quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Assista ao clipe de "Amor Marginal", de Johnny Hooker



Poucos tem motivos para terminar 2015 sorrindo à toa como Johnny Hooker, cantor e compositor recifense que surgiu para o grande público no cenário nacional com o maravilhoso disco Eu Vou Fazer Macumba Pra te Amarrar, Maldito. As músicas de Johnny Hooker foram as estrelas das trilhas sonoras de várias novelas, o que impulsionou a imagem de Hooker para o Brasil inteiro, já que antes ele estava bem mais limitado à cena alternativa de Recife. Em 2013, “Volta” entrou na trilha sonora do filme Tatuagem, enquanto que, em 2013, “Amor Marginal” e, em 2015, “Alma Sebosa” foram as escolhidas para comporem a trilha de Babilônia e Geração Brasil, respectivamente. Johnny Hooker também frequentou bastante os estúdios para suas apresentações em programas de TV. Além disso, Johnny Hooker venceu o Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor na categoria de Canção Popular.

O vídeo clipe de “Amor Marginal”, muito bem produzido e intenso, com a direção de Matheus Senra e uma equipe digna de cinema, coroa todo esse sucesso. Lançado no youtube há apenas três dias, o vídeo já ultrapassou a marca de 100 mil visualizações. Confira o vídeo:



domingo, 20 de setembro de 2015

Resenha de Arnaldo Antunes - Já É


Inicio a resenha declarando que Arnaldo Antunes é o melhor compositor brasileiro da atualidade. Essa constatação pode ser óbvia para muita gente, mas caso a participação na fase de ouro do Titãs e uma carreira de dezesseis álbuns, dentre os quais estão clássicos como O Silêncio, de 1996, Um Som, de 1998, Paradeiro, de 2001 e Saiba, de 2004, não seja argumento suficiente, talvez a qualidade individual de músicas como “O Silêncio”, “Música Para Ouvir”, “As Árvores”, “Socorro”, “Atenção”, “Essa Mulher”, “Se Tudo Pode Acontecer”, “Nossa Casa”, “Saiba”, “A Casa É Sua” possa ajudar a reconhecer a veracidade da polêmica declaração. O estilo excêntrico de Arnaldo Antunes, associado ao domínio completo das melodias e à sua formidável qualidade e criatividade poética, que sempre fala das coisas mais comuns da forma mais incomum possível, faz com que seus trabalhos sejam sempre poços profundos nos quais deposita todo seu gênio, sua visão de arte, de poesia, da vida, além da sua própria visão de mundo. Surge agora uma nova oportunidade para quem ainda resiste à ideia inicial, ou seja, a de que Arnaldo Antunes seja o melhor compositor brasileiro da atualidade. O lançamento de Já É, nome do décimo sexto disco da carreira solo, marca um distanciamento do som apresentado nos seus dois últimos trabalhos de estúdio, Iê, Iê, Iê, de 2009, e Disco, de 2013, nos quais Arnaldo optou por um estilo enraizado no rock, especialmente o rock dos anos 50 e 60. Já É pode soar, portanto, como um “retorno à raiz” para Arnaldo Antunes, mas a questão é: qual seria a raiz para um artista que sempre demonstrou não ter raízes? Ou seja, para Arnaldo Antunes, a raiz é flertar com um som e um estilo em um momento, para logo em seguida experimentar outros estilos que melhor se adaptem à sua ideia original. É exatamente essa variedade sonora que está presente em Já É.


                A faixa que abre o disco, “Põe Fé Que Já É”, que inspira o título do trabalho e foi escolhida para a primeira música de trabalho com um vídeo bem interessante, é dançante e animada e mostra uma postura bem enérgica e positiva diante da vida, afinal, “se você tá feliz, se você tá contente, se você mete a cara, se você mete o dente, (...) se o momento é preciso, o desejo é propício (...) põe fé que já é”. A música seguinte, “Antes”, é uma das que apresenta sonoridade mais interessante e diferente, com arranjos bem colocados. Na letra, Arnaldo Antunes faz algo como uma hierarquia de sensações, atitudes e sentimentos, antes de afirmar rejubilante no refrão “e depois alegria, e depois alegria e gratidão”. “Naturalmente, naturalmente” é a primeira das várias parcerias com Marisa Monte e Dadi Carvalho, uma canção leve, bonita e simples, que combina perfeitamente com a naturalidade sugerida na letra.

