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terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Leo "Bud" Welch morre aos 85 anos
A página do Facebook "Living Blues" cada de noticiar a morte de Leo Bud Welch. A nota do empresário Vincie Vernado diz que "é com o coração pesado e com profunda tristeza que eu anuncio a morte do grande Leo "Bud" Welch. Os preparativos para o funeral serão anunciados num futuro próximo. Suas preces são bem vindas".
Welch gravou pela primeira vez 2014, aos 82 anos. Em 2015 lançou o segundo trabalho, I Don't Prefer No Blues e nesse ano havia lançado um disco ao vivo.
Descanse em paz, Leo.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Chris Cornell morre aos 52 anos.
Eu sei, todos já foram informados dessa notícia. Mas, mesmo atrasado, o blog não poderia deixar de registrar esse triste acontecimento. No último dia 17, perdemos o cantor e guitarrista Chris Cornell, de Temple of The Dog, Soundgarden e Audioslave. Para quem é fã de rock, especialmente o grunge, é mais uma perda de um heroi.
R.I.P Cornell!
sábado, 18 de março de 2017
James Cotton morre aos 81 anos
O último remanescente dos grandes gaitistas do blues faleceu no dia 16 de março, aos 81 anos. Nascido em 1935, numa fazenda de algodão em Tunica, Mississippi, ficou vislumbrado aos nove anos com o programa King Biscuit Time, de Sonny Boy Williamson II, o que o impulsionou para a gaita desde cedo.
Cotton iniciou o caminho da glória nos anos 50, tocando com o próprio Williamson, Howlin' Wolf, Muddy Waters, dentre outros. Cotton estava presente, por exemplo, no clássico EP de Waters, At Newport, de 1960. Paralelo a isso, James Cotton também iniciou uma sólida carreira própria que seguiu de forma vigorosa até 2013, com Cotton Mouth Man, último disco de estúdio do gaitista.
Para homenager James Cotton e todo seu talento, deixo vocês com o que deve estar rolando no Olimpo dos gaitistas. O disco Harp Attack!, de 1990, que reúne os maiores gaitistas da época, além do próprio Cotton, conta ainda com Junior Wells, Carey Bell e Billy Branch. Dentre estes, Cotton era o único que ainda estava entre nós. Agora, eles estão fazendo a festa agora, enquanto os Sonny Boy Williamson's, Sonny Terry e muitos outros estão bebendo o néctar e curtindo o som.
Rest In Peace, James Cotton (1935-2017)!
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Leonard Cohen morre aos 82 anos
O mundo vai dormir hoje menos
belo, em todas as acepções da palavra, de sua graciosidade à sua tragicidade.
Isso porque mais um gênio do mundo das artes acaba de deixar este plano. O
perfil oficial do cantor, poeta e compositor, Leonard Cohen, anunciou que
"É com profunda tristeza que anunciamos que o legendário poeta, compositor
e artista Leonard Cohen faleceu. Nós perdemos um dos mais referenciados e
prolíficos visionários do mundo da música". Leonard Cohen tinha 82 anos e
havia acabado de lançar mais um álbum, chamado "You Want It Darker",
o qual a revista Rolling Stone definiu como um "triunfo de final de
carreira". Segundo relatos, a própria gravação do disco foi uma batalha
contra a doença e a dor, provocada pelo excesso na turnê do último disco do cantor.
Informações diziam, no entanto, que Cohen estava melhorando progressivamente e
já pensando no futuro.
Em cinco décadas de carreira,
iniciada no final dos anos sessenta, o posto de maior poeta da música foi extraoficialmente ocupado por Cohen. Bob Dylan sempre foi aclamado como tal com
toda justiça, culminando no Nobel de Literatura recebido esse ano. Mas em
relação à beleza e ao lirismo das letras, Leonard Cohen é simplesmente
inigualável, incomparável e inalcançável. Ficamos agora apenas com as fagulhas
brilhantes de sua passagem por este plano, tais como "So Long
Marianne", "Hey, That's No Way To Say Goodbye",
"Hallelujah", "Bird On The Wire", dentre inúmeras outras.
Hoje, como Cohen anunciou numa das músicas de seu último disco, ele deixou a
mesa, abandonou o jogo.
