Ao que tudo indica, a discografia de Coldplay irá aumentar
em breve. Isso porque hoje a banda divulgou sua primeira música nova em três
anos, já que o último disco de estúdio foi de 2011, Mylo Xyloto. O vídeo da
nova música, chamada “Midnight”, foi dirigido por Mary Wigmore. Já relativo à
sonoridade, nada daqueles sons coloridos e felizes. Parece que para bolar o som
atmosférico de “Midnight” Chris Martin esteve flertando com Justin Vernon, do Bon
Iver . Confira:
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Ouça o novo single da Nação Zumbi, "Cicatriz"
Nação Zumbi tinha prometido o tão esperado primeiro single
do novo disco, programado para ser lançado em Abril e com o nome simplesmente
de “Nação Zumbi”, para terça feira. No entanto, hoje saiu um vídeo da banda
tocando “Cicatriz” pela MTV. E a espera valeu a pena. A música é tudo o que se
esperava da banda, e ainda bem melhor. Uma Nação mais seca, direta e com muito batuque e
guitarra. Manda ver, Nação! O vídeo é data de março de 2013, ou seja, ainda não se sabe se essa versão é a mesma que estará no álbum, mas já é algo para matarmos nossa curiosidade.
Confira também a letra:
"Cicatriz" (Jorge Du Peixe/Dengue/Lúcio Maia/Pupillo)
Participação: Kassin (sinthy)
Quando fica a cicatriz
Fica difícil de esquecer
Visível marca de um riscado inesperado
pra lembrar o que lhe aconteceu
Visível marca de um riscado inesperado
pra lembrar e nunca mais esquecer
Fica bem desenhado só pra ser bem lembrado
risco do erro, mal visto, mal quisto e mal olhado
Quem vê vira logo a vista para o outro lado
(Não é sóu um sinal de quem passou por maus bocados)
Mas essa daqui, me traz uma boa lembrança
não preciso esconder
Mas essa daqui, me traz uma boa lembrança
não vou mais esquecer
Seja como for eu me lembrarei
Seja onde for não esquecerei
Cicatriz
quem vê nem diz
Que fizesse tudo isso por um triz
Cicatriz
Nem todo cuidado do mundo
Participação: Kassin (sinthy)
Quando fica a cicatriz
Fica difícil de esquecer
Visível marca de um riscado inesperado
pra lembrar o que lhe aconteceu
Visível marca de um riscado inesperado
pra lembrar e nunca mais esquecer
Fica bem desenhado só pra ser bem lembrado
risco do erro, mal visto, mal quisto e mal olhado
Quem vê vira logo a vista para o outro lado
(Não é sóu um sinal de quem passou por maus bocados)
Mas essa daqui, me traz uma boa lembrança
não preciso esconder
Mas essa daqui, me traz uma boa lembrança
não vou mais esquecer
Seja como for eu me lembrarei
Seja onde for não esquecerei
Cicatriz
quem vê nem diz
Que fizesse tudo isso por um triz
Cicatriz
Nem todo cuidado do mundo
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Arctic Monkeys e polêmica envolvendo David Bowie e a Escócia, tudo isso no Brit Awards
Ontem, 19 de fevereiro, foi noite
de gala para a música britânica, com a cerimônia do Brit Awards, destinada,
especialmente, aos artistas que mais fizeram sucesso em solo britânico no ano
passado. A cerimônia foi marcada pela apresentação ao vivo da banda Arctic
Monkeys, que levou pra casa o prêmio de melhor álbum do ano, com AM, tocando “R
U Mine”, presente no disco premiado. Como não podia ser diferente, David Bowie
também chamou atenção ao ser premiado como o melhor artista solo masculino,
como já era de se esperar, levando em consideração o ano de 2013 e de ser um
prêmio britânico. Mas o que realmente chamou a atenção foi o recebimento do
Brit, que foi entregue a Kate Moss, vestida com a roupa original vestida por
Ziggy, já que Bowie não estava presente na cerimônia. Mas no discurso de
agradecimento enviado por Bowie e lido por Kate Moss, houve uma polêmica que
ainda está rendendo nas redes sociais. Tudo isso porque, ao final do discurso,
Bowie faz um pedido: “Scotland, please stay with us”. Contextualizando, essa
frase vem num momento bastante decisivo na corrida para o plebiscito, marcado
para o segundo semestre do ano, que irá decidir o destino da Escócia, ou seja,
se permanece com o Reino Unido ou se conquista a independência total. Foi o
bastante para surgir uma enxurrada de críticas, algumas bem duras, sobre a
frase de Bowie, afirmando que ele não tinha o direito de se meter nesse
assunto, já que é morador de Nova Iorque e não paga impostos na Escócia. Alguns
até disseram: “fuck off back to Mars”. Quando
o assunto é política, pode ser a celebridade que for, é melhor ficar de fora.
