sexta-feira, 15 de março de 2013

Novo clipe de "All The Time", nova música de The Strokes


The Strokes é uma banda que ainda desperta muita atenção do público em geral, sobretudo por causa da grande explosão no início da década com o disco de estréia, Is This It, de 2001, que se tornou um dos álbuns mais marcantes da década passada. No entanto, o sucesso, combinado com os anos e a idade, fizeram a banda amadurecer para o lado errado, fato comprovado com o controverso Angles, último trabalho da banda, lançado em 2011. Distanciamento entre os integrantes e alteração da dinâmica no processo de gravação, onde, segundo depoimentos, o vocalista Julian Casablancas gravava as suas partes das canções sozinho e enviava para o restante do grupo por email, acabaram por refletir no som confuso de uma banda sem identidade que saiu em Angles. 

Essa insatisfação geral, apontada inclusive por alguns dos integrantes da banda, talvez seja a real motivação por trás do anúncio de lançamento do novo álbum, chamado Comedown Machine, para ser lançado no final do mês. No primeiro single, “All The Time”, a banda apresenta um som mais jovial, mais a cara dos Strokes. Essa sensação de reencontro é, de certa forma, reafirmada com o vídeo clipe, onde mostra os grandes momentos da carreira da banda, mostrando gravações de bastidores, os grandes shows em festivais, filmagens no início da carreira, filmagens caseiras, sempre de momentos muito felizes. 

Apesar do clima descontraído e alegre do clipe, a banda em geral permanece envolta em mistério, num silêncio sombrio e estranho. Segundo informações, eles não darão entrevistas, não tirarão novas fotos, muito menos farão turnê em suporte a Comedown Machine. 

Seja como for, em “All The Time” o certo é que eles estão soando como eles novamente. Assim dá até para voltar as atenções para The Strokes mais uma vez. Confira:


quinta-feira, 14 de março de 2013

Desempenho de The Next Day na primeira semana de lançamento



Essa semana, dia 11 para uns e 12 para os outros, foi o lançamento oficial do já clássico álbum The Next Day, de David Bowie. Já aclamado por imensa maioria da crítica especializada, é a vez do público em geral avaliar o trabalho e o interesse que David Bowie ainda desperta. E o resultado não poderia estar sendo melhor. Foi feita uma prévia das paradas da semana que aponta que The Next Day está se encaminhando para se tornar o álbum mais rapidamente vendido até agora no ano de 2013, além de praticamente assegurar o primeiro lugar nas paradas no domingo, dia que fecha a semana.

Segundo essas informações, somente nos dois primeiros dias, The Next Day, primeiro álbum de Bowie em quase uma década – o último havia sido Reality, de 2003 – havia vendido mais de 66 mil cópias, apenas 5.600 do álbum que vendeu mais rápido no ano até agora, que havia sido Opposites, de Biffy Clyro, que vendeu 71.600 cópias na primeira semana. The Next Day também está dando um banho o álbum número dois, que é o novo de Bon Jovi, What About Now, vendendo mais em quase três cópias para um e está muito distante nas paradas britânicas. Se tudo ocorrer como o esperado, David Bowie irá colocar o primeiro álbum em primeiro lugar em 20 anos. O último a chegar no topo das paradas foi Black Tie White Noise, de 1993.

Mais uma boa notícia para os fãs de David Bowie é que pode haver chances de uma turnê para The Next Day. Foi o que deu a entender a sua esposa, Iman Bowie, quando disse em entrevista: “Nós temos uma menina de doze anos na escola, então estamos presos, nós não podemos viajar. Nossa agenda é ao redor dela, então eu não sei. Nós teríamos que ir visitá-lo, mas nós não estaremos em turnê com ele, porque ela tem que estudar”. Bem, aí está uma dica.