R.I.P Leonard Cohen
"Leaving The Table"
I'm leaving the table
I'm out of the game
I don't know the people
In your picture frame
If I ever loved you or no, no
It's a crying shame if I ever loved you
If I knew your name
You don't need a lawyer
I'm not making a claim
You don't need to surrender
I'm not taking aim
I don't need a lover, no, no
The wretched beast is tame
I don't need a lover
So blow out the flame
There's nobody missing
There is no reward
Little by little
We're cutting the cord
We're spending the treasure, oh, no, no
That love cannot afford
I know you can feel it
The sweetness restored
I don't need a reason
For what I became
I've got these excuses
They're tired and lame
I don't need a pardon, no, no, no, no, no
There's no one left to blame
I'm leaving the table
I'm out of the game
I'm leaving the table
I'm out of the game
"Leaving The Table"
I'm leaving the table
I'm out of the game
I don't know the people
In your picture frame
If I ever loved you or no, no
It's a crying shame if I ever loved you
If I knew your name
You don't need a lawyer
I'm not making a claim
You don't need to surrender
I'm not taking aim
I don't need a lover, no, no
The wretched beast is tame
I don't need a lover
So blow out the flame
There's nobody missing
There is no reward
Little by little
We're cutting the cord
We're spending the treasure, oh, no, no
That love cannot afford
I know you can feel it
The sweetness restored
I don't need a reason
For what I became
I've got these excuses
They're tired and lame
I don't need a pardon, no, no, no, no, no
There's no one left to blame
I'm leaving the table
I'm out of the game
I'm leaving the table
I'm out of the game
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
E o Prêmio Nobel de Literatura vai para... Bob Dylan!
Nesta
quinta feira, dia 13, o cantor e compositor Bob Dylan ganhou o Prêmio Nobel de
Literatura de 2016. A academia disse que o prêmio era destinado a Dylan por “criar
novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana”.
Comparou-o ainda a poetas da antiguidade, como Homero e Safo, que originalmente
eram textos poéticos para serem tocados e acompanhados com instrumentos
musicais. Só chegamos a conhecer os seus textos poéticos, infelizmente, a
música não. Com Dylan nós tivemos a felicidade de podermos aproveitar ambos os
atributos.
Enfim, o mundo
se rende ao talento e ao valor histórico e cultural da carreira de Bob Dylan. O
mérito é inquestionável, afinal, o mundo já havia se rendido a Bob Dylan faz
tempo. Doze Grammys, um Oscar, um Globo de Ouro, um Pulitzer e um Príncipe das
Astúrias das Artes são provas disso. O acréscimo do novo prêmio – o Nobel de
Literatura – à lista vem acompanhado de uma polêmica – irrelevante, na verdade.
O que se está debatendo é se um músico pode ganhar um prêmio de literatura,
especialmente o maior prêmio da literatura do mundo. Ouvir Bob Dylan é muito
mais do que ouvir música; não se pode limitar Bob Dylan a um “músico”. Ele é
simplesmente o maior poeta e o maior literato do mundo da música, seguido de
Leonard Cohen. O impacto de Dylan para a cultura popular, através de suas
letras, ou melhor, através de suas poesias, é o suficiente para receber o
Prêmio Nobel de Literatura. Músicas como “Hurricane”, “The Times They Are A’Changing”,
“Like a Rolling Stone”, “Blowin’ In The
Wind”, “Masters Of War”, dentre inúmeras e inúmeras outras, são provas irrefutáveis
do merecimento do prêmio; o fato de vir acompanhado de instrumentos musicais é
um aperitivo. É justo, simples assim; não vai fazer Bob Dylan maior do que já
é; ele podia muito bem passar sem o prêmio. O que vale aqui é o mundo se render
a um talento extraordinário que não cabe nos limites impostos pelas
classificações tradicionais entre literatura e música. Nisso, o Prêmio Nobel de
Literatura seguiu o seu premiado e ampliou seus limites. Os demais que
continuem tentando; e eles preferirem, que musiquem suas obras para ver se tem
mais chance assim.
terça-feira, 12 de abril de 2016
Manifesto Contra o Golpe
O Filho do
Blues, em teoria, é apenas um blog de música; mas dissociar a música,
especialmente músicas de resistências como o blues, o jazz e muito do rock (que
são os gêneros mais comentados por aqui), do mundo da política, do ativismo
político, é totalmente impossível para mim. No próximo domingo, dia 17 de
abril, o Brasil estará passando por um momento histórico muito sério, que
poderá ter consequências profundas no desenvolvimento e na qualidade da
democracia brasileira. No domingo, dia 17, estará sendo votado na Câmara dos
Deputados o processo de impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff.
