quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sir Paul McCartney divulga novo single e anuncia álbum New para outubro



Sir Paul McCartney não demonstra nenhum sinal de que o gás esteja acabando. Depois de extensivas, sucessivas e intensas turnês mundiais e o lançamento do disco de cover, Kisses on The Botton, no ano passado, Macca anunciou um novo álbum e divulgou o primeiro single dele: “New”, que começa com uma sensação de “Penny Lane”, tanto é o título do álbum quanto do single. O disco foi produzido por Mark Ronson, além dos produtores de Adele, Paul Epworth e Ethan Johns, que já trabalhou com Kings of Leon e Laura Marling. New foi anunciado com data de lançamento para o dia 14 de outubro. Confira o single:


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ouça a parceria de Willis Earl Beal e Cat Power, "Coming Through"




No proximo dia dez de setembro, Willis Earl Beal irá dar continuidade à sua promissora carreira, que iniciou no ano passado, com o lançamento do intrigante Acousmatic Sourcery, lançando o seu segundo trabalho, Nobody knows. Aos poucos Beal vem liberando algumas faixas do trabalho e, sinceramente, pelas amostras, vem coisa ainda melhor do que o disco de estreia. Nota-se pela vaixa "Coming Through", que conta com a participação da elegante e belíssima Chan Marshall, conhecida como Cat Power.



Para quem achava que ela iria dominar a faixa, muito pelo contrário, o que não deixa de ser uma pena. Mas a surpresa boa fica pela qualidade excelente da música, Beal se aventurando dessa vez pela soul music, com uma banda de verdade o acompanhando, talvez pela primeira vez, o que nos dá evidências do quão bom ele pode ser num formato mais acessível. É exatamente esse tipo de surpresa que se espera de um artista como Willis Earl Beal. Ele indica que fará tudo de um jeito, mas faz de outro. E ainda melhor.




terça-feira, 27 de agosto de 2013

Arcade Fire confirma nome do novo álbum: Reflektor


O mistério começou em 5 de agosto, quando em várias cidades surgiu como uma arte de rua o título Reflektor, além de uma conta no Instagram com o mesmo nome. Foi o bastante para vincularem essa divulgação subjetiva ao novo disco de Arcade Fire, até então sem nome, que será lançado no dia 29 de outubro. Durante o mês, houve movimentação na conta e outra postagem misteriosa, sugerindo que algo irá acontecer no dia nove de setembro, provavelmente relativo ao novo trabalho. Mas até então não havia nenhuma confirmação sobre a quem se referia e muito menos ao que se referia. Ontem, no entanto, a banda confirmou que a conta e o nome é realmente relacionado ao novo disco, que, agora sabemos e podemos divulgar abertamente, será chamado oficialmente de Reflektor. Mais: como tudo foi confirmado, aguardemos então grandes novidades para o dia 9.


sábado, 24 de agosto de 2013

Assista ao novo clipe de Pearl Jam, "Mind Your Manners"


Pearl Jam acaba de lançar o vídeo clipe para o primeiro single, “Mind Your Manners”, de seu novo álbum, Lightning Bolt, que será lançado em outubro próximo, no dia 15. Dirigido por Danny Clinch, o explosivo clipe faz menção ao título do disco literalmente, com a banda tocando diante uma tela que vai mostrando vários tipos de situações desastrosas, alternando imagens e animações, lembrando um pouco as de “Do The Evolution”, mas que dessa vez relembra eventos mais atuais, como o onze de setembro, aquecimento global e o furacão Sandy e guerras, por exemplo. Confira o intenso vídeo de “Mind Your Manners”:



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Assista ao MGMT ao vivo no Late Show With David Letterman


Os loucões do MGMT foram os convidados musicais do programa Late Show With David Letterman de ontem para promover o seu terceiro álbum homônimo que irá ser lançado em 17 de setembro. Eles tocaram o primeiro single do disco “Your Life Is A Lie”, com uma apresentação totalmente louca, contando com todo seu psicodelismo. Engraçado é o agradecimento de Letterman depois da apresentação, meio ainda sem entender nada. Confira:


