sexta-feira, 15 de maio de 2015

B.B. King morre aos 89 anos e faz show secreto hoje repleto de convidados especiais.



Quando você muda o curso de algo significante no mundo, como você deve estar na hora de partir? Quando você nasce como um "zé ninguém", invisível socialmente, numa plantação de algodão no extremamente violento e segregado sul dos Estados Unidos, regido pela lei do Jim Crow, colhendo algodão dia a dia para sustentar a si e a sua família e morre, 89 anos depois, como o "Rei do Blues", conhecido mundialmente? Você vai querer largar o osso? Ninguém vai. Por isso que o rei fazia questão de estar em cima de um palco enquanto tivesse saúde para isso. Infelizmente, não tem mais. E a tristeza de hoje é por isso. Não pela limitação da alma humana em toda sua magnitude. Mas pela limitação física e corporal, que fez deixar esse plano um dos últimos remanescentes da segunda geração legendária do blues.

B.B. King nos deixa o legado não só de sua música em quase 60 anos de carreira, seu estilo de tocar a sua guitarra Lucille, mas de sua própria vida. Dono de 16 Grammy’s, mais de 50 discos e clássicos que moldaram o rumo do blues e do rock, B. B. King parte hoje para ver sua obra sob um novo plano, uma nova perspectiva. E com certeza, onde quer que esteja, ele está observando sentado em cima de um palco, com vários convidados especiais ao seu lado, Lucille nos braços, e sorrindo. Orgulhoso. 



quarta-feira, 13 de maio de 2015

Baixe o novo disco de Siba, De Baile Solto



                Depois do grande sucesso alcançado com o último disco, Avante, Siba dá continuidade à sua carreira com o lançamento do seu novo trabalho, De Baile Solto, lançado hoje – e disponibilizado para baixar – através do seu site oficial (http://www.mundosiba.com.br/). Para quem acompanha as postagens de Siba pelo facebook percebe uma preocupação muito grande com a forma com que manifestações culturais, como o Maracatu de Baque Solto, é tratado pelas autoridades e às vezes pelo público. É por isso que, em De Baile Solto, Siba volta às raízes rítmicas da música de rua pernambucana.

Em suas palavras “O texto deste De Baile Solto pode ser lido como uma tentativa – às vezes frustrante – de expressar a grandeza absoluta de uma ave de rapina ante a arrogância dos senhores quê se arrastam pela terra, exaltar a potência criativa e social de formas de expressão forjadas coletivamente por pessoas marginalizadas e excluídas, reafirmar a crença tola na embriaguês do verso, dizer de um amor só possível em laço de família de qualquer tipo, levantar a voz contra fantasmas de carne e osso, reafirmar o valor da amizade e camaradagem, negar ao dinheiro o lugar central que o permitimos ocupar em nossas vidas, forjar uma fuga imaginária para um mundo em que caiba o poeta e, por que não, seus inimigos também, aceitar que a vida é muito mais curta do que os desenhos, que a água e o fogo forjam com o tempo e que talvez, de eterno, só mesmo o canto que o pássaro deixou guardado no escuro da árvore antiga”.

Com uma nota dessa, o que nos resta é curtir o som e a poesia de Siba mais uma vez.