Diante disso, o Filho do Blues assume claramente a posição contrário ao
impeachment, que ao meu ver é um Golpe de Estado, por não estar caracterizado
nenhum crime de responsabilidade cometido diretamente pela pessoa da Presidente
da República; vejo o processo com profunda preocupação para a estabilidade da
democracia brasileira, pois um precedente como esse (um impeachment sem crime)
é perigoso e não oferece a segurança institucional que a democracia precisa
para florescer e melhorar; vejo, ainda, o processo como um movimento
oportunista da oposição que não aceitou o resultado das urnas das eleições de
2014 e, aliado aos setores da mídia, passaram ao “tudo ou nada” para voltar ao
poder sem ser pelas vias do sufrágio universal; vejo um movimento de golpistas,
aproveitadores e corruptos que, organizados corporativamente, buscam salvar as
próprias peles e impedir o combate à corrupção que tem acontecido no país nos
últimos anos; vejo, por fim, esse movimento ilegítimo como uma ameaça aos
direitos e conquistas sociais alcançados nos últimos 13 anos, pois representam
a visão de mundo retrógrada, conservadora, mesquinha e cerceadora de direitos,
bem como a concepção de Estado, que sempre buscou a liquidação do patrimônio
nacional para interesses estrangeiros, que sempre buscou enxugar o Estado a um
mínimo possível, deixando as pessoas menos favorecidas à sua própria sorte.
Atesto minha posição nesse momento único da história brasileira como forma de
dizer para o futuro que não me abstive, não fiquei em cima do muro, não fugi ao
debate, não cedi aos discursos de ódio, bem como não me entreguei ao
radicalismo burro de acusações infrutíferas para o lado contrário, considerando
as pessoas que pensam diferente de mim como “inimigos” que devem ser
eliminados. Dificilmente, independente do resultado da votação no próximo
domingo, dia 17, o Brasil sairá desse processo sem profundas cicatrizes. E
todos nós, sem exceção, somos os responsáveis pelo que vier.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Viva Chico!
2016 é o ano de celebrar a memória de um dos maiores artistas da música nacional: Chico Science (13-03-1966 - 02-02-1997). Hoje, dia 2 de fevereiro completa mais um ano de sua morte e o Carnaval de Recife está homenageando Chico Science no Galo da Madrugada e também está comemorando os 50 anos de nascimento. Então, nesse Carnaval podemos cantar abertamente: Viva Chico!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Adeus ao mais imortal dos imortais: R.I.P David Bowie
Sempre
achei que ele fosse meio imortal. Sério mesmo; um deus, semideus, sei lá. Em
uma comparação mais atual, é como se víssemos o Messi jogar pelo Barcelona
desde a década de sessenta, como se a cada novo lançamento fosse acompanhado
por exclamações: “incrível”, “magnífico”, “sobrenatural”, “esse cara é um
extraterrestre, só pode ser de outro planeta” (em determinado momento ele até
mesmo representou esse papel). Pois bem,
por conta disso nunca me vi sendo obrigado a dar essa notícia, afinal, este
blog nem mais existiria quando acontecesse, se é que fosse acontecer algum dia.
Mas o mundo raras vezes é como imaginamos e hoje, 11 de janeiro, sou forçado a
fazer uma postagem sobre a morte de David Bowie, apenas três dias depois de seu
aniversário de 69 anos e o lançamento de mais uma nova obra-prima de sua
carreira, Blackstar. O perfil oficial do cantor nas redes sociais noticiou
durante a madrugada que David Bowie havia falecido após 18 meses de luta contra
o câncer e pediu privacidade à família em seu luto. Bowie lutou contra o câncer
em silêncio e no meio do processo gravou o novo disco, Blackstar. Até sua morte
foi como o homem foi em vida: uma esfinge, uma obra de arte.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
B.B. King morre aos 89 anos e faz show secreto hoje repleto de convidados especiais.
Quando você muda o curso de algo significante no mundo, como
você deve estar na hora de partir? Quando você nasce como um "zé
ninguém", invisível socialmente, numa plantação de algodão no extremamente
violento e segregado sul dos Estados Unidos, regido pela lei do Jim Crow,
colhendo algodão dia a dia para sustentar a si e a sua família e morre, 89 anos
depois, como o "Rei do Blues", conhecido mundialmente? Você vai
querer largar o osso? Ninguém vai. Por isso que o rei fazia questão de estar em
cima de um palco enquanto tivesse saúde para isso. Infelizmente, não tem mais.
