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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Há 109 anos, nascia Robert Johnson



        O que The Rolling Stones, Eric Clapton, Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Bob Dylan, The White Stripes, The Who e muitos outros têm em comum? Todos eles foram influenciados por Robert Johnson, que nasceu em 8 de maio de 1911, no Mississippi, berço do blues. Sem Johnson o blues, o rock e pode-se dizer que a música pop em geral não seriam os mesmos. Sua influência vai muito além da carreira curta e com poucas músicas gravadas, marcando profundamente imaginários e mitos de longa duração na música pop.
        De carreira meteórica, Johnson tem apenas duas fotos conhecidas e gravou apenas 40 músicas em duas sessões; uma em San Antonio, em novembro de 1936 e Dallas, em julho de 1937, gravações cheias de ruídos e chiados. Entre elas, clássicos eternos como “Cross Road Blues”, “Walkin’ Blues”, “Love In Vain”, “Ramblin’ On My Mind”, Sweet Home Chicago”, “Stop Breakin’ Down”, revisitadas inúmeras vezes por uma variedade indizível de artistas cujo tamanho só aumenta.
        No campo do imaginário, Johnson contribuiu fortemente em dois mitos que marcaram a cultura pop até hoje. Quem já ouviu a história de vender a alma ao diabo em nome de uma habilidade que ninguém mais tem? Pois bem, reza a lenda que Robert Johnson, guitarrista de mediano pra ruim, encontrou-se com o capeta em uma encruzilhada das rodovias 61 e 49, em Clarksdale, onde acabou acertando o acordo. O fato é que pouco tempo depois Johnson reaparece com uma habilidade incrível na guitarra, chamando rapidamente a atenção de todos na região. O outro mito é o tal do “clube dos 27”, artistas famosos que tiveram a vida encurtada por alguma tragédia. Kurt Cobain, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Amy Whinehouse são membros do clube que muito antes deles já tinha Robert Johnson provavelmente se divertindo entre uma dose de uísque e outra. Como tudo na vida de Johnson, sua morte é bastante controversa. A teoria mais aceita é que ele bebeu um uísque envenenado depois de paquerar com a mulher do dono do bar, tendo morrido depois de pneumonia em 16 de agosto de 1938, com 27 anos. Outras teorias dizem que morreu de sífilis, assassinado, envenenado pelo próprio uísque, etc.
        Por fim, o mito que, ele mesmo, se tornou.



domingo, 31 de janeiro de 2016

Café & Blues: The Kitchen Table Blues (Volume 1)






Café da manhã do domingão servido de blues. Café & Blues. Essa é a ideia por trás do projeto The Kitchen Table Blues, do cantor de blues The Reverend Shawn Amos, que lançou um álbum maravilhoso no ano passado, The Reverend Shawn Amos Loves You. Semanalmente, no domingo, ele e sua banda disponibiliza no youtube um novo vídeo, no qual a banda toca ou clássicos do blues, ou músicas atuais numa versão “caseira” ou músicas de sua própria autoria. As apresentações do sempre impecavelmente elegante Shawn Amos e banda são sempre irresistíveis, numa grande mesa de jantar, com garrafa de café, frutas e pães postos à mesa, às vezes com membros da família ouvindo e balançando a cabeça com clima relaxado, às vezes até um cachorro aparece passando naturalmente. Bem despojado e despretensioso. Atualmente, o The Kitchen Table Blues já está no Volume 9 e no episódio 43. Para celebrar a maravilhosa ideia de Shawn Amos, o blog Filho do Blues irá postar a cada domingo os vídeos referentes a um volume (cinco episódios por volume).

O primeiro volume começa em 03 de abril de 2015, com a música “(The Girl Is) Heavy”, música original do primeiro EP de Shawn Amos, lançado em 2014, chamado The Reverend Shawn Amos Tells It, já introduz o clima que será visto nos episódios da série; cenário familiar, com o sol entrando forte pelas janelas e as senhoras sentadas à mesa curtindo o som. Já a faixa seguinte fica com Muddy Waters, na clássica “I Can’t Be Satisfied”, que valoriza o toque de gaita de Amos, acompanhando os acordes do violão. Dando continuidade, “Days Of Depression” é a ótima faixa de abertura do disco The Reverend Shawn Amos Loves You, com a participação de todos sentados à mesa batendo palmas e Jean McClain cantando no backing vocals.  No episódio seguinte, Shawn Amos presta homenagem a mais um grande nome do blues, Junior Wells, cantando a clássica “Hoodoo Man Blues”, de 1965 (a faixa já estava presente no EP de 2014). E para finalizar, o grande Robert Johnson está presente, com a sua icônica “Sweet Home Chicago”.

The Kitchen Table Blues é uma celebração do blues tradicional e o contemporâneo. E o Filho do Blues tem a missão de disseminar o blues, principalmente quando ele vem assim, quentinho, saboroso e reconfortante tal qual um domingo de manhã.