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domingo, 19 de abril de 2020

As melhores apresentações de One World: Together at Home





Essa febre de lives durante a quarentena inspirou artistas do mundo todo para se reunirem virtualmente numa ação mobilizadora em torno do combate ao novo coronavírus. A ONG Global Citizen organizou, junto a Lady Gaga, o evento One World: Together At Home, com o objetivo de angariar fundos para compra de suprimentos para os profissionais de saúde que estão na linha de frente nessa guerra ao covid-19. Gaga conseguiu mobilizar uma grande quantidade de artistas ao redor do mundo para participar do evento, que rolou ontem, dia 18 de abril.
O blog selecionou as apresentações mais interessantes:

The Rolling Stones – You Can’t Always Get What You Want



Paul McCartney – Lady Madonna



Elton John – I’m Still Standing




Eddie Vedder – River Cross



Stevie Wonder performs "Lean On Me" / "Love's In Need of Love Today



Camila Cabello & Shawn Mendes - What A Wonderful World 



E você, gostou de mais alguma apresentação? Coloca aí pra gente.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Melhores Álbuns de 2013 - Parte II





O caldeirão de Bull Goose Rooster é extenso e rico, com uma intensidade de fazer inveja a qualquer senhor de sessenta e quatro anos. Ninguém melhor do que o próprio Slim para opinar sobre o assunto: “eu posso ser um velho bluesman sem dentes de sessenta e quatro anos, mas eu faço um show do caralho!”. Esse pode certamente ser o resumo em linhas gerais de Bull Goose Rooster.










Disco é a congregação, enfim em um único disco, de todo o universo que Arnaldo Antunes explorou em sua riquíssima carreira. E finca ainda mais o nome de Arnaldo Antunes como o grande e, talvez, o maior e melhor compositor ainda em atividade na música brasileira.





23.Mudhoney - Vanishing Point




Vanishing Point chega ao fim com a missão cumprida. Afinal, a intenção era mostrar uma banda honesta, íntegra, com consciência de si própria, em relação a seu papel e sua posição. É uma velha banda rejuvenescida, como se tocar fosse uma máquina do tempo que a transportasse para vinte anos atrás, tocando essas mesmas músicas.







Volume 3 é um belo, gostoso e divertido álbum, que nos faz viajar por momentos e sensações diversas pelo tempo. Um moderno álbum celebrando o passado, ou mantendo-o vivo e em funcionamento, através de belas canções com toda capacidade de entrar nas paradas, tanto agora quanto no seu tempo, seja lá que tempo for esse.





25. Paul McCartney – New



Sir Paul McCartney retorna com um álbum completo de inéditas desde Memory Almost Full, de 2007, com a proposta de mesclar o clássico do ex-beatle com um som mais moderno, por vezes eletrônico, até flertando um pouco com o hip hop. Embora nem todos os resultados tenham sido satisfatórios em comparação à qualidade de Macca, New ainda nos revela grandes momentos, como a faixa que dá título ao álbum e “Early Days”, para citar apenas duas.





26. Lurrie Bell - Blues in My Soul




O Chicago Blues está presente na lista de 2013 em vários momentos, e Blues In My Soul, de Lurrie Bell, certamente é um dos mais agradáveis. Com um blues puro e perfeitamente executado, faz literalmente com que o blues impregne totalmente sua alma.










Trouble Will Find Me é um grande álbum, mas com um potencial de poder ter sido bem melhor. Mesmo assim, em várias músicas eles se apresentam em grande nível, tornando-se, se não um clássico álbum na carreira de The National, pelo menos mais um bom e interessante trabalho da banda.





28. Kings of Leon - Mechanical Bull



Kings of Leon escrevem mais um capítulo para fincar seu nome no hall de grandes bandas de arena rock e de healines de festivais, com músicas como “Supersoaker”, “Rock City”, “Beautiful War”, dentre outras.