E a tristeza de hoje é por isso. Não pela limitação da alma humana em toda sua
magnitude. Mas pela limitação física e corporal, que fez deixar esse plano um dos
últimos remanescentes da segunda geração legendária do blues.
B.B. King nos deixa o legado não só de sua música em quase
60 anos de carreira, seu estilo de tocar a sua guitarra Lucille, mas de sua própria
vida. Dono de 16 Grammy’s, mais de 50 discos e clássicos que moldaram o rumo do
blues e do rock, B. B. King parte hoje para ver sua obra sob um novo plano, uma
nova perspectiva. E com certeza, onde quer que esteja, ele está observando sentado em cima de um palco, com vários convidados especiais ao seu lado, Lucille nos braços, e sorrindo. Orgulhoso.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
18 anos sem Chico Science
Hoje é um dos dias mais tristes da história da música
brasileira. No dia 2 de fevereiro de 1997, o mundo perdia prematuramente
Francisco de Assis França, conhecido pelo nome de Chico Science. É impossível revisitar
a obra deste pernambucano, com duas obras primas lançadas, entre 1994 e 1996,
com a banda Nação Zumbi, sem um aperto no peito com o vago pensamento: “e se
ele tivesse tido mais tempo?”. Mas é inútil e parte da história de Chico
Science é a tragédia. O furacão passou voando; a coisa boa é que ele nunca mais
vai parar. Com vocês, um show com o mangue boy no auge, em 1996, no Bem Brasil.
Depois de Chico, somos todos mangueboys e manguegirls.
01 - Mateus Enter
02 - O Cidadão do Mundo
03 - Manguetown
04 - Etnia
05 - Bate Papo
06 - A Praieira (part. Samuel Rosa)
07 - Samba Makossa (part. Samuel Rosa)
08 - Quilombo Groove
09 - Corpo de Lama
10 - A Cidade
11 - Bate Papo com Samuel Rosa
12 - Todos Estão Surdos
13 - Maracatu de Tiro Certeiro (part. Arnaldo Antunes)
14 - Sobremesa (part. Arnaldo Antunes)
15 - Bate Papo com Analdo Antunes
16 - Salustiano Song
17 - Um Satélite na Cabeça
18 - Enquanto o Mundo Explode (part. João Gordo)
19 - Da Lama ao Caos - Refuse/Resist (part. João Gordo)
20 - Bate Papo com João Gordo
21 - Lixo do Mangue
22 - Macô
23 - Samba do Lado (part. Fred 04)
24 - Computadores Fazem Arte (part. Fred 04)
25 - Bate Papo com Fred 04
26 - Um Passeio no Mundo Livre
27 - Bate Papo
28 - Manguetown (part. todos os convidados)segunda-feira, 24 de março de 2014
Abença Pai: Blue Guitars, de Chris Rea - O Projeto de Blues mais ambicioso da história
A coleção Blue Guitars, de 2005, do
guitarrista britânico Chris Rea, é o projeto mais ambicioso do Blues: 11 discos
conceituais, mais de 130 músicas inéditas contando a trajetória do blues desde
a África até os dias de hoje. Ele dividiu o blues em etapas conceituais e, para
cada uma delas, compôs músicas que se encaixam no estilo, tanto temático como
sonoro. Os discos são: Beginnings (1), Country Blues (2), Louisiana and New Orleans (3),
Electric Memphis Blues (4), Texas Blues (5), Chicago Blues (6), Blues Ballads
(7), Gospel Soul Blues and Motown (8), Celtic and Irish Blues (9); Latin Blues
(10) and 60′s and 70′s (11).
Chris Rea, para quem não conhece, é um grande
compositor britânico que começou sua carreira no final da década de 70, mas só
estourou mesmo com os hits da década de 80, tais como “On The Beach”, “The Road
To Hell”, “Fool (If You Think It’s Over)”, dentre outras. Porém, Rea passou por
um drama na sua vida pessoal no início dos anos 2000, chegando à beira da
morte, devido a sérios problemas no estômago, sendo diagnosticado com
pancreatites e passando por inúmeras e perigosas cirurgias (ele perdeu o
pâncreas em 2001). Por fim Rea venceu a doença, mesmo que ela o tenha legado
com vários problemas de saúde que o irão acompanhar o restante de sua vida. Na
recuperação, prometeu que iria dar uma guinada radical em sua vida, escolhendo
um caminho independente da sua gravadora e passou a focar em projetos próprios,
sobretudo no desenvolvimento de suas raízes musicais, com ênfase para o blues.