Fique com o clipe já conhecido de “Stars (Are Out Tonigt)”:


quarta-feira, 13 de março de 2013

Confira o Clip de "Here We Go Again", de Christopher Owens



Chrispopher Owens, da ex-banda Girls, estreou sua carreira solo com o bom álbum Lysandre, lançado no início deste ano. Hoje ele divulgou um vídeo clipe oficial para sua música “Here We Go Again”, dirigido por Ryan Owen Eddleston e mostra uma série de filmagens de uma banda na estrada, em turnê, como sugere toda a história por trás de Lysandre, e apresentações de Owens com sua nova banda. Confira:


sexta-feira, 8 de março de 2013

Jim James "State of the Art" no Special Presentation da Pitchfork.tv


Jim James, vocalista e líder da banda de rock alternativo My Morning Jacket, estreou este ano sua carreira solo com o álbum Regions Of Light and Sound of God, um registro bem peculiar, quase transcendental e espirituoso. E pelo jeito é exatamente essas sensações que ele quer representar também no palco, segundo o que mostra o episódio dessa semana do Pitchfork.tv, na Special Presentation, onde Jim James toca a música que abre Regions of Light and Sound of God, “State of the Art”, ao vivo no Sleep No More. Além da música que é muito boa, a apresentação é bem teatral, entrecortados por alguns falas de uma entrevista, e Jim James confessando que é uma oportunidade de percorrer caminhos que artisticamente ele ainda não havia andado, definindo como “aventura artística”. Quando entram no palco, toda a banda e inclusive os espectadores estão usando uma máscara estranha, a qual tiram na hora da performance. Ficou muito interessante essa música ao vivo, bem contemplativa, cujo ritmo vai tomando conta do seu corpo quase como uma hipnose. Confira:


segunda-feira, 4 de março de 2013

Nova música de Mudhoney, "I Like it Small"


O mundo lá fora é vasto e em constante movimento. E a vida “pós-retorno-de-david-bowie” continua e está a todo vapor. A banda considerada uma das criadoras do movimento grunge, Mudhoney, está para lançar um novo disco no início de abril, chamado Vanishing Point, dono dessa belíssima e maravilhosa capa. O álbum chega cinco anos depois de The Lucky Ones, lançado em 2008. Eles liberaram para audição uma faixa do trabalho com o título de “I Like it Small”. A música tem, sem dúvidas, o carimbo do que Mudhoney faz durante décadas já. É uma música suja e a voz de Mark Arm está tão desalinhada e desafinada como sempre. Confira:


sábado, 2 de março de 2013

David Bowie - The Next Day


Começo a escrever esta postagem com uma solenidade quase religiosa. Desde que, por pura paixão, comecei com o Filho do Blues, havia uma satisfação imensurável a cada resenha que escrevia. Mas, da mesma forma, havia sempre tristeza proporcional. Toda vez que conseguia pescar uma preciosidade, ao mesmo tempo que eu comemorava, vibrava e me arrepiava, vinha uma consciência severa que lamentava profundamente: “mas você nunca escreverá uma resenha para um álbum inédito de David Bowie”. E assim eu seguia em frente. Isso porque depois do lançamento, em 2003, do disco Reality, Bowie sofreu com um problema no coração na turnê mundial, em 2004, e, depois disso, simplesmente saiu dos holofotes. Disse que iria se afastar e viver uma vida normal, de marido e pai, com sua esposa, a modelo Iman, e a filha do casal, Alexandria. Não houve uma declaração oficial dizendo que estava se aposentando da música. No entanto, ano após ano, havia um silêncio mortal em relação a Bowie, com pouquíssimas aparições públicas. Isso, para um artista muito produtivo, era um anúncio do fim de um deus. Mas, quando se trata de David Bowie, nada pode ser premeditado. Nos últimos anos, ele e seu grande produtor Tony Visconti começaram o processo de gravação do que viria a ser o que ouvimos hoje, ou seja, o álbum The Next Day. Os dois e todos os participantes do projeto, trataram o retorno como um segredo do Vaticano. Nenhuma informação vazou e, no seu aniversário de 66 anos, David Bowie pregou uma peça em todo mundo e anunciou o novo disco e divulgou o primeiro single “Where Are We Now?”. Os fãs, a imprensa, os artistas, enfim, todos ficaram em polvorosa passando a supor o que Bowie estaria aprontando agora, quais os estilos ele iria adotar nesse novo trabalho, depois de um espaço inédito na sua carreira de dez anos sem novos lançamentos. Passado algumas semanas, no dia 26 de fevereiro, ele divulgou o clipe de “The Stars (Are Out Tonight)”, com a participação de Tilda Swinton. Alguns dias depois e, ontem, ele disponibilizou o stream grátis de The Next Day, que só será lançado oficialmente no dia 11 de março. E eis que estou agora realizando o sonho do Filho do Blues de escrever a resenha de The Next Day, que ainda por cima, acaba de ser o melhor trabalho que David Bowie lançou em 33 anos, ou seja, desde Scary Monsters, de 1980, considerado o último clássico bowiano. Eis agora mais um.