Arnaldo Antunes tem um interesse em abordar temas e emoções contraditórias, inconvenientes e/ou negativas.  Ele usou o humor para descrever a inveja e os seus respectivos efeitos em “Invejoso”, do disco Iê Iê Iê, de 2009. Agora quem vai para o divã, ou melhor, para a mesa de trabalho é a mágoa. Você pode ter ouvido várias músicas que tratam da mágoa, mas poucas mexerão com você como Arnaldo Antunes faz em "Se você nadar", com uma pegada mais forte do que as anteriores, principalmente se a carapuça lhe servir. Utilizando-se de imagens e metáforas para lidar com os efeitos da mágoa (“os micróbios gostam de água parada”), Arnaldo Antunes foge do lugar-comum ou da sensação de auto-ajuda. Na verdade, várias músicas de Já É apresentam esse lado mais esperançoso e afirmativo diante dos desafios e perdas da vida do que o lado sombrio e depressivo. Mesmo nas canções tristes, há um fio de esperança, uma busca incessante por uma saída da crise, do desespero. "Peraí, repara" é outra parceria de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Dadi Carvalho (dessa vez Marisa Monte realmente divide os vocais com Arnaldo), com jogos de palavras e sonoridades com as palavras com o prefixo "para". É incrível como a voz de Arnaldo Antunes e a de Marisa Monte se unem como se fossem feitas uma para a outra. Não surpreende a grande quantidade de parceria entre os dois.



"Óbitos" marca a volta de Arnaldo Antunes com o reggae, já trabalhado anteriormente pelo cantor em, por exemplo, "Pare o Crime (Stop the Crime)”, do álbum Um Som, de 1998, na qual ele faz um apelo para o fim da violência urbana. Arnaldo Antunes volta à temática da violência, dessa vez focando suas críticas nos burocratas e legisladores cujas leis matam sem a necessidade de empunhar eles próprios arma nenhuma. "eles não pegam em armas, só em canetas e papéis, mas matam mais com suas leis, que atiradores cruéis, Estatutos de escorpiões, despachos de cascavéis, cobertos de suas razões dos cabedais até os pés". Depois de tudo só sobra, como diz a letra, “lágrimas, lágrimas nos funerais”. Já disse aqui que ninguém fala de temas banais da mesma forma que Arnaldo Antunes. Em "O meteorologista", um grande exemplo disso, o humor é utilizado como recurso lírico para abordar o amor. Arnaldo Antunes, com toda sua sagacidade e genialidade, brinca com um erro do metereologista, que falou que o fim de semana seria de sol, mas na verdade foi com frio e chuva. A partir daí ele diz que não quer férias no Rio de Janeiro, Bahamas ou Bahia; só quer férias na Sibéria e Alaska para ficarem juntos na cama. Divertida e bela.

 "Dança", mais uma parceria com Marisa Monte, é uma balada no violão utilizando-se de belíssimas e inusitadas imagens poéticas. As rimas são tão naturais que rimar flamboyant com manhã não parece nem um pouco forçado e a naturalidade e o encaixe melódico funcionam perfeitamente. Em seguida, Arnaldo Antunes recorre ao samba na faixa "Saudade farta" com mais uma bela letra sobre as lamúrias e a necessidade de conformar-se diante de um amor impossível. "As estrelas sabem" é uma bela balada só Arnaldo Antunes com o acompanhamento de um piano e um violino. A letra contém talvez a melhor construção de imagem poética do disco: "as estrelas pelo chão, são pedaços de carvão, sem o seu sorriso". Belo. As estrelas continuam no foco em "As estrelas cadentes", uma das melhores melodias e letras do trabalho inteiro, que vê o fim de um amor e aponta para o futuro com esperança. Só Arnaldo Antunes mesmo para sair com uma estrofe como essa: "para a chuva molhar o deserto, e as correntes tomarem o rumo certo, das lágrimas caídas nos vasos regados nascerem flores, e as abelhas beberem o pólen delas, e as lagartas comerem as folhas delas, transformando em vida nova todos os velhos amores".