No decorrer da década de 2000, ele lançou vários álbuns de blues e culminou no
ponto máximo de sua carreira: a coleção Blue Guitars, de 2005, com 11 discos e
um DVD (pensada originalmente como o último trabalho com o seu nome, mas que
posteriormente a história provaria que ele estava enganado). Vale a pena falar aqui também o modus operandi do projeto. Enquanto vários artistas demoram anos e anos entre um disco e outro, a coleção Blue Guitars foi o resultado de um notável processo que durou 18 meses de trabalho pesado, doze horas por dia, sete dias da semana, ou seja, um baita workaholic.
Ao contrário de fazer um projeto somente de resgate,
regravando clássicos do blues, Rea optou por um trabalho totalmente original e
autoral, misturando elementos musicais, instrumentais, compondo um conjunto
incrível, não apenas se limitando ao território sonoro do blues, mas também
utilizando de outras linguagens musicais para transmitir o sentimento que é a
essência do blues, utilizando-se de sua voz grave (às vezes bem próxima de Mark
Lanegan) e suas espetaculares habilidades na guitarra, principalmente no Slide.
Não dá para fazer uma simples
resenha, tratando Blue Guitars de forma generalizada. Seu conteúdo é deveras
rico para ser tratado dessa forma. Então irei fazer uma sequência de resenhas, para cada um dos 11 discos de Blue Guitars, observando, analisando e vibrando
com cada um dos seus triunfos. As postagens farão parte do Especial Chris Rea: Where The Blues Come From.
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domingo, 2 de fevereiro de 2014
17 anos sem Chico Science
Em 2 de fevereiro de 1997, completando hoje dezessete anos,
morria uma das maiores figuras da música brasileira, o pernambucano Francisco
de Assis França, mais conhecido como Chico Sciense, o homem que revolucionou a
música brasileira nos anos 90, liderando o último grande autêntico movimento musical,
o Manguebeat. Para celebrarmos sua passagem e seu legado, deixo vocês com o
show completo de Chico Sciense & Nação Zumbi no Cais da Alfândega, no
Recife, em 1994, o ano no qual Pernambuco decolou de vez no mapa cultural não
só do Brasil, mas do Mundo.
01 - Monólogo ao Pé do Ouvido
02 - Banditismo Por Uma Questão de Classe
03 - Antene-se
04 - Rios, Pontes e Overdrives
05 - Computadores Fazem Arte
06 - A Praieira
07 - Todos Estão Surdos
08 - Da Lama ao Caos
09 - Coco Dub (Afrociberdelia)
10 - A Cidade
domingo, 27 de outubro de 2013
Lou Reed morre aos 71 anos
O dia 27 de outubro de 2013 ficará guardado como o dia em que o mundo perdeu mais um dos seus gênios. O artista vanguardista Lou Reed, membro fundador da clássica banda dos anos sessenta, The Velvet Underground, que simplesmente delineou a base para o rock alternativo e o psicodélico, e dono de uma respeitável carreira solo, sobretudo no decorrer da década de setenta, morreu hoje devido a uma complicação de uma cirurgia de transplante de fígado, pela qual ele passou ainda em maio, mas que estava se recuperando bem. Reed tinha 71 anos. No decorrer de sua vida ele exagerou bastante nas questões de drogas e bebidas, mas nos últimos anos ele vinha tentando se recuperar, inclusive com bastante otimismo, tendo falado que ele era um trunfo da medicina, física e química modernas.
Grandes nomes da música já se pronunciaram sobre a morte do ícone Lou Reed, como o próprio David Bowie, cria direta de Velvet Underground, e com o qual Lou Reed trabalhou em alguns dos seus trabalhos, como o melhor disco de sua carreira solo, Transformer, de 1972. O facebook oficial de Bowie relata a frase que ele falou sobre seu velho amigo: “he was a master”. Já o twitter oficial de Iggy Pop, mais uma cria direta de Velvet, twitou “devastating News”. Falando das mídias sociais, o próprio perfil do facebook de Reed colocou uma imagem com a legenda “The Door”. Para exemplificar o tamanho da influência de Lou Reed e mais especificadamente de Velvet Underground, mais um de seus discípulos, Brian Eno, uma vez falou que o primeiro álbum do Velvet Underground vendeu trinta mil cópias nos seus primeiros cinco anos e que cada um desses que comprou o álbum acabou formando uma banda.
