Poucos tem
motivos para terminar 2015 sorrindo à toa como Johnny Hooker, cantor e
compositor recifense que surgiu para o grande público no cenário nacional com o
maravilhoso disco Eu Vou Fazer Macumba Pra te Amarrar, Maldito. As músicas de
Johnny Hooker foram as estrelas das trilhas sonoras de várias novelas, o que
impulsionou a imagem de Hooker para o Brasil inteiro, já que antes ele estava
bem mais limitado à cena alternativa de Recife. Em 2013, “Volta” entrou na
trilha sonora do filme Tatuagem, enquanto que, em 2013, “Amor Marginal” e, em
2015, “Alma Sebosa” foram as escolhidas para comporem a trilha de Babilônia e
Geração Brasil, respectivamente. Johnny Hooker também frequentou bastante os
estúdios para suas apresentações em programas de TV. Além disso, Johnny Hooker
venceu o Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor na categoria de Canção
Popular.
O vídeo clipe
de “Amor Marginal”, muito bem produzido e intenso, com a direção de Matheus
Senra e uma equipe digna de cinema, coroa todo esse sucesso. Lançado no youtube
há apenas três dias, o vídeo já ultrapassou a marca de 100 mil visualizações. Confira o vídeo:
Inicio a
resenha declarando que Arnaldo Antunes é o melhor compositor brasileiro da
atualidade. Essa constatação pode ser óbvia para muita gente, mas caso a participação
na fase de ouro do Titãs e uma carreira de dezesseis álbuns, dentre os quais estão
clássicos como O Silêncio, de 1996, Um Som, de 1998, Paradeiro, de 2001 e
Saiba, de 2004, não seja argumento suficiente, talvez a qualidade individual de
músicas como “O Silêncio”,“Música Para Ouvir”, “As Árvores”, “Socorro”, “Atenção”,
“Essa Mulher”, “Se Tudo Pode Acontecer”, “Nossa Casa”, “Saiba”, “A Casa É Sua”
possa ajudar a reconhecer a veracidade da polêmica declaração. O estilo excêntrico de Arnaldo
Antunes, associado ao domínio completo das melodias e à sua formidável
qualidade e criatividade poética, que sempre fala das coisas mais comuns da
forma mais incomum possível, faz com que seus trabalhos sejam sempre poços
profundos nos quais deposita todo seu gênio, sua visão de arte, de poesia, da vida,
além da sua própria visão de mundo. Surge agora uma nova oportunidade para quem
ainda resiste à ideia inicial, ou seja, a de que Arnaldo Antunes seja o melhor
compositor brasileiro da atualidade. O lançamento de Já É, nome do décimo sexto
disco da carreira solo, marca um distanciamento do som apresentado nos seus
dois últimos trabalhos de estúdio, Iê, Iê, Iê, de 2009, e Disco, de 2013, nos
quais Arnaldo optou por um estilo enraizado no rock, especialmente o rock dos
anos 50 e 60. Já É pode soar, portanto, como um “retorno à raiz” para Arnaldo
Antunes, mas a questão é: qual seria a raiz para um artista que sempre
demonstrou não ter raízes? Ou seja, para Arnaldo Antunes, a raiz é flertar com
um som e um estilo em um momento, para logo em seguida experimentar outros
estilos que melhor se adaptem à sua ideia original. É exatamente essa variedade
sonora que está presente em Já É.
A
faixa que abre o disco, “Põe Fé Que Já É”, que inspira o título do trabalho e
foi escolhida para a primeira música de trabalho com um vídeo bem interessante,
é dançante e animada e mostra uma postura bem enérgica e positiva diante da
vida, afinal, “se você tá feliz, se você tá contente, se você mete a cara, se
você mete o dente, (...) se o momento é preciso, o desejo é propício (...) põe
fé que já é”. A música seguinte, “Antes”, é uma das que apresenta sonoridade mais interessante e diferente, com arranjos bem colocados. Na letra,
Arnaldo Antunes faz algo como uma hierarquia de sensações, atitudes e
sentimentos, antes de afirmar rejubilante no refrão “e depois alegria, e depois
alegria e gratidão”. “Naturalmente, naturalmente” é a primeira das várias
parcerias com Marisa Monte e Dadi Carvalho, uma canção leve, bonita e simples,
que combina perfeitamente com a naturalidade sugerida na letra.