"Na fissura" é um rock que trilha o caminho dos últimos trabalhos de Arnaldo Antunes, composta em conjunto com os membros de sua banda, Betão Aguiar e Chico Salém."Azul e prateado" é talvez a única que não brilhe por si mesma, mas ainda assim mantém o nível interessante. Nas duas últimas faixas, "Só Solidão", que se encaixaria perfeitamente no álbum Acústico, e "Aqui onde está", o clima contemplativo ganha força.

Diante disso, Já É pode entrar na lista de um dos melhores trabalhos da carreira de Arnaldo Antunes. A sua já conhecida e qualidade lírica e poética de grande compositor, que sempre esteve presente nos seus discos, uniu-se mais uma vez com uma variedade sonora bastante interessante, que estava ausente nos últimos dois trabalhos, que tinham uma proposta bem limitada e definida. Então, quando eu digo e reafirmo que Arnaldo Antunes é o melhor compositor brasileiro da atualidade, já posso ouvir a resposta: “Já É”. 


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Assista ao novo vídeo de Arnaldo Antunes, "Põe Fé Que Já É"


                No dia de lançamento do seu novo disco Já É (o décimo sexto de sua carreira), Arnaldo Antunes divulga o vídeo da música que inspira o título do trabalho no seu perfil oficial do Facebook, “Põe Fé Que Já É”, dirigido por Tadeu Jungle. O vídeo é muito interessante e conta com vários amigos do músico e compositor, como Paulo Nikos, China, dentre outros. Em ritmo constante, a câmera fica girando em 360 graus mostrando cenas variadas do cotidiano, com personagens que ficam reaparecendo no plano de fundo com festa e música, com direito a agarrações hetero, homo, trans, e tudo mais o que tiver. Afinal, como diz a letra, “põe fé que já é”. Segundo a nota de lançamento do disco:

"JÁ É
16º disco de Arnaldo Antunes lançado pela Sony Music Brasil com 15 canções inéditas e produção de Kassin, gravado no Rio de Janeiro. Com a colaboração dos músicos Carlinhos Brown, Dadi, Cézar Mendes, Pedro Sá, Domenico Lancellotti, Kassin, Davi Moraes, Marcelo Jeneci, Pedro Garcia, Stéphane San Juan, Zé Miguel Wisnik, Jaques Morelenbaum, Armando Marçal, Marcia Xavier, Brás Antunes, Bacalhau, Caru Zilber, Chiara Banfi e participação especial de Marisa Monte na música "Peraí, repara".
‪#‎PõeFéqueJáÉ‬ ‪#‎ArnaldoAntunes‬ ‪#‎EAA‬"

                Arnaldo Antunes disponibilizou o stream de todas as músicas, com suas respectivas letras, de Já É no site oficial. Em breve, resenha de Já É no Filho do Blues. Fique atento porque esse merece!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Resenha de Vintage Trouble - 1 Hopeful Rd