No decorrer da semana, o Filho do Blues irá prestar as devidas homenagens a Lou Reed, resgatando os momentos mais marcantes de sua rica e extensa carreira.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Trilha Sonora para os Protestos de rua no dia 20 de junho de 2013
O Brasil está vivendo um momento
verdadeiramente histórico, transbordado de emoção e vontade de transformação.
Estamos à beira de uma marcha geral no dia 20 de junho pelo país inteiro,
fazendo nossa voz ser ouvida. Chamem-na do que quiser, Revolta dos Vinte
Centavos, Revolta do Vinagre, Primavera Brasileira, que seja, desde que seja um
movimento genuinamente popular e que demonstre e cobre satisfações diante de
tanta vergonha da política brasileira. Assim sendo, para entrar no clima dos
manifestos, ai vai uma lista para Trilha Sonora para os Protestos do dia 20 de
junho de 2013, até porque no subtítulo do blog está bem claro: “tudo sobre esse
filho bastardo, revoltado e subversivo”.
Uma faixa que se tornou bem atual
nesses movimentos, no sentido de usar a violência ou não, ditada pelo grande
John Lennon, um dos maiores pregadores da democracia, da paz e da ânsia por
transformação:
"Beatles –
Revolution"
“You say
you want a revolution
Well, you know
We all want to change the world
You tell me that it's evolution
Well, you know
We all want to change the world
Well, you know
We all want to change the world
You tell me that it's evolution
Well, you know
We all want to change the world
But when you talk about destruction
Don't you know you can count me out”
Continuando com a voz de John Lennon, aparecem mais duas músicas clássicas sobre a luta do povo:
"John Lennon
– Power To The People"
“Say you
want a revolution
We better get on right away
Well you get on your feet
And out on the street”
We better get on right away
Well you get on your feet
And out on the street”
"John Lennon – Bring on the Lucie (Freeda People)"
“We don't care what flag you're waving
We don't even want to know your name
We don't care where you're from or where you're going
All we know is that you came
You're making all our desicions
We have just one request of you
That while you're thinking things over
Here's something you just better do
Free the people now
Do it do it do it now”
A última de John Lennon agora, que caracteriza toda nossa revolta em relação à política brasileira:
"John Lennon
– Gimme Some Truth"
“I'm sick and tired of hearing things
From uptight, short-sighted, narrow-minded hypocrites
All I want is the truth
Just gimme some truth
I've had enough of reading things
By neurotic, psychotic, pig-headed politicians
All I want is the truth
Just gimme some truth”
Também não podia faltar uma dose de Pearl Jam, com toda a fúria
de Eddie Vedder em prol da revolta, em homenagem a todos os cartazes e bandeiras que vemos nas ruas e que denuncia sua queixa:
"Pearl Jam - Grievance"
“i pledge my grievance to the flag
cause you don't give blood then take it back again
oh we're all deserving something more
progress, taste it, invest-it-all
champagne breakfast for everyone”
A penúltima faixa é uma celebração de que os tempos
realmente parecem estar mudando! Então, um pouco de Bob Dylan!
"Bob
Dylan - Times They Are A’Changing"
“For the
loser now
Will be later to win
For the times they, they are a-changin'
Come senators, Congressmen
Please heed the call
Don't block at the doorway
Don't block up the hall
Will be later to win
For the times they, they are a-changin'
Come senators, Congressmen
Please heed the call
Don't block at the doorway
Don't block up the hall
For he that
gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it's ragin'
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it's ragin'
It'll soon
shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'”
And rattle your walls
For the times they are a-changin'”
E a última é um grande aviso para as nossas autoridades e
lideranças políticas: NÓS NÃO SEREMOS ENGANADOS NOVAMENTE!
"The Who –
We Won’t Get Fooled Again"
“I'll tip
my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the change all around me
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
And I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
No, no!”
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the change all around me
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
And I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
No, no!”
PS: Eu sei que o movimento é genuinamente popular brasileiro
e que deveriam ser músicas nacionais, mas, como já devem ter percebido, o foco
do blog é mais a música do rock, principalmente internacional. Então, achei bem
interessante fazer essa universalização entre o momento atual brasileiro com as
narrativas sobre o assunto na cultura ocidental do rock. Mas, na verdade, o que
importa é que todos saiamos às ruas!
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