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Assista ao novo vídeo de Spiritualized, "I Am What I Am"



Tendo conquistado a segunda posição de melhores álbuns do ano de 2012, com Sweet Heart Sweet Light, e lançado um dos clipes mais interessantes dos últimos anos, Hey Jane”, a banda Spiritualized conseguiu angariar um lugar de grande destaque no cenário musical independente em 2012. Mas engana-se quem acha que os frutos da árvore de ouro acabaram. Nessa semana, surpreendentemente, a banda lançou mais um vídeo clipe, da faixa “I Am What I Am” e é, novamente, um trabalho de altíssima qualidade. O vídeo, do mesmo diretor de “Hey Jane”, AG Rojas, mostra que a parceria funciona perfeitamente. Estrelado pelo ator Rory Culkin, irmão mais novo dos também atores, Macaulay Culkin e Kieran Culkin, cuja atuação no vídeo, ambientado em alguma cidade pequena da California, é a personificação da depressão, com feições e olhares melancólicos, desinteresse pelas coisas ao seu redor, guiando para um final surpreendente e categórico, inclusive, muito bonito esteticamente. Mas vale a pena avisar que não é daqueles vídeos que levantam o humor da pessoa, muito pelo contrário. Para quem não liga pra isso, vale muito a pena ver, além da música, que é um show, claro. Afinal, é Spiritualized.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Resenha Apanhador Só - Antes Que Tu Conte Outra


Tentarei não me empolgar por demais falando do álbum Antes Que Tu Conte Outra, da banda gaúcha de indie rock e experimental Apanhador Só, talvez a banda de maior valor do rock brasileiro desde Los Hermanos, afinal, o marco dos barbudos foi tão grande que é difícil não fazer alguma conexão com eles. Alguns até exageram e copiam a fórmula idêntica, como é o caso de Cícero, mas, em Apanhador Só, é como se fosse uma continuidade do movimento que Los Hermanos iniciou, mesclando o som da identidade da música brasileira com o rock internacional. A trunfo de Apanhador Só é que eles vão além. Eles pegam o momento que Los Hermanos deixou e dão sequência, através de um experimentalismo muito interessante, bem pensado e criativo, utilizando-se de arranjos não convencionais, objetos, entre outros. Mas tá bom de falar de Los Hermanos.




Antes Que Tu Conte Outra não é o primeiro trabalho de Apanhador Só. A discografia, até o momento, conta com a estréia homônima, em 2010, o Acústico-Sucateiro, de 2011, o LP com duas faixas, Paraquedas, de 2012, e finalmente Antes Que Tu Conte Outra, que se tornou realidade pela capitação de recursos do crowdfunding, conseguindo, junto aos fãs, quarenta mil para a produção do disco, segundo a própria banda. Vale a pena aqui dar os devidos créditos. O trabalho de produção do disco ficou excelente e, devido ao estilo de som da banda, era absolutamente necessário que assim fosse, com o turbilhão de arranjos de sucata colocados no seu devido lugar e, acima de tudo, perceptível aos ouvidos. Outro ponto que merece um parabéns é a qualidade e o bom gosto que a banda vem tendo na confecção do álbum, falando agora não na esfera musical, mas na parte organizacional. No site oficial da banda, eles disponibilizam para download toda discografia, junto com as imagens do encarte e um arquivo de texto com as letras e os créditos de todos os participantes na elaboração do trabalho. Uma coisa simples, mas que demonstra muito cuidado da banda em apresentar seu trabalho.