Ou não.
Polêmicas à parte, fique com a
apresentação de “R U Mine”, de Arctic Monkeys.
Confira a lista dos vencedores da noite:
Vencedores:
Melhor artista solo masculino internacional: Bruno Mars
Melhor artista solo feminino: Ellie Goulding
Revelação: Bastille
Melhor grupo: Arctic Monkeys
Sucesso global (prêmio especial): One Direction
Melhor single: Rudimental e Ella Eyre - “Waiting all night”
Melhor artista solo masculino: David Bowie
Melhor vídeo: One Direction - “Best Song Ever”
Melhor álbum do ano: Arctic Monkeys - “AM”
Melhor artista solo feminino internacional: Lorde
Melhor grupo internacional: Daft Punk
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Eddie Vedder toca "Highway To Hell" com Bruce Springsteen, em Melbourne
A Austrália está passando nesses últimos meses por um
momento bem agitado, recebendo shows de nomes como Arcade Fire, Pearl Jam,
Bruce Springsteen, só para citar alguns. Pois bem, há pouco falamos da
participação de Win Butler, do Arcade Fire, na música “Rockin’ In The Free
World”, no show de Pearl Jam. Dessa vez, foi a vez de Eddie Vedder subiu ao
palco de um dos seus mestres, Bruce Springsteen, para tocar a cover de AC/DC,
em Melbourne. A prática de tocar em cada lugar uma música de algum artista
local é bem característica de Bruce, que, vale sempre lembrar, abriu seus shows
no ano passado aqui no Brasil com “Sociedade Alternativa”, do grande Raul.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Ouça o dueto de Karen O e Ezra Koenig, "The Moon Song", da Trilha Sonora de Her
Karen O, da banda Yeah Yeah Yeahs certamente é a personagem
musical dessa semana, sendo uma das figuras centrais de dois dos duetos mais
lindos dos últimos anos. O primeiro, objeto do post anterior, foi com o ex
integrante da banda The Walkmen, Walter Martin, que fez o dueto “Sing To Me”
com ela. Dessa vez, saiu uma versão de arrasar corações com a faixa da trilha
sonora do belíssimo filme Her, de Spike Jonze, "The Moon Song", dessa vez tendo como parceiro
musical Ezra Koenig, vocalista de Vampire Weekend. Confira e se emocione:
Confira o dueto de Walter Martin, ex-Walkmen, e Karen O em "Sing To Me"
Quando a banda The Walkmen a banda estaria entrando em um
hiato por um prazo indeterminado em novembro do ano passado, pouca gente
imagina que seu desmembramento geraria algo tão frutífero quanto a própria
banda. Mas, pelo menos segundo as primeiras estimativas, isso pode estar muito
errado. O primeiro remanescente da banda já está pronto para lançar seu álbum
solo e já deu uma pequena e grande amostra do trabalho. O multi instrumentista Walter
Martin anunciou seu disco We’re All Together para o dia 13 de maio. Junto com a
nota para a imprensa, ele ainda divulgou a faixa “Sing To Me”, um dueto com
Karen O, da banda Yeah Yeah Yeahs. Sobre o disco, Martin falou na nota oficial
que ele imaginou um disco que ele queria realmente ouvir, algo novo e original
que capturasse a essência do rock antigo, “inocente, mas malicioso; romântico,
mas divertido; e descaradamente doce”. E é tudo isso que “Sing To Me” aparenta
ser. Uma surpresa agradabilíssima, que promete não ser a única, já que o líder
do Walkmen, Leithauser está atualmente trabalhando no seu disco solo também,
assim como Peter Matthew Bauer. Enquanto isso, aproveite a beleza de “Sing To
Me”:
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Resenha: Sun Kil Moon - Benji
Tem gente que possui um talento
nato de transmitir algo profundo através da música. Sem dúvidas, uma dessas
pessoas é Mark Kozelek, que atinge o pico em sua produção artística no sexto
álbum sua banda Sun Kil Moon, chamado Benji. Kozelek já é um expoente
importante do indie há mais de dez anos, inicialmente com sua banda Red House
Painters, e sempre explorando o lado melancólico nas suas composições, umas
basicamente acústicas, enquanto outras puxando mais pelo lado de Neil Young
elétrico. Mas nada que se tente explicar aqui da trajetória de Mark Kozelek
prepara o suficiente para o que é visto, ouvido e, principalmente, sentido, em
Benji. É um álbum que requer um alto
nível de concentração, no qual para ser possível entrar completamente nele é
preciso entender as letras e o que ele está falando. O resto, na maioria das
vezes, é apenas o complemento servindo a um propósito maior.