Vamos agora à difícil tarefa de tentar fazer jus à The Next Day, que começa com a faixa título. Bowie sabia que a ansiedade seria grande ao ouvir a música de abertura de um disco após tanto tempo. Por isso, ele tinha a consciência do que ela tinha que ser, o grande cartão de visita que tinha que dizer a que veio. E é exatamente isso que “The Next Day” é: um rock forte, agitado, furioso, mesclando o Bowie clássico ou o inovador, principalmente na forma que o vocal foi gravado, em dois canais e com tons diferentes, dando o tom de estranheza prazerosa que existe em David Bowie. No refrão, com uma voz vigorosa, Bowie faz questão de se reapresentar: “here i am, not quite dying”. “Diry Boys” é uma incógnita e, por isso mesmo, ela é maravilhosa, uma das melhores do álbum. É como entrando cautelosamente em território proibido, com os “garotos sujos”. Musicalmente ela é ainda mais incrível. Com um sax grosso e um riff que lembra “Fame”, não dá para defini-la claramente. É um meio caminho entre o soul de Young Americans, porém menos dançante, e a aspereza da era de Berlin.

Em “The Star (Are Out Tonight)” o ritmo volta a ficar intenso. Lembra a era de Ziggy, sobretudo “Watch That Man”. Dá para notar assim já nas primeiras músicas o quanto Bowie irá diversificar em The Next Day. Há um pouco de tudo e de novo também. Apenas pelo começo de “Love is Lost” já impressiona pela intensidade tensa com o baixo constante, tocado pela majestosa Gail Ann Dorsey, um órgão constante e tenebroso e a guitarra de Gerry Leonard furiosa. A já conhecida “Where Are We Now?” mostra o lado nostálgico de Bowie em relação aos anos conhecidos como “era de Berlin”, quando ele lançou Low, Heroes e Lodger e produziu os dois melhores trabalhos de Iggy Pop, Idiot e Lust for Life. “Valentine’s Day” é tem tudo o que uma bela canção romântica precisa, é doce, meiga e singela, lembrando, por sua vez, um pouco de “Everyone Says Hi”, de Heathen, de 2002, principalmente com os backing vocals, ao mesmo tempo que tem um ar do glam do próprio Bowie e T. Rex.




Mas se você pensa que só tem referências dos trabalhos de Bowie dos anos 70 está enganado. Tem também aquele polêmico e experimental. O Bowie que não é unânime, o Bowie, principalmente, dos anos 90. Embora o experimento não seja exatamente com técnicas eletrônicas, há muito caos em “If You Can See Me”. Sons estranhos e descoordenados. Mesmo uns gostando e outros não, é por essa que Bowie é o que é. Sempre fazendo aquilo que acha que deve, forçando a si mesmo a ir além. Em “I’d Rather be High” a coisa fica mais tradicional, se é que isso é possível. Tem tons psicodélicos com uma letra filosófica sobre a mortalidade, fazendo uso de uma bateria militar, tema sempre especial no mundo de Bowie. “I’d Rather be high, i’d rather be dead or out of my head”, ele canta. Em “Boss of Me” quem volta é o grave saxophone, baritone, com alguns efeitos eletrônicos.