Vamos agora ao que interessa realmente. Antes Que Tu Conte Outra já começa apresentando o som peculiar da banda. “Mordido” faz uma junção da eletrônica e barulhos aleatórios, carregada por uma melodia maravilhosa e letra interessante, culminando numa explosão de sons, com várias guitarras no volume máximo, produzindo um orgasmo sonoro. Não podia ter um cartão de visita melhor. “Vitta, Ian, Cassales” apresenta inúmeras variações de ritmo que são inesperadas e agradáveis, deixando um pé um pouco no MPB, mas sem deixar de experimentar um som aqui e outro ritmo ali. Também muito boa. “Lá em casa tá pegando fogo”, algumas partes recitadas, é uma que lembra bastante alguns trabalhos de Arnaldo Antunes. Outro grande momento é o primeiro single de Antes Que Tu Conte Outra, a empolgante “Despirocar”, com uma letra inteligente e bem-humorada, que acompanha muitas paneladas e altas doses de intensidade, principalmente no refrão, como o título sugere, é uma despirocação só. As gargalhadas que aparecem no refrão são soltas na faixa seguinte, “Líquido Preto”, muitíssimo engraçada e inteligente, no seu estilo, que paga tributo mais uma vez a Arnaldo Antunes, tem que sacadas geniais desse tipo, escrevendo liricamente sobre coisas fúteis. No caso de “Líquido Preto”, é praticamente tudo o que todo mundo sempre quis falar sobre a Coca-Cola, mas nunca conseguiu. É uma genialidade simples que chega quase a dar raiva. No bom sentido, claro.





“Não se precipite” é uma das mais convencionais na forma da música, mas o bom gosto e as boas melodias também estão presentes nessa faceta mais tradicional e pop da banda. Mas até nessa faceta existem surpresas; em alguns momentos, chega até a mesclar com um heavy metal indie. Esse clima mais familiar toma conta desse momento de Antes Que Tu Conte Outra, com “Rota” e, especialmente, “Torcicolo”, também um dos grandes destaques do disco, intensa do início ao final, bem que se encaixaria em um single, com umas variações muito interessantes. Entre um verso e outro com um riff que, inclusive, lembra muito “Retrato Pra Iaiá”, dos Los Hermanos. Dá-se, em algumas momentos até mesmo um intercâmbio cultural, já que, no meu universo amplamente nordestino, tratando-se de bandas nacionais, é até engraçado encontrar uma banda que use “calhorda”, “pilantra”, entre outros.



Na parte final nos reserva grandes surpresas e emoções, a começar com “Nado”, com uma letra super criativa e arranjos cada vez mais loucos. Na parte dos créditos da música, podemos avistar “instrumentos” como: estalo de língua, grunhido, carrinho de mão, interferência de celular, freada de bicicleta, interfone, liquidificador, dentre outros inúmeros, “tocados” sempre com “maestria” por Felipe, Fernão e Foca. “Reinação” tem um detalhe que faz toda a diferença na música, no meio de uma melodia e acompanhamentos lentos e calmos, uma distorção gutural se apresenta de quando em quando, deixando sempre o ouvinte atento e ligado. A letra faz algumas belas referências ao hino nacional. A faixa final, “Cartão Postal”, totalmente acústica, brinda-nos com os melhores versos de todo o disco, como: ” Eu tô sentado dentro de um cartão-postal” e, principalmente: “Eu espero a minha janta debaixo da mesa olhando aqui calado me vem a certeza que as pernas do meu lado vão envelhecer e que os sapatos que elas vestem vão perder o verniz a carne dura menos que qualquer madeira”. Depois dessa, sem mais.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Lee Ranaldo and The Dust anuncia novo álbum, Last Night On Earth


Uma das coisas mais positivas, se é que se pode considerar assim, da possível separação de Sonic Youth, no ano passado, foi a decolagem da carreira solo do guitarrista e um dos membros fundadores da banda, Lee Ranaldo, que lançou o bom Between The Times and Tides, mostrando porque ele é um dos melhores compositores do Sonic Youth. Outros integrantes da banda deram continuidade a suas carreiras musicas, como Thurston Moore, que iniciou os trabalhos com a banda Chelsea Light Moving e sua ex-esposa, Kim Gordon, a banda Body/Head, que irá lançar o álbum de estréia Coming Apart em setembro, mas o trabalho de Lee Ranaldo parece ser mais consistente e contínuo do que os seus companheiros de banda. Na turnê de divulgação de Between The Times And Tides, Lee Ranaldo formou uma banda fixa, que agora ele nomeia de The Dust e já anuncia um disco inédito com essa banda para o dia 9 de outubro, chamado de Last Night On Earth, juntamente com a faixa de abertura do trabalho, “Lecce, Leaving”, que soa como uma continuação natural do som apresentado no disco de estréia. Confira:



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Assista ao novo clipe de Arctic Monkeys, ""Why'd You Only Call Me When You're High?"