Pode parecer contradição que a banda revelação do ano carregue não só no nome, mas também no visual e no som, estética e valores arcaicos. Mas não é. A banda de Los Angeles, Vintage Trouble, é uma amalgama de todos os tradicionais estilos do R&B, principalmente o blues, soul e rock dos anos 50 e 60. E apesar de não apresentar nenhuma grande novidade sonora que possa abalar os alicerces da música moderna, a mistura soa empolgante, intensa e refrescante exatamente porque cada faixa se inicia verdadeiramente como um objeto familiar que, apesar de conhecido, ainda não foi totalmente desvendado. Vintage Trouble surgiu chamando bastante atenção em 2010 e construindo um som enérgico no seu disco de estréia The Bomb Shelter Sessions, lançado em 2011, conquistando um sucesso surpreendente, sendo convidado para se apresentar em programas de televisão renomados, como o Later... With Jools Holland, bem como participando das turnês de grandes nomes da música como Lenny Kravitz, The Cranberries e abrindo shows de bandas como nada menos que The Who,  Rolling Stones e AC/DC.  O segundo álbum da banda – e o primeiro por uma grande gravadora, a icônica Blue Note Records – 1 Hopeful Rd apenas consolida essa posição de destaque, amaciando um pouco mais o som, mas mantendo a mistura dos elementos que compõem a sonoridade da banda intacta e viva.

A faixa de abertura é a música de trabalho do disco e, sem dúvida, uma das mais empolgantes. “Run Like a River” inicia com uma guitarra típica do blues, mas logo o ritmo acelera e fica marcado por palmas que parecem de uma festa de um rito religioso. As baladas também se destacam pela melodia e pela voz profunda e bela de Ty Taylor, como em “From My Arms”. O clima soul, dançante e sensual, toma conta de “Doin’ What You Were Doin’”. O rock volta com tudo com “Angel City, California”, perfeita para os shows e que nos transporta diretamente para os anos 60 e 70, nos remetendo aos riffs de Rolling Stones ou ao Southern rock de Creedence Clearwater Revival.




O ritmo volta a dar uma esfriada com a maravilhosa balada “Shows What You Know”, com uma belíssima melodia e mais uma vez a voz de Ty Taylor se destacando bastante, sem dúvida uma das candidatas a melhor balada do disco. A outra candidata é a faixa “Another Man’s Word”, destacando-se principalmente o refrão, “tell me why would you believe another man’s word over mine?”.

“Strike Your Light”, por sua vez, é outra para fazer pular, com altos solos de guitarra e gritos do vocalista Taylor. Nessa parte final do disco, Vintage Trouble se aproxima mais do blues, com as ótimas “Before The Tear Drops” e “If You Loved Me”. Depois de mais um sopro de energia roqueira de “Another Baby”, o disco finaliza com mais uma bela balada “Soul Serenity”.

1 Hopeful Rd é o disco de uma banda com um pé no passado e outra no futuro. É uma daquelas pouquíssimas bandas que tocam um som antigo, tradicional, e ainda assim soa novo e moderno. Mas o prato não está fincado apenas no rock clássico, no soul clássico ou no blues clássico, mas sim em uma mistura, cujo tempero agrada fãs de cada um dos estilos separadamente. 



domingo, 13 de setembro de 2015

Resenha de John Earl Walker - Mustang Blues


                O veterano guitarrista de Nova Iorque acaba de lançar mais um ótimo disco de blues. Apaixonado pelo estilo desde os 13 anos quando ouviu Jimmy Reed, Earl Walker mantém um som do blues tradicional, direto e simples. Um blues puro e de primeiríssima qualidade. As dez faixas de seu sexto disco solo, Mustang Blues, são todas originais e o trabalho foi todo produzido pelo próprio Earl Walker, executadas por uma banda enxuta e muito à vontade, deixando espaço seguro para o talento de Walker na guitarra brilhar.

                A faixa de abertura, “Hey Baby”, que narra um caloroso reencontro de um casal depois de longa data sem se ver, é um grande exemplo disso. A linha firme do baixo segura o ritmo para ótimos solos da guitarra de John Earl Walker. O tempo de duração extenso permite uma variação de solos bastante interessante, o que mantém o ouvinte sempre atento. O mesmo se repete em cinco faixas do disco, que ultrapassam os cinco minutos de duração, o que dá um tempo confortável para Walker trabalhar com tranquilidade e perícia as tonalidades de sua guitarra. O roteiro segue com “The Devil’s Follows Me”, que personaliza a voz do capeta nos dando um conselho ruim e a luta que travamos para não segui-lo: “you know when the devil hangs around you, and give you some bad advice, you he fooled me once, people, but he won’t fool me twice”.



                A faixa que dá título ao álbum, “Mustang Blues” trata dos problemas modernos no trânsito das grandes cidades, especialmente, no caso, Nova Iorque. Usando como referência a clássica “Mustang Sally”, Walker mostra a dificuldade de se ter um carro na megalópole, com os policiais de trânsito ou radares sempre na cola, o que atrapalha o passeio com alguma garota. A instrumental “Funkify” é uma das mais interessantes musicalmente. Há um certo distanciamento do blues tradicional e em vários momentos pode-se perceber alguma semelhança com David Bowie, com vários efeitos que remetem à fase de Berlin, especificamente em Low, de 1977. Muito interessante e fornece um pouco de variedade sonora para o trabalho. Mas o tradicional e gostoso Chicago Blues está logo de volta com a ótima “I’m Already Gone”, guiada pela guitarra de Walker em longos momentos de jam.

                Em “My Mama Told Me”, mais um blues tradicional e direto, Walker diz um pouco dos conselhos maternos sobre os assuntos do coração: “my mamma told me, that girls is no good for you, she said don’t waste your time on her or you’ll wind up with the blues”. Superstorm Sandy Blues”, um blues mais lento, emocional e cheia de solos profundos, retrata a agonia real sobre os estragos da tempestade tropical Sandy, que atingiu o nordeste dos Estados Unidos em 2012. “the water rose so high, till it knocked down my front door, the next day I took a look inside and said, lord, can’t live here no more”.

                Readjust” é um blues-rock mais pesado, cheio de riffs. Apesar de manter o ritmo forte, serve mais para mostrar que Walker se dá melhor no blues tradicional mesmo. A faixa seguinte, “One Plus One”, evidencia isso. A banda soa muito mais confortável tocando blues mesmo. E Walker explora muito melhor sua habilidade na guitarra. A temática da letra também é do blues clássico, falando da descoberta de uma traição. “Even Up The Score” finaliza o disco na mesma tonalidade que acompanhou os quase cinquenta minutos de música: muito blues e muita guitarra.

                John Earl Walker mostra que às vezes o que é preciso para fazer um bom álbum do blues é ter simplesmente... blues. 

sábado, 12 de setembro de 2015

Assista ao vídeo de "One Sunny Day", de Joe Louis Walker



Depois de ter divulgado um trailer anunciando um novo álbum Everybody Wants a Piece, para o ser lançado no dia 9 de outubro, com trecho de uma faixa e entrevista, um dos nomes mais fortes do blues-rock, Joe Louis Walker, publicou um vídeo da faixa “One Sunny Day”. A julgar pelo trabalho na guitarra, vem algo bem intenso por aí. Confira o teaser do álbum e a faixa nova abaixo: 






terça-feira, 8 de setembro de 2015

Arnaldo Antunes anuncia lançamento de novo álbum para 18 de Setembro. #jáé



Arnaldo Antunes prepara-se para mais um lançamento na sua carreira apenas dois anos depois de seu último disco, Disco, de 2013. O título deste novo trabalho é chamado Já É e, segundo o perfil oficial do cantor e compositor do Facebook, está programado para ser lançado em 18 de setembro. Conhecido pela qualidade na composição e sempre se reinventar artisticamente, ficamos no aguardo do que vem por aí. A conta oficial de Arnaldo Antunes publicou um teaser de apenas oito segundos, além de dez segundos do trecho da música "põe fé que já é". Pelo jeito iremos ter que ficar imaginando o restante do trabalho até o dia 18. Até lá, deixo vocês com "Muito Muito Pouco", de Disco.