Arnaldo
Antunes tem um interesse em abordar temas e emoções contraditórias, inconvenientes
e/ou negativas. Ele usou o humor para
descrever a inveja e os seus respectivos efeitos em “Invejoso”, do disco Iê Iê
Iê, de 2009. Agora quem vai para o divã, ou melhor, para a mesa de trabalho é a
mágoa. Você pode ter ouvido várias músicas que tratam da mágoa, mas poucas
mexerão com você como Arnaldo Antunes faz em "Se você nadar", com uma
pegada mais forte do que as anteriores, principalmente se a carapuça lhe
servir. Utilizando-se de imagens e metáforas para lidar com os efeitos da mágoa
(“os micróbios gostam de água parada”), Arnaldo Antunes foge do lugar-comum ou
da sensação de auto-ajuda. Na verdade, várias músicas de Já É apresentam esse
lado mais esperançoso e afirmativo diante dos desafios e perdas da vida do que
o lado sombrio e depressivo. Mesmo nas canções tristes, há um fio de esperança,
uma busca incessante por uma saída da crise, do desespero. "Peraí,
repara" é outra parceria de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Dadi Carvalho
(dessa vez Marisa Monte realmente divide os vocais com Arnaldo), com jogos de
palavras e sonoridades com as palavras com o prefixo "para". É
incrível como a voz de Arnaldo Antunes e a de Marisa Monte se unem como se
fossem feitas uma para a outra. Não surpreende a grande quantidade de parceria
entre os dois.
"Óbitos"
marca a volta de Arnaldo Antunes com o reggae, já trabalhado anteriormente pelo
cantor em, por exemplo, "Pare o Crime (Stop the Crime)”, do álbum Um Som,
de 1998, na qual ele faz um apelo para o fim da violência urbana. Arnaldo
Antunes volta à temática da violência, dessa vez focando suas críticas nos
burocratas e legisladores cujas leis matam sem a necessidade de empunhar eles
próprios arma nenhuma. "eles não pegam em armas, só em canetas e papéis,
mas matam mais com suas leis, que atiradores cruéis, Estatutos de escorpiões,
despachos de cascavéis, cobertos de suas razões dos cabedais até os pés".
Depois de tudo só sobra, como diz a letra, “lágrimas, lágrimas nos funerais”. Já
disse aqui que ninguém fala de temas banais da mesma forma que Arnaldo Antunes.
Em "O meteorologista", um grande exemplo disso, o humor é utilizado
como recurso lírico para abordar o amor. Arnaldo Antunes, com toda sua
sagacidade e genialidade, brinca com um erro do metereologista, que falou que o
fim de semana seria de sol, mas na verdade foi com frio e chuva. A partir daí
ele diz que não quer férias no Rio de Janeiro, Bahamas ou Bahia; só quer férias
na Sibéria e Alaska para ficarem juntos na cama. Divertida e bela.
"Dança", mais uma
parceria com Marisa Monte, é uma balada no violão utilizando-se de belíssimas e
inusitadas imagens poéticas. As rimas são tão naturais que rimar flamboyant com
manhã não parece nem um pouco forçado e a naturalidade e o encaixe melódico
funcionam perfeitamente. Em seguida, Arnaldo Antunes recorre ao samba na faixa
"Saudade farta" com mais uma bela letra sobre as lamúrias e a
necessidade de conformar-se diante de um amor impossível. "As estrelas
sabem" é uma bela balada só Arnaldo Antunes com o acompanhamento de um
piano e um violino. A letra contém talvez a melhor construção de imagem poética
do disco: "as estrelas pelo chão, são pedaços de carvão, sem o seu
sorriso". Belo. As estrelas continuam no foco em "As estrelas
cadentes", uma das melhores melodias e letras do trabalho inteiro, que vê
o fim de um amor e aponta para o futuro com esperança. Só Arnaldo Antunes mesmo
para sair com uma estrofe como essa: "para a chuva molhar o deserto, e as
correntes tomarem o rumo certo, das lágrimas caídas nos vasos regados nascerem
flores, e as abelhas beberem o pólen delas, e as lagartas comerem as folhas
delas, transformando em vida nova todos os velhos amores".
"Na
fissura" é um rock que trilha o caminho dos últimos trabalhos de Arnaldo
Antunes, composta em conjunto com os membros de sua banda, Betão Aguiar e Chico
Salém."Azul e prateado" é talvez a única que não brilhe por si mesma,
mas ainda assim mantém o nível interessante. Nas duas últimas faixas, "Só
Solidão", que se encaixaria perfeitamente no álbum Acústico, e "Aqui
onde está", o clima contemplativo ganha força.
Diante disso, Já
É pode entrar na lista de um dos melhores trabalhos da carreira de Arnaldo
Antunes. A sua já conhecida e qualidade lírica e poética de grande compositor,
que sempre esteve presente nos seus discos, uniu-se mais uma vez com uma
variedade sonora bastante interessante, que estava ausente nos últimos dois
trabalhos, que tinham uma proposta bem limitada e definida. Então, quando eu
digo e reafirmo que Arnaldo Antunes é o melhor compositor brasileiro da
atualidade, já posso ouvir a resposta: “Já É”.
No
dia de lançamento do seu novo disco Já É (o décimo sexto de sua carreira),
Arnaldo Antunes divulga o vídeo da música que inspira o título do trabalho no
seu perfil oficial do Facebook, “Põe Fé Que Já É”, dirigido por Tadeu Jungle. O
vídeo é muito interessante e conta com vários amigos do músico e compositor,
como Paulo Nikos, China, dentre outros. Em ritmo constante, a câmera fica
girando em 360 graus mostrando cenas variadas do cotidiano, com personagens que
ficam reaparecendo no plano de fundo com festa e música, com direito a
agarrações hetero, homo, trans, e tudo mais o que tiver. Afinal, como diz a
letra, “põe fé que já é”. Segundo a nota de lançamento do disco:
"JÁ É
16º disco de Arnaldo Antunes lançado pela Sony Music Brasil com 15 canções inéditas e produção de Kassin, gravado no Rio de Janeiro. Com a colaboração dos músicos Carlinhos Brown, Dadi, Cézar Mendes, Pedro Sá, Domenico Lancellotti, Kassin, Davi Moraes, Marcelo Jeneci, Pedro Garcia, Stéphane San Juan, Zé Miguel Wisnik, Jaques Morelenbaum, Armando Marçal, Marcia Xavier, Brás Antunes, Bacalhau, Caru Zilber, Chiara Banfi e participação especial de Marisa Monte na música "Peraí, repara".
#PõeFéqueJáÉ #ArnaldoAntunes #EAA"
Arnaldo
Antunes disponibilizou o stream de todas as músicas, com suas respectivas letras,
de Já É no site oficial. Em breve, resenha de Já É no Filho do Blues. Fique
atento porque esse merece!
Pode parecer
contradição que a banda revelação do ano carregue não só no nome, mas também no
visual e no som, estética e valores arcaicos. Mas não é. A banda de Los
Angeles, Vintage Trouble, é uma amalgama de todos os tradicionais estilos do
R&B, principalmente o blues, soul e rock dos anos 50 e 60. E apesar de não
apresentar nenhuma grande novidade sonora que possa abalar os alicerces da
música moderna, a mistura soa empolgante, intensa e refrescante exatamente
porque cada faixa se inicia verdadeiramente como um objeto familiar que, apesar
de conhecido, ainda não foi totalmente desvendado. Vintage Trouble surgiu
chamando bastante atenção em 2010 e construindo um som enérgico no seu disco de
estréia The Bomb Shelter Sessions, lançado em 2011, conquistando um sucesso
surpreendente, sendo convidado para se apresentar em programas de televisão
renomados, como o Later... With Jools Holland, bem como participando das turnês
de grandes nomes da música como Lenny Kravitz, The Cranberries e abrindo shows
de bandas como nada menos que The Who,
Rolling Stones e AC/DC. O segundo
álbum da banda – e o primeiro por uma grande gravadora, a icônica Blue Note
Records – 1 Hopeful Rd apenas consolida essa posição de destaque, amaciando um
pouco mais o som, mas mantendo a mistura dos elementos que compõem a sonoridade
da banda intacta e viva.
A faixa de
abertura é a música de trabalho do disco e, sem dúvida, uma das mais
empolgantes. “Run Like a River” inicia com uma guitarra típica do blues, mas
logo o ritmo acelera e fica marcado por palmas que parecem de uma festa de um
rito religioso. As baladas também se destacam pela melodia e pela voz profunda
e bela de Ty Taylor, como em “From My Arms”. O clima soul, dançante e sensual,
toma conta de “Doin’ What You Were Doin’”. O rock volta com tudo com “Angel
City, California”, perfeita para os shows e que nos transporta diretamente para
os anos 60 e 70, nos remetendo aos riffs de Rolling Stones ou ao Southern rock
de Creedence Clearwater Revival.
O ritmo volta
a dar uma esfriada com a maravilhosa balada “Shows What You Know”, com uma
belíssima melodia e mais uma vez a voz de Ty Taylor se destacando bastante, sem
dúvida uma das candidatas a melhor balada do disco. A outra candidata é a faixa
“Another Man’s Word”, destacando-se principalmente o refrão, “tell me why would
you believe another man’s word over mine?”.
“Strike Your
Light”, por sua vez, é outra para fazer pular, com altos solos de guitarra e
gritos do vocalista Taylor. Nessa parte final do disco, Vintage Trouble se
aproxima mais do blues, com as ótimas “Before The Tear Drops” e “If You Loved
Me”. Depois de mais um sopro de energia roqueira de “Another Baby”, o disco
finaliza com mais uma bela balada “Soul Serenity”.
1 Hopeful Rd é
o disco de uma banda com um pé no passado e outra no futuro. É uma daquelas
pouquíssimas bandas que tocam um som antigo, tradicional, e ainda assim soa
novo e moderno. Mas o prato não está fincado apenas no rock clássico, no soul
clássico ou no blues clássico, mas sim em uma mistura, cujo tempero agrada fãs
de cada um dos estilos separadamente.
O
veterano guitarrista de Nova Iorque acaba de lançar mais um ótimo disco de
blues. Apaixonado pelo estilo desde os 13 anos quando ouviu Jimmy Reed, Earl
Walker mantém um som do blues tradicional, direto e simples. Um blues puro e de
primeiríssima qualidade. As dez faixas de seu sexto disco solo, Mustang Blues,
são todas originais e o trabalho foi todo produzido pelo próprio Earl Walker,
executadas por uma banda enxuta e muito à vontade, deixando espaço seguro para o
talento de Walker na guitarra brilhar.
A
faixa de abertura, “Hey Baby”, que narra um caloroso reencontro de um casal depois
de longa data sem se ver, é um grande exemplo disso. A linha firme do baixo
segura o ritmo para ótimos solos da guitarra de John Earl Walker. O tempo de
duração extenso permite uma variação de solos bastante interessante, o que
mantém o ouvinte sempre atento. O mesmo se repete em cinco faixas do disco, que
ultrapassam os cinco minutos de duração, o que dá um tempo confortável para
Walker trabalhar com tranquilidade e perícia as tonalidades de sua guitarra. O
roteiro segue com “The Devil’s Follows Me”, que personaliza a voz do capeta nos
dando um conselho ruim e a luta que travamos para não segui-lo: “you know when
the devil hangs around you, and give you some bad advice, you he fooled me
once, people, but he won’t fool me twice”.
A
faixa que dá título ao álbum, “Mustang Blues” trata dos problemas modernos no
trânsito das grandes cidades, especialmente, no caso, Nova Iorque. Usando como
referência a clássica “Mustang Sally”, Walker mostra a dificuldade de se ter um
carro na megalópole, com os policiais de trânsito ou radares sempre na cola, o
que atrapalha o passeio com alguma garota. A instrumental “Funkify” é uma das
mais interessantes musicalmente. Há um certo distanciamento do blues tradicional
e em vários momentos pode-se perceber alguma semelhança com David Bowie, com
vários efeitos que remetem à fase de Berlin, especificamente em Low, de 1977. Muito
interessante e fornece um pouco de variedade sonora para o trabalho. Mas o
tradicional e gostoso Chicago Blues está logo de volta com a ótima “I’m Already
Gone”, guiada pela guitarra de Walker em longos momentos de jam.
Em “My Mama Told Me”, mais um blues
tradicional e direto, Walker diz um pouco dos conselhos maternos sobre os
assuntos do coração: “my mamma told me, that girls is no good for you, she said
don’t waste your time on her or you’ll wind up with the blues”. “Superstorm
Sandy Blues”, um blues mais lento, emocional e cheia de solos profundos, retrata
a agonia real sobre os estragos da tempestade tropical Sandy, que atingiu o
nordeste dos Estados Unidos em 2012. “the water rose so high, till it knocked down my front door, the next
day I took a look inside and said, lord, can’t live here no more”.
“Readjust”
é um blues-rock mais pesado, cheio de riffs. Apesar de manter o ritmo forte,
serve mais para mostrar que Walker se dá melhor no blues tradicional mesmo. A
faixa seguinte, “One Plus One”, evidencia isso. A banda soa muito mais
confortável tocando blues mesmo. E Walker explora muito melhor sua habilidade
na guitarra. A temática da letra também é do blues clássico, falando da
descoberta de uma traição. “Even Up The Score” finaliza o disco na mesma
tonalidade que acompanhou os quase cinquenta minutos de música: muito blues e
muita guitarra.
John
Earl Walker mostra que às vezes o que é preciso para fazer um bom álbum do
blues é ter simplesmente... blues.
Depois de ter divulgado um trailer anunciando um novo álbum Everybody
Wants a Piece, para o ser lançado no dia 9 de outubro, com trecho de uma faixa
e entrevista, um dos nomes mais fortes do blues-rock, Joe Louis Walker,
publicou um vídeo da faixa “One Sunny Day”. A julgar pelo trabalho na guitarra,
vem algo bem intenso por aí. Confira o teaser do álbum e a faixa nova abaixo:
Arnaldo
Antunes prepara-se para mais um lançamento na sua carreira apenas dois anos
depois de seu último disco, Disco, de 2013. O título deste novo trabalho é
chamado Já É e, segundo o perfil oficial do cantor e compositor do Facebook, está programado para ser lançado em 18 de setembro. Conhecido
pela qualidade na composição e sempre se reinventar artisticamente, ficamos no
aguardo do que vem por aí. A conta oficial de Arnaldo Antunes publicou um
teaser de apenas oito segundos, além de dez segundos do trecho da música "põe fé que já é". Pelo jeito iremos ter que ficar imaginando o
restante do trabalho até o dia 18. Até lá, deixo vocês com "Muito Muito Pouco", de Disco.