segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PJ20 Destination Weekend II


Não podia ser diferente. A segunda noite do festival PJ20 Destination Weekend foi mágica. Claro, não estava lá, mas acompanhei ao vivo graças a Gary, que não sei quem é, mas transmitiu o show inteiro pelo seu celular Android (valeu tecnologia!). Bem, a qualidade de vídeo era zero, mas o áudio dava pra escutar razoavelmente bem. Então pude ter uma “visão” direta do público.
É difícil uma banda ter uma fidelidade, um companheirismo e de certa forma, intimidade, com seus fãs como Pearl Jam tem. Pelo twitter, através da hashtag #PJ20, os fãs presentes mandavam as notícias para o restante do mundo. Várias pessoas mandaram “eita, acabei de encontrar Matt Cameron passando aqui” ou então “apertei a mão de Mike McCready!” Mas vamos ao festival. Novamente, os shows de Mudhoney, Queens of The Stone Age e Strokes antecederam a atração maior da noite. Mas antes do show, os integrantes de Pearl Jam ficaram passeando e fazendo participações em shows. Mike e Stone participavam de um, Matt de outro, Eddie também. Dentre essas participações, a mais interessante foi Eddie Vedder tocar com Queens of The Stone Age a música “Little Sister”.
Depois do show histórico da primeira noite, a espera pra saber qual seria a setlist da segunda era grande. E eles não decepcionaram. Repetiram apenas duas canções. Abriram dessa vez com “Wash”, B-side da era de Tem, que foi lançada em Lost Dogs. A coletânea de B-sides foi inclusive muito utilizada nesses dois shows. Se na noite anterior teve “Breath”, “Education”, “In The Moonlight”, nessa segunda noite teve “All Night” e “Leatherman”. Teve também uma leve passagem pelos anos recentes, com “The Fixer” e “Severed Hand” e a brilhante “Unthought Known”.
“Daughter” teve como tag a maravilhosa “Its Ok”, que fazia anos que não tocavam. E para satisfazer um pouco os fãs de Ten, eles soltaram “Even Flow” e como sempre, Mike McCready quebrou tudo.
Julian Casablancas entrou novamente para participar, dessa vez de “Red Mosquito”. Se no show anterior teve a surpresa de “Push Me Pull Me”, ficou aogra por conta da homenagem a Jeff Ament, tocando “Pilate”. “Eldery Woman...” foi um pedido especial do filho de George Harrison, que subiu ao palco e tocou com eles. Teve também participação de John Doe, da banda X, que inclusive vai abrir na turnê pela América do Sul. A música foi a cover de X “The New World”. É possível esperar uma repetição dessa parceria nos shows do Brasil. E depois eles soltaram dueto de Tem, com “Black” para delírio geral, seguida por “Jeremy”.
Mais uma surpresa. Após a primeira pausa, Eddie volta com seu violão e anuncia que vai tocar uma música nova, que os fãs colocaram o nome de “So Glad We Made It”, por causa da letra, e depois emenda com a belíssima “Just Breath”. Pra confirmar o momento casal agarrado do show, tocou “Nothingman”. Depois de alguma conversa com o público, surpreendem de novo ao tocar “No Way”, do álbum Yield, de 1998, raríssima ao vivo. “Smile” empolgou principalmente Gary, empunhando o celular, que ficou cantando junto. E depois quebraram tudo com “Spin The Black Circle” e depois foi para a segunda pausa, enquanto Gary e seus amigos faziam coro pedindo “Dirty Frank” e dando uma palhinha de “Poker Face” de Lady Gaga. Hilário.
Após vários rumores durante o dia de que Neil Young ou Pete Townshend fariam participações especiais, fiquei ansioso para quem seria. E foi Chris Cornell, de novo. Tocou “Hunger Striker”, “Reach Down” únicas que foram repetidas nos dois shows e “Call me a Dog” e “All Night Thing” todas de Temple of The Dog. Depois da reunião, Eddie chamou Mudhoney para o palco e tocou uma versão explosiva de “Sonic Reducer”, perfeito.
Depois da terceira pausa, soltaram “Alive”, que estava faltando, depois de um começo falso, pra brincar com o público. Nos shows ao vivo, o solo de Mike no final fica mais incrível do que a própria música. E mostrando que infelizmente os rumores eram falsos, tocaram “Rockin’ in The Free World” sem Neil Young, mas com todos os convidados no palco, foi sensacional. Todos achavam que tinha acabado, quando voltaram com “Yellow Ledbetter”, fechando o show com aproximadamente 3 horas de música rolando. Esses quarentões ainda tem muita energia pra gastar.
Esses dois shows e o festival em si, foram uma festa que a própria banda merecia. E em relação aos próprios shows, foi perfeito para uma comemoração de aniversário da banda de 20 anos. Englobou toda sua carreira, tocou clássicos, tocou super raridades, grandes covers. Tudo o que um fã de Pearl Jam espera da melhor banda ao vivo que existe. E os fãs são os melhores para Pearl Jam e para eles mesmos, que o diga o nosso salvador, Gary!
Agora é só aguardar o lançamento do documentário PJ20, enquanto eles não desembarcam no Brasil.
Em breve fotos e vídeos do show.

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