Aos 47 anos, Kozelek entrou
naquela fase da vida onde questionamos e filosofamos sobre a mortalidade, sobre
nossa passagem por esse plano e, sobretudo, a fragilidade da nossa existência.
No fundo, é disso que Benji trata, através de onze músicas onde praticamente em
cada uma alguém morre. Com certeza Kozelek não foi o único que se debruçou
sobre as visitas da morte, mas poucos dos que fizeram lograram de tanto êxito
quanto Kozelek, com uma clareza de imagens, um distanciamento do mundo em sua
voz, como um narrador totalmente impotente diante das perdas da vida, não
importa se é algum parente próximo ou uma prima em segundo grau que não se
conhecia direito, ou uma tragédia de grandes proporções; não importa. A morte
sempre deixa um sentimento devastador por onde passa. A, então, mortalidade
impregnada durante todo o álbum.
Benji inicia com “Carissa", da forma que irá continuar
por algumas músicas, apenas Mozelek e seu violão, no maior estilo trovador.
Mas, como em todas as faixas, o conteúdo é muito mais importante do que os
arranjos e efeitos. Numa melodia linda, ele apresenta Carissa, prima em segundo
grau, e evidencia a proximidade da morte mesmo no distanciamento familiar. Carissa
morreu em um estranho acidente com fogo, diante de uma caixa de aerossol
explodiu no lixo e já era. Daí Mozelek remete as imagens que tinha de Carissa,
nas poucas vezes que a tinha visto, e começa vários e profundos questionamentos
sobre as probabilidades e como a vida pode extinguir totalmente por um detalhe,
por uma besteira, como, no caso, a pessoa ir tirar o lixo e explodir tudo. Por
fim, Mozelek apenas quer dizer que mesmo sendo uma prima distante em segundo
grau, não impede de fazer da vida dela poesia e ficar conhecida através dos
mares. “She was only second
cousin but that don't mean that I'm not here for her or that I wasn't meant to
give her life poetry to make sure her name is known across every sea”. Lindo.
Como pode ser mais impactante do que isso? "I Can't
Life Without My Mother’s Love" trata talvez do sentimento mais universal
do mundo, o medo de viver num mundo onde não se encontra mais a mãe, o seu amor
e o seu abraço. E a letra é simplesmente linda. Juntamente com um violão
dedilhado, Mozelek imagina cenários dos mais absurdos e impossíveis e diz que
antes viver assim do que viver sem o amor de sua mãe. A morte continua presente em “Truck Driver”,
dessa vez com o seu tio, morto pelo fogo no dia de seu aniversário.
Quando uma banda completa começa a tocar em "Dogs"
é como uma chegada de alguém muito agradável, mas que estávamos tão atentos às
histórias que estavam sendo contadas que acabamos esquecendo que não estava
mais ali. Ela também introduz novos ares, menos emocionalmente carregadas, mas
ainda com um tom confessional e até nostálgico de Mozelek, enquanto narra as
suas primeiras mulheres, primeira namorada, primeiro amor, primeiro sexo. Desde
Katy Kerlan, aos cinco anos, Patricia, e o presente Animals, do Pink Floyd, que
os dois ficavam escutando “Dogs”. Entre todas as idas e vindas, encontros e
desencontros, das mulheres em sua vida, Mozelek passa a filosofar de forma mais
geral: “Get your own trash, the cycle's on and on. And nobody's right and nobody's wrong. All her
shakes sometimes we were drawn. It's a complicated place, this planet we're
on.”
Em “Pray for Newtown” a tragédia sai do plano individual e
entra no coletivo, contanto a história de James Huberty que entrou no
restaurante atirando em todo mundo, dentre várias outras, inclusive o caso do
Batman no cinema e a tragédia do tiroteio em Newtown. “When you're gonna get married and you're out
shopping around, take a moment to think about the families that lost so much in
Newtown."