Arctic Monkeys está investindo pesado na divulgação do novo trabalho a ser lançado, AM, através de vídeos. O álbum sequer chegou a sair, mas já conta com três clipes. O terceiro e último da relação, "Why'd You Only Call Me When You're High?", apareceu nesse último fim de semana e mostra Alex Turner ficando bêbado e perambulando pelo meio da rua, no modo automático que só os bêbados profissionais conhecem. Confira o vídeo abaixo e lembrando que AM será lançado em nove de setembro.


domingo, 11 de agosto de 2013

Mudhoney Live @ Space Needle (KEXP)



E para terminar a série do Fim de Semana com o Filho do Blues, reservei um show que é ao mesmo tempo simbólico e especial. Todos sabemos do movimento que surgiu no início dos anos 90 em Seattle e que moldou os rumos que a música tomaria dali em diante. Um dos pioneiros para a formação desse movimento e, de certa forma, eclipsada por bandas como Nirvana e Pearl Jam, Mudhoney desempenhou um papel fundamental e, junto com Pearl Jam, é uma das poucas que ainda estão em atividade e produzindo novas músicas e novos álbuns. Lançaram esse ano mais um disco, Vanishing Point, mantendo a identidade de sempre. 

Então, para celebrar tanto a banda quanto o local, a rádio KEXP organizou um show bastante especial, no topo do ponto mais famoso da cidade, o Space Needle, uma grande torre de observação e um dos símbolos máximos de Seattle. Então, com uma bela vista e muita música, a banda fez uma mini apresentação que, claro, celebrou clássicos do grunge como “Touch Me I’m Sick”, primeira música grunge, “Into The Drink”, “Who You Drivin’ Now” e, claro, “Suck Me Dry”, juntamente com várias músicas de Vanishing Point, como “Chardonney”, “What To Do With The Neutral”,I Don’t Remember You” e “The Only Son of the Widow of Nain”.


sábado, 10 de agosto de 2013

Vampire Weekend Live @ Lollapalooza Chicago 2013



Além do Queens of The Stone Age, outra banda que está disputando palmo a palmo pelo topo no ano de 2013 é a banda Vampire Weekend, que também foi uma das grandes atrações de Domingo do festival Lollapalooza Chicago 2013, que aconteceu no fim de semana passado. Os nova-iorquinos do Vampire Weekend lançaram esse ano seu terceiro disco, o maravilhoso Modern Vampires of The City, que dá continuidade a uma carreira que já possuía dois fortes discos, o homônimo, de 2008 e Contra, de 2010. E o show no Lollapalooza foi exatamente mesclando esses três álbuns em um belo show, como “Diane Young”, “Step”, “Unbelievers” dentre outras, do trabalho mais recente, os clássicos “Holiday”, Cousins”, “Horchata” de Contra e “A-Punk”, “Campus”, “Oxford Comma” e “Walcott”, de do álbum de estréia Vampire Weekend. Vejam a setlist e o vídeo abaixo:



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Queens of The Stone Age Live @ Lollapalooza Chicago 2013


O Filho do Blues está com uma programação especial para quem quer passar o fim de semana curtindo um bom show e tomando uma cervejinha gelada. Fique atento para a sexta, sábado e domingo, que estaremos postando shows muito bons para você.