As músicas são tão ricas que depois de tanta viagem e descobertas, chegamos na décima música. “Dancing Out In Space” faz jus ao nome, com uma batida pop e dançante. Bowie dos anos 80? Pelo menos aquela bateria irritante não está presente. É mais uma prova de que TODOS os Bowie’s estão presentes e lutando aqui. “How Does The Grass” os espasmos recomeçam. A música é genial, cheia de viradas e variações sensacionais. Você simplesmente não sabe para onde ela vai lhe levar, se é pros solos de guitarra, dos corais fazendo “yayaya”, pra dança, enfim, incrível. “(You Will) Set the World on Fire” é um poderoso hard rock, com uma bateria super pesada e um forme riff de guitarra. Grande solo de Earl Slick nessa. Bowie mostra que pode fazer de tudo com a mesma qualidade e genialidade.




“You Fell So Lonely You Could Die” é um balada acústica de fazer chorar. Tem todos os ingredientes necessários para uma grande música, uma orquestra linda, piano, belos backing vocals, uma melodia arrasadora e, claro, Bowie. No final ainda tem a batida clássica de "Five Years". Impossível dizer se intencional ou não. "Heat" fecha o álbum de forma tensa, do jeito que Bowie gosta de finalizar, vide "Bring Me The Disco King", de Reality, dentre outras. É mais uma faixa lenta, embora toca em outra parte da alma, muito mais densa e sombria. A letra conta a estória de um homem com medo do pai e que não tem muito senso do "eu". Um violino torna a coisa ainda mais nervosa. A música vai acabando quase como o fim de uma prece desesperada e desesperançada.






E é assim que o novo clássico de David Bowie chega ao fim. The Next Day tem recebido fantásticas resenhas, dizendo inclusive que era o melhor álbum de retorno da história do rock. Pessoalmente, mesmo com todo entusiasmo que eu estava por ouvir o álbum, eu não esperava que ele seria assim. Bowie escolheu se resumir artisticamente no decorrer de quatorze faixas – sem contar com as três músicas bônus que ainda não saíram – o que, naturalmente, produz um álbum cuja riqueza é sem igual. Ninguém mais, só David Bowie seria capaz de compor um trabalho dessa magnitude.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Finalmente! Stream free de The Next Day no iTunes!


Vazou! Vazou! Finalmente chegou o grande dia de ouvir o novo álbum de David Bowie, depois de uma década de espera! Tudo começou, claro, com muito suspensa por parte de David Bowie e de sua página oficial no Facebook. No início da noite, eles postaram uma foto dizendo que mais tarde, mas não muito tarde, estariam com uma nova surpresa para os fãs. Ai começou as conjecturas: nova faixa do disco, novo vídeo, anúncio de turnê? Mas, não. Nada disso. Cumprindo mais uma vez a palavra, na mesma noite, em outro post, anunciaram que poderia ouvir na íntegra o disco The Next Day pelo iTunes até o dia do lançamento oficial no seu país, que é dia 12 de março. Algumas horas depois, já riparam e pronto, mesmo para que não tem conta no iTunes, já pode baixar por ai pela internet. Noite de sexta-feira já está definida, tomar uma cerveja e ouvir David Bowie! 

Você pode ouvir o Stream gratuito de The Next Day aqui. Caso, como eu, não tenha conta no iTunes, pode baixar por aqui ou aqui. Aproveitem logo, antes que derrubem o link. 

OBS: Não é costume do Filho do Blues colocar links para download, mas, que se dane, esse é uma ocasião mais do que especial! É o Retorno do Camaleão do Rock, de David Bowie!