domingo, 13 de novembro de 2016

Confira "Hate To See You Go", do novo álbum de blues de Rolling Stones, Blue & Lonesome




                Não há como negar: o blues que conhecemos hoje e do jeito que ele chegou a nós não seria o mesmo não fosse por uns grupos de jovens britânicos que chegaram a conhecer as gravações do blues, que nos próprios Estados Unidos era desconhecido do grande público de classe média branca, e a partir daí o absorveram em sua própria arte e depois o reapresentaram para o público consumidor dos Estados Unidos. Dentre esses jovens estavam John Mayall, Eric Clapton, Mick Jagger, Keith Richards, para citar apenas alguns. The Rolling Stones, uma das maiores bandas de rock do planeta – senão a maior – nunca negou sua admiração pelo blues, levando para um programa de TV pela primeira vez, ainda na década de sessenta, Howlin’ Wolf para dividir o palco. Durante toda a longa carreira, os Stones gravaram algumas covers de blues e dividiram o palco com Muddy Waters, B.B. King, Buddy Guy, dentre outros. No entanto, a banda inglesa nunca havia dedicado um álbum inteiramente ao blues, apesar dele estar no seu próprio DNA. Essa lacuna vai ser preenchida agora, com o lançamento do álbum Blue & Lonesome, com data de lançamento para dois de dezembro. 

                Isso significa que todo o amor e admiração que cada membro da banda tem pelo blues estará presente em cada uma das faixas do novo disco, que é uma compilação de covers de blues, especialmente o blues de Chicago de meados da década de 50. O baterista Charlie Watts, “This album is what I’ve always wanted the Stones to do. It’s what we do best and what we did when we first got together”. Na tracklist estão covers de Howlin’ Wolf (claro), Little Waters (claro), Jimmy Reed (claro). Saiu a primeira amostra do álbum, o clipe de “Hate To See You Go”, bem como o áudio de “Just Your Fool”. Confira abaixo:






quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Leonard Cohen morre aos 82 anos




O mundo vai dormir hoje menos belo, em todas as acepções da palavra, de sua graciosidade à sua tragicidade. Isso porque mais um gênio do mundo das artes acaba de deixar este plano. O perfil oficial do cantor, poeta e compositor, Leonard Cohen, anunciou que "É com profunda tristeza que anunciamos que o legendário poeta, compositor e artista Leonard Cohen faleceu. Nós perdemos um dos mais referenciados e prolíficos visionários do mundo da música". Leonard Cohen tinha 82 anos e havia acabado de lançar mais um álbum, chamado "You Want It Darker", o qual a revista Rolling Stone definiu como um "triunfo de final de carreira". Segundo relatos, a própria gravação do disco foi uma batalha contra a doença e a dor, provocada pelo excesso na turnê do último disco do cantor. Informações diziam, no entanto, que Cohen estava melhorando progressivamente e já pensando no futuro. 



Em cinco décadas de carreira, iniciada no final dos anos sessenta, o posto de maior poeta da música foi extraoficialmente ocupado por Cohen. Bob Dylan sempre foi aclamado como tal com toda justiça, culminando no Nobel de Literatura recebido esse ano. Mas em relação à beleza e ao lirismo das letras, Leonard Cohen é simplesmente inigualável, incomparável e inalcançável. Ficamos agora apenas com as fagulhas brilhantes de sua passagem por este plano, tais como "So Long Marianne", "Hey, That's No Way To Say Goodbye", "Hallelujah", "Bird On The Wire", dentre inúmeras outras. Hoje, como Cohen anunciou numa das músicas de seu último disco, ele deixou a mesa, abandonou o jogo.

R.I.P Leonard Cohen

"Leaving The Table"

I'm leaving the table
I'm out of the game
I don't know the people
In your picture frame
If I ever loved you or no, no
It's a crying shame if I ever loved you
If I knew your name

You don't need a lawyer
I'm not making a claim
You don't need to surrender
I'm not taking aim
I don't need a lover, no, no
The wretched beast is tame
I don't need a lover
So blow out the flame

There's nobody missing
There is no reward
Little by little
We're cutting the cord
We're spending the treasure, oh, no, no
That love cannot afford
I know you can feel it
The sweetness restored

I don't need a reason
For what I became
I've got these excuses
They're tired and lame
I don't need a pardon, no, no, no, no, no
There's no one left to blame
I'm leaving the table
I'm out of the game

I'm leaving the table
I'm out of the game

  



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Artigo "Uma discussão de classe e uma História Social do Blues no sul dos Estados Unidos", na Revista Espacialidades



Saiu na Revista Espacialidades, Revista Eletrônica dos Discentes do Mestrado em História da UFRN, o artigo “Uma discussão de classe e uma história social do blues no sul dos Estados Unidos”, feito pelo graduado em História pela UEPB, André Felipe de Albuquerque Espínola nos traz uma análise da experiência cultural com a música, o blues, desenvolvida entre os trabalhadores dos Estados Unidos no início do século XX, ao redor do Delta do Mississippi. Assim, o autor tenta compreender como essa experiência contribuiu para o desenvolvimento de estilo musical entre as décadas de 1930 e 1940.

Para baixar a revista completa, acesse o site da Revista Espacialidades.

Para baixar o artigo "Uma discussão de classe e uma história social do blues no sul dos Estados Unidos", clique aqui.