Durante esse ano, Queens of The Stone Age foi um personagem cativo do festival Lollapalooza em suas edições pelo mundo. No início do ano, mais precisamente em março e abril, a banda acompanhou o festival no Brasil e Chile. Na ocasião, ainda era totalmente desconhecido o conteúdo do novo álbum pronto para ser lançado, do qual, inclusive, debutaram, no show no Brasil, a primeira música inédita do que viria a ser ...LikeClockwork, “My God Is The Sun”. Passados alguns meses e tendo recebido conceituadíssimas críticas, Queens of The Stone Age foi novamente um dos principais nomes do Lollapalooza na sua versão original, em Chicado, EUA, que ocorreu nesse último final de semana. Dessa vez, para o setlist, eles puderam colocar mais músicas novas, tais como a própria "My God Is The Sun", além de "If I Had A Tail", "I Sat By The Ocean", "The Vampyre of Time And Memory", e mesclá-las a clássicos dos trabalhos passados, como "No One Knows", "Sick, Sick, Sick", "Little Sister", "Go With The Flow" e "A Song For The Dead". O resultado (não poderia ser outro) é um conciso e poderoso set, que agradaria a qualquer fã da banda, bem como a ouvintes casuais. Como é natural em festivais desse tamanho, os principais shows foram transmitidos ao vivo pela internet. Confira, via youtube, o show de Queens of The Stone Age, na íntegra. Abaixo segue o setlist completo: 

You Think I Ain't Worth a Dollar, but I Feel Like a Millionaire
No One Knows
My God Is the Sun
Burn the Witch
Sick, Sick, Sick
First It Giveth
The Vampyre of Time and Memory
If I Had a Tail
Little Sister
Make It Wit Chu
Smooth Sailing
I Sat by the Ocean
I Think I Lost My Headache
Go With the Flow
A Song for the Dead


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Assista ao novo clipe de Kings of Leon, "Supersoaker"



Poucos dias depois de divulgar o áudio do primeiro single de Mechanical Bull, novo álbum de Kings of Leon, que será lançado mês que vem, a banda completou com um vídeo clipe para “Supersoaker”, ambientado num set dos anos 50, onde será palco para histórias de amor de diferentes personagens. A música, segundo Nathan, numa entrevista recente para a MTV, tem a mesma energia que será encontrada nas demais músicas do álbum, as quais se assemelham mais com o material antigo da banda. Ainda segundo Nathan, Mechanical Bull foi criado para se divertirem e com músicas que são divertidas de tocar no palco. Parece que será um ano bem movimentado para Kins Of Leon, encabeçando vários festivais mundo afora. Confira o vídeo de “Supersoaker”:



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Desvenda cientificamente Yo La Tengo no novo clipe "Is That Enough"



No início do ano, a banda clássica e um dos herois do rock alternativo, Yo La Tengo deu prosseguimento à sua longa e bem sucedida carreira com o lançamento do álbum Fade, que possui algumas músicas muito boas, outras nem tanto. Essa semana eles lançaram um novo clipe da música “Is That Enough”, uma das muito boas de Fade, assim como “Ohm”. Mas as duas tem mais em comum do que simplesmente serem as melhores do álbum. Ambas tiveram um vídeo clipe dirigido por Donik Cary. Em um trecho de “Ohm”, estudantes tentam decifrar a banda através de equações matemáticas fictícias, mas logo o vídeo se encaminha para outra direção, cheia de desenhos viajados. A ideia é retomada no vídeo de “Is That Enough”, que começa com uma pergunta “What is Yo La Tengo", e ai sim, eles irão desenvolver essa fórmula para conseguir decifrá-la, citando diversos outros artistas e bandas, fazendo conexões muito divertidas. No final, o professor, representado pelo ator Fred Willard, ainda solta a piadinha "ok, that is Yo La Tengo! Finally! It couldn't be simpler, are you happy?" Confira.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ouça "Ela é Tarja Preta", terceiro single de Disco, de Arnaldo Antunes


Promessa é dívida. E cumprindo sua promessa de lançar uma nova música do novo disco, chamado Disco, Arnaldo Antunes liberou hoje em seu site oficial o terceiro single, chamado “Ela é Tarja Preta”, junto com um vídeo de making of da gravação. Disco está com data prevista para outubro, então quer dizer que ainda teremos mais uma amostra do trabalho no início de setembro. Até lá, vamos curtindo “Ela é Tarja Preta”, juntamente com “Muito Muito Pouco” e “Dizem (Quem me Dera)”, os dois primeiros singles de Disco.





quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Resenha de Rhythm & Blues, de Buddy Guy


Está na hora de fala de mais um ótimo álbum de blues saindo do forno. Dessa vez é gosto de comida velha, mas daquelas que cada vez sai melhor do que a última vez. Trata-se nada menos do que um dos melhores guitarristas em atividade no mundo, o bom e velho Buddy Guy, inspiração para gente como nada menos que Eric Clapton, Beck, Hendrix, Keith Richards e muito mais, e que está lançando mais um trabalho inédito, duplo e com inúmeros convidados de peso. Essa é a nota introdutória de Rhythm & Blues, disco conceitual dividido em duas partes. A primeira delas, chamada Rhythm, apresenta canções num tom mais animado, dançante, enraizado no soul. Já a segunda e melhor parte, chamado puramente de Blues, é cheia de músicas das variações do estilo do blues de Chicago e, em alguns momentos, do Delta Blues, eletrizado. O que ambas as partes tem em comum é que acompanham a participação de algumas estrelas da música, como Gary Clark Jr, os integrantes de Aerosmith e Kid Rock, só para citar alguns.


A primeira parte começa com a poderosa “Best In Town”, cuja letra, como em várias outras, parece ser autobiográfica, recurso que Guy está usando bastante desde seu último trabalho, Living Proof, de 2010. Nela, Guy resume um princípio que deveria ser bem compartilhado entre os bluesman de sua época, “you don’t have to be the best in town, you just got to be the best, untill de best com around”. Nas músicas que o próprio Guy canta, ele mostra que sua voz, aos setenta e sete anos, completado no último dia 30 de julho, ainda está em forma, mas uma coisa é certa: não tanto quanto sua guitarra, que continua incrível e soa cada vez mais intensa, como que cada nota carregasse não um pouco, mas a totalidade de Buddy Guy e seu blues. “Messin’ With The Kid”, em clara referência à ajuda de Kid Rock na música, é um dueto com Kid Rock, animado e divertido, que, não fosse por mais um incrível solo de Mr. Guy, poderia passar despercebida. No disco Rhythm dá para perceber algumas variações interessantes, como a soul “I Go By Feel”, a belíssima e delicada “One Day Away”, no dueto com Keith Urban. A canção transborda sentimento, linda. Outros momentos marcantes do primeiro disco são “What You Gonna Do About Me”, quando Guy recebe a companhia da potente voz feminina de Beth Hart, e “Whiskey Ghost”, sobrenaturalizando o efeito do álcool.




Chegou finalmente a hora das melhores músicas, no segundo disco, Blues, que já começa com tudo, com “Meet Me In Chicago”, também autobiográfica, apresentando geograficamente pontos da cidade lendária para o blues, quase como um guia turístico. Começa então a melhor sequência de todo o álbum, com “Too Damn Bad”, aparentando ser um Delta Blues tradicional, mas depois tomando forma com a banda completa, totalmente elétrico, e o blues lento e suave de “Evil Twin”, com um show dos integrantes de Aerosmith, Brad Whitfield, Steven Tyler e Joe Perry. Esse disco está repleto de grandes canções, como “I Could Die Happy”, “Never Gonna Change”, “All That Makes Me Happy Is The Blues”, dentre outras, sempre com um sentimento bem pessoal nas letras. Mas outro grande momento é, sem dúvidas, o encontro de gerações entre Buddy Guy, representando o velho blues, e Gary Clark Jr, maior representante dessa nova geração do blues, na música “Blues Don’t Care”, um roadhouse blues de altíssima qualidade. Buddy Guy se despede também em alto nível, com “I Came Up Hard”.





Rhythm & Blues é um álbum de um grande artista, guitarrista e músico do blues. Acontece algo curioso; para Buddy Guy, um dos últimos sobreviventes da era de ouro do blues, que teve seus grandes momentos na década de 60 e 70 (Hoodoo Man Blues [1965], I Left My Blues in San Francisco [1967], A Man and The Blues [1968] e I Was Walking Through The Woods [1974] são ótimos exemplos dessa fase), quanto mais velho melhor. As últimas duas décadas de sua carreira contou com lançamentos incríveis, sobretudo a partir de Damn Right, I’ve Got The Blues, de 1991, passando por ótimos álbuns, como Sweet Tea, de 2001 e Living Proof, de 2010. Lista que recebe mais um título agora, Rhythm & Blues.