Outro personagem é introduzido no universo de Mozelek, “Jim
Wise”, um amigo de seu pai, mais um tocado pela tragédia em sua vida, enquanto
está preso em regime domiciliar. A figura paterna é o principal no outro pronto
alto de Benji, “I Love My Dad”, com a banda completa e mais animada que as
outras, contando sobre as lições de vida do seu pai, às vezes duras demais,
outras vezes fortes lições. “Life
is short young man, get out there and make the best of it while you can”. As
referências musicais, inclusive, estão por todo o álbum, como Pink Floyd, The
Doors, Led Zeppelin, David Bowie, no meio das situações mais inusitadas, como
na longa faixa “I Watched The Film The Song Remains The Same”, do Led, onde
tocou mais neles as faixas mais calmas, como “The Rain Song”, “No Quarter”, e
como era sua personalidade melancólica desde quando pequeno. “I'll go to my grave with my melancholy and my ghost will echo my
sentiments for all eternity”
A próxima faixa, “Richard Ramirez Died Today Of Natural
Causes” meio que fala por si só, um assassino do sul da California, que viveu
até os 83 anos. Mas o principal aqui é o achado de Mozelek de um recurso que
chegará ao máximo na faixa final, um vocal sobreposto ao outro que fica muito
interessante. “Micheline” é mais uma muito boa, contando histórias aparente
independentes entre si, de Micheline, seu amigo Brett e a sua avó, mas
conectadas pela linha trágica da morte.
Mas a cereja do bolo é, de fato, a faixa final, “Ben’s My
Friend”, a mais diferente e destoante das demais, inclusive com uns arranjos
maravilhosos de instrumentos de sopro e um ritmo meio hip hop. Aqui, aquele
recurso de vozes sobrepostas se completa e fica um resultado magnífico. Enquanto
o melhor das outras músicas eram as histórias e as letras, aqui é finalmente a
sonoridade.
Benji é um álbum que faz você pensar na vida e na morte.
Mozelek faz da sua viagem espiritual, sobre as pessoas que passaram pela sua
vida, sobre suas experiências, uma jornada universal sobre uma das maiores
angústias dos seres humanos: tentar racionalizar e compreender a morte,
tentando lhe dar um significado. Ao fim, cada um decide se chegou a esse nível
de compreensão ou não, mas esse não chega a ser o seu objetivo. Como disse em
“Carisse”, ele só quer fazer disso um pouco de poesia e transmiti-la pelo mundo
afora. Isso ele conseguiu.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Sean Lennon & Flaming Lips tocam "Lucy In The Sky With Diamons", no Letterman
O surrealismo natural de The Flaming Lips teve uma ajuda especial
para levar ao palco de David Letterman a sua versão fantástica para “Lucy In
The Sky With Diamons”, em decorrência da "Beatles Week", em comemoração aos 50 anos da primeira aparição dos Beatles no Ed Sullivan. A ajuda veio de Sean Lennon, filho de John
Lennon e Yoko Ono. Como era de se esperar vindo de Flaming Lips, uma
apresentação cheia de luzes e efeitos especiais. Confira e viaje em mais um dos
delírios de Wayne Coyne e companhia:
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Win Butler se junta a Pearl Jam em "Rockin' In The Free World", na Austrália
Tanto Pearl Jam quanto Arcade Fire estão no momento em turnê
pela Austrália pelo festival itinerante Big Day Out. A relação entre as bandas
parece ter se estreitado. Recentemente, Win Butler se reuniu com Jeff Ament
para uma partida de basquete. Como Pearl Jam adora levar ao palco artistas
amigos para tocar alguma música juntos, não deu outra. Ontem, em Perth, na
Austrália, Win Butler se juntou à banda para tocar a clássica cover do
conterrâneo canadense Neil Young, “Rocking In The Free World”. Confira:
domingo, 2 de fevereiro de 2014
17 anos sem Chico Science
Em 2 de fevereiro de 1997, completando hoje dezessete anos,
morria uma das maiores figuras da música brasileira, o pernambucano Francisco
de Assis França, mais conhecido como Chico Sciense, o homem que revolucionou a
música brasileira nos anos 90, liderando o último grande autêntico movimento musical,
o Manguebeat. Para celebrarmos sua passagem e seu legado, deixo vocês com o
show completo de Chico Sciense & Nação Zumbi no Cais da Alfândega, no
Recife, em 1994, o ano no qual Pernambuco decolou de vez no mapa cultural não
só do Brasil, mas do Mundo.
01 - Monólogo ao Pé do Ouvido
02 - Banditismo Por Uma Questão de Classe
03 - Antene-se
04 - Rios, Pontes e Overdrives
05 - Computadores Fazem Arte
06 - A Praieira
07 - Todos Estão Surdos
08 - Da Lama ao Caos
09 - Coco Dub (Afrociberdelia)
10 - A Cidade
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