29. Beth Hart & Joe Bonamassa – Seesaw



Mais uma voz ponderosa do cenário blues, Beth Hart forma uma equipe com Joe Bonamassa e fazem um ótimo disco de covers, mostrando várias facetas da banda, passando ainda por soul e jazz. Um ótimo trabalho que vale a pena conferir!







Bloodsports é um sucesso inesperado de uma banda que se julgava acabada e sem força criativa de se destacar mais uma vez nesse cenário que ela chegou a conquistar há vinte anos. Assim como nesses vinte anos a indústria também se transformou e não se pode imaginar por quanto tempo ainda Suede se manterá nessa posição. Mas não são coisas que valem a pena perder tempo pensando agora. A verdade é que eles voltaram com força para, pelo menos, igualar os seus melhores e gloriosos dias passados. E isso para eles já é o bastante.





MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - PARTE I - DO 40 ATÉ O 31
MELHORES ÁLBUNS DE 2013 - MENÇÕES HONROSAS

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Assista ao novo clipe de Paul McCartney, "New"




Sir Paul não se contenta em levar suas músicas e sua incrível carreira em forma de grandes shows pelo mundo afora. Como um artista super produtivo, Sir Paul passou até muito tempo sem lançar nenhum trabalho de inéditas (o último foi em 2007, com Memory Almost Full), já que Kisses On The Bottom foi basicamente um disco de covers, salvo duas canções autorais de Paul, uma delas de incrível sucesso, a belíssima “My Valentine”. De qualquer forma, já estava na hora de Macca dar continuidade ao seu legado em constante construção e é exatamente isso que ele irá fazer com o lançamento de New, marcado para 14 de outubro. Essa semana, Paul divulgou um clipe com a letra da música que dá título ao álbum com imagens das turnês recentes da banda. Confira:



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sir Paul McCartney divulga novo single e anuncia álbum New para outubro



Sir Paul McCartney não demonstra nenhum sinal de que o gás esteja acabando. Depois de extensivas, sucessivas e intensas turnês mundiais e o lançamento do disco de cover, Kisses on The Botton, no ano passado, Macca anunciou um novo álbum e divulgou o primeiro single dele: “New”, que começa com uma sensação de “Penny Lane”, tanto é o título do álbum quanto do single. O disco foi produzido por Mark Ronson, além dos produtores de Adele, Paul Epworth e Ethan Johns, que já trabalhou com Kings of Leon e Laura Marling. New foi anunciado com data de lançamento para o dia 14 de outubro. Confira o single:


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Melhores Álbuns de 2012 - Parte II

30. Bruce Springsteen - Wrecking Ball


Bruce Springsteen prova mais uma vez que não é chamado de The Boss à toa. Com músicas que mostram autoridade e, como sempre, traduzem o “espírito do inconsciente coletivo americano”, Wrecking Ball tem os dois lados de Bruce, com belas músicas como “Jack Of All Trades” e grandes canções de arena como “Land of Hope and Dreams” e “We Take Care of Our Own”.




29. Dion - Tank Full of Blues


Colocar um pouco de Blues nessa lista para mostar um pouco de respeito ao nosso pai, não é? E Dion faz isso de forma sincera por meio de um material próprio com boas músicas de blues, como a faixa que dá título ao álbum, ou uma homenagem a Robert Johnson, como “Ride’s Blues”




28. Paul McCartney - Kisses On The Bottom


Kisses On The Bottom não é um álbum de rock, nem de jazz, nem de blues. É o álbum de um amante da música prestando homenagem aos seus mestres. É um testamento do passado, que, através de seu legado, transborda de cada uma das músicas. Belo e singelo. Boa jogada, Paul.




27. Cate Le Bon - Cyrk


A voz dessa bela gaulesa é o grande trunfo e charme de Cyrk. Misturando um rock alternativo com um psicodélico dos anos 60, Cate Le Bom se viu muitas vezes comparada à legendária Nico. Se por vezes a comparação parece exagerada, em outras canções Cate mostra todo sua qualidade, beleza e profundidade, como em “Puts Me to Work”, “The Man I Wanted” ou “Fold the Cloth”.




26. Band of Horses - Mirage Rock


A expectativa para Mirage Rock, sequência de Infinite Arms, de 2010, era grande e o resultado decepcionou um pouco. Porém, Mirage Rock ainda possui boas canções que conseguem sustentá-lo, como “Knock Knock”.




[35 - 31: Menções Honrosas]

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Destaques do 12.12.12 - Todos por NY


A noite de ontem, no show 12.12.12 – Todos por NY, evento cujo objetivo era angariar recursos para as vítimas do Furacão Sandy, reservou grandes surpresas e ótimos momentos. Como era de se esperar, de acordo com o anúncio anterior de Roger Waters, “Comfortably Numb” com Eddie Vedder cantando a parte original cantada por David Gilmor ficou impecável. Também houve momentos totalmente inesperados, como a reunião dos integrantes vivos do Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, destaque especial para o visual de Novoselix, que, junto com Pat Smear e, ninguém menos que Sir Paul McCartney, tocaram a nova música resultada dessa união, bem pesada e, para variar, Dave detonando na bateria, “Cut Me Some Slack”.

O momento comédia ficou por conta do ator Adam Sandler, que fez uma paródia da obra-prima de Leonard Cohen “Hallelujah”, tornando-a um divertidíssimo tributo às cidades de Nova Iorque e Nova Jersey. A apresentação de Chris Martin, líder do Coldplay, R.E.M., teve o reforço de Michael Stipe, ex-R.E.M, que estava aposentado após o fim da sua legendária banda, para tocar sua obra-prima, a clássica “Losing My Religion”.

Como os highlights são muitos, colocarei abaixo para quem conseguiu ficar acordado até tarde ver novamente, e para quem sucumbiu ao sono ou não soube do show à tempo, possa ver: 






quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Transmissão ao vivo de "12.12.12 - Todos por NY", pela Multishow hoje!


A data bem especial, 12/12/12, merece uma boa comemoração, principalmente quando junta-se a isso uma boa causa. É exatamente o que vai rolar no “12.12.12. - Todos por NY”, que terá toda a renda revertida para as vítimas do Furacão Sandy, que devastou a costa leste dos Estados Unidos no mês passado. O show, inclusive, transmitido ao vivo pelo canal Multishow, que vem dando um banho de cobertura nesse tipo de evento.

Como é fácil deduzir, o show acontecerá em Nova Iorque e terá participação de peso, com nomes como Sir Paul McCartney, Eddie Vedder, Roger Waters, The Who, Dave Grohl, Bruce Springsteen, dentre outros. Para antecipar a noite, Roger Waters, em entrevista para um programa de TV dos EUA, afirmou que terá ajuda de Eddie Vedder em Comfortably Numb. Bem, essa não podemos perder.

A transmissão, diretamente do Madison Square Garden, pelo Multishow, começará às 22h30, horário de Brasília.

Enquanto isso, fiquem com o vídeo de "Long Road", tocado por Eddie Vedder, Neil Young e Mike McCready no show para as vítimas do atentado às torres gêmeas, em 2001.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Paul McCartney - 21/04/2012 - Recife/PE


Um grande show, naturalmente, vem acompanhado por imensa expectativa. A própria cidade estava ansiosa por esse show, que com certeza acompanhou tudo com seus velhos olhos históricos e registrou cada momento muito melhor do que as milhares de câmeras fotográficas e similares presentes no público. Eu, como fã dos Beatles, estava consciente que já estava presenciando um momento inesquecível, não importava como Paul conduzisse o show. Ouvir aquelas músicas que marcaram gerações por um dos membros originais já era sonho o suficiente. Mas não, Paul e sua excelente banda, conquistaram todos os 50 mil espectadores, que saíram, com certeza, maravilhados, não importando se eram fãs de carteirinha, fãs casuais ou simplesmente quem queria ir para um programa que estava sendo tão falado nos meios sociais em um sábado a noite.

Mas vamos do início. Saímos de casa por volta das três e meia da tarde e chegamos às mediações do Arruda bem rápido, de onde já se dava para perceber o movimento crescente. Fomos diretamente para a fila, que a esta hora já estava com um tamanho considerável. Em torno de quatro e meia a fila começou a andar, o que causou uma esperança para que a abertura dos portões fosse antecipada. Mas foi só a esperança mesmo, pois, ao invés de abrir os portões de cinco e meia, como estava previsto, foram abertos somente um pouco antes das seis e meia. Único ponto negativo da produção, muita espera, muito incomodo, enfim.

Subimos rapidamente para nosso setor de arquibancada superior e pegamos um bom lugar na lateral direita do Estádio, com boa visão para o palco. Daí em diante, era só esperar três horas e ver lentamente e ininterruptamente o público tomando seus lugares no Arruda. Às nove horas o Estádio já estava completamente lotado. Muito bonito de se ver. Para esquentar o clima para o show, entrou um DJ que tocava versões de músicas dos Beatles. Em algumas, como “Come Together”, “Twist and Shout”, dava para sentir como o público já estava a fim, ensaiando uns coros, mas em outras essa junção de Beatles com eletrônico ficou bem ruim, mas que serviu bem o seu papel, uma distração para passar o tempo.

 

 Papel que Sir Paul começou a usar das nove horas até a hora do show, de nove e meia da noite. Começou a passar nos telões do palco uma série de imagens, que iam passando tipo filmes fotográficos, da história dos Beatles e de Paul. Algumas imagens interessantes levantavam o público, como uma que a foto do Sir Paul tomava o telão inteiro ou quando aparecia claramente os quatro Beatles reunidos. No exato momento quando tudo aquilo começava a cansar, o show finalmente começa, para delírio dos cinquenta mil presentes.

A primeira música é a simbologia que fica da impressão do que está por vir. “Magical Mystery Tour” fez transformar o sonho em matéria. De alguma forma, aquilo estava realmente acontecendo. Depois ainda veio um “boa noite, pernambucanos!” para acabar com qualquer dúvida. O show continuou com “Junior’s Farm”. Vale a pena registrar o imenso carisma de Paul McCartney. Com um imenso e invejável currículo, ele não precisa de mais nada para conquistar o público. Poderia simplesmente subir ao palco, tocar várias de suas incríveis músicas e ir embora sem falar uma palavra com o público. Mas esse não é o modo do bom moço e gentleman Macca. No decorrer do show inteiro, a cada intervalo de música, Paul se dirigia ao público sempre de maneira descontraída, quase como um menino de 15 anos, cheio de dancinhas engraçadas e irreverentes, “obrigado”, “thank you” “peeeernambuucooo”, perrncambucanos”, “recifianos” e “ohhh” “yeaaa” “yhhiiii”. A essa altura ele soltou um “povo arretado”, como se precisasse de algo mais para conquistar o já conquistado. O público, claro, foi ao delírio diante da fala inesperada. Após o clássico dos Beatles “All My Loving”, que fez o Estádio inteiro cantar, foi a vez do clássico dos Wings “Jet”, muito bom. “Got To Get You Into My Life”, do Revolver, um dos melhores álbuns dos Beatles também foi tocada, para delírio de muitos, inclusive meu. Após a dançante “Sing the Changes”, veio a primeira grande surpresa do show. Pensando que a setlist seria bem engessada, Sir Paul anuncia que a próxima música será a primeira vez que será executada no Brasil, e então começa “The Night Before”.

Conhecido muito por seu clássico baixo na época dos Beatles, Paul mostra também que empunha guitarra muito bem, no momento guitar-hero do show, com a sequência “Let Me Roll It” e um trecho de “Foxy Lady”, de Jimmy Hendrix, que segue com dois clássicos dos Beatles, “Paperback Writer” e a belíssima e inigualável “The Long and Winding Road”, incrivelmente bela ao vivo, uma das que eu mais estava esperando para ouvir. Depois de “1985”, chega um dos momentos mais emocionantes do show, aquele que faz os enamorados chorarem (né, amor?). Paul anuncia que a próxima foi feita especialmente para sua esposa, com um vídeo de participação de Natalie Portman e Johnny Depp. O vídeo, inclusive, passa no telão, enquanto rola “My Valentine”, muito bonito. Depois de um tributo para a atual esposa, é a vez de pagar o tributo para a falecida Linda, com “Maybe I’m Amazed”. Em “And I Love Her”, o momento de ficar abraçadinhos continua, que conta ainda com uma dancinha impagável de Paul. Antes de “Blackbird”, Macca diz que a música foi feita em um momento em que o mundo passava por uma situação delicada em relação aos direitos civis. Essa parte, com o público acompanhando com palmas, foi muito emocionante. “Here Today” Paul diz que escreveu para seu amigo e parceiro John.

 

“Dance Tonight”, além de muito divertida e animada, tem um show à parte do baterista Abe Laboriel Jr, que fica dançando na bateria enquanto fica só batendo no bumbo, marcando ritmo. Várias dancinhas fazem o público gargalhar, enquanto se diverte e dança com a música. Em “Eleanor Rigby”, uma das melhores músicas dos Beatles, seria interessante que Paul deixasse para o público cantar o refrão, certamente seria lindo. Mas nada tirou o brilho dessa canção maravilhosa. Em “Something”, Paul pegou o ukulele e disse que esse era um dos instrumentos favoritos de George Harrison e por isso iria fazer essa música assim em sua homenagem. De fato, prefiro a versão original, mas a nobre intenção vale o sacrifício, até por que na metade da música volta a banda toda e público faz um dos maiores coros da apresentação. Depois disso, acontece uma dos momentos em que mais vibrei, quando Paul disse que esta era para Ringo e fez uma curta versão inesperada de “Yellow Submarine”, sensacional.

 

 Depois disso começa uma das melhores seqüências de todo o show, “Band On The Run”, claro, magnífica ao vivo. Entre uma música e outra, mais gritinhos de ohhhh, uhhh, yea, ok, ok, de Paul para “Ob-La-di, Ob-La-Da”, que faz sorrir mesmo o mais carrancudo dos espectadores, com milhares de máscaras das diversas fases de Paul. “Back In The U.S.S.R” e “I’ve Got a Feeling”, em mais um momento guitar-hero, com uma Jam poderosa no final, mudando o ritmo e tudo. “A Day In A Life” é simplesmente um dos momentos mais surreais do show, como a própria música sugere, seguindo com a clássica “Give Peace A Chance” e o Estádio inteiro cantando. “Let It Be” cumpre a sua missão e faz todos gritarem o máximo que podem. Então começa “Live and Let Die”. Não é nem de perto a melhor música de Paul, mas no show é certamente uma das mais memoráveis. Todos já sabem dos fogos e tudo mais, mas quando se vê ao vivo é muito diferente. Todos ficam alucinados, quando começam os explosivos e tudo ao redor treme. Ninguém sabe se grita, canta, pula ou faz tudo ao mesmo tempo. Para fechar a primeira parte do show, uma versão épica de “Hey Jude”, com massiva participação do público, graças ao maestro Paul, que fez continuar o Na nana nanana por vários minutos, só homens cantando, só mulheres e o Estádio inteiro. O cântico continuou até mesmo quando a banda saiu do palco para um breve descanso.

 

Enquanto a banda volta para o palco, o tecladista igualzinho a Edgard Scandurra segurava a bandeira da Inglaterra, o guitarrista a do Brasil e Sir Paul, para delírio geral, empunhava a bandeira de Pernambuco. banda voltou para mais uma sequência de clássicos, com “Lady Madona”, “Day Tripper” e “Get Back”. Na volta para a parte final do show, Paul convidou algumas pessoas para o palco, gente de Manaus, Paraná, São Paulo e Recife. E por fim começou uma das partes mais aguardadas, a clássica “Yesterday”, o heavy de “Helter Skelter” e a sequência incrível de “Golden Slumbers/Carry The Weight/The End”. Depois de quase três horas de show, Paul, um “menino” de quase 70 anos, despediu-se com um “até a próxima”. Bem, se no início do show parecia que, com o calor nordestino, Recife mataria Paul, no final fica claro: é Paul, que esbanjando simpatia, energia e rock’n roll, matou o Recife. Show arretado!

 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Paul McCartney Ao Vivo Rio De Janeiro 2011



E amanhã é o dia do grande show de Paul McCartney, no Estádio do Arruda, pela primeira vez em solo nordestino. Sir Paul inclusive está acostumado a fazer visitas ao país. O ex-beatle fez uma série de shows no Brasil nos últimos dois anos, em Porto Alegre e São Paulo, em 2010, e Rio de Janeiro, em 2011, ambas as ocasiões na turnê de Up And Coming Tour. Desta vez, ou a nova turnê On The Run, que passará por Recife, em duas datas, e Florianópolis, Paul é mais democrático e abraça novas partes do país que esperava ansiosa por sua vinda. Está se comentando, inclusive, que a On The Run será a última vez que o ex-beatle pisará em terras sul-americanas. Jogada de Marketing ou não, melhor não arriscar.

Para esquentar ainda mais o clima, deixo com vocês o vídeo da apresentação na íntegra do show do “Macca”, que aconteceu no dia 22 de maio de 2011, na Up and Coming Tour. A diferença entre o setlist de então com o de amanhã será mínima, com o acréscimo notável do novo clássico “My Valentine”. O vídeo é uma compilação desde a chamada da TV, making off e, claro, a apresentação completa. Confira:


 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Clipe de Paul McCartney, "My Valentine"



Continuando a série de preparativos para os shows do ex-Beatle Paul McCartney no Recife nos dias 21 e 22 de abril, após a belíssima apresentação direto do Capital Studios, onde tocou músicas do seu álbum mais recente, Kisses On The Bottom, Sir Paul apareceu com mais um novo e grandioso trabalho, o clipe de “My Valentine”, desse mesmo álbum, infelizmente a única que ele está tocando nos shows que acontecerão por essas terras (embora eu também gostaria muito de ver “I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter”, mas enfim).

O clipe conta com as humildes participações de somente Natalie Portman e Johnny Depp, num vídeo belíssimo, fazendo gestos de acordo com a letra. Esse com certeza será um dos vários momentos românticos do show. Confira:

domingo, 15 de abril de 2012

Paul McCartney - Live @ Itunes From Capitol Studios



Para começar a preparação do show de Paul McCartney no Recife, nos dias 21 e 22 de abril, o blog vai disponibilizar vários posts ao ex-beatle para esquentar o clima de espera. E para começar essa “semana especial”, nada melhor do que com o show que Paul fez no Itunes, ao vivo direto do lendário Capital Studios, no dia 9 de fevereiro. Na apresentação elegantíssima, Paul e sua turma, com direito a orquestra completa e a participação super especial de Diana Krall, tocam Kisses On The Bottom, seu último álbum, lançado no início do ano, a única diferença é que incluiu “My One and Only Love”, que fechou a apresentação, e não tocou as duas últimas de Kisses on The Bottom, “The Inch Worm” e “Only Our Hearts”. Tudo bem que no show ele deve tocar apenas “My Valentine”, mas hey, that’s Paul. Belíssimo trabalho. Confira:

sábado, 24 de março de 2012

É verdade! Paul McCartney no Recife!



Em dez anos muita coisa muda e permanece a mesma no cenário de produção de shows em Recife. Lembro dos meus sonhos em ver grandes artistas ao vivo, sentindo a emoção de estar presente e cantar em uníssono aqueles clássicos que marcaram época. Era tudo muito distante. Grande parte das bandas já não existiam mais e outras era simplesmente uma ilusão imaginar que um dia poderia pintar por essas terras. O Brasil não tinha tradição em grandes shows internacionais, muito menos Recife. Nossos momentos eram shows perdidos e inesperados aqui e ali de nomes indie, como Stephen Malkmus, em 2002 e Placebo, em 2005, no Abril pro Rock, Teenage Fanclub e Dinosaur Jr no Coquetel Molotov em 2004 e 2010. Mas de uns anos para cá, o Brasil tem trazido grandes shows e festivais, apesar de se limitarem a Rio-São Paulo e poucas outras cidades. Essa tendência não se estendeu à Pernambuco ou qualquer outro Estado do Nordeste, que se contenta em trazer vinte vezes por ano Chiclete Com Banana e outras atrações de rentabilidade assegurada.



De repente surge uma luz no fim do túnel com o anúncio do grande show do ex-beatle Paul McCartney no Recife. Isso mesmo, apesar de todos os rumores, que começaram desde 2010 com a vinda de Paul para o Brasil e continuaram em 2011, eu, como um descrente dos produtores de shows de Pernambuco, nunca dei muito valor a esses rumores. Eis que finalmente, em 2012, Recife se rendeu à grande oportunidade e mesmo com um pouco de falta de organização (não sei de quem é a culpa) Paul McCartney anunciou que fará um show na cidade em 21 de abril no Estádio do Arruda, com 60 mil ingressos disponibilizados para a venda e com possibilidade de acrescentar mais uma data, caso a procura seja grande e se esgote os ingressos rapidamente. Normalmente, shows desse tamanho são anunciados com meses de antecedência, mas enfim.



Além de vibrar como um pernambucano fã de música e dos Beatles, acho que essa é a grande oportunidade para provar, principalmente aos próprios empresários do ramo, que em Pernambuco (Nordeste) tem um público extenso e ávido por consumir, e, por conseguinte, shows internacionais e de rock são muito rentáveis. E nada melhor do que provar seu valor diante de concorrentes como o Abril Pro Rock (a volta de Los Hermanos) e Chico Buarque. Os ingressos começam a ser vendidos neste domingo (25/03) neste link ou na bilheteria do Chevrolet Hall. Clique aqui para maiores informações também.

Que este seja o primeiro passo de muitos outros.

E, convenhamos, que primeiro passo!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Destaques do Grammy 2012



Nem tudo é ruim no Grammy, a grande festa de música, que premia os melhores trabalhos do ano anterior, que aconteceu neste domingo (12) e teve dois grandes vencedores. Adele, que ganhou em todas as seis categorias que disputou (gravação do ano, álbum do ano, canção do ano, melhor perfomance pop solo, melhor álbum pop vocal e melhor vídeo curto) e Foo Fighters, que, por sua vez, faturou cinco (melhor performance rock, melhor performance hard rock/metal, melhor canção de rock, melhor álbum de rock e melhor vídeo longo). Outro destaque foi a premiação de Bon Iver, como melhor álbum alternativo, mesmo após as sucessivas críticas de Bon Iver ao Grammy.







As apresentações ao vivo interessantes ficaram por conta de Bruce Springsteen, que tocou “We Take Care Of Our Own” o primeiro single do que novo álbum que será lançado mês que vem, Wrecking Ball. Paul McCartney também subiu no palco para “My Valentine”, do álbum Kisses On The Bottom, além da clássica sequência dos Beatles “Golden Slumbers/Carry The Weight/The End” do Abbey Road, com ajuda de Dave Ghrol e Bruce Springsteen. Ainda teve espaço para uma agradável reunião com a formação clássica dos Beach Boys após vinte anos.

Para saber mais sobre os outros ganhadores do Grammy, veja aqui.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Abença Pai: Paul McCartney - Kisses on The Bottom



O nome Paul McCartney está marcado na história da música como um dos membros do histórico grupo The Beatles, como todos já sabem. As suas composições e de John Lennon marcaram e continuam a marcar as gerações. Com o fim dos Beatles, em 1970, cada um foi para o seu lado e Paul McCartney acabou por ter a carreira solo mais longa e talvez mais bem sucedida dentre os Beatles, apesar de achar a de John Lennon mais rica, que infelizmente acabou interrompida tragicamente. De qualquer forma, é de sua carreira como artista solo que tem grandes álbuns como Ram, Band on The Run, e, para citar um mais recente, Chaos and Creation in the Backyard, de 2005.



Kisses on The Bottom, seu mais novo trabalho, soa como um disco dos anos cinqüenta e não de um dos maiores compositores de rock todos os tempos. Dá pra ouvir até uns chiados de disco antigo. Mas isso não é um fator negativo. O álbum, como disse o próprio Paul várias vezes, é muito pessoal, uma jornada através das músicas clássicas americanas, principalmente do jazz e alguns blues, que de alguma forma inspiraram Paul como compositor. Algumas delas ele ouvia enquanto criança, com seu pai tocando ao piano. Há apenas duas faixas de composição de Paul. É um álbum ousado e que várias pessoas mais conservadoras não irão curtir por não ser um “rock album”. Paul McCartney esteve pensando em fazer algo assim há mais de vinte anos e acabou por decidir que se não o fizesse agora, não o faria nunca.

O nome (Kisses on The Bottom) criou certa polêmica, por ser traduzido como “beijo no traseiro”, mas quando se vê a letra de “I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter”, se vê que os beijos são no fundo da carta, como beijos de despedida. Ela, inclusive, interpretada por inúmeros nomes da música, dentre eles Frank Sinatra, é a típica faixa de abertura perfeita para um álbum assim. Jazz puro. Já apresenta o ouvinte ao clima suave e confortável que estará presente no decorrer de suas 14 faixas. Não há melhor descrição do que a do próprio Paul “É um álbum que você escuta em casa depois do trabalho, com uma taça de vinho ou uma xícara de chá“.



“Home (When Shadows Fall)” é uma bela balada, bem orquestrada e acompanhada toda no piano, junto com uns solos delicados no violão. O vocal de Paul McCartney está cada vez mais delicado, cada verso mais suave que o outro. Nem todas as músicas, porém, tem a mesma força das outras, até por ser um álbum relativamente com muitas músicas. Mas com certeza cada uma delas tem sua própria história com Paul e é por isso que estão lá, doa a quem doer. Mas todas tem sua parcela de prazer. “Its Only a Paper Moon” é bem mais simpática e alegre que as outras, com solos e assovios divertidos pela durante a faixa.

“The Glory of Love”, uma das mais clássicas do disco, tem sua dignidade preservada nessa versão. Começa só com o baixo, mas aos poucos vai entrando toda a banda. Todos os arranjos muito bem pensados e postos no momento certo. “Ac-Cent-Tchu-Ate the Positive” e “We Three (My Echo, My Shadow and Me)” são dois outros belos momentos de músicas muito bem tocadas e arranjadas.

“My Valentine”, composição do Paul McCartney e com participação de Eric Clapton, é simplesmente linda. A melodia é tocante, e os solos no violão fazem você fechar os olhos e viajar. “My Very Good Friend the Milkman “ também é bem animada e “Get Yourself a Better Fool”, blues com belos solos de guitarra. “The Inch Worm” tem a participação de Diana Krall e “Only Our Hearts” mostra uma parceria de Paul com Stevie Wonder.



Não é um álbum de rock, nem de jazz, nem de blues. É o álbum de um amante da música prestando homenagem aos seus mestres. É um testamento do passado, que, através de seu legado, transborda de cada uma das músicas. Belo e singelo. Boa jogada, Paul.