quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

31 anos sem John Lennon



Hoje, 8 de dezembro, há 31 anos, morria John Lennon, assassinado pelo próprio fã, que havia um pouco mais cedo, pedido um autografo a John. Eu não era nem nascido ainda e imagino a dor que o mundo sentiu com a perda deste ícone da humanidade. John Lennon, primeiro com os Beatles, depois por ele mesmo, acompanhado somente pela sua Yoko Ono, ajudou a transformar o mundo em várias esferas.

Com os Beatles, John e companhia levaram a música a dimensões nunca antes vistas. E não se limitou ao sucesso, e passou a experimentar artisticamente com seus companheiros novos sons e novos estilos. A mesma banda que lotava estádios em shows em meados dos anos 60, parou de se apresentar e se concentrou na música, lançando álbuns clássicos e ainda mais bem sucedidos, conquistando uma outra grande parcela de fãs e ajudando a construir um movimento de contra-cultura, o dos hippies, com mensagens de paz e amor.



Esse ativismo foi o segundo grande legado deixado por John Lennon ao mundo. Ele mostrou que é possível uma pessoa soltar sua voz e mostrar o que está errado, e fazer de tudo para mudar. Foi perseguido e investigado pelo FBI nos Estados Unidos, pela sua postura política, inclusive sendo quase deportado do país pelo presidente norte-americano na época, Richard Nixon.

E continuando no mundo na música, a carreira solo de John Lennon, iniciada após a separação dos Beatles, contém clássicos incríveis, comprovando sua genialidade. Em 1970, John Lennon lança o clássico álbum com Plastic Ono Band, contendo tanto músicas altamente introspectivas, quanto antiguerra. Em “Mother”, ele trata das relações familiares, sobre o abandono do pai e mãe na sua infância. Em “God”, música incrível, onde após ele passar por diversos ícones da humanidade, inclusive os Beatles, ele atesta: O sonho acabou. Sobre as questões políticas e sociais, os destaques vão para “Working Class Hero”, análise perfeita sobre a classe média trabalhadora e as suas contradições e modo de viver. “Power To The People”, uma súplica de reconhecimento do poder que o povo tem sobre mudanças e consertar as coisas erradas.



O segundo álbum, igualmente clássico, Imagine, de 1971, segue a mesma linha de músicas com críticas políticas, como a sensacional “Gimme Some Truth” e “I Don’t Want To Be A Soldier Mama” e a mais conhecida de sua fase solo, “Imagine”, que todo mundo conhece, bem como faixas altamente pessoais, como “How?” e “It’s So Hard”. O álbum também apresentou várias canções belíssimas de declaração de amor de John a Yoko, como “Jealous Guy”, “Oh My Love” e “Oh Yoko”. O álbum contém a música que eu não gosto de John Lennon, apesar de musicalmente ela ser ótima, a letra de “How Do You Sleep”, um ataque claro ao ex-beatle Paul McCartney, faz-se totalmente desnecessária.



Devido às reações hostis sobre as declarações políticas de John Lennon e a quase deportação dos Estados Unidos, John Lennon voltou a ser mais introspectivo no ótimo Mind Games, de 1973, mesmo assim apresentando algumas faixas de cunho político, porém num discurso bem mais moderado, como em “Bring on The Lucie (Freeda Peeple)”, que tenta disfarçar a intenção clara da música. O álbum também apresenta grandes faixas, como a canção título “Mind Games”, e “Tight A$”, dentre outras. John Lennon ainda viria a lançar mais dois álbuns solos, Walls and Bridges, de 1974 e Rock n Roll, de 1975, no ano que Yoko e John tiveram seu filho e entraram numa reclusão artística para se dedicarem ao filho e família.



John tinha acabado de retomar a carreira e gravado um álbum de inéditas, Double Fantasy, quando aconteceu a tragédia que selou seu destino na noite de 8 de dezembro de 1980. Resta-nos o imenso legado desse gênio que o mundo produziu e que o aproveitou ao máximo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário