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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Confira os diversos artistas que pagaram tributo a Lou Reed nos últimos dias



Com certeza não seria apenas o Filho do Blues a prestar homenagens a uma lenda como Lou Reed. As inúmeras bandas que estão em turnê pelo mundo não poderiam deixar de reagir a uma perda desse tamanho e, naturalmente, vão tocando uma ou outra canção de Lou Reed nos seus shows. É o caso de Arctic Monkeys, que tocou uma das músicas mais famosas de Lou, “Walk On The Wild Side” no seu show em Liverpool, no dia 28, um dia após a morte de Lou Reed.

 

Pearl Jam foi outra banda que prestou homenagens a Lou Reed tocando uma cover de Velvet Underground, “I’m Waiting For The Man”, no show em Baltimore, no domingo.





No festival anual do Bridge School Benefit, que ocorreu no último fim de semana, My Morning Jacket recebeu o acompanhamento de Neil Young, Elvis Costello, Jenny Lewis, dentre outros, para tocar “Oh! Sweet Nuthin’”

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Outra banda que pagou tributo a Lou Reed foi Arcade Fire, que fez ontem uma sessão ao vivo para NPR, no Capitol Studios, em Los Angeles, e tocou trechos de duas músicas de Lou Reed do álbum Transformer, “Perfect Day”, que utilizou como introdução para “Supersymetry”, música do novo disco deles, e “Satellite Of Love”, que, por sua vez, concluiu a música. ("Perfect Day" em torno de 17 minutos e "Satellite of Love" mais ou menos no minuto 22).




Também vale a pena conferir algumas versões das músicas de Lou Reed por outros companheiros. Quem conhecer alguma versão especial de alguma das músicas de Lou Reed, pode se sentir a vontade de postar nos comentários.




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Panteão dos Deuses: The Velvet Underground



Para começar a mostrar a importância e influência de Lou Reed no mundo da música é obrigatório mencionar o trabalho de vanguarda e revolucionário desenvolvido pela banda The Velvet Underground, formada em conjunto com seu amigo de colégio, John Cale. Reza a lenda que o primeiro disco da banda, de 1967, The Velvet Underground & Nico, ou simplesmente o disco “da capa da banana”, como ficou conhecida a clássica capa criada por Andy Warhol, padrinho que acompanhou de perto a carreira do grupo, vendeu cem – dez mil ou trinta mil – cópias na época. Seja qual tenha sido a vendagem, o seu impacto pode ser traduzido pelo depoimento de Brian Eno, que disse que cada um dessas pessoas que compraram o disco acabaram formando uma banda.




The Velvet Underground certamente pode ser colocada no hall das bandas mais influentes de todos os tempos, juntamente com Beatles e Bob Dylan. A banda explorou novos territórios tanto esteticamente, liricamente quanto musicalmente. Tendo Lou Reed como líder criativo intelectual, a banda desenvolveu um som característico que iria ser a fundação de todo o rock alternativo posterior. Criou o chamado noise rock, cheio de sons e barulhos repetitivos até o extremo, que, combinadas com a carga das letras, criou um conjunto totalmente inédito até então. Lou Reed foi o grande explorador do submundo dos grandes centros urbanos, principalmente o de Nova York, levantando temas com abordagens antes inexploradas, em relação às drogas e ao sexo. Traficantes de drogas, viciados decaídos, assassinos e prostitutas tornaram-se personagens marcantes e recorrentes na poesia de Lou Reed.





No decorrer de quatro anos, a banda lançou quatro álbuns totalmente clássicos, como White Light/White Heat, de 1968, o mais experimental para o som do noise rock progressivo, o álbum homônimo de 1969, com composições bem pessoais e românticas de Lou Reed, “Pale Blue Eyes” e “Candy Says”, mas também contendo mais rock como “What Goes On”  e Loaded, de 1970, voltando-se mais para um rock mais clássico e acessível, que rendeu ao grupo clássicos como “Sweet Jane” e “Rock & Roll”. A mudança para um som mais direto é atribuída a saída de John Cale da banda, que era o mais radical no experimentalismo, em 1968.  

Apesar de parecer que seria promissor, o ano de 1970 acabou por revelar os problemas pessoais no relacionamento dentro da banda, com a saída de alguns membros, até que no final do verão do mesmo ano Lou Reed anuncia que estava deixando a banda, voltando para a casa de seus pais em Long Island antes de entrar na carreira solo, ainda antes de Loaded ser lançado.





Embora sem sucesso comercial na época, Velvet Underground foi ganhando notoriedade cada vez maior enquanto que os artistas que foram inspirados por eles revelavam e pagavam seu tributo, como David Bowie, Iggy Pop, Brian Eno, Patti Smith e muitos outros no decorrer das décadas seguintes. The Velvet Underground foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 1995. 


domingo, 27 de outubro de 2013

Lou Reed morre aos 71 anos


O dia 27 de outubro de 2013 ficará guardado como o dia em que o mundo perdeu mais um dos seus gênios. O artista vanguardista Lou Reed, membro fundador da clássica banda dos anos sessenta, The Velvet Underground, que simplesmente delineou a base para o rock alternativo e o psicodélico, e dono de uma respeitável carreira solo, sobretudo no decorrer da década de setenta, morreu hoje devido a uma complicação de uma cirurgia de transplante de fígado, pela qual ele passou ainda em maio, mas que estava se recuperando bem. Reed tinha 71 anos. No decorrer de sua vida ele exagerou bastante nas questões de drogas e bebidas, mas nos últimos anos ele vinha tentando se recuperar, inclusive com bastante otimismo, tendo falado que ele era um trunfo da medicina, física e química modernas. 

Grandes nomes da música já se pronunciaram sobre a morte do ícone Lou Reed, como o próprio David Bowie, cria direta de Velvet Underground, e com o qual Lou Reed trabalhou em alguns dos seus trabalhos, como o melhor disco de sua carreira solo, Transformer, de 1972. O facebook oficial de Bowie relata a frase que ele falou sobre seu velho amigo: “he was a master”. Já o twitter oficial de Iggy Pop, mais uma cria direta de Velvet, twitou “devastating News”. Falando das mídias sociais, o próprio perfil do facebook de Reed colocou uma imagem com a legenda “The Door”. Para exemplificar o tamanho da influência de Lou Reed e mais especificadamente de Velvet Underground, mais um de seus discípulos, Brian Eno, uma vez falou que o primeiro álbum do Velvet Underground vendeu trinta mil cópias nos seus primeiros cinco anos e que cada um desses que comprou o álbum acabou formando uma banda. 

 No decorrer da semana, o Filho do Blues irá prestar as devidas homenagens a Lou Reed, resgatando os momentos mais marcantes de sua rica e extensa carreira.


domingo, 23 de outubro de 2011

Lou Reed & Metallica - Lulu


Finalmente foi revelado o conteúdo do álbum mais curioso do ano. Metallica & Lou Reed, com o álbum Lulu, que já havia liberado uma faixa inteira, “The View”. Como aconteceu com The Whole Love, do Wilco, que vazou após a transmissão pela internet, LuLu já está na rede mesmo tendo seu lançamento apenas para 31 de outubro. O Projeto começou a ser concebido quando Lou Reed e Metallica tocaram juntos no Rock and Roll Hall Of Fame, em 2009. Certamente seria uma mistura no mínimo interessante, a imprevisibilidade e poesia insana, underground de Lou Reed com o peso avassalador do Metallica juntos num mesmo disco. Talvez tenha sido só pelo marketing, mas o furor com que Lou Reed e Metallica comentavam sobre o álbum nas mídias, aumentava ainda mais a expectativa, chegando Reed a dizer que foi o melhor trabalho de sua carreira.
Lulu é um conceitual disco duplo de heavymetal-progressivo-indie-art-rock com canções compostas para a peças escritas pelo alemão Frank Wedenkin, que, como o próprio teaser anunciando o álbum diz, tem muito sexo, ganância, amor, violência, luxúria, e outras temáticas mais ambientadas ao trabalho de Lou Reed, sombrio e underground do que com Metallica.
Antes de falar sobre algumas músicas destaque do álbum, vale a pena falar que o estilo conceitual, poético, profano e teatral do Lulu demanda muito do ouvinte. Não é um álbum fácil, delicioso e confortante. É desconfortável, tenso, sombrio, angustiante, casando-se muito bem com as temáticas. Se escolher escutar o álbum casualmente, fazendo alguma outra tarefa, ou no carro, melhor nem seguir adiante. É preferível escutá-lo num momento onde possa se concentrar e de preferência busque na internet as letras das músicas para ouvi-las acompanhando. Só assim você pode tirar tudo o que Lulu oferece.

O primeiro disco começa bem bom, com “Brandenburg Gate”, já mostrando o peso conhecido de Metallica, a voz desarticulada de Lou Reed, apresentando a garota da cidade pequena, falando de bebidas e prostitutas, e James Hetfield fazendo backing vocals. “I’m just a small town girl who’s gonna give life a whirl”. Depois segue para a já conhecida “The View”, como uma ode à juventude e sua inconsciência, impetuosidade e senso autodestrutivo e inconseqüente. Muito boa. “Pumping Blood” é o mais puro resultado do encontro do indie de Lou Reed com o metal de Metallica, todas as variações inesperadas e noise guitar do indie com os riffs e bateria marcante do metal. A letra também é sensacional, praticamente descrevendo o assassinato, musicalmente formando um casamento perfeito, com toda a tensão, desespero e desconstrução imaginativas da cena. Em alguns momentos lembra Velvet Underground, acrescentando duas mil toneladas. “Mistress Dread” puxa mais para o metal, praticamente o Master of Puppets do Metallica com Lou Reed recitando dessincronizado. Talvez por isso não tenha me cativado como as outras. Com “Iced Honey”, até então a faixa com as estruturas mais tradicionais, seguindo um padrão, a coisa volta a melhorar. Bem direta, coisa pouco vista em Lulu. “Cheat on Me” é uma exagerada faixa de despedida progressiva de onze minutos, bem aquelas loucuras do Lou Reed do tempo de Velvet Underground. Sendo que o Velvet era ainda mais louco. Abre caminho para a parte mais progressiva do álbum, com músicas mais longas.
“Frustration” inicia o segundo disco com grande riff e Lou Reed destilando poesia, como o primeiro. Inclusive com um diálogo muito interessante da bateria de Lars com Reed. Novamente muito boas as variações, fugindo de um heavy metal para um som atmosférico, só com a voz de Lou Reed e um teclado para depois voltar com toda a fúria dos riffs de James e espancamento de Lars. “Little Dog” é a mais fraca do álbum, uma mórbida canção de oito minutos somente Reed e o violão com microfonia de guitarras no fundo e uma letra não muito atrativa. Microfonia essa que segue em “Dragon”, que leva três minutos para começar a ficar interessante, luxúria, sexo e uma música instigante. Nada mais a se pedir. Solos perfeccionistas e corretos do metal dão lugar aqui barulhos aleatórios do indie. Apesar do tamanho e da demora para empolgar, a música é muito boa. À essa altura Reed questiona: “Are we both dead now?”. Quase, ainda tem “Junior Dad” mais uma progressiva, com seus cansativos dezenove minutos.
No geral, Lulu é um grande álbum de dois grandes artistas, porém, para ser apreciado por uma parcela dos dois grandes públicos interessados. Lulu está mais para um álbum de Lou Reed com participação do Metallica do que o contrário, já que os fãs de metal não são muito conhecidos pela sua tolerância por novos sons e variações. Já os fãs de Lou Reed estão sempre preparados para alguma loucura nova desse ícone do rock. Estes estão mais felizes. Brutal.

sábado, 1 de outubro de 2011

Metallica & Lou Reed - The View

Metallica e Lou Reed pegaram o mundo de surpresa ao anunciarem que fariam um álbum completo juntos. Uma das maiores bandas de Heavy Metal da história com um dos pais do rock alternativo, líder da banda Velvet Underground, além de uma carreira solo com clássicos como Transformer e Blue Mask. O álbum, chamado Lulu, está com lançamento previsto para o dia 31 de outubro. Será que vamos ter que esperar até lá para saber como será essa parceria tão híbrida? Não. Eles disponibilizaram no iTunes uma faixa do álbum, chamada “The View”, onde dá pra ter uma idéia para onde essa junção vai se encaminhar. Muito peso, riffs consistentes, bateria forte, Lou Reed praticamente recitando sua poesia alternando com James Hetfield em algumas partes. Agora é só aguardar Lulu dia 31 de outubro ou então se a internet contrariar James Hetfield e companhia e disponibilizar antes.