck (Morning Phase, 3º), Damon Albarn, do Blur, (Everybody Robots, 18º), o mestre Leonard Cohen (Popular Problemas, 09º) e Foo Fighters (Sonic Highways, 10º).

O ano de 2014 teve de tudo. Contou com a volta de figuras carimbadas como Weezer, com um bom álbum (Everything Will Be Alright In The End, 16º), Stephen Malkmus (Wig Out at Jagbags, 40º) e Manic Street Preachers (Futurology, 24º), ao mesmo tempo em que reforçou ou apresentou novidades muito boas, como Perfume Genius (Too Bright, 14º), Sun Kil Moon (Benji, 19º) e Christopher Owens (A New Testment, 17º). E o que falar da maior novidade do ano, a maior revelação do ano, que lançou o seu primeiro disco no início desse ano aos 82 anos? Estou falando do bluesman Leo "Bud" Welch, com o maravilhoso álbum de blues-gospel Sabougla Voices (12º).

Enfim, nos despedimos de 2014 com essa lista de nomes que fizeram com que o ano ficasse melhor e mais gostoso. No mais, Feliz Natal e Feliz Ano Novo para os leitores do Filho do Blues e que 2015 seja repleto  de belíssimos lançamentos para que no próximo dezembro esta lista esteja ainda mais extensa!

Um grande abraço!

MELHORES ÁLBUNS DE 2014

01. Jack White - Lazaretto
02. Sugar Ray & The Bluetones - Living Tear to Tear
03. Beck - Morning Phase
04. Johnny Winter - Step Back
05. Nação Zumbi - Nação Zumbi
06. Billy Boy Arnold - The Blues Soul Of Billy Boy Arnold
07. Tom Zé - Vira Lata Na Via Lactea
08. Joe Bonamassa - Different Shades Of Blue
09. Leonard Cohen - Popular Problems
10. Foo Fighters - Sonic Highways
11. Gruff Rhys - American Interior
12. Leo Welch - Sabougla Voices
13. Banda do Mar - Banda do Mar
14. Perfume Genius - Too Bright
15. Dave Specter - Message In Blue
16. Weezer - Everything Will Be Alright In The End
17. Christopher Owens - A New Testament
18. Damon Albarn - Everyday Robots
19. Sun Kil Moon - Benji
20. TV On The Radio - Seeds
21. Damien Rice - My Favourite Faded Fantasy
22. John Mayall - A Special Life
23. Erasmo Carlos - Gigante Gentil
24. Manic Street Preachers - Futurology
25. Damien Jurado - Brothers And Sisters of the Eternal Son
26. Walter Trout - The Blues Came Callin'
27. China - Telemática
28. Lucky Peterson - The Son Of A Bluesman
29. The Robert Cray Band - In My Soul
30. Bruce Springsteen - High Hopes
31. Johnny Cash - Out Among The Stars
32. Cloud Nothings - Here And Nowhere Else
33. C.W. Stoneking - Gon Boogaloo
34. Mud Morganfield & Kim Wilson - For Pops Tribute To Muddy Waters
35. Tibério Azul - Bandarra
36. Hamilton Leithauser - Black Hours
37. The Black Keys - Turn Blue
38. Thiago Pethit - Rock'n'Roll Sugar Darling
39. Black Lips - Underneath the Rainbow
40. Stephen Malkmus & The Jicks - Wig Out at Jagbags
41. Eric Bibb - Blues People

Álbuns que não foram completamente inéditos, mas que de alguma forma merecem ser menciona

David Bowie - Nothing Has Changed
Wilco - What's Your 20 Essential Tracks 1994-2014
Caetano Veloso - Multishow Ao Vivo Abraçaço
Leonard Cohen - Live in Dublin
Nat King Cole - The Extraordinary
Gary Clark Jr. - Gary Clark Jr. Live







sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

As Melhores Músicas de 2014

O Filho do Blues está sumido mas não está morto! E para preparar vocês para a já tradicional lista de Melhores álbuns do ano - que sairá em breve - deixarei vocês curtindo por uns dias as dez melhores faixas do ano. Divirtam-se!

Jack White - Would You Fight for My Love?

Jack White dá a sequência a sua carreira solo com o disco Lazaretto. "Would You Fight For My Love?" reune tudo de melhor da sua carreira em uma única faixa.


 

David Bowie - Sue (Or in a Season of Crime)

A única faixa inédita da magnífica coletânea Nothing Has Changed é incrível e aponta para uma nova direção musical de Bowie em relação aos três últimos discos. Pena que só tem uma. 


 

Nação Zumbi - Foi de Amor

"Foi de Amor" traz todo o peso tradicional que conhecemos de Nação Zumbi, em meio a um álbum sonoramente bem mais acessível ao grande público, sem, no entanto, perder a identidade que faz de Nação a melhor banda nacional.

 

Perfume Genius - Queen

Qualquer música da banda Perfume Genius tem todos os ingredientes para sensibilizar o ouvinte. "Queen" apresenta tudo isso de forma potencializada, muito emotiva, tensa, que faz com que cada verso seja uma cicatriz sendo aberta e curada ao mesmo tempo. Perfeito.


 

Leo "Bud" Welch - Take Care of Me Lord

O estreante do ano, a revelação que tem 82 anos despejando agora para todo mundo ouvir a energia e o vigor do seu Blues-Gospel. Para lavar a alma e dançar. Desse jeito até eu iria para a Igreja.


 

Tom Zé - Esquerda, Grana e Direita

Tom Zé destila toda sua sagacidade e gênio nessa faixa que traduz o momento que a sociedade brasileira atravessa, sempre com a irreverência e brilho típico das obras desse genial artista brasileiro.


 

Damien Rice - It Takes A Lot To Know A Man

Melhor música de seu novo álbum, a épica "It Takes a Lot To Know A Man" faz uma viagem bastante sensível, com uma melodia cativante e uma viagem sonora para fazer você fechar os olhos e acompanhar. Lindo.


 


Johnny Winter - Death Letter

A lenda do blues Johnny Winter faleceu em 2014 um pouco antes de lançar seu novo disco, Step Back. Nada melhor do que homenageá-lo aqui com esse vídeo de "Death Letter", clássico de Son House, presente no disco. 


 

Christopher Owens - It Comes Back To You

Christopher Owens dá continuidade a sua carreira solo sem parar para respirar por muito tempo. E "It Comes Back To You" apresenta uma sonoridade mais próxima de seu trabalho com a banda Girls, que ainda é o auge de sua carreira. 


 

Joe Bonamassa - Living On The Moon

Muita energia e pegada marcam "Living On The Moon", do novo trabalho de Joe Bonamassa, com tudo o que você pode esperar desse grande guitarrista do blues rock.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Rio 2011 - 02/10/2011


Normalmente um grande festival de música se despede com o melhor que dispõe para fazer com que as boas impressões permaneçam até a próxima edição. Aconteceu com o Rock in Rio 2011 exatamente o contrário. Sem contar com os dias sinistros, como o de Ivete Sangalo, Claudia Leite e etc, o domingo foi o pior dia do festival. Eu já estava olhando com muita desconfiança, pois a atração principal era Guns n’ Roses, sobrevivendo aos trancos e barrancos com os hits antigos e com a forma de Axel Rose altamente questionável. A expectativa era mais para saber como Axel Rose se encontrava após dez longos anos, quando ele se apresentou com a banda na última edição do Rock In Rio, antes do mal fadado Chinese Democracy ser lançado. O dia também teve Detonautas, Pitty, Evanescence e System of a Down, que particularmente não faz muito minha cabeça, mas mesmo assim teve algumas músicas que se sobressaíram, como “Chop Suey”, “Lonely Day” e “Toxicity”. Mas o show, com 28 músicas, foi muito grande, atrapalhando ainda mais o já problemático Axel Rose, que já tinha previsão de ter o início do seu show atrasado.
Mas antes de falar do Guns, uma ponte para falar sobre o melhor show do dia. Não, nada dessas atrações internacionais renomadas. Dois velhinhos roubaram a cena no modesto palco Sunset enquanto o sol ainda jogava fora seus últimos raios. Sérgio Dias, liderando o Mutantes e Tom Zé fizeram um show sensacional, cheio de clássicos, como “Balcão de Negócios”, “Minha Menina”, “Balada do Louco”, “Ando Meio Desligado”, que contou ainda com a participação do filho de Rita Lee, Beto Lee e, claro, “Panis et Circensis, dando um oásis de psicodelia ao festival. A primeira parte do show ficou por conta de Tom Zé, vestido como sempre de forma irreverente, com ternos e faixas com referências políticas e tocou “O Rock Bronca in Rio”, composto para o festival. Depois Mutantes tomou conta continuando um belo show. Para ver o clássico show de Tom Zé e Mutantes, segue o link abaixo:
Mas enfim, voltando ao Guns n’ Roses. Bem, houve três momentos bem distintos. Primeiro, enquanto Axel e companhia levavam uma hora e meia para subir ao palco, a raiva ia aumentando a cada segundo, quem estava vendo no Multishow, por ter que agüentar a dupla de apresentadoras falar uma besteira atrás da outra e quem estava in loco, por causa da chuva que começou a cair torrencialmente. O segundo momento veio quando a banda resolveu finalmente a entrar em cena, após ouvir o sinal das primeiras vaias pela demora. Nada melhor para retratar esse momento do que a própria sigla do Rock in Rio: R.I.R. Foi muito engraçado ver Axel entrar no palco parecido com Elton John alguns anos mais novo e tocar a bizarra “Chinese Democracy”. Sinistro. Depois o show deu uma melhorada e levantou o publico com a clássica “Welcome to the Jungle” e depois “It’s So Easy”, nesta ultima ficou claro que Axel não agüenta mais o ritmo das musicas como antigamente. Como em vários momentos do show, Axel ficava enrolando cantar, enquanto algum backing vocal fazia o trabalho mais duro. Algumas das musicas novas não são totalmente desprovidas de qualidade, “Sorry” e “This I Love” chegam a ser bem interessantes, mas mesmo assim muito pouco para conquistar o público. Teve também uns momentos bem chatos, como solos de guitarras e teclado, talvez para dar tempo a Axel recuperar o fôlego e trocar de figurino. Após um desses solos chatos, ele solta “Sweet Child O’ Mine” para delírio geral. Bom momento do show. A épica “Estranged” também ficou bem legal, dando um raro toque de especial ao show, pois fazia 18 anos que não tocava ao vivo. A terceira e ultima fase do show foi a desistência. Quatro horas da manhã e ele começa a tocar mais uma música do Chinese Democracy, “Better” que acaba por ser um convite para a retirada. Fui dormir. No dia seguinte vi que só perdi mesmo “November Rain” e “Patience” de interessante. Mas no geral, foi um show sofrível e deprimente, nem os clássicos conseguiram levantar de fato o público, cuja reação ficava entre excitação e surpresa, negativa.
Despedida que nos faz ficar muito preocupados quanto à próxima edição do festival em 2013. Para quem tiver estômago e quiser assistir ao show do Guns N’ Roses no Rock in Rio 2011, veja